Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 3 - O Fruto de um Trabalho Zeloso
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
TEXTO
DO DIA
“Assim
nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos
comunicar-vos,
não somente o evangelho de Deus, mas ainda a nossa própria alma; porquanto nos
éreis muito queridos.” (1 Ts 2.8)
SÍNTESE
O
caráter de uma comunidade não se constrói de modo repentino; é necessário um
forte investimento espiritual – por meio de discipulado eficiente e de
testemunho pessoal edificante.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA
– Gl 1.10: Quando Deus confirma o ministério de uma pessoa
TERÇA
– 1 Ts 2.11: A Igreja como espaço de edificação mútua
QUARTA
– At 20.24: O nível de doação exigido dos que anunciam o Evangelho
QUINTA
– 1 Ts 2.3: A integridade da mensagem
SEXTA
– 2 Pe 2.3: A denúncia contra os estelionatários da fé
SÁBADO
– 2 Co 7.7: A alegria do ministro fiel
OBJETIVOS
1. IDENTIFICAR o caráter de um
ministro de Cristo;
2. DEMONSTRAR a relevância da
Palavra de Deus numa
Igreja
local;
3. APRESENTAR os objetivos de um
ministério íntegro.
INTERAÇÃO
Paulo era um exemplo para aquela comunidade. Uma das questões que se
sobressai tanto na primeira como na segunda epístola é o caráter do apóstolo,
sua integridade, sinceridade e amabilidade. Sendo merecedor de honra e
privilégios entre os tessalonicenses – por ser o orientador espiritual da
comunidade, em virtude do grande risco de morte que o apóstolo pessoalmente enfrentou
– este não usufruiu de nenhum benefício, antes, trabalhou incessantemente para
não ser “pesado” a ninguém naquela localidade.
Nossas ocupações, nosso trabalho, não podem ser utilizados como
desculpas para algum tipo de prejuízo à obra de Deus. É necessário que sigamos
o inspirador exemplo de Paulo, para que, fazendo o melhor para o Reino de Deus,
muitas vidas sejam alcançadas não apenas por nossa pregação, mas também por
nosso testemunho enquanto fiéis discípulos de Cristo.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Uma
sugestão para ser aplicada nesta lição é o uso de uma metodologia denominada de
“aquário” (em inglês fishbowl). A metodologia desenvolve-se da seguinte
maneira: As cadeiras da classe são arrumadas em círculo. Ao centro do círculo
coloque cinco cadeiras (sendo que sempre uma deve ficar livre). Quatro alunos
são convidados a sentarem no centro e iniciarem um debate a partir de uma temática
sugerida pelo professor. A qualquer momento do debate, alguém da classe pode
sentar-se na cadeira vazia, com isso, necessariamente alguém que estava sentado
participando do debate deve retirar-se de modo a sempre existir uma cadeira
vazia para quem quiser participar, e não permitir que o debate seja
atrapalhado.
Um mesmo participante pode sair e retornar quantas vezes quiser, o
papel do professor é não permitir que o debate acabe; assim este deve, sempre
que possível, sugerir novos temas, formular perguntas, demonstrar falhas na
argumentação de algum participante, etc.
VÍDEO AULA - VEJA
TEXTO
BÍBLICO
1
Tessalonicense 2.1-12
1
Porque vós mesmos, irmãos, bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi
vã;
2
mas, havendo primeiro padecido e sido agravados em Filipos, como sabeis, tornamo-nos
ousados em nosso Deus, para vos falar o evangelho de Deus com grande combate.
3
Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com
fraudulência;
4
mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado,
assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso
coração.
5
Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um
pretexto de avareza; Deus é testemunha;
6
E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que
podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados;
7
antes, fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos.
8
Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos,
não somente o evangelho de Deus, mas ainda a nossa própria alma; porquanto nos
éreis muito queridos.
9
Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando
noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho
de Deus.
10
Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos
houvemos para convosco, os que crestes.
11
Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de
vós, como o pai a seus filhos,
12
para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu
reino e glória.
INTRODUÇÃO
No
capítulo dois de 1 Tessalonicenses, Paulo apresenta-nos o paradigma do
verdadeiro plantador de Igrejas. Quais devem ser as motivações daqueles que se
envolvem no ministério de evangelização e discipulado de novos cristãos? Por vivermos
em dias tão difíceis, somos facilmente induzidos a imaginar que apenas nós
enfrentamos os desafios de conviver com falsos obreiros, com indivíduos cujo
objetivo é o estabelecimento de uma carreira profissional, e não a manifestação
da graça do Pai nesta geração. Todavia, neste momento de sua Carta aos tessalonicenses,
ao fazer questão de destacar alguns aspectos de sua prática ministerial naquela
comunidade, o apóstolo acaba denunciando uma série de indivíduos, que já na Igreja
Primitiva, tinham a intenção de instituir feudos particulares ao invés de
militarem pelo Reino de Deus. Assim como os tessalonicenses, aprendamos com
Paulo.
I- O MINISTRO COMO AQUELE QUE SERVE
1. Aquele que cuida
dos outros.
O
vocacionado por Cristo possui um coração misericordioso, capaz de compreender a
realidade por meio da ótica da graça e do cuidado. Enquanto a sociedade atual
apregoa o individualismo como forma padrão de relacionamento, o servo de Cristo
envolvido na evangelização, discipulado e pastoreio experimenta a força do amor
que se doa para outro; e isto não é à toa, Jesus encarnou este tipo de modelo
relacional (Jo 10.26-30). Em Tessalônica, Paulo afirma cuidar daqueles irmãos
tanto como uma ama (1 Ts 2.7) – que mesmo sem nenhum vínculo biológico com as
crianças de quem cuida, é responsável pela nutrição mais básica como pelos
carinhos –, como um pai (1 Ts 2.11) – cuja responsabilidade fundamental é a formação
do caráter dos filhos que lhe são dependentes. O apóstolo não procurava
benefícios próprios, mas o desenvolvimento daqueles irmãos.
2. Aquele que serve
mesmo com o perigo de perder a vida.
Desde
o início, o ministério de Paulo entre os tessalonicenses envolveu um nível de
comprometimento tal que, em várias ocasiões (1 Ts 2.2,15), o apóstolo
testemunha que correu risco de vida. A radicalidade deste tipo de vocação pode
ser comparada à chamada de nossos irmãos missionários que atuam em países
hostis ao Evangelho hoje (Coreia do Norte, Irã, Vietnã, etc.). Eles não têm
suas vidas por preciosas (At 20.24), mas são capazes de enfrentar vários tipos e
níveis de riscos para levar a Palavra àqueles que ainda não ouviram as Boas Novas
de paz (2 Co 11.23-26). O senso de serviço entre esses obreiros é altíssimo;
para eles a vida não faz sentido se não é apresentada como oferta diária diante
do altar do Cordeiro de Deus. Este nível de comprometimento com o Reino de Deus
está numa condição diametralmente oposta ao tipo de vida nababesca e luxuosa
que alguns optam e impõem sobre suas comunidades.
3. Aquele que
trabalha para não ser pesado a ninguém.
Esta
talvez é uma das características sociais mais marcantes do ministério de Paulo.
Ele optou por um estilo de vida despojado, a tal ponto que, na maioria do
tempo, não necessitava de uma comunidade ou instituição para garantir-lhe o
sustento financeiro; ele mesmo produzia os recursos para sua manutenção (1 Ts
2. 6, 9). Deste modo, seus pedidos financeiros poderiam voltar-se para o
sustento das novas comunidades fundadas (2 Co 8.1-5; 9.12). Esta opção de vida
certamente exige muito mais daquele que realiza ações para o Reino, entretanto
o autoriza a exigir de todos à sua volta uma postura similar (2 Ts 3.12).
Pense!
O
privilégio de ser ministro do Reino não está associado a prêmios ou
reconhecimentos humanos que se podem receber de homens ou instituições.
A maior honraria que cabe ao cristão é ser achado digno de continuar a obra
iniciada por Jesus há dois mil anos.
Ponto
Importante
O
Brasil tem sido muito abençoado em função de jovens que, seguindo uma visão de
Deus, doaram-se completamente em favor do
anúncio do Evangelho. Que essa chama evangelística volte a acender no coração
desta geração para que os não alcançados possam ouvir de Cristo.
II-
O COMPROMISSO COM A PALAVRA
1. A pregação como
exposição da verdade.
O
ministério de Paulo entre os tessalonicenses foi bem-sucedido porque o foco
dele era o anúncio da Palavra; entretanto, tal tarefa não estava fundamentada
em sabedoria humana (1 Ts 1.5), e sim no poder que é próprio da vontade de Deus
(1 Ts 2.3,5). Os tessalonicenses não foram envolvidos em estratégias de retórica
ou oratória, mas pelo poder do Evangelho. Infelizmente na atualidade, em muitas
igrejas, perdeu-se a esperança no poder da Palavra, em virtude disso em muitas
celebrações voltadas para jovens a liturgia é preenchida com elementos dos mais
diversos (shows de humor, MMA amador, muita música dançante). Que tipo de
Igreja teremos daqui
a alguns anos se os cristãos que a compõem não valorizam a Bíblia, nem sequer a
conhecem?
2. A necessidade de
honrar a Deus e a sua Palavra.
A
quem preocupamo-nos em agradar quando pregamos o Evangelho? Paulo deixou bem
claro àquela jovem igreja que seu compromisso estava em agradar ao Pai, e não a
eles (1 Ts 2.4). O apóstolo
não temia o que poderia acontecer quanto à reação dos tessalonicenses, pois ele
sabia que a aprovação de seu ministério não vinha das pessoas, mas do Deus que
confirmara seu ministério (Gl 1.10). Àquele que foi vocacionado por Deus cabe o
discernimento e a maturidade para permanecer firme em sua missão, mesmo quando
todos e tudo levantam-se como oposição. Nestes dias trabalhosos o Evangelho não
é bem recebido por uma geração
incrédula e rebelde (Fp 2.15). Contudo, devemos ter a convicção de que não é a
eles que buscamos agradar, mas ao SENHOR!
3. O discernimento e
a confiança dos tessalonicenses.
No
caso da comunidade dos tessalonicenses, apesar do pouco tempo
de fé que estes possuíam, a Palavra fluiu entre eles com naturalidade. Um dos
motivos de tal desenvolvimento do Evangelho nesta igreja foi o fato de os cristãos
ali terem recebido as palavras de
Paulo como Palavra de Deus (2 Ts 2.13). Numa sociedade cheia de vozes e mecanismos
de comunicação o discernimento é um dos dons mais importantes.
Precisamos
de maturidade para sermos capazes de rejeitar as falácias (2 Tm 4.4) e acolher a
voz do Senhor (1 Co 2.14,15). Como o caso da Igreja em Tessalônica nos demonstra,
discernir a vontade de Deus tem relação direta com nossa intimidade com Deus, e
não com o tempo que possuímos de fé.
Pense!
As
estratégias para anúncio do Evangelho podem ser diversas, mas
é necessário ter a consciência de que o conteúdo sempre tem que
ser mais relevante do que a forma. A falência da Igreja é decretada quando as
pessoas a procuram não com sede da Palavra, mas com fome de entretenimento.
Ponto
Importante
A
aprovação coletiva nem sempre esteve do lado dos profetas e ministros de Deus,
todavia, eles permaneceram firmes e inabaláveis. Cresçamos continuamente em
intimidade com o Pai, para que em momentos de adversidade tenhamos a serenidade
de que nossa chamada é de Deus.
III-
OS OBJETIVOS DE UM MINISTÉRIO ÍNTEGRO
1. Colaborar
para o desenvolvimento de uma comunidade espiritualmente sadia.
O
zeloso trabalho de Paulo tinhaum objetivo claro: colaborar no
crescimentoespiritual dos tessalonicenses detal forma que estes
chegassem ao nívelde intimidade desejado por Deus (1 Ts2.12). O
apóstolo, que naquele momentohistórico estava em forte atividade
missionária,não tinha qualquer intenção debeneficiar-se, de
alguma forma, através davida daqueles irmãos; antes, a finalidade de
seus cuidados pastorais era exclusivamenteo bem-estar deles. Hoje, cada vezmais, na igreja,
precisamos de pessoascomprometidas com o crescimento eamadurecimento
de outros.
2. A
edificação mútua.
Um dos resultados mais destacáveis decorrentes do estabelecimento
de um ministério sadio é a edificação mútua. É necessário reconhecer, apesar
deste não ser o objetivo prioritário da presença de Paulo entre os tessalonicenses,
que o apóstolo foi ricamente abençoado por meio da convivência com aquela
igreja (1 Ts 2.19,20). É assim que o Reino de Deus manifesta-se por meio de uma
liderança abençoadora, todos são enriquecidos pelo poder de Deus, tanto os que
ministram como os que são ministrados (2 Co 7.7; Fm 7). Nunca devemos
compreender a bênção de Deus de forma egoísta, na verdade, sempre que o Senhor
abençoa-nos abundantemente, o seu objetivo é que sejamos capazes de compartilhar
com os outros o muito que Ele nos tem dado (2 Co 9.8).
3. Denunciar as ações
do Maligno.
É
inevitável: a luz sempre desarticula as trevas (Jo 12.46). Por mais que o foco daquele
que faz a obra de Deus com sinceridade não seja esse, mais cedo ou mais tarde,
as obras do Maligno acabam sendo reveladas através do estabelecimento dos
princípios do Reino de Deus (At 26.18). Foi exatamente isto que ocorreu em
Tessalônica (1 Ts 2.14-16); o anúncio do Evangelho foi seguido por uma
onda de perseguição promovida por aqueles que, cheios de maldade, não desejavam
o desenvolvimento da obra de Deus naquela cidade. A integridade do ministério
de Paulo destacava-se, positivamente,
em meio a um contexto de falsos pregadores e profetas de aluguel.
SUBSÍDIO
Jesus
O nome Jesus quer dizer ‘Deus salva’. Conforme Paulo anuncia aos
tessalonicenses: ‘Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação,
por nosso Senhor Jesus Cristo’ (1 Ts 5.9). Em uma passagem anterior da
epístola, ele refere-se a Jesus como aquEle ‘que nos livra da ira futura’
(1.10). Poucas vezes (há cerca
de dez ocorrências nessa epístola), Paulo refere-se a Jesus sem
usar também o título ‘Cristo’ ou ‘Senhor’. Na maioria dessas passagens, o
assunto é a morte de Jesus (1 Ts 1.10; 4.14), um
lembrete da humanidade dEle e da forma custosa com que Ele efetuou a
salvação (Rm 3.25,26).
CONCLUSÃO
O
bem-estar da jovem Igreja em Tessalônica não era fruto do acaso, como vimos
durante esta lição; o padrão paulino de implantar novas igrejas e de discipular
novos cristãos fez com que aquele grupo de irmãos, mesmo tendo convivido pouco
tempo com o apóstolo, tivesse um nível de espiritualidade diferenciado. Nós,
como igreja, na atualidade precisamos cada vez mais disso: amor, integridade e
responsabilidade.
HORA DA REVISÃO
1. Tomando
como base a Primeira Epístola aos Tessalonicenses, cite três características de
um ministério íntegro.
Dedicação,
diligência e doação.
2. Que
riscos a Igreja corre ao retirar a centralidade da Palavra de suas reuniões de celebração?
Perde-se
a centralidade de Cristo na adoração, e a liturgia torna-se puro
entretenimento.
3. Quais os
efeitos em uma comunidade local de uma vocação ministerial cumprida segundo a
vontade de Deus?
Desenvolvimento
espiritual, crescimento mútuo e denúncia das obras do mal.
4. Por que
não devemos compreender a bênção de Deus em nossas vidas de modo egoísta?
Sempre
que o Senhor abençoa-nos abundantemente, o seu objetivo é que sejamos capazes
de compartilhar com os outros o muito que ele nos tem dado (2 Co 9.8).
5. De que
modo as obras do Maligno são denunciadas quando assumimos uma postura de
espiritualidade madura?
Por
meio dos princípios do Reino de Deus que se estabelecem e manifestam as obras
de Cristo.