Assunto: Grandes
temas do apocalipse – Uma perspectiva profética impressionante dos últimos
tempos
Lição: Jovens e
Adultos
Trimestre: 1° de
2018
Comentarista: Pr. Joá
Caitano
Editora: Central Gospel
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Apocalipse
19.7-10
7
- Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as
bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
8
- E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o
linho fino são as justiças dos santos.
9
- E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das
bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
10
- E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal;
sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus;
porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.
2
Coríntios 11.2
2
- Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para
vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
Efésios
5.27
27
- Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível.
Lucas
12.35-37
35
- Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias.
36
- E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de
voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe.
37
- Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando!
Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se,
os servirá.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Juízes 14.12-17: Bodas
celebradas por sete dias
3ª feira – Cantares 2.1-4: A
sala do banquete
4ª feira – Mateus 8.5-13: Assentar-se
à mesa com Abraão, Isaque e Jacó
5ª feira – Mateus 22.1-14: Sem
as vestes nupciais
6ª feira – Mateus 25.1-6: A
chegada do esposo
Sábado – Apocalipse 19.1-9:
Felizes são os convidados para as Bodas
TEXTO ÁUREO
Regozijemo-nos,
e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas
são
as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. Apocalipse 19.7
OBJETIVOS
Ao
término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- compreender biblicamente que a
Igreja é a Noiva de Cristo e se tornará a Esposa do Cordeiro;
- identificar, de acordo com a
concepção bíblica, as características de uma noiva que espera a chegada do
noivo;
- descrever o amor do Noivo e da
Noiva, cujo clímax se dará na glória do maior casamento de todos os tempos.
APROFUNDE SEU CONHECIMENTO - LEIA TAMBÉM:
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor,
Inicie a aula dividindo a lousa em duas partes: na parte direita,
escreva casamento; na outra, preparativos. Use o método de perguntas e
respostas.
Dirija-se aos alunos, individualmente, e pergunte a cada um
deles: qual a sua concepção de casamento. Oriente-os sobre o que a Bíblia diz
acerca do assunto e, em seguida, sobre quais são os preparativos para esse
grande dia.
Selecione algumas respostas e escreva os conceitos na lousa;
então, trabalhe-os no contexto da aula, fazendo uma analogia com
as bodas do Cordeiro. Não é à toa que Jesus utilizou-se do método de perguntas,
que também é chamado de método catequético. Por meio desse recurso, o professor
pode avaliar o nível de interesse e o conhecimento da classe ou de um aluno em
particular [...]. Com esse método, o Mestre conferia grande praticidade às Suas
preleções e ensinava de modo enfático grandes verdades do Reino de Deus
(CHAVES, G. Central Gospel, 2012, p. 36,7).
Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
Deus
criou o homem e a mulher com Suas próprias mãos — como pessoas adultas — e
uniu-os em santo matrimônio (Gn 2.24).
No
final dos tempos, após o Tribunal de Cristo, Deus celebrará outra união, como
no início. Será o grande casamento:
grande
em amor, felicidade, alegria, significado, beleza, glória, louvor, reverência,
mistério e santidade! Esse matrimônio chama-se as bodas do Cordeiro; nele, o
Senhor Jesus será o Noivo, e a Igreja, a Noiva (Ap 19.7).
1. CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO
JUDAICO
O
casamento judaico era uma ocasião de grande júbilo familiar (Jr 33.11). Os
nubentes usavam trajes especiais nesse dia (Is 61.10; Ez 16.9-13).
A
noiva usava um fino vestido, em geral adornado com joias e outros ornamentos
(Sl 45.14,15; Is 61.10), e um véu (Gn 24.65; Ct 4.3), que era removido no
aposento nupcial — isto explica a necessidade de Rebeca ter-se coberto com véu
na presença de Isaque, seu noivo (Gn 24.65), como também explica o fato de Labão
ter encontrado certa facilidade para trocar Raquel por Leia, sua filha mais
velha, na noite do casamento com Jacó (Gn 29.23-25). O noivo, por sua vez, geralmente
trajava roupas finas e um diadema (Ct 3.11; Is 61.10).
Em
paralelo, a nação de Israel e a Igreja são comparadas a uma noiva,
observando-se suas diferenças:
(1) a
nação de Israel é descrita como uma esposa imoral (Is 54.5,6; Ez 16.28; Os 2.2;
5.3;9.1);
(2) a
Igreja é descrita como uma noiva pura e virgem (2 Co 11.2) (Adaptado de:
WILLMINGTON, H. L. Central Gospel, 2015b, p. 85).
1.1. Procedimentos do
jovem pretendente
Segundo
a tradição hebraica, na maior parte das vezes, o pai dizia ao seu filho com qual
moça ele deveria se casar; de outra parte, a jovem teria o marido escolhido por
seu pai (1Sm 18.17-28). Em outras ocasiões, no entanto, o rapaz poderia contrair
matrimônio com a moça por quem se interessasse (Jz 14.1-3). A partir de então,
a proposta de casamento era feita — por meio de um contrato (legal e
verdadeiro), no qual se estabeleciam os termos do acordo. O mais importante a
ser considerado na transação era o preço que o noivo estava disposto a pagar
para desposar aquela noiva em particular (Gn 34.12).
Depois
de firmado o contrato, o noivo pagava o valor estipulado e, depois, partia. Historiadores
informam que o noivo deveria fazer um breve discurso à noiva, dizendo: eu vou
preparar lugar para você (Jo 14.2). De volta à casa de seu pai, o noivo deveria
construir para a noiva uma câmara nupcial, na qual passariam a lua de mel.
Se
alguém visse o noivo trabalhando para concluir sua câmara nupcial, e porventura
lhe perguntasse quando seria o grande dia, ele deveria responder: só meu pai
sabe (Mt 24.36).
1.2. Deveres da noiva
pretendida
Nesse
período, a noiva era considerada consagrada, separada e comprada por preço. Ela
não poderia retirar o véu, símbolo do seu compromisso (Gn 24.65).
A
noiva estaria obrigada a esperar pacientemente pelo dia do matrimônio. Nesse
ínterim — além de preparar o enxoval e organizar todas as coisas, até que o
noivo viesse buscá-la —, a noiva deveria convocar suas irmãs, suas melhores
amigas e todos aqueles que seguiriam com ela para as bodas.
Segundo
a tradição, a noiva deveria ter consigo uma lâmpada com azeite, para o caso de
o noivo demorar a chegar, ou para o caso de ele chegar tarde da noite — ela
deveria estar pronta para partir, assim que fosse solicitada, e isso poderia acontecer
de um momento para o outro, sem prévio aviso (Mt 25.6).
1.3. É chegada a hora
das bodas
Os
amigos do noivo eram obrigados a dar um sinal à noiva, quando se aproximassem da
casa dela, que poderia ser um grito: aí vem o esposo! (Mt 25.6) — ao ouvir o
brado, ela saberia que a hora das bodas chegara.
Ao
se encontrarem, os nubentes entravam na câmara nupcial e trancavam a porta para
consumar o casamento. Algum amigo ou parente ficava à porta, pelo lado de fora,
para vigiá-la, a fim de garantir que eles não seriam incomodados. Enquanto
isso, o pai do noivo recebia os convidados para as bodas.
Passados
sete dias, os noivos saíam da câmara nupcial e eram anunciados por alguém que
estivesse junto à porta (Gn 29.27,28; Jz 14.12; Jo 2.2-10). Nesta ocasião, a
noiva apresentava-se sem o véu, por já estar desposada. A aparição dos
recém-casados na festa era celebrada com uma ceia em homenagem ao casal.
A Noiva do Cordeiro ficará sete
anos no céu, na casa do Pai, e depois virá. Desta vez, com seu Esposo, e todos
conhecerão a mais formosa entre as mulheres (Ct 6.1; Jd 1.14).
2. O AMOR DO NOIVO E DA NOIVA
A
essência de todo e qualquer casamento reside na maior de todas as virtudes: o
amor (1 Co 13.1-13). O amor é o vínculo da perfeição, pois reveste os cônjuges
de afeto, misericórdia, bondade, humildade, mansidão e longanimidade (Cl 3.14)
e reveste a união conjugal de beleza, força e estabilidade.
O
amor do Noivo pela Noiva é infinitamente superior ao amor storge (grego = amizade entre familiares); philia (grego = companheirismo) ou eros (grego = amor romântico ou sensual, associado à atração física,
ao prazer e ao ato sexual propriamente dito). O amor de Cristo pela Igreja —
Sua futura esposa — é ágape
(grego
= divino e puro).
2.1. Características
do amor do Noivo
Agostinho
disse que, no céu, o amor que recebermos de Deus para a nossa alma transbordará
para nosso novo corpo ressurreto em uma torrente de prazer (KREEFT; TACELLI.
Central Gospel, 2008, p. 418).
O
amor (ágape) do Noivo (Jesus) possui as seguintes características:
sacrificial — porque Ele
entregou-se, deu-se por sua Noiva, a Igreja (Ef 5.25);
incondicional — porque não há
qualquer exigência ou cobrança (Is 53.7);
intenso, robusto, crescente e
edificante (Ef 4.16);
provedor — porque Ele supre
as necessidades da Noiva, em todas as áreas (Ef 5.29);
purificador, com mensagens
extraídas da Palavra divina (Ef 5.25,26b);
eterno — maior do que o tempo,
as circunstâncias, a Terra e tudo mais (Jo 13.1).
2.2. Características
do amor da Noiva
A essência do amor da Noiva (Igreja) é o Espírito Santo,
prefigurado
no azeite, citado por Jesus na parábola das dez virgens (Mt
25.1-4). Significa dizer que o amor da Noiva é essencialmente consagrado,
dirigido e orientado pela terceira pessoa da Trindade divina.
O amor da Noiva,
eleita pelo Cordeiro, é:
santo e puro — porque ela não se
conforma aos padrões mundanos, que contaminam e corrompem aqueles que se deixam
levar por eles (1 Jo 2.15,16);
engrandecedor — porque a prepara,
habilita e aperfeiçoa (Ef 5.27), até que ela esteja pronta para o encontro com
o Noivo, a quem tanto ama e a quem prometeu fidelidade (Et 2.12; 2 Co 11.2);
paciente — porque a Noiva,
submissa, espera, a chegada do Seu amado (Tg 5.7);
pacífico, equilibrado e
seguro — porque ela confia na promessa do seu Noivo: Ele voltará para buscá-la
(Jo 14.1-3);
diligente, dinâmico e operante
— porque ela trabalha enquanto é dia, anunciando as virtudes do Seu amado, até
que Ele venha (Jo 9.4; 1 Co 11.26);
alerta — porque, até na
escuridão da noite, ela está pronta, aguardando o Noivo, que poderá chegar de
repente (Mt 25.6).
3. A GRANDE FESTA DAS BODAS
Nenhuma
festa de casamento terrena pode ser comparada, sob qualquer aspecto, às bodas do
Cordeiro. Todos os salvos e remidos, de todas as épocas e lugares, aguardam esse
grande dia (Ap 19.7).
3.1. Onde tudo
acontecerá
O
céu foi criado e configurado por Deus para ser Sua morada (1 Rs 8.27,30; Is
63.15; 57.15) e para ser a morada eterna dos remidos (Hb 11.16). A grande festa
das bodas do Cordeiro acontecerá nesse lugar de perfeição, onde não haverá mais
morte, nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.4); nem noite (Ap 21.25); nem
maldição (Ap 22.3); nem fome, sede ou calor excessivo (Ap 7.16); nem condenação
(Jo 5.24), tampouco corrupção (1 Co 15.54; 1 Pe 1.4).
A
festa das bodas do Cordeiro acontecerá na Jerusalém celestial, a cidade do Deus
vivo (Hb 12.22), exatamente na sala do trono de Deus, onde resplandece a luz
perpétua e divinal, que o Noivo dará à Sua Noiva (Is 60.1-3,19,20).
3.2. Vestimenta
adequada
A
veste nupcial será o traje de todos os participantes escolhidos e convidados
para o grande casamento — estas foram lavadas e alvejadas pelo sangue do
Cordeiro (Ap 7.14; 22.14).
O
vestido da Noiva são os atos de justiça, representados como linho fino, puro e
resplandecente (Ap 19.6-8) — como na parábola do grande rei que celebra as
bodas do seu filho (Mt 22.1-12). Aqueles que não estiverem devidamente traja dos,
seguindo as exigências do evento, serão reconhecidos, confrontados e punidos (Mt
22.14).
3.3. Convidados
especiais
Estarão
presentes neste casamento o Pai, o Espírito Santo e todos os seres criados que
habitam os céus (1 Tm 5.21a). Somente os chamados terão acesso (Ap 19.9), conjuntamente
com a Igreja Triunfante e os santos do Antigo Testamento (Mt 8.11; Lc 14.15) —
como disse o senhor Jesus, os amigos do Noivo (Jo 3.29).
3.4. O tempo de
cantar chegou!
Nas
bodas do Cordeiro, haverá grande alegria, celebração, júbilo, regozijo e felicidade
(Ap 5.11-14). Ao som de instrumentos preparados exclusivamente para este fim,
em meio a cânticos e louvores, estarão o Noivo e a Noiva. Veja! O inverno
passou; as chuvas acabaram e já se foram. Aparecem flores sobre a terra, e
chegou o tempo de cantar (Ct 2.11, 12 NVI).
Veste
significa fidelidade em fazer as boas obras. Essa vestimenta deve ser usada
pelo crente e consiste de boas obras realizadas na dependência do Espírito
Santo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010b, p. 792).
CONCLUSÃO
A
figura da Igreja como uma noiva que se prepara para contrair núpcias com o
Senhor Jesus — para tornar-se a Esposa do Cordeiro — aparece em várias
passagens bíblicas. Este é um dos mais relevantes símbolos neotestamentários,
cujos significados são importantíssimos para todos os crentes salvos de todas
as épocas.
Nesta
era — na dispensação da graça —, Deus, por intermédio do Seu Santo Espírito,
tem-nos dado Sua unção, Sua Palavra e Seu poder para anunciarmos o evangelho ao
mundo, até que o Noivo volte para o grande dia das bodas celestiais (Jo
14.1,2).
Devemos
estar disponíveis e cautelosos para o dia do enlace eterno com o Senhor Jesus
(2 Co 11.2)
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Por que a Bíblia descreve a Igreja como uma noiva que aguarda as
bodas?
R.:
Porque se trata do relacionamento mais íntimo e duradouro, de acordo com os
padrões bíblicos. A Noiva, pura e santa, aguarda com paciência, alegria e
esperança, a consumação deste casamento na segunda vinda de nosso Senhor (Ap
17.7-9; 21.9).