A adoração não está limitada ao monte
Gerizim ou a Jerusalém. Os samaritanos adoravam o que não conheciam; eles
criaram sua própria religião. Quando Jesus disse à mulher samaritana que Deus é
Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo
4.24), Ele pretendia fazê-la entender
que:
1) Deus não pode ser limitado pelo espaço físico, histórico ou
cultural — Na afirmativa Deus é Espírito, encontramos
um pronunciamento sobre a verdadeira natureza de Deus. Ser Espírito significa
que Ele não possui forma física ou corpórea, pois Sua essência não é feita de
matéria. Ao atribuir forma humana a Deus, a Bíblia utiliza-se de antropomorfismos,
que são figuras de linguagem para falar sobre algo que está muito além da
percepção humana. Sendo Ele um ser onipresente, onde houver um coração que
adora em espírito e verdade, ali Ele também estará (SI 139.7).
2) A verdadeira adoração só é possível pela mediação do Espírito
Santo — O Espírito
Santo é o agente principal no processo da adoração. Sem a presença dele,
pode-se estar em montes, templos ou em qualquer lugar tido como
"sagrado" sem, contudo, haver adoração de fato. É o Consolador amado
quem conduz, orienta, dirige, quebranta o coração para adentrar os átrios da
adoração ao Senhor, como disseram os filhos de Corá: A minha alma está anelante
e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo
Deus vivo (SI 84.2).
3) A verdadeira adoração coloca o adorador em contato direto com
Deus — O objetivo
principal da adoração é colocar a pessoa na presença de Deus.
O
salmista disse: Porque vale mais um dia nos teus átrios do
que, em outra parte, mil (SI 84.10).
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Que adianta estar em lugares com os
estereótipos
de espiritualidade se a presença de Deus não estiver ali? O
que realmente importa na adoração é que ela possibilite um encontro direto
entre a pessoa e Deus e, assim, o adorador receba revelações, não apenas
sobre o ilimitado poder de Deus, mas, principalmente, sobre o Seu
caráter compassivo, justo, amoroso e absolutamente santo (Is
6.3-5).
4) A verdadeira adoração conduz ao desenvolvimento da
espiritualidade —
O verdadeiro crescimento espiritual acontece:
a) Quando o adorador prioriza o estudo
cuidadoso das Escrituras Sagradas (Jo 5.39);
b) Quando o adorador prioriza a busca
da presença de Deus pela oração (Ef 6.18);
c) Quando o adorador prioriza a busca
da santificação (Hb 12,14);
d) Quando o adorador prioriza a prática
das boas obras, uma vez que o salvo está comprometido com o bom testemunho
diante da sociedade (Tg 2.26);
e. Quando o adorador prioriza a
produção do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22,23).
OFERECENDO
O MELHOR PARA DEUS
Aquilo que o cristão possui de melhor
deve ser oferecido a Deus. Dentre os atributos mais valorosos de um homem,
destacam-se o seu tempo, a sua renda e a sua capacidade.
1. Oferecendo as primícias do seu tempo
Algumas vezes, parece-nos difícil
oferecer as primícias do nosso tempo a Deus. Lembre-se, no entanto, de que o
cristão não precisa deixar de trabalhar, ou faltar ao serviço, ou deixar algum
trabalho por fazer, absolutamente não! O melhor tempo, na realidade, é aquele
que podemos administrar da maneira que bem quisermos. Infelizmente, esse tempo
nem sempre é bem aproveitado, sendo investido em coisas fúteis e sem valor, em
bobagens, em conversas inúteis e destrutivas.
Se você é um instrumento de adoração,
reserve um momento para oração, leitura e meditação na Palavra de Deus; para
conversas sobre coisas espirituais; e para o cântico de louvores ao Senhor.
No coração do verdadeiro adorador não
existe ganância ou avareza. A entrega dos dízimos e das ofertas também faz
parte da adoração (SI 96.8).
2.
Oferecendo as primícias da sua renda
Tudo o que o cristão possui vem de
Deus e pertence a Ele. Existem crentes que, quando recebem o salário, pegam a
lista de dívidas e providenciam os devidos pagamentos. Se sobrar, então,
entregam o dízimo. O que acontece é que o dinheiro nunca sobra, e eles ficam
devendo a Deus. Sim, porque isso é uma dívida para com o Senhor (Ml 3.10,11).
Nosso Pai não merece restos, mas sim as primícias; é nosso dever manter Sua
obra.
Não ofereça ao Senhor aquilo que
sobra. Isso não é adoração! Lembra-se da oferta da viúva? Ela adorou ao Senhor
com tudo o que possuía — não muito, uns poucos centavos apenas; todavia, o
Senhor Jesus elogiou aquele gesto de amor (Mc 12.41-44).
3.
Oferecendo as primícias da sua capacidade
O verdadeiro adorador prioriza
glorificar a Deus em todas as suas atividades (1Co 10.31). Ao que parece,
quanto mais o crente melhora o seu nível intelectual e o seu poder aquisitivo
aumenta, menos ele se dedica à obra do Senhor. Muitos já se sentem
profissionalmente realizados, ocupando cargos de destaque na sociedade, mas não
querem usar os seus talentos na igreja; e, assim, deixam de adorar a Deus com
aquilo que de melhor possuem.
Se você é dotado de certa capacidade,
de um nível de conhecimento elevado, ofereça as primícias disso ao Senhor;
deste modo, estará acumulando tesouros nos céus (Mt (i.19,20).
A
verdadeira adoração
A verdadeira adoração dispensa
formalidades e cerimoniais, porque se resume na harmonia do espírito do
adorador com o Espírito de Deus. A verdadeira adoração resulta da contrição e
da sinceridade de um coração agradecido.
1.
Como o crente deve apresentar sua adoração?
a)
Em santidade — com sinceridade e pureza de coração (1Cr
16.29).
b)
Com humildade — os antigos servos de Deus prostravam--se
para adorar a Deus. Esse era um gesto de humildade (Êx 4.31; 2 Cr 7.3).
c)
Com desprendimento — quando se está adorando, a vontade
e o pensamento devem estar voltados para Deus, incon-dicionnhnrnlr (2 Co 5.15).
d)
Com reconhecimento — depois do retorno do cativeiro
babilónico, o povo reconstruiu os muros da cidade e, então, reuniu-se para
adorar ao Senhor por Sua misericórdia e grandeza (Ne 8.6; SI 111.2-4).
e)
Com reverência — reverenda denota respeito, temor veneração
(Hb 12.28,29).
f)
Com sinceridade — a adoração constitui-se em momentos
de humildade, reflexão e paz (SI 25.21; 1Co 5.8).
VEJA TAMBÉM:
Fonte:
Divulgação: www.subsídiosebd.com | Jovens
e Adultos - Lições da Palavra de Deus, N° 54 – Central Gospel.