16 de Setembro de 2018
Dia da Escola Dominical
TEXTO ÁUREO
"No
verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna. Eu
sou o pão da vida." (Jo 6.47,48)
VERDADE PRÁTICA
A
Palavra de Deus é o alimento que nos sustenta a alma, o coração e o próprio
corpo; sem ela, a vida é impossível.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1
Cr 9.32: Os pães eram feitos pelos coatitas
Terça –
Lv 24.5: O material do pão
Quarta –
Dt 8.3: A suficiência da Palavra de Deus
Quinta –
Êx 16.31-35: O pão que desce do céu
Sexta –
Mt 6.11: O pão nosso de cada dia
Sábado –
Jo 6.35: Jesus, o pão da vida
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Levítico
24.5-9
5
- Também tomarás da flor de farinha e dela cozerás doze bolos; cada bolo será
de duas dízimas.
6
- E os porás em duas fileiras, seis em cada fileira, sobre a mesa pura, perante
o SENHOR.
7
- E sobre cada fileira porás incenso puro, que será, para o pão, por oferta
memorial; oferta queimada é ao SENHOR.
8
- Em cada dia de sábado, isto se porá em ordem perante o SENHOR continuamente,
pelos filhos de Israel, por concerto perpétuo.
9
- E será de Arão e de seus filhos, os quais o comerão no lugar santo, porque
uma coisa santíssima é para eles, das ofertas queimadas ao SENHOR, por estatuto
perpétuo.
OBJETIVO GERAL
Compreender
que a Palavra de Deus é o alimento que nos sustenta a alma, o coração e o
próprio corpo.
HINOS SUGERIDOS: 20,
190, 311 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Mostrar o significado dos
pães da proposição;
II. Reconhecer a
Palavra de Deus como pão da vida;
III. Conscientizar de
que Jesus Cristo é o Pão que desceu do céu.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Professor
(a), na lição anterior aprendemos a respeito das lâmpadas da Casa de Deus e
hoje estudaremos os pães da proposição. Deus havia recomendado que no
Tabernáculo houvesse sempre uma mesa posta com doze pães (Ex 25.30). Não
haveria manjares, ou alimentos sofisticado, mas sim o alimento principal
diário. Onde há pão não há fome. Temos um Deus que sustenta e supre as
necessidades do seu povo, seja de ordem física, emocional ou espiritual.
INTRODUÇÃO
Os
pães da proposição ficavam num dos lugares mais nobres e reservados do
Tabernáculo. Ali, em frente ao candelabro de ouro, eram iluminados durante toda
a noite. A simbologia é claramente cristológica: a luz do Evangelho mostra ao
pecador faminto que somente Cristo pode saciar-nos plenamente. Nesta lição,
veremos como Deus foi didático a Israel ao mostrar-lhe a suficiência de sua
Palavra nos pães da proposição.
PONTO CENTRAL
Os pães da proposição
simbolizavam a presença do Deus da provisão.
I – OS PÃES DA
PROPOSIÇÃO
A
fim de que os pães da proposição fossem introduzidos no tabernáculo, Deus
ordenou o fabrico de uma mesa especial. Quanto aos pães, deveriam estes ser
preparados de acordo com uma receita bastante específica.
1. A mesa dos pães.
A
mesa que receberia os pães da proposição, feita de madeira de acácia, tinha
essas medidas: dois côvados de cumprimento (90 centímetros), um côvado de
largura (45 centímetros) e sua altura, um côvado e meio (70 centímetros) (Êx
25.23-30). A mesa, toda revestida de ouro fino, recebeu adornos da altura de
quatro dedos, bastante apropriados para conter os pães sagrados. Suas argolas
serviam para transportá-la. A madeira de acácia, por ser medicinal, evitava
fungos e parasitas que poderiam contaminar os pães sagrados.
2. Os pães da proposição.
Os
pães da proposição eram preparados todos os sábados pelos coatitas (1 Cr 9.32).
Em sua composição, usava-se a flor da farinha de trigo (Lv 24.5). Ou seja, a
parte mais fina e nobre deste produto. Depois de cozidos, eram postos em duas
fileiras sobre a mesa, sendo entremeados por incenso (Lv 24.6,7). Doze pães, um
para cada tribo de Israel.
3. A simbologia dos pães.
Os
pães da proposição simbolizavam a presença sempre providencial de Deus no meio
de seu povo (Jr 32.38). Desta forma, os israelitas deveriam saber que o homem
não vive só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt 4.4).
Quanto ao pão estar acompanhado de incenso, significa isso que a presença do
Senhor sempre vem acompanhada pelas orações dos santos (Ap 5.8; 8.3,4).
Os
pães da proposição, ou da presença, representam ainda a Palavra de Deus, que,
através do Evangelho, alimenta o mundo faminto (Jo 1.1).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Os pães da proposição
apontavam para Cristo, o único que pode saciar nossa alma.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-DIDÁTICO
Prezado (a) professor (a), antes de falar a respeito da mesa e dos
pães da proposição no Tabernáculo, é importante conversar com seus alunos e
explicar a importância do pão na alimentação dos hebreus. Para auxiliá-lo no
trabalho de pesquisa, leia os textos abaixo.
Pão – “A alimentação da maioria dos
hebreus era simples. Pão, azeitonas, queijo, frutas e vegetais formavam a dieta
fixa. Carne só era comida em raras ocasiões. O pão era um alimento tão básico
que se tornou sinônimo da própria vida. ‘Comer pão’ equivalia a ‘fazer uma
refeição’. Os egípcios não podiam ‘comer pão’ com os hebreus (Gn 43.31,32).
‘Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano’ (Lc 11.3) era uma oração para a
provisão diária do alimento. O pão era algo tão básico que Jesus se referiu a
si mesmo como o ‘Pão da vida’ (Jo 6.35).
O pão parece ter sido sempre partido, e nunca cortado com uma faca,
o que fez surgir a frase ‘partir o pão’, usada em Atos 20.7 para descrever o
serviço de comunhão (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos
Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro, 2012, pp. 47,48,52).
II – A PALAVRA DE
DEUS, O PÃO DA VIDA
O
povo de Israel, desde o início de sua história, sempre teve uma convivência
cerimonial e tipológica com o pão (Gn 14.18-20). Quer no tabernáculo quer fora
do tabernáculo, o pão sempre simbolizou a presença de Deus entre o seu povo.
1. A Palavra de Deus é vida.
Durante
a peregrinação de Israel no Sinai, os israelitas conscientizaram-se de que nem
só de pão vive o homem, mas da Palavra de Deus (Dt 8.3). Durante 40 anos, Deus
os sustentou com o maná, o pão que descia dos céus, a cada manhã (Êx 16.31-35).
Portanto, a presença divina era perceptível tanto no lugar Santo do Tabernáculo
quanto no arraial. Todos sabiam que, apesar das asperezas do deserto, o Senhor
jamais os abandonaria naquela árdua caminhada.
2. A Palavra de Deus é o
nosso sustento diário.
Além
do pão, Deus proporcionava cotidianamente ao seu povo água, direção, proteção e
iluminação (Êx 13.21; 15.22-27; 17.1-16). Por conseguinte, os israelitas eram
sustentados, orientados e protegidos pelo Senhor a cada dia. À semelhança de
Davi, eles podiam declarar que o Senhor era o seu pastor; nada lhes faltava (Sl
23.1).
3. A Palavra de Deus é o
nosso sustento específico.
Na
mesa do Tabernáculo, havia, como já vimos, doze pães distribuídos em duas
fileiras, sendo um pão para cada tribo de Israel (Lv 24.6). Entre as fileiras
de pães, o incenso (Lv 24.7). O que isso significa? Antes de tudo, que Deus
alimenta o seu povo tanto coletiva quanto individualmente. Ele conhece
perfeitamente nossas necessidades (Sl 103.14; Mt 6.8). O que podemos inferir
desta lição? Deus tem uma comida personalizada para mim, para você e para cada
servo seu em particular.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Jesus Cristo é o Pão
que desceu do céu.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
Em Levítico
24.5-9 somos instruídos com relação à fabricação do pão, tipo de farinha,
quantidade, o arranjo do pão sobre a mesa, bem como quem deve comê-lo. Os pães
deveriam ser feitos de farinha fina e são símbolo de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo (Jo 6.35). A Palavra de Deus é o Pão da Vida para nós. A cada
sábado era colocado pão fresco na Mesa da Proposição, doze pães em duas pilhas
organizadas contendo seis cada. Bem-aventurados são aqueles que diariamente se
alimentam da Palavra. Quando se ajuntarem no Dia do Senhor, encontrarão um novo
suprimento de Pão da Vida esperando por eles. O pão que se retirava da mesa
seria comido por Arão e seus filhos em um lugar santo. Tomar tempo para
alimentar a alma com a Palavra Viva é essencial à nossa experiência. ‘Escondi a
tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti’ (Sl 119.11). Muitas
vezes o salmista usa a palavra ‘Selá’ para lembrar-nos de meditar na Palavra”
(SPRECHER, Alvin. Tabernáculo no Deserto: O lugar do seu encontro com Deus.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 115,116).
III – JESUS CRISTO, O
PÃO QUE DESCEU DO CÉU
Os
pães da proposição são o mais perfeito símbolo do Senhor Jesus Cristo, pois a
sua missão, neste mundo, foi (e sempre será) alimentar-nos com a Palavra de
Deus (Jo 1.1).
1. Jesus, o pão da vida.
O
Senhor Jesus, através de sua palavra, revela-se como a água e o pão da vida (Jo
4.13,14; 8.32; Ap 7.17). Certa vez, Ele foi tão claro acerca de sua missão
redentora, que levou alguns de seus discípulos mais chegados a escandalizarem-se
com o seu discurso (Jo 6.48-60). O Senhor Jesus, como o pão vivo, não se
limitou a ficar no santuário, mas, encarnando-se, trouxe a presença do Pai
Celeste a toda a humanidade (Mt 1.23; Hb 1.3).
2. Jesus, o pão de nossa
comunhão com o Pai.
Jesus,
como o pão vivo que desceu do céu, não precisa ser trocado todos os sábados,
como os pães da proposição (Lv 24.8). Nosso Salvador, além de ser um sumo
sacerdote infinitamente superior a Arão, é o pão divino; e, do próprio sábado é
Senhor (Mt 12.8; Jo 6.41; Hb 7.17-25). Aliás, Jesus Cristo é o próprio
tabernáculo de Deus. Ao encarnar-se, tornou-se semelhante a nós (Jo 1.14; Hb
9.11,12). E, com a sua morte e ressurreição, fez-nos acessível o trono da
graça, no qual, hoje, entramos ousadamente (Hb 4.16).
3. Dai-lhes vós de comer.
Hoje,
ao proclamarmos o Evangelho, outra coisa não fazemos senão alimentar os
famintos com a Palavra de Deus (Mt 28.18-20; Lc 9.13). Portanto, evangelizemos
e façamos missões enquanto há tempo. A fome espiritual nunca foi tão acentuada
como nos dias de hoje (Am 8.11,12).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus Cristo é o Pão
que desceu do céu.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Jesus é a Palavra (Verbo) viva. A Bíblia é a Palavra escrita.
Jesus é o ‘pão da vida’ e em Mateus 4.4 Ele disse: ‘Nem só de pão viverá o
homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’. Portanto, comemos a sua
carne ao receber à Palavra de Deus” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2009, p. 1584).
CONCLUSÃO
No
Antigo Testamento, apenas o sumo sacerdote e seus filhos tinham direito de
comer dos pães da proposição. A única exceção foi Davi e seus homens (Mc
2.25,26). Através de Cristo, porém, temos acesso não somente aos pães da
proposição como também ao lugar mais santo do tabernáculo. E, todas as vezes que
nos reunimos para celebrar a Ceia do Senhor, lembramo-nos de que Jesus é a
presença eterna do Pai entre nós (1 Co 11.23,24). Ele é o pão da vida. Amém.
PARA REFLETIR
A respeito de “Os
Pães da Proposição”, responda:
1) Como os pães da proposição
eram preparados?
Os
pães da proposição eram preparados todos os sábados (1 Cr 9.32). Em sua
composição, usava-se a flor da farinha de trigo (Lv 24.5). Depois de cozidos,
eram postos em duas fileiras sobre a mesa, sendo entremeados por incenso (Lv
24.6,7).
2) Quem eram os encarregados
de fazê-los?
Os
coatitas.
3) Onde ficavam os pães da
proposição?
Sobre
a mesa.
4) O que eles simbolizam?
Os
pães da proposição simbolizavam a presença sempre providencial de Deus no meio
de seu povo (Jr 32.38).
5) Por que Jesus é o pão
vivo que desceu do céu?
Porque
a sua missão, neste mundo, foi (e sempre será) alimentar-nos com a Palavra de
Deus (Jo 1.1).
Fonte: Lições Bíblicas 3° trimestre de 2018, Adultos –
CPAD| Divulgação: Subsídios
EBD