Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Lição 1 – O que é Família?

Lição Bíblica de Adolescentes
Trimestre: 2° de 2018
Editora: CPAD
Revista do Professor
Reverberação: Subsídios EBD
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TEXTO BÍBLICO
Gênesis 1.26-30; 2.21-24
Destaque
"Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher. E por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa" (Gn 1.27; 2.24).
LEITURA DEVOCIONAL
SEG..................................................................Gn 1.24 - 28
TER....................................................................Gn 2.20-25
QUA....................................................................Gn 9.1-17 QUI.........................................................Gn 15.1-6: 18.1-15
SEX.....................................................................Gn 21.1-8
SÁB..................................................................Gn 25.19-26
DOM..................................................................Gn 35.1-15
Objetivos
- Ensinar sobre a origem da família;
- Explicar a importância da família;
- Conscientizar sobre os planos de Deus para a família.
Material Didático
Lousa (ou quadro de giz) (caneta hidrográfica), folha de papel e lápis.
QUEBRANDO A ROTINA
Uma maneira interessante para começar este trimestre é questionando a turma sobre o que ela entende por família. A partir disso você entenderá os pontos de dúvida para tratá-los nesta aula inicial. Em seguida, faça uma dinâmica. Entregue a cada aluno papel e lápis. Peça que eles descrevam os membros da família e a responsabilidade de cada pessoa (pai, mãe, irmão etc,). Deixe que falem sobre a composição familiar. Depois, em um quadro, faça um desenho de uma "árvore genealógica" com as responsabilidades familiares citadas pelo aluno, mostrando-lhes a organização familiar. Desse modo você terá uma compreensão mais ampla sobre, como a classe pensa o assunto, fazendo um elo para iniciar o tema sobre a origem da família.

ESTUDANDO A BÍBLIA
Caro professor, prezada professora, neste trimestre trataremos de um assunto muito importante para a vida dos adolescentes: a família. Vivemos em um momento te­nebroso, onde a família tem sofrido diversos ataques de setores da sociedade. Por isso, por intermédio da presente lição, o nosso objetivo é equipar os nossos adolescentes, mediante a Palavra de Deus, de conceitos sólidos para que eles não percam a esperança na família.
 
Deus confiou a você a responsabilidade de ajudá-los nesse processo. Então, não esqueça: você poderá mudar as vidas desses adolescentes por intermédio das palavras transmitidas em sua aula. A Palavra de Deus deve ser aplicada na vida de todos adolescentes. Também teremos a oportunidade para refletir sobre nossa vida familiar e, a partir dela, cumprir o chamado de Deus para família. Que Deus encoraje você nessa árdua, mas recompensadora tarefa de discipular os adolescentes da sua Igreja.

O que é Família? Você sabe? Apesar de nascermos e vivermos em uma, dificilmente pensamos no que ela é, sua origem e formação. Por isso, nesta primeira lição, vamos estudar sobre a ori­gem, a importância e como a família é uma incrível criação de Deus para você!

A origem da família
A Bíblia nos ensina que a primeira família foi instituída por Deus. Adão e Eva foram criados e colocados em um jardim, consti­tuindo, assim, a primeira unidade familiar da história humana. Este é o evento em que chamamos de a instituição da família, a primeira organização social do mundo.

O chamado de um homem e de uma mulher para formar um novo núcleo independen­te, onde o homem se une à mulher e estes formam uma única pessoa (Gn. 2.24), tem o objetivo de estabelecer a comunhão e a cooperação mútua, de onde Deus poderia espalhar para todo o mundo as suas bên­çãos. A união de "duas pessoas" em uma "única pessoa" é um "enigma" que Deus usou para expressar a manei rã como a famí­lia deve viver em unidade e comunhão.

Você tem colaborado para manter a comunhão da sua família?
Para aumentar a família, Deus deu outra missão para Adão e Eva: "e os abençoou, dizendo: Tenham muitos e muitos filhos; espalhem-se portada a terra e a dominem. E tenham poder sobre os peixes do mar, sobre as aves que voam no ar e sobre os animais que se arrastam pelo chão" (Gn. 1.28). A missão era a de se multiplicar e se espalhar por toda a Terra. Assim, Deus os abençoou e nasceram os filhos do casal, cumprindo a vontade divina e aumentando a formação do núcleo familiar: um homem, uma mulher e os filhos. Assim foi a origem da primeira família criada pela vontade e pelo amor de Deus.

AUXILIO DIDATICO
Professor, professora, leia a explicação do professor Esdras acerca da decisão de Deus em formar a família: "Deus é quem decidiu criar a família. Esta foi formada para ser um centro de comunhão e cooperação entre os cônjuges. Um núcleo por meio do qual as bênçãos divinas fluiriam e se espalhariam sobre a terra (Gn 1.28). Não era parte do projeto célico que o homem vivesse só, sem ninguém ao seu lado para compartilhar tudo o que era e tudo o que recebeu da parte de Deus.

O homem sente-se pessoa não apenas pelo que é, mas também quando vê o seu reflexo o outro que lhe é semelhante. Portanto, a sentença divina ecoada nos umbrais eternos expressa o amor e o cuidado celeste para com a vida afetiva do homem. Para Deus, 'Não é bom que o homem esteja só'. O verbo estar, no presente do subjuntivo (esteja), tradução do hebraico HAYA, expressa um estado circunstancial e transitório do ser. A solidão é um agravo à saúde psicofísica da criatura feita à sua imagem sem um semelhante para comungar.
O próprio Deus não estava solitário na eternidade, mas partilhava de incomensurável comunhão com o Filho e o Santo Espírito. Deus é um ser pessoal e sociável às suas criaturas morais. No entanto, contrapondo a natureza divina à humana, concluímos que o intrínseco relacionamento entre a divindade e o ente humano dá-se em níveis transcendentais, metafísicos" (BENTHO, Esdras Costa. A Família no Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.24).

Neste primeiro tópico da lição, você deve deixar bem claro para os alunos que a família é um projeto idealizado exclusivamente por Deus. Aprouve ao Altíssimo unir homem e mulher e, a partir desta união, formar o casal e a sua prole. Então, surge a família.

A vida solitária nunca foi o projeto de Deus para homem nem para a mulher. O ser humano é um ser social desde o princípio de tudo. Ele não se achou sozinho para desempenhara função que o Pai havia estabelecido para ele.

Quando as Escrituras mencionam a profunda comunhão da Santíssima Trindade, podemos perceber a ideia que elas passam quando Deus disse: "não é bom que o homem esteja só". Pai, Filho e Espírito Santo, desde sempre, vivem e cultivam uma comunhão mútua e prazerosa. Quando o Filho de Deus pede "e agora, Pai, dá-me na tua presença a mesma grandeza divina que eu ti nhã contigo ante de o mundo existir" (Jo 17.5), é possível perceber a grandeza desta maravilhosa comunhão trinitária. Ora, a divindade do Filho, do Pai e do Espírito Santo não pode ser hierarquizada nem colocada numa posição de vantagem para um ou outro, pois o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas numa mesma substância divina e eterna. Neste contexto celestial ocorre a comunhão das Três Pessoas divinas e eternas que refletiu na criação e na formação da família: "façamos o homem conforme a nossa imagem e semelhança".

Portanto, quando Deus disse no Génesis que o homem e a mulher "serão uma só carne", do ponto de vista da comunhão da Trindade Santíssima, significa que o ser humano não pode e não deve viver na solidão. Não foi esse o plano divino desde o início? Por isso, a família é o lugar onde o ser humano, homem e mulher, pode se realizar plenamente. De fato, a família é um projeto extraordinário de Deus. Na proporção em que a criação do homem se deu na perspectiva do próprio Deus, podemos dizer que a família reproduz a "imagem e a semelhança" da comunhão da Santíssima Trindade. E que, por isso, é divina. Deus ama a família!

Qual é a importância a família?
Já sabemos como ela foi criada e que a família é um presente de Deus para as nossas vidas. Mas qual é a sua importância?

Na família, aprendemos os primeiros passos e recebemos os primeiros cuidados em nossa vida. Diferente da maioria dos animais, o ser humano precisa de muitos cuidados ao nascer, pois ele não consegue fazer nada sem o auxílio de um responsável a fim de que cresça seguro e saudável. As relações com os nossos pais serão a nossa referência para a vida adulta, pois através da família em que habitamos poderemos pensar e planejar sobre como vamos formar a nossa própria família.

Na sociedade hebraica, a família israelita era parte muito importante da vida social. E certo que a expressão bíblica, "depois o Senhor disse: — Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade" (Gn. 2.18), nos ensina uma grande verdade: Deus nos fez como seres sociais que precisam do outro semelhante para se entender como pessoa, e a se relacionar com o outro. A família criada por Deus vem ao encontro dessa necessidade colocando ao nosso lado os nossos pais e irmãos como primeiro espaço de relacionamentos e de experiências de amor e comunhão familiares. Disso vem a importância da família.

No mundo antigo, a família tinha outra utilidade prática: dar proteção aos seus membros. Era uma maneira de proteção e cuidado, quanto maior a família, mais segu­ro era viver e viajar de um lado para o outro, e também proteger qualquer interesse dos de casa (SI 127.4,5). Assim, os nossos pais são quem nos protegem e suprem as nossas necessidades; e ao envelhecerem também precisam de nós para protegê-los com todo cuidado e carinho.

Sabemos que a solidão gera trágicos problemas psicológicos para nós; sabendo disso, Deus nos providenciou a família e todos os amigos que estão ao nosso lado. Afinal, você tem muitos amigos, certo?
Está aio motivo de gostarmos da compa­nhia de nossa família e compartilharmos os momentos da vida. Deus nos fez para viver em comunidade!

AUXILIO DIDATICO
Você sabia que a organização familiar dos tempos bíblicos era bem diferente do que é nos tempos atuais? O estudioso Ralph Gower diz que as unidades familiares do ocidente no século vinte são chamadas nucleares por serem pequenas - mãe, pai, e um ou dois filhos. As unidades familia­res nos dias do Antigo testamento eram grandes e incluíam todos os membros da mesma-tias, tios, primos e servos. Nós as chamaríamos de famílias extensas. O chefe da família era o pai, e o chefe de um grupo de famílias era o xeque...

A família era, portanto um 'pequeno rei­no' governado pelo pai. Ele tinha autoridade sobre a esposa, filhos, netos e servos todos da casa. Os filhos eram educados de modo a aceitar a sua autoridade (Ex 20.12) e se recusassem aceitá-la, ameaçando assim a segurança da unidade familiar, podiam ser punidos com a morte (Dt 21 - 18.21) (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de janei­ro: CPAD, 2010, pp. 54-55).

Podemos notar o quanto o "reino familiar" diminuiu. Hoje, em nossa sociedade, o número de uma família, de maneira geral, é limitado a quatro ou pouco mais pessoas, podendo em caráter de excessão ultrapassar esse teto. E quando na maioria das vezes isso acontece tem a ver com questões sócio-econômicas ou falta de planejamento familiar. Mas antigamente não era assim. Ser o chefe da família era ter sob sua responsabilidade numerosas pes­soas, desde sua dimensão nuclear, cônjuge e filhos, até a mais extensa, primos, tios, parentes mais distantes e servos.

Entretanto, como hoje, a família sempre foi o primeiro sistema social e mais importan­te para os primeiros anos de vida de qualquer pessoa, como escreve o professor Esdras: "[...] É necessário registrar que a família é o primeiro sistema social mais 'significativo e importante para os primeiros anos de vida de qualquer indivíduo'. Consequentemente, a primeira experiência relevante de qualquer pessoa, manifesta-se positiva ou negativa­mente nosistemafamiliar" (BENTHO, Esdras Costa. A Família no Antigo Testamento. Rio de janeiro: CPAD, 2006, p.26). Logo, a experiên­cia de vida que o indivíduo tem no seio da sua família fará toda a diferença na formação moral, ética e a constituição de seu caráter e personalidade. Por isso a família é a Célula Mater da sociedade. £ o fundamento e o es­teio de toda uma sociedade.

Portanto, permitir a degradação e o ani­quilamento dos fundamentos familiares é um crime, não só contra o indivíduo membro da família, mas contra toda a humanidade. Sem família não há sociedade! Não há na­ção! Não há comunidade global!

Por isso, professor, neste tópico, procure desenvolver com vagar e clareza a importân­cia da família. Os nossos adolescentes pre­cisam aprender a identificar o valor de sua família. Não só da sua, mas a importância da família para toda sociedade. Esta é uma excelente oportunidade de construirmos valores saudáveis e sólidos para a nossa adolescência cristã.

 Família nos planos de Deus
Deus criou a família por sua vontade e amor, mas como ela se encaixa nos planos dEle? Ao criar os seres humanos, o Criador lhes deu o primeiro trabalho: cuidar do jar­dim e nele cultivar plantações (Gn 2.15). Em outras palavras, viver a vida!

Mas viver a vida como? Está aí nosso gran­de desafio: viver a vida agradando a Deus em liberdade e comunhão com Ele, juntamente com a nossa família. O plano de Deus para a família é que esta possa refletir ao mundo o seu amor, e por intermédio dela, o Altíssimo abençoe toda a Terra. Não foi assim com Adão e Eva, com Abraão e Sara, grandes re­presentantes bíblicos da história de f é? Assim também deve ser a nossa família: um espaço convidativo para a manifestação divina e o derramar das bênçãos dEle ao mundo.

Às vezes nos desentendemos em casa, mas nossa relação com os nossos pais e ir­mãos deve sempre ser melhorada. Já pensou que a sua família é um presente de Deus para você?
- Ah, mas minha família não é cristã.
- poderia você falar...
Mas já pensou que você é um presente de Deus para fazer a sua família conhecera amor do Pai pela sua vida?
A Bíblia nos diz: "Eu reconheço que para ti nada é impossível e que nenhum dos teus planos pode ser impedido" (Jó 42.2). Assim também são os planos dEle para a sua família!


AUXÍLIO DIDÁTICO
E importante, prezado professor, pro­fessor, que nessa primeira aula você tenha ideia de sua prática educacional ao longo de todo o trimestre. O professor e a professora da Escola Dominical não podem pensar uma lição por vez. Ele precisa pensar de forma global o material didático que tem em mãos. Neste aspecto, a prática docente não pode ser aleatória, insenta de fundamento, como se não houvesse um processo de reflexão perma­nente, sem norte e objetivo. Assim, o pastor César Moisés destaca o fazer educação com prática refletida, pensada e bem elaborada: O nosso fazer educação, estejamos cônscios disso ou não, está fundamentado em algo, existe uma teoria/e ou uma filosofia e, consequentemente uma política educacional que o condiciona e isso deve ficar claro para o educador. Nossa prática docente não deve ser um tiro no escuro', um ensinamento a esmo, uma reprodução irrefletida sem direção e até mesmo sem norte e objetivo.

Assim para fugir do lugar-comum e atingir o nível de excelência requerido pelo majes­toso ministério de ensino, é necessário que o educador promova através do processo educativo, uma mudança de comportamento nos educandos, ou seja, a nova postura que será evidenciada durante as abordagens dos conteúdos bíblicos, suas nuances e mati­zes, articulando esses com a vida diária do educando, denominada nesse texto de prá­tica social. Tal deve ser assim, pelo simples fato de que somos uma família e, por isso mesmo, devemos viver a koinonia cristã, ou seja, sendo uma verdadeira comunidade de adoração e, ao mesmo tempo educativa (CARVALHO, César Moisés. Uma pedagogia para a Educação Cristã. Rio de janeiro: CPAD: 2015, p.328).

Conclusão
Assim como Deus idealizou no seu jardim que a nossa família seja um exemplo para o mundo, indo e pregando o Evangelho, seja na igreja ou em casa ou na escola, fazendo a diferença e seguindo a vontade de Deus em todo lugar e em todo tempo. Que Deus abençoe a sua família, que neste trimestre possamos aperfeiçoar ainda mais a nossa vida em família para a Glória de Deus e o nosso bem.

RECAPITULANDO
A Bíblia nos ensina que a primeira família foi instituída por Deus. Formada por um homem e uma mulher, a família tem o objetivo de ser um lugar de comunhão e cooperação.

Na família, aprendemos os primeiros passos da vida e recebemos os primeiros cuidados. Diferente da maioria dos animais, o ser humano precisa de muitos cuidados, pois ao nascer, ele não consegue fazer nada sem o auxílio de um responsável a fim de que cresça seguro e saudável.

Deus nos fez como seres sociais, que precisam do outro semelhante para se entender como ser humano e também se relacionar com ele. A família criada por Deus vem ao encontro desta necessidade.

O plano de Deus para a família é que esta possa refletir ao mundo o seu amor, e por intermédio dela, o Criador abençoe todo o mundo.

REFLETINDO
1) Quem instituiu a família?
R. Deus

2) Você acha sua família importante na sua vida?
Pessoal.
3. O que você acredita ser o plano de Deus para a família?
R: Pessoal.

Fonte: Lições Bíblicas de Adolescentes – 2° trimestre de 2018, CPAD – Divulgação: Subsídios EBD