Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Segunda
– Êx 15.11: Deus é glorificado em santidade
Terça
– Lv 10.3: A santidade de Deus revelada
Quarta
– Rm 1.1-7: A beleza da santidade divina
Quinta
– Sl 77.13: O caminho de Deus é de santidade
Sexta
– Sl 93.5: A santidade convém à Casa de Deus
Sábado
– 1 Ts 3.13: O coração confirmado em santidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Levítico
20.1-10
1
- Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
2
- Também dirás aos filhos de Israel: Qualquer que, dos filhos de Israel ou dos
estrangeiros que peregrinam em Israel, der da sua semente a Moloque, certamente
morrerá; o povo da terra o apedrejará com pedras.
3
- E eu porei a minha face contra esse homem e o extirparei do meio do seu povo,
porquanto deu da sua semente a Moloque, para contaminar o meu santuário e
profanar o meu santo nome.
4
- E, se o povo da terra de alguma maneira esconder os olhos daquele homem que
houver dado da sua semente a Moloque e o não matar,
5
- então, eu porei a minha face contra aquele homem e contra a sua família e o
extirparei do meio do seu povo, com todos os que se prostituem após ele,
prostituindo-se após Moloque.
6
- Quando uma alma se virar para os adivinhadores e encantadores, para se
prostituir após eles, eu porei a minha face contra aquela alma e a extirparei
do meio do seu povo.
7
- Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus.
8
- E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR que vos santifica.
9
- Quando um homem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, certamente morrerá: amaldiçoou
a seu pai ou a sua mãe; o seu sangue é sobre ele.
10
- Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a
mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera.
OBJETIVO GERAL
Estabelecer
a perspectiva doutrinária da sacralidade da vida.
HINOS SUGERIDOS: 5, 30, 75 da Harpa
Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I.Mostrar que a santidade é a
marca do povo de Deus;
II.Refletir a respeito da
santidade no ministério levítico;
III.Compreender que
o povo de Deus deve ser santo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor (a), na lição de hoje estudaremos parte do capítulo 20
do livro de Levítico. Nesse capítulo, Moisés enfoca dois tipos de pecados
contra o Todo-Poderoso. Ele fala a respeito da ofensa contra a verdadeira
religião (20.2-6,27) e ofensas contra a família (vv. 9-21). No tempo da Lei,
esse tipo de insulto era punido com a morte, pois tais ações colocavam em risco
todo o povo de Deus. O objetivo do capítulo é mostrar que todo o povo era responsável
em manter a pureza e não somente Moisés.
VEJA A VÍDEO AULA
INTRODUÇÃO
O
livro de Levítico foi entregue a Israel para que este, separando-se de entre
todos os povos da Terra, viesse a adorar, a servir e a santificar-se a Deus. A
santidade, por conseguinte, tanto naquele tempo quanto hoje, continua a ser a
marca distintiva dos filhos de Deus.
Nesta
lição, veremos que Israel, através das leis e ordenanças levíticas, tinha a
obrigação de apresentar-se a Deus e ao mundo como a nação santa, zelosa e
servidora por excelência. Que aprendamos, com os israelitas, a adorar e a
servir ao Senhor na beleza de sua santidade.
PONTO CENTRAL
Deus é santo e a santidade deve ser a
marca distintiva do povo de Deus.
I – SANTIDADE, A
MARCA DO POVO DE DEUS
Em
Ur dos Caldeus, Abraão não passava de um gentio entre os demais gentios quando
foi chamado por Deus (Gn 11.31). Mas, intimado novamente por Deus em Harã,
obedeceu-o de imediato. Ele creu em Deus, e foi justificado (Rm 4.3). Foi
exatamente aí que começou a história de Israel como o povo santo do Senhor (Gn
12.1-8).
1. O estado de santidade.
No
exato instante de sua chamada a uma nova realidade espiritual, Abraão, e com
ele todo o Israel, foram elevados ao posto de herança particular e santa do
Senhor (Êx 19.5). Essa dignificação, porém, não levou ao aperfeiçoamento
imediato dos hebreus. Tanto o patriarca quanto seus descendentes tiveram de
submeter-se a um longo e doloroso processo de santificação (Gn 17.1). O mesmo
pode-se dizer da Igreja de Cristo. Os irmãos coríntios foram tratados como
santos pelo apóstolo Paulo (2 Co 1.1), mas ainda estavam longe da perfeição (1
Co 3.1).
2. O processo de
santificação.
O
processo de santificação de Israel, que teve início com Abraão, foi
interrompido e recomeçado diversas vezes. Haja vista o conturbado período dos
juízes (Jz 2.18-20). Mas, para que o seu povo viesse a atingir o ideal de uma
nação santa, profética e sacerdotal, o Senhor entrega-lhe o livro da Lei (Êx
19.6; Js 23.6).
Se
lermos atentamente os livros de Êxodo e Levítico, verificaremos que o processo
de santificação, na vida de um crente hebreu, tinha início com o amor que ele
tributava a Deus (Dt 6.5). A partir desse momento, o fiel passava a cumprir
todos os mandamentos do Senhor, pois já não os achava pesados (cf.1 Jo 5.3).
Portanto,
não existe processo de santificação sem o forte, comprovado e excelente amor a
Deus. Quanto mais o amamos, mais nos tornamos santos. E, assim, cumpre-se, em
nossa biografia, o que escreveu o sábio (Pv 4.18). Que a recomendação do
apóstolo Paulo seja aplicada na íntegra em cada etapa de nossa existência neste
mundo (1 Ts 5.23).
3. A santidade como marca.
O
livro de Levítico tinha como alvo fazer de Israel uma nação distinta por sua
pureza e santidade (Êx 19.6). E, de fato, nenhum outro povo jamais alcançou as
excelências de Israel (Rm 9.4,5). Usufruir de todos esses privilégios, todavia,
acarreta-lhe ainda grande responsabilidade (Rm 2.17-29).
Em
alguns períodos de sua história, Israel de fato destacou-se como herança
peculiar do Senhor, haja vista os elogios tecidos pela rainha de Sabá ao rei
Salomão (2 Cr 9.1-8). Todavia, a maior parte de sua história foi marcada pela
apostasia. Mas, chegará o tempo, em que todo o Israel será redimido e salvo (Rm
11.26).
Se
o povo hebreu deveria sobressair-se pela santidade, o que não esperar da Igreja
de Cristo? Por essa razão, o apóstolo exorta-nos a andar continuamente em
novidade de vida (Rm 6.4). Sem a santidade requerida por Deus nenhum de nós
chegará à Jerusalém Celeste (Hb 12.14; Ap 21.8).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A santidade é o que identifica o povo de
Deus.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
A chamada para a santidade novamente enfatiza o fato de que
Israel deve ser diferente dos outros povos e ‘separados’ para Deus. Uma palavra
chave do Antigo Testamento, badal,
significa remover uma parte de alguma coisa, fazendo-se assim uma distinção
entre elas. Esse pensamento é claramente visto nos versos 24,25. Nos tempos do
Antigo Testamento, a separação era alcançada pelo isolamento do povo de Deus
como uma nação diferente.
Isso foi mantido pelos padrões rituais e morais que
diferenciaram os israelitas de todos os povos pagãos, e, sustentado por
proibições contra casamentos com membros de outras castas e outros contatos
íntimos com não israelitas.
Entretanto, a enfatizada separação dos outros era a dinâmica da
separação para Deus. Somente o completo compromisso com Ele podia manter o povo
de Deus como nação santa. Pois somente Deus poderia fazer seu povo santo no
sentido dinâmico e positivo de santidade encontrado em Levítico (RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. 9.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 87).
II – A SANTIDADE NO
MINISTÉRIO LEVÍTICO
Os
sacerdotes deveriam ser uma referência perfeita à nação de Israel no que tange
à santidade e à pureza. Afinal, eram os responsáveis pela santificação do povo,
a fim de torná-lo propício diante de Deus.
1. Santidade exterior.
Aos
ministros do altar, o Senhor impôs uma série de restrições, para que não
viessem a comprometer o santo ministério. O sumo sacerdote, por exemplo, não
poderia desposar uma mulher que não fosse virgem (Lv 21.7,14). Até mesmo com
respeito ao luto, deveriam os ministros do altar ser precavidos e cuidadosos
(Lv 21.1-3). Tendo em vista o emblema da santidade divina que estava sobre a
classe sacerdotal de Israel, nenhum descendente de Levi poderia ser admitido no
serviço divino se portasse alguma deficiência física (Lv 21.17-21).
2. Santidade interior.
O
sumo sacerdote deveria portar uma lâmina de ouro, que, posta em sua mitra,
trazia esta advertência: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). Portanto, a
santidade do ministro não poderia ser apenas exterior; sua pureza externa
deveria ser um perfeito reflexo de sua santidade interior (Ml 2.7).
Infelizmente, a classe sacerdotal deixou-se levar por um culto formal, o que
ocasionaria a destruição de Jerusalém (Jr 5.31; 23.11).
3. Santidade e glória.
A
glória que acompanhou Israel em sua peregrinação, no deserto, tornou-o
conhecido como a herança peculiar do Senhor (Êx 13.21,22;16.10). Atemorizados,
os gentios sabiam que era impossível amaldiçoá-lo (Nm 23). Mas, para que os
israelitas continuassem a usufruir a glória divina era-lhes imprescindível
obedecer a Palavra de Deus (Lv 9.6). O mesmo não requer o Senhor de cada um de
nós? (Hb 12.14).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Deus exigia que o
ministério levítico fosse santo.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
Os sacerdotes tinham de ser santos ao Senhor, porque eles
apresentavam as ofertas a Deus. Tinham de se proteger da contaminação que
ocorria por contato com o morto (exceto em casos que envolviam pessoas próximas
da família, como mãe, pai, filho, filha, irmão ou irmã solteira). As
referências a cortar os cabelos, a barba ou golpear a carne diziam respeito a
luto pelos mortos. A passagem de Levítico 19.27,28 proíbe tais procedimentos de
luto para todo o povo de Israel.
A mulher do sacerdote tinha de ser aceitável. Ao casar devia ser
virgem. O texto estipula que não podia ser meretriz. Esta ordem reflete o fato
indubitável de que a prostituição cultual era comum entre os vizinhos de
Israel. A filha do sacerdote tinha igualmente de se manter pura. A prostituição
da filha do sacerdote era punível com a morte. O sacerdote e sua família
imediata tinham de ser santos.
As estipulações para o sumo sacerdote eram ainda mais rigorosas.
Ele não devia descobrir a cabeça, nem rasgar as vestes — sinais de luto
permitidos aos sacerdotes comuns. Tinham de se casar com virgens das filhas de
Israel, caso contrário, sua semente seria profanada. Ele era o símbolo da mais
alta pureza. Não devia haver nada nele que contaminasse o santuário. A expressão:
Nem sairá do santuário, refere-se provavelmente a sair com a finalidade de
ficar de luto e não significa que tinha residência fixa dentro do Tabernáculo
(Comentário Bíblico Beacon. Vol. I. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 298).
III – A SANTIDADE DO
POVO DE DEUS
O
Senhor exige, de cada um de nós, a santificação de nossos filhos e de nossa
vida conjugal, pois a nossa pureza expressa a sua vontade.
1. A santificação dos
filhos.
Deus
proíbe aos israelitas, expressa e energicamente, apresentarem seus filhinhos
como oferenda a Moloque (Lv 20.1-4). A razão é simples: cada um de nossos
meninos e meninas é herança do Senhor (Sl 127.3).
Hoje,
há pais cristãos, que, sem o saberem, estão entregando seus filhos a “Moloque”,
quando, por exemplo, adotam a política criminosa do aborto e quando não os
educam conforme recomenda a Palavra de Deus (1 Co 5.8). Ensine, pois, seus
pequeninos na admoestação do Senhor, para que sejam pessoas de bem (Ef 6.4).
Finalmente, que seus filhos venham a honrá-los como a pais e mães; somente
assim poderão ser abençoados (Êx 20.12; Lv 20.9; Ef 6.2).
2. A santificação conjugal.
Deus
sempre teve um forte compromisso com a família, pois Ele próprio instituiu-a no
Éden (Gn 2.24,25). A fim de preservar a integridade familiar, o Senhor proíbe
terminantemente a infidelidade conjugal e o adultério (Lv 20.10). Seu objetivo
era tornar a família israelita um exemplo para os gentios, conforme descreve-a
o Salmista (Sl 128). Hoje, a nossa responsabilidade não é menor. Temos de
observar o sétimo mandamento: “Não adulterarás”, e manter o leito conjugal sem
mácula (Êx 20.14; Mt 5.28; Hb 13.4). O Deus que inspirou o Levítico não mudou.
3. A santificação e a
vontade de Deus.
A
santificação é um processo que exige disciplina, esforço e um profundo amor a
Deus (1 Co 9.27). Nesse processo, lento e doloroso, todo o nosso ser tem de
estar envolvido (Fp 3.12-15;1 Ts 5.23). O santificar-se não é uma opção na vida
do salvo; é uma ordenança divina (Lv 20.7; Js 3.5). A nossa santificação é da
vontade de Deus (1 Ts 4.3). Sem ela, como veremos o Senhor? (Hb 12.14).
SÍNTESE DO TÓPICO III
O povo de Deus
precisa ser santo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Em Levítico 19.1-4, encontramos
‘a santidade, a palavra-chave de Levítico’.
1) Deus é a fonte de toda a santidade.
2) Deus é o padrão de santidade.
3) Santidade é separação do mal e separação para Deus.
Há a sensação de que este capítulo é uma miniatura da lei
levítica. Repare no conteúdo:respeito pelos pais e pelos
sábados (4); abstinência da idolatria (4); procedimento correto dos sacrifícios
pacíficos (5-8); preocupação pelos pobres e estrangeiros ao não fazer uma
colheita total das plantações (9,10); proibição de roubar, mentir e negociar
com falsidade (11); de jurar falsamente e profanar o nome de Deus (12); de se
aproveitar do surdo e do cego (14); de fazer julgamentos injustos (15); de
fofocar (16); de odiar o próximo (17); de se vingar (18); de misturar raças,
sementes ou tecidos (19); de comer o fruto das três primeiras safras de árvores
frutíferas (23,25); de comer sangue (26); de praticar ocultismo (26, 31); de
cortar o cabelo impropriamente ou de se golpear pelos mortos (27,28); de
prostituir a própria filha (29); de fazer transações comerciais desonestas
(35,36); ordem para respeitar os mais velhos (32); amor pelo próximo e pelo
estrangeiro como o amor que se tem por si mesmo (18,33,34). Não deixe de notar
que a lista indica o caráter humanitário da lei levítica” (Comentário Bíblico
Beacon. Vol. I. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 294).
CONCLUSÃO
Num
momento de emergência nacional, o rei Ezequias convocou os levitas, e
ordenou-lhes: “Ouvi-me, ó levitas! Santificai-vos, agora, e santificai a Casa
do SENHOR, Deus de vossos pais, e tirai do santuário a imundícia” (2 Cr 29.5).
Foi naquela hora que teve início um grande avivamento em Israel. Se nos
santificarmos, como requer o Senhor de cada um de nós, em breve
experimentaremos uma grande visitação dos céus em nosso país. Amém!
PARA REFLETIR
A Respeito de “Santidade ao
Senhor”, responda:
1) Por que o livro de
Levítico foi entregue a Israel?
O
livro de Levítico foi entregue a Israel, para que este, separando-se de entre
todos os povos da Terra, viesse a adorar, a servir e a santificar-se a Deus.
2) Como começou a história
de Israel como povo santo?
Em
Ur dos Caldeus, Abraão não passava de um gentio entre os demais gentios. Mas,
intimado novamente por Deus em Harã, obedeceu-o de imediato. Ele creu em Deus,
e foi justificado. Foi exatamente aí que começou a história de Israel como o
povo santo do Senhor.
3) Que exigências Deus fazia
ao Sumo sacerdote?
Santidade
exterior, santidade interior, santidade e glória.
4) Qual a proibição do
Levítico aos pais israelitas?
Deus
proíbe aos israelitas, expressa e energicamente, apresentarem seus filhinhos
como oferenda a Moloque. A razão é simples: cada um de nossos meninos e meninas
é herança do Senhor.
5) Como os cônjuges devem
portar-se?
Devem
portar-se de forma santa, a fim de preservar a integridade familiar,
terminantemente evitar a infidelidade conjugal e o adultério (Lv 20.10).