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artigo é APENAS UMA PARTE do subsídio para a lição bíblica da classe de
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O
capítulo oito da carta aos Hebreus apresenta Jesus como mediador da nova
aliança (8.6-13. No versículo um, Jesus é o sumo sacerdote à direita do trono
da Majestade nos céus. Ele é o ministro do santuário. No versículo seis, Jesus obteve
um ministério tanto mais excelente, com base em superiores promessas (Hb 8.1,6,
NAA - Nova Almeida Atualizada). Os capítulos 8 -10 descrevem numerosos aspectos
do antigo concerto tais como o culto, as leis e o ritual dos sacrifícios no
tabernáculo; descrevem os vários cômodos e móveis desse centro de adoração do Antigo
Testamento.
É duplo o propósito
do autor:
1)
contrastar o serviço do sumo sacerdote
no santuário terrestre, segundo o antigo concerto, com o ministério de Cristo
como sumo sacerdote no santuário celestial segundo o novo concerto; e
2)
demonstrar como esses vários aspectos do antigo concerto prenunciam ou
tipificam o ministério de Cristo que estabeleceu o novo concerto.
I. MEDIADOR DA NOVA ALIANÇA (Hb 8.6-13)
O
termo “mediador” (no original grego mesites)
transmite a ideia de “alguém que fica no meio, unindo duas pessoas com mãos
fortes”. Portanto, a “Nova Aliança” (um nome ainda melhor para Novo
Testamento), da qual Jesus Cristo é o nosso único e suficiente mediador, é
superior à “Velha Aliança” (ou Antigo Testamento), estabelecida por Deus
mediante Moisés no deserto do Sinai (9.15; 12.24; Êx 24.7,8; 25.40; 1Tm 2.5).
Na
Bíblia a palavra grega que sempre se usa para aliança é diatheke. Comumente uma aliança é um acordo entre duas pessoas. O
acordo depende de condições que ambas as partes aceitam: se alguém romper as
condições da aliança, a própria aliança fica anulada.
1. Diferentes
alianças na Bíblia.
As
Escrituras também nos informam que Deus estabeleceu 8 grandes alianças, com os
homens.
(1)
A Aliança Edênica (Gn 2.16) condiciona a vida do homem no estado de inocência.
(2)
A Aliança Adâmica (Gn 3.14) condiciona a vida dos homens caídos e promete um
Redentor.
(3)
A Aliança Noética (Gn 9.16) estabelece um princípio: a vida na terra está sob
governo humano.
(4)
A Aliança Abraâmica (Gn 12.2) funda a nação de Israel e confirma, com
acréscimos específicos, a promessa de redenção feita a Adão.
(5)
A Aliança Mosaica (Êx 19.5) condena todos os homens, "porque todos
pecaram" (Rm 3.23; 5.12).
(6)
A Aliança Israelita (Dt 30.3) assegura a restauração final e a conversão de
Israel.
(7)
A Aliança Davídica (2Sm 7.16) estabelece a perpetuidade da família davídica
(cumprida em Cristo, Mt 1.1; Lc 1.31-33; Rm 1.3) e do reino davídico sobre
Israel e sobre toda a terra, que será cumprida em Cristo e por meio dele (2Sm
7.8-17; Zc 12.8; Lc 1.31 - 33; At 15.14-18; 1 Co 15.24).
(8)
A Nova Aliança (Hb 8.8,) se baseia no sacrifício de Cristo e assegura a bênção
eterna a todos os que creem, bênção prometida pela Aliança Abraâmica (Gl
3.13-29). É absolutamente incondicional e, pelo fato de não impor nenhuma
responsabilidade ao homem, é definitiva e irreversível.
A Nova Aliança, a
última das oito grandes alianças das Escrituras, é
(1)
"melhor" (Hb 8.6) do que a Aliança Mosaica (Êx 19.5), não moralmente,
mas quanto a sua eficácia (Hb 7.19; comp. Rm 8.3,4).
(2)
Está fundamentada sobre promessas melhores (i.e., incondicionais). Na Aliança
Mosaica, Deus disse: "Se (...) guardardes" (Êx 19.5); na Nova
Aliança, ele não impõe condições (Hb 8.10,12).
(3)
Sob a Aliança Mosaica, a obediência nascia do temor (2.2; 12.25-27); sob a Nova
Aliança, ela é produto da disposição da mente e do coração (8.10),
(4)
A Nova Aliança assegura a revelação pessoal do Senhor a todo crente (Hb 8. 11).
(5)
Ela assegura completo perdão de pecados (Hb 8. 12; 10.17; comp. 10.3).
(6)
Baseia-se numa redenção consumada (Mt 26.27,28; 1Co 11.25; Hb 9.11,12,18,23).
Lembre-se de que no NT a palavra gr. diatheke é traduzida tanto por "testamento"
como por "aliança".
(7)
Ela assegura a perpetuidade, conversão futura e bênção de um Israel
arrependido, com quem a Nova Aliança ainda será ratificada (10.9; comp. Jr
31.31-40).
2. Jesus e as oito
Alianças.
A relação de Cristo
com as oito Alianças é a seguinte:
(1)
Quanto à Aliança Edênica, como "segundo homem" e "último
Adão" (1 Co 15.45-47), Cristo toma o lugar sobre todas as coisas, lugar
que o primeiro Adão perdeu (Cl 2.10; Hb 2.7-9).
(2)
Ele é a Semente da mulher da Aliança Adâmica (Gn 3.15; Jo 12.31; Gl 4.4; 1Jo
3.8; Ap 20.10) e cumpriu as condições de trabalho árduo (Mc 6.3) e de
obediência (Fp 2.8; Hb 5.8).
(3)
Como o maior filho de Sem, nele se cumpriu de forma suprema a promessa feita a Sem
na Aliança Noética (Gn 9.16; Cl 2.9).
(4)
Ele é o Descendente a quem foram feitas as promessas na Aliança Abraâmica, o
Filho de Abraão obediente até a morte (Gn 22.18; Gl 3.16; Fp 2.8).
(5)
Ele viveu sem pecado sob a Aliança Mosaica e levou por nós a maldição dessa
aliança (Gl 3.10-13).
(6)
Ele viveu em obediência como um judeu na Judeia, terra da Aliança Israelita, e
cumprirá suas promessas da graça (Dt 28.1-30.9).
(7)
Ele é o Descendente, o Herdeiro e o Rei da Aliança Davídica (Mt 1.1; Lc
1.31-33).
(8)
Seu sacrifício é o fundamento da Nova Aliança (M126.28; 1Co 11.25).
A
Nova Aliança, que foi selada com o sangue de Cristo. Esta última é um legado da
graça divina e entrou em vigor com a morte de Cristo (Mt 26.28; 1Pe 1.4). Todas
as alianças foram de alguma forma repreensíveis por causa da fraqueza humana.
Mas o pacto feito por Deus e selado com a morte de seu Filho é eterno e
irrepreensível em si mesmo e em sua forma de aplicação!
3. Jesus é o mediador
da nova aliança.
O
autor de Hebreus afirma claramente que, agora, Jesus Cristo "é o Mediador
da nova aliança" (Hb 9.15) e repete essa declaração mais adiante (Hb 12.24).
A
promessa mencionada em Hebreus 8.8, da Nova Aliança cita especificamente
"a casa de Israel e [...] a casa de Judá".
Qual
é, então, a relação entre essa nova aliança prometida a Israel, mas
experimentada hoje pela Igreja? Ou, em outras palavras, como foi possível Deus
prometer essas bênçãos aos judeus, mudar o plano e concedê-las à Igreja?
Talvez
a resposta possa ser encontrada no princípio de Deus que determina "primeiro
do judeu" (Rm 1.16). Deus prometeu a nova aliança para seu povo, mas as
bênçãos dessa aliança estão envoltas no Filho de Deus, Jesus Cristo. Ele é o
Mediador da nova aliança.
Quando
Jesus começou seu ministério aqui na Terra, dirigiu-se primeiramente ao próprio
povo (Mt 15.24). Quando enviou seus discípulos, ordenou que ficassem somente em
Israel (Mt 10:5, 6). Quando comissionou a Igreja a testemunhar, orientou-a a começar
em Jerusalém (Lc 24.46-48; At 1.8). A mensagem de Pedro em Pentecostes foi
dirigida somente aos judeus e aos gentios prosélitos (ver At 2.14, 22, 36).
No
segundo sermão de Pedro do qual temos registro, o apóstolo afirma claramente
que as boas-novas do evangelho iriam primeiro aos judeus (At 3.25, 26).
Mas
a nação rejeitou a mensagem e os mensageiros. Apesar de ser verdade que milhares
de indivíduos creram em Cristo e foram salvos, também é verdade que, em sua
maioria, a nação rejeitou a Palavra e que seus líderes religiosos se opuseram
ao ministério da Igreja. Um dos resultados foi o apedrejamento de Estêvão (At
7).
Mas o que Deus fez em
resposta?
O
evangelho passou de Jerusalém para a Judéia e, de lá, para a Samaria (At 8), de
onde foi levado, então, para os gentios (At 10). A Igreja de hoje é constituída
de judeus e de gentios regenerados que são um só corpo em Cristo (Ef 2.11-22;
Gl 3.27-29). Todos os que estão "em Cristo" compartilham a nova
aliança que foi comprada na cruz. Hoje, as bênçãos da nova aliança aplicam-se a
indivíduos. Quando Jesus vier em glória para redimir Israel, as bênçãos da nova
aliança se aplicarão a essa nação aflita. Ao ler todo o capítulo 31 de
Jeremias, vemos o que Deus planejou para Israel, seu povo.
SUMO SACERDOTE À
DIREITA DO TRONO DA MAJESTADE
1. Jesus assentado à
direita o Pai (Hb 1.3; 8.1; Hb 10.12; 12.2)
Jesus
Cristo não está apenas "assentado". O lugar onde está assentado acrescenta
glória a sua pessoa e a sua obra. Ele está assentado no trono do céu à direita
do Pai. Tal verdade momentosa já foi apresentada nesta epístola (Hb 1:3). Esta
é a prova final de sua glória. Não pode haver maior glória que a de Jesus em
sua ascensão e exaltação. Sua glória é nada menos que a glória da majestade de
Deus.
2. A entronização de
Jesus.
Essa
entronização cumpriu a promessa do Pai para o Filho: "Assenta-te à minha
direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés" (SI 110.1).
Além de o sumo sacerdote de Israel nunca se assentar no tabernáculo, também
nunca se assentava em um trono. Somente um sacerdote na " qualidade de
Melquisedeque" poderia ser entronizado, pois Melquisedeque era rei e
sacerdote (Hb 7.1).
SUPERIORES
PROMESSAS (Hb 8.6-13)
1. A promessa de
transformação interior (v. 10).
A
Lei de Moisés poderia declarar o padrão sagrado de Deus, mas não era capaz de prover
o poder necessário para a obediência. Os pecadores precisam de um novo coração
e de uma nova disposição interior, algo que somente a nova aliança pode oferecer.
Quando
um pecador crê em Jesus Cristo, recebe em seu interior uma natureza divina (2
Pe 1.1-4) que cria um desejo de amar e obedecer a Deus. Os pecadores são inatamente
odiosos e desobedientes (Tt 3.3-7); mas a nova natureza dá a cada cristão tanto
o desejo quanto as forças para ter uma vida piedosa.
A
Lei era exterior: os preceitos de Deus estavam escritos em tábuas de pedra.
Mas, por meio da nova aliança, a Palavra de Deus pode ser escrita no coração e
na mente do ser humano (2 Co 3.1-3). A graça de Deus permite uma transformação
interior que torna o cristão submisso cada vez mais semelhante a Jesus Cristo
(2 Co 3.18).
2. A promessa de
perdão para todos (vv.11, 12).
Não
há perdão sob a Lei, pois a Lei não foi dada com esse propósito. "Visto
que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela
lei vem o pleno conhecimento do pecado" (Rm 3.20). A Lei não podia
prometer perdão sequer a Israel, quanto mais à humanidade.
Somente
por meio do sacrifício de Jesus Cristo é que o perdão pode ser oferecido a todos
que o invocam. Os sacrifícios do Antigo Testamento eram uma recordação dos pecados,
não uma remissão dos pecados (Hb 10.1-3, 18).
Hebreus
8.11 cita Jeremias 31.34. Refere- se ao dia em que Israel será reunida com Judá
(Hb 8.8) e se regozijará no reino prometido (Jr 31.1-14). Nesse dia, não será
necessário compartilhar o evangelho com outros, pois todos conhecerão o Senhor
pessoalmente. Mas, até então, é tanto nosso privilégio quanto responsabilidade
compartilhar a mensagem do evangelho com o mundo perdido.
O
que significa a declaração de que Deus não se lembra mais de nossos pecados e
iniquidades? (Hb 8.12).
A
expressão "dos seus pecados jamais me lembrarei" significa "não
mais os acusarei de seus pecados". Deus se lembra daquilo que fizemos, mas
não nos acusa.
3. A promessa de
bênção eterna (v. 13).
A
antiga aliança ainda governava a nação de Israel quando esta epístola foi
escrita. O templo continuava em pé, e os sacerdotes ofereciam os devidos
sacrifícios. E provável que os judeus devotos pensassem que seus compatriotas
cristãos eram loucos de abandonar uma "religião sólida" em troca de
uma fé aparentemente intangível. O que os judeus incrédulos não percebiam era
que sua "religião sólida" havia se tornado obsoleta e estava preste a
desaparecer. No ano 70 d.C., a cidade de Jerusalém e o templo foram
destruídos
pelos romanos, e, desde então, os judeus não têm mais templo nem sacerdócio para
lhes servir (ver Os 3.4).
A
nova aliança, porém, traz bênção eterna. Jesus Cristo é o "Autor da
salvação eterna" (Hb 5.9) e da "eterna redenção" (Hb 9.12). A
nova aliança jamais se tornará obsoleta nem desaparecerá. O termo grego
traduzido por "novo" significa "inédito em qualidade" e não
"cronologicamente novo". Essa nova
aliança
é de tal qualidade que jamais precisará ser substituída!
Conclusão
Como
vivos nos estudo de hoje, foi Jesus quem instituiu a nova aliança ou o novo
testamento (ambas as ideias estão contidas na palavra grega diatheke — testamento), e seu ministério
celestial é incomparavelmente superior ao dos sacerdotes terrenos do Antigo
Testamento. O novo concerto é um acordo, promessa, última vontade e testamento,
e uma declaração do propósito divino em outorgar graça e bênção àqueles que se
chegam a Deus mediante a fé obediente. De modo específico, trata-se de um
concerto de promessa para aqueles que, por fé, aceitam a Cristo como o Filho de
Deus, recebem suas promessas e se dedicam pessoalmente a Ele e aos preceitos do
novo concerto.
Não
se deve concluir que a existência de uma nova aliança significa que a antiga
estava errada e que a Lei não tem ministério algum hoje. As duas alianças foram
dadas por Deus visando o bem das pessoas. Se Israel tivesse obedecido aos
preceitos da antiga aliança, Deus os teria abençoado e estariam preparados para
a vinda de seu Messias. Paulo ressalta que a antiga aliança teve sua parcela de
glória (2 Co 3.7-11). Não devemos criticar nem subestimar a antiga aliança.
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