Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 8- A Vida Cristã e a Estima pela Liderança
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TEXTO
DO DIA
“Vede que ninguém dê a outrem mal por
mal, mas segui, sempre, o bem, tanto uns para com os outros como para com
todos.” (1 Ts 5.15)
SÍNTESE
Somente uma igreja autêntica reconhecerá
a vocação de seus líderes e servirá ao Pai e a sua geração com o objetivo de
glorificar o santo nome do Senhor.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA – At 6.3: Homens de boa
reputação
TERÇA – At 6.1-4: Escolhidos para
servir
QUARTA – 1 Co 12.28: Alguns foram
chamados para liderar
QUINTA – 1 Co 9.27: A necessidade de
disciplina na vida cristã
SEXTA – Cl 3.23: Fazei tudo de coração,
como ao Senhor
SÁBADO – 1 Ts 5.21: É necessário
examinar tudo e ter discernimento
OBJETIVOS
1.
RECONHECER a Igreja como espaço de uma liderança fiel;
2.
DISCUTIR a respeito das características de uma igreja
relevante;
3.
REFLETIR a respeito das atitudes práticas a serem adotadas
para uma vida cristã frutífera.
INTERAÇÃO
Nesta lição trataremos a
respeito do valor das lideranças biblicamente constituídas, assim como sobre as
características de uma igreja local espiritualmente relevante. Faça de sua aula
um maravilhoso momento de reflexão sobre a urgente necessidade de novas
lideranças constituírem-se no interior da igreja local. Indague a seus alunos
se eles estão conscientes de que sairão do meio deles as futuras lideranças que
conduzirão a obra de Deus daqui a poucos anos.
Reflita com seus educandos
a respeito dos desafios que se impõe diante de um líder que de maneira séria e
dedicada compromete-se com o bem-estar da obra de Deus.
Caro professor (a) da
Escola Dominical, nunca se esqueça, você também tem uma grande honra e uma
grande responsabilidade de liderar e encaminhar as futuras gerações de líderes
da igreja.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Crie um estudo de caso para seus jovens
analisarem. Esta metodologia concentra-se no protagonismo do educando, uma vez
que o educador previamente constrói toda uma situação que, segundo o contexto
da aula, servirá de instrumento de contextualização para a temática a ser abordada.
Assim, é necessário perceber que a análise do caso não tem uma finalidade em si
mesma, mas visa ambientar o educando, a partir de uma situação plausível de ser
vivida concretamente, num debate maior e mais complexo a ser discutido.
Como nossa lição tratará a respeito da
liderança relevante e uma igreja autêntica, crie uma situação que envolva um
líder na solução de um problema, quanto mais real e próximo do contexto de sua
comunidade melhor. Você pode dividir sua sala em grupos e depois solicitar que
eles socializem as respostas; após os debates, faça o fechamento desta dinâmica
refletindo os desafios reais de liderar.
TEXTO
BÍBLICO
1
Tessalonicenses 5.12-22
12 E rogamo-vos, irmãos, que
reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e
vos admoestam;
13 e que os tenhais em grande estima e amor,
por causa da sua obra. Tende paz entre vós.
14 Rogamo-vos também, irmãos, que admoesteis
os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos e sejais
pacientes para com todos.
15 Vede que ninguém dê a outrem mal por
mal, mas segui, sempre, o bem, tanto uns para com os outros como para com
todos.
16 Regozijai-vos sempre.
17 Orai sem cessar.
18 Em tudo dai graças, porque esta é a vontade
de Deus em Cristo Jesus para convosco.
19 Não extingais o Espírito.
20 Não desprezeis as profecias.
21 Examinai tudo. Retende o bem.
22 Abstende-vos de toda aparência do
mal
INTRODUÇÃO
No momento final desta carta o apóstolo
Paulo concentra-se em uma série de prescrições práticas para o desenvolvimento
da obra de Deus naquela comunidade. As orientações concentram-se basicamente em
duas grandes temáticas: a necessidade de apreço pelas lideranças constituídas e
ações práticas para o desenvolvimento da espiritualidade. Paulo, num destacável
exercício de síntese de conceitos, passa a apontar algumas ações que não poderiam
deixar de ser realizadas para a manutenção da saúde espiritual daquela
comunidade.
I-
A IGREJA COMO ESPAÇO DE CONCRETIZAÇÃO DA VERDADEIRA LIDERANÇA CRISTÃ
1.
Uma liderança constituída para a Igreja.
Não foi a Igreja que nasceu para a liderança,
mas a liderança que foi constituída em função da Igreja (At 6.3-5). É a Igreja
quem confirma o ministério frutífero de um líder. É por isso que Paulo roga aos
irmãos em Tessalônica que reconheçam o serviço daqueles irmãos (1 Ts 5.12,13),
pois, se não for a Igreja que fizer isso, instituições humanas não poderão
fazê-lo. Deste modo, repousa sobre a comunidade local a responsabilidade de
discernir, por meio da ação do Espírito de Deus, que se torna evidente em
frutos perceptíveis, a chamada para liderança de determinada pessoa. O líder
precisa ter o reconhecimento de sua comunidade local. No mundo secular, governa-se
por direitos legalmente constituídos, por nepotismo e até mesmo por usurpação
do poder. Todavia, na Igreja só há uma maneira: por meio da vocação de Cristo
que é referendada pela igreja local.
2.
Liderando no Senhor.
Os líderes são levantados para serem
ministros em suas comunidades, ou seja, servos. Liderar no Senhor implica
utilizar-se de princípios extraídos da Palavra, que espelhem a vontade de Deus.
Não se deve dirigir para uma instituição, muito menos para uma pessoa
específica; lideramos para a glória de Deus, a fim de que o nome do Senhor seja
exaltado em tudo o que realizarmos. Assim sendo, liderar no Senhor significa, em
muitos casos, abrir mão das opiniões pessoais em nome de cumprir-se a vontade
de Deus. Todo líder deve ter a convicção de que nunca terá a equipe ideal;
lembremo-nos de que nem mesmo Jesus a teve, por isso o líder não deve desmotivar-se
diante de adversidades.
3.
Reconhecendo a liderança como uma grande obra.
Como nos aponta a orientação paulina, o
chamado para servir a Igreja como líder é, ao mesmo tempo, um honroso e árduo
ofício (1 Ts 5.12,13) e cabe-nos reconhecer os verdadeiramente vocacionados.
Devemos publicamente, e em particular, atestar a existência de pessoas
escolhidas por Deus para o governo, liderança e presidência (Rm 12.8; 1 Co
12.28). Assim não falamos apenas de pastores, mas também de líderes em outros
níveis, por meio dos quais a obra de Deus se desenvolve.
II-
O QUE É SER IGREJA?
1.
É ser um ambiente onde há espaço para acolher todos.
Uma Igreja não pode ter um
“público-alvo” específico; nosso campo de evangelização é o mundo. Uma igreja
não pode ser apenas para jovens, ou só para adolescentes, ou exclusivamente
para adultos. É um absurdo existirem igrejas voltadas para o público
intelectualizado, outras para o “povão”. Igrejas para ricos, igrejas para pobres.
É intrínseco a Igreja ser composta por indivíduos de todas as classes, grupos e
culturas. Somos um espaço de acolhimento onde o problemático, o fraco e o
desacreditado devem ter o mesmo espaço que o saudável, o forte e o fervoroso.
Somos vocacionados para dar suporte uns aos outros (Ef 4.1-6), isto é, nossa
responsabilidade é auxiliar aqueles que ainda não são capazes de seguir suas
jornadas sozinhos, e por isso precisam de amigos, abraços e orações.
2.
É ter a palavra certa para cada indivíduo.
A Igreja deve ser capaz de dialogar com
todos os indivíduos de tal forma a ter a palavra adequada para cada perfil de
indivíduo. É por isso que os sermões não devem ser “enlatados”, copiados de um
pregador estrangeiro, ou padronizados, reproduzido irrefletidamente como uma “fórmula
mágica” copiada de um “megaevangelista”, sem respeitar as especificidades e singularidade
de cada comunidade de fé e sujeito. A responsabilidade de sermos Igreja nos
leva ao compromisso de falar com austeridade com os que não levam o Reino de
Deus a sério (Hb 3.13). Fomos chamados a expressar amorosamente a graça e a
misericórdia do Pai àqueles que estão fragilizados (Rm 14.11; Co 9.22,23) e apresentar
as promessas do Reino para os que estão desesperançados (2 Co 1.18-20).
3.
É eleger o bem como estilo de vida.
Somos vocacionados para fazer o bem e
servir uns aos outros (Jo 13.13-15). Já fomos libertos da prática do mal, por isso
este não pode sequer tornar-se uma reação nossa (1 Ts 5.15). Rancor, mágoa, ressentimento,
fúria, inveja, etc., não devem fazer sentido algum para nós. Não utilizamos as
armas do Maligno; se rejeitamos suas ações não devemos nos apropriar de suas
metodologias. Como o próprio Paulo afirma, somos espirituais, deste modo,
nossas estratégias precisam ser diferentes das utilizadas por aqueles que não
conhecem o Pai (Gl 6.1,2; 2 Co 10.4). Todo e qualquer discurso de ódio, a quem
quer que seja, não nos é conveniente. Somos o povo da misericórdia, da graça e
do perdão. Não que de nós mesmos derivem tais princípios, na verdade eles são
todos oriundos do amor do Pai para conosco.
III-
TRÊS ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA UMA VIDA CRISTÃ AUTÊNTICA
1.
Fervor devocional.
Sendo a vida cristã comparada à rotina
de treinamento de um atleta (1 Co 9.24-27), é necessário compreender que existem
algumas práticas que devemos realizar cotidianamente; isto é, assim como um
atleta possui disciplina corporal e alimentar, até mesmo de sono, como cristãos
devemos ser capazes de continuar orando, mesmo quando aparentemente parece que
não somos ouvidos (1 Ts 5.17). Nossa vida não deve ser encarada como um fardo,
mas como um maravilhoso privilégio. A gratidão deve ser a marca de nosso relacionamento com o Pai (1 Ts
5.18), pois quando reconhecemos o poder e a soberania do Senhor somos capazes
de acreditar naturalmente que tudo o que
Ele faz é carregado de bondade e perfeição, tornando assim nossa vida cheia de
leveza.
2.
Vigilância moral.
Há um princípio de conduta apresentado
por Jesus nos Evangelhos que fundamenta de maneira bem relevante a orientação
paulina em 1 Tessalonicenses 5.22. Escrevendo aos tessalonicenses, Paulo
orienta-os a não só fazerem a coisa certa, mas a se absterem da “aparência do
mal”. Ou seja, devemos evitar toda e qualquer prática que escandalize o Evangelho. Assim, mesmo
sabendo que determinadas ações não incorrem em pecado, devemos evitá-las se
elas produzem confusão e alvoroço na mente e coração dos fracos na fé (1 Co 8.9; 10.32; 2 Co 6.3).
3.
Discernimento espiritual.
Uma das características mais marcantes
deste nosso tempo é a variedade de discursos, ações e manifestações. São várias
igrejas, inumeráveis pregadores e cantores, e os meios de propagação de suas
ideias nunca foram tão numerosos como hoje – televisão, rádio, internet, redes
sociais etc. Nessa selva de informações como devemos nos portar? Paulo orienta-nos a
sermos criteriosos com TODAS as coisas (1Ts 5. 21), isto é, examiná-las
minuciosamente para conferir sua autenticidade, assim
como um ourives faz com os objetos que lhes são trazidos. Sabemos que inerrante
só a Palavra de Deus, entretanto, as interpretações humanas, os usos (e abusos)
que se faz da Palavra, tudo precisa ser examinado.
SUBSÍDIO 1
O culto de adoração
pentecostal é conhecido pelas manifestações do Espírito Santo, como o falar em línguas,
a interpretação das línguas e a profecia (expressão vocal inspirada pelo
Espírito no idioma da própria pessoa). Já em pleno século XXI, observamos que
esses fenômenos estão se difundindo em mais igrejas, países e povos do que
estavam no começo deste século, quando o movimento pentecostal teve seu início.
Contanto que obedeçamos à
Palavra de Deus e
fiquemos abertos ao mover do Espírito Santo, desfrutaremos da manifestação ou
dons do Espírito Santo em nossos cultos de adoração. Que nunca deixemos de manter
diante de nós as palavras de 1 Tessalonicenses 5: “Não extingais o Espírito.
Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem ”(vv. 19-21). [...]
Em última instância, a igreja pentecostal deve julgar sua adoração pelo que
está acontecendo interiormente, e não pelo que ocorre exteriormente. Jesus nos
falou que a vinda do Espírito Santo significaria que aquEle que tinha estado
conosco agora estaria em nós (Jo 14.17). É o grandioso poder pentecostal em
ação em nós que tornará nossa adoração significativa e eficaz (CARLSON, Raymond
et al. Pastor Pentecostal. Teologias e práticas pastorais. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2008.pp. 592, 593).
SUBSÍDIO 2
Não obstante, ele também
se refere ‘os que têm dons de administração’ (1 Co 12.28 - NVI) e diz que se
alguém tiver o dom de ‘exercer liderança, que a exerça com zelo’ (Rm 12.8 -
NVI). Ele também incita os tessalonicenses ‘que reconheçais os que trabalham
entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam’ (1 Ts 5.12).
O verbo na expressão ‘presidem
sobre vós” é proistêmi traduzido por
‘liderança’ em Romanos 12.8 (NVI). Portanto, alguns exerciam responsabilidades administrativas
e de liderança na igreja. Mas não se determina o grau da autoridade que suas
responsabilidades
acarretavam. É provável
que essas lideranças cumpriam principalmente as decisões da congregação.
Nessas epístolas, uma voz
de autoridade pertence ao próprio apóstolo. Ele comunica aos tessalonicenses: ‘Pelo
Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos’ (1 Ts
5.27). E que ‘se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o
tal’ (2 Ts 3.14). Ele, ao advertir os coríntios de que falar de modo arrogante
não substitui o poder, pergunta-lhes: “Irei ter convosco com vara ou com amor e
espírito de mansidão?” (1 Co 4.21) (ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. p. 317).
CONCLUSÃO
Nunca se fez tão necessário tomar
cuidado com os charlatões da fé e, ao mesmo tempo, dar suporte à vocação dos
santos que foram chamados por Deus para abençoar nossas vidas por meio da
liderança.
HORA
DA REVISÃO
1. Comente a frase: “Não
foi a Igreja que nasceu para a liderança, mas a liderança que foi constituída
em função da Igreja.”
Resposta pessoal. (A resposta deve refletir
sobre a natureza diaconal das lideranças.)
2. O que significa
liderar no Senhor?
É utilizar-se de princípios extraídos
da Palavra, que espelhem a vontade de Deus; é liderar para a glória de Deus, a
fim de que o nome do Senhor seja exaltado em tudo o que realizarmos.
3. Apresente três
características de uma Igreja autêntica.
Acolhedora, contextualizada/dialogal e
benigna.
4. Quais são as
características de uma vida de fervor espiritual segundo Paulo em 1
Tessalonicenses?
Oração contínua, gratidão, discernimento
e vigilância moral.
5. Qual a importância do
discernimento espiritual para o desenvolvimento de nossas Igrejas?
Por meio do discernimento a verdade de
Deus torna-se mais evidente em nosso contexto eclesiástico e social.