Assunto: Grandes
temas do apocalipse – Uma perspectiva profética impressionante dos últimos
tempos
Lição: Jovens e
Adultos
Trimestre: 1° de
2018
Comentarista: Pr. Joá
Caitano
Editora: Central Gospel
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
1
Coríntios 3.12-15
12
- E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras
preciosas, madeira, feno, palha,
13
- a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará, porque pelo
fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
14
- Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão.
15
- Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo,
todavia como pelo fogo.
2
Coríntios 5.7-10
7
- (Porque andamos por fé e não por vista.).
8
- Mas temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o
Senhor.
9
- Pelo que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer
ausentes.
10
- Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um
receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – 1 Coríntios 4.1-5:
Despenseiros fiéis
3ª feira – 1 Coríntios
9.22-27: Coroa incorruptível
4ª feira – Hebreus 11.24-27: Buscava
uma recompensa maior
5ª feira – Hebreus 12.1-11: Perseverança
na trajetória
6ª feira – Apocalipse 21.1-8:
O vencedor herdará todas as coisas
Sábado – Apocalipse
22.6-12: Galardão segundo a sua obra
TEXTO ÁUREO
Mas
tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois
todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Romanos 14.10
OBJETIVOS
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- estimular todos
os cristãos a dedicarem-se, intensamente, às boas obras;
- desempenhar com
excelência as obras que glorificam a Deus, com aproveitamento das
oportunidades;
- conscientizar os
crentes salvos que as recompensas, prêmios, galardões e coroas são destinados
aos servos fiéis na eternidade.
APROFUNDE SEU CONHECIMENTO - LEIA TAMBÉM:
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro professor,
Preparar a aula com antecedência revela o nível de dedicação e
zelo de todo educador cristão. Quando o professor age desta maneira, os alunos
absorvem melhor o conteúdo e, além disso, podem realizar novos exercícios,
elaborar tarefas em casa, ou fazer uma redação sobre o tema apresentado. Esse conjunto
de medidas melhora a organização do conteúdo e otimiza o tempo em sala de aula.
Tenha em mente que uma aula não se restringe à quantidade de
conhecimentos ou informações passadas; uma aula deve ser, acima de tudo,
transformadora.
A aprendizagem sempre será seguida de mudança de conduta [...].
Uma transformação sempre ocorre no nosso interior quando aprendemos algo novo
[...]. O aprendizado resulta [...] na abertura de um leque imenso de
oportunidades para que a pessoa, outrora relegada a uma existência sem sentido
e deletéria, agora tenha diante de si um futuro promissor (CHAVES, G. Central
Gospel, 2012, p. 58,9).
Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Os julgamentos do Senhor foram estabelecidos
tanto para o bem como para o mal. Do Gênesis ao Apocalipse, encontramos Sua
perfeita justiça em ação. Após a Queda, no Éden, na condição de Juiz supremo, Deus
declarou Seu primeiro juízo sobre a serpente, a mulher e a Terra (Gn 3.14-19).
A linha dos juízos divinos percorre toda a
Escritura e culmina na realização do último julgamento: o Juízo Final ou o
Juízo do trono branco.
As Escrituras destacam cinco juízos divinos
que acontecerão no futuro: o juízo sobre Israel e as nações gentias, antes do
Milênio (Mt 25.31-46); o juízo sobre os anjos, pela Igreja (1Co 6.3); o juízo
sobre Satanás (Ap 20.3,10) e o juízo da humanidade perdida diante do trono
branco (Ap 20.11-15).
Nesta lição, estudaremos o juízo da Igreja ou
o Tribunal de Cristo (2 Co 5.10).
1.
LUGAR E TEMPO DO JULGAMENTO
Não encontramos na Bíblia a localização exata
deste tribunal. Não há referência que indique um ponto específico;
porém, acredita-se que este ocorrerá nas regiões celestiais (Ef
1.20; 2.6). Pode-se afirmar que não se dará na terra, pois, nesta época, os que
dele participarão já terão sido arrebatados por Jesus para as moradas
celestiais (Jo 14.2).
Com certeza, será um lugar especial, preparado
por Deus exclusivamente para avaliar as obras de todos os crentes. Para muitos,
será uma cerimônia de premiação, de recompensas e galardões; todavia, para
aqueles cujas obras forem queimadas, quando julgadas, será lugar de vergonha (1
Co 3.12-15).
Acerca da ocasião, ocorrerá após o
arrebatamento da Igreja, preenchendo o panorama profético dos últimos dias.
A cronologia dos eventos escatológicos terá o seu cumprimento literal
em todos os seus detalhes, da mesma forma como se cumpriram todos os vaticínios
messiânicos na pessoa bendita do Senhor Jesus (Lc 24.44-48).
Deus tem
um propósito para cada cristão e as obras fazem parte desse plano. Contudo, nossa
insensibilidade em relação aos planos divinos e nossa preguiça são tão grandes,
que nós sempre tentamos escapar dessa obrigação (BOICE, J. Central Gospel,
2011, p. 435).
1.1. O lugar está pronto
A palavra tribunal remete a duas sentenças
autoexcludentes: condenação e/ou absolvição. O Tribunal de Cristo, entretanto,
é o lugar em que a justiça — relacionada ao serviço prestado ao Senhor — será
feita. Nesse lugar santo, todos os presentes estarão alegres e felizes.
A primeira razão da alegria deve-se ao fato
de, no Tribunal de Cristo, só estarem os salvos e vitoriosos desta vida. Nosso
Salvador, como Ele mesmo predisse, será também o nosso Juiz (Jo 5.22). A
segunda razão é que o Senhor Jesus, pessoalmente, dará aos servos fiéis os seus
respectivos galardões (Ap 22.12). Significa dizer que o Tribunal de Cristo é um
lugar de glória, festa e regozijo pela premiação que os santos receberão.
1.2. A hora está marcada
Não se sabe exatamente quando se dará esse
evento escatológico, mas podemos ter a certeza de que ele se cumprirá no tempo
determinado pelo Pai (At 1.7), como transcorreu em todos os outros acontecimentos
proféticos. O que o cristão precisa saber é que, após o Arrebatamento, os fiéis
irão com Cristo para o lugar desse julgamento, ou seja, para o Tribunal do seu
Senhor (2 Co 5.10).
Assim como não sabemos quando Jesus virá
outra vez — o próprio Senhor comparou Sua segunda vinda à chegada de um ladrão,
ou seja, ela se dará de forma inesperada (Mt 24.42-44) —, não sabemos a hora exata
em que seremos julgados, só Ele sabe (Mc 13.35). Significa dizer que a
vigilância é essencial ao crente.
Para não sermos surpreendidos, devemos: vigiar; orar; pregar o
evangelho; ganhar almas para Jesus; e guardar o que Dele temos recebido,
servindo-o com fidelidade e integridade, para que ninguém, em absoluto, tome a
coroa que Ele tem para nos dar naquele dia e lugar (Ap 3.11).
O Tribunal
de Cristo será um evento escatológico, profético, que vai ocorrer em um lugar
preparado por Deus, onde o Senhor Jesus estará com Sua Igreja para julgar as
obras de cada um na terra (CAITANO, J. Central Gospel, 2010, p. 79).
1.3. Todos os cristãos
comparecerão perante o Tribunal de Cristo
Ao
ensinar sobre o Tribunal de Cristo, o apóstolo Paulo referiu-se a um julgamento
pelo qual a Igreja passará — ele mesmo incluiu-se neste evento, quando disse:
todos devemos comparecer ante o Tribunal de Cristo (2Co 5.10a).
Todos
os salvos, de todos os povos, tribos e nações; de todas as épocas e nacionalidades
— homens, mulheres ou crianças — estarão nesse tribunal para serem
recompensados.
DE QUE MANEIRA OS FIÉIS SERVIRAM AO
SENHOR PARA SEREM PREMIADOS?
1-
Com alegria (Sl 100.2)
2-
Com fervor (Rm 12.11)
3-
Com humildade (At 20.19)
4-
Com todo o coração (Js 22.5)
5-
Com lágrimas (At 20.19)
6-
Com temor (Dt 6.13)
7-
Com santidade (2 Cr 30.8)
2. FINALIDADES DO TRIBUNAL DE CRISTO
Antes
de estudarmos sobre as finalidades do Tribunal de Cristo, precisamos
estabelecer a diferença entre o julgamento que se dará diante do Tribunal de
Cristo (2 Co 5.10) e o julgamento que acontecerá diante do trono branco (Ap
20.11-15).
No
Tribunal de Cristo, o foco não é a condenação eterna, mas, como dito
anteriormente, a recompensa dos salvos.
Logo,
esse julgamento não está relacionado à salvação, mas às obras de cada crente,
salvo.
O crente recebe a salvação, com direito à vida eterna, no
momento em que se encontra com Cristo, arrepende-se dos seus pecados e, pela
fé, recebe-o como Salvador. Neste momento especial, ocorre o novo nascimento
(Jo 3.36), ou seja, a salvação acontece agora, pela graça, mediante a fé (Jo
6.47; Ef 2.8,9).
Quanto ao galardão, é algo que ocorrerá no futuro, precisamente diante
desse tribunal (Rm 3.8). Nessa ocasião, não haverá memória de falhas ou pecados
(Hb 10.17), mas as obras dos fiéis serão julgadas (1 Jo 4.17). Apesar de
ninguém ser salvo pelas obras praticadas (Ef 2.9), seremos devidamente recompensados
por elas (Cl 3.24).
No
trono branco, em contrapartida, se dará o Juízo Final. Ali, os pecadores serão
sumariamente condenados (Ap 20.11-15).
2.1. Julgar as obras
Pessoas
não serão julgadas diante do Tribunal de Cristo: nem os santos, nem os ímpios.
Nesse tribunal, os pecadores ímpios não estarão presentes, apenas a Igreja.
O
primeiro objetivo desse tribunal será julgar todas as obras praticadas pelos
salvos, durante sua peregrinação na terra: o que fizeram; como fizeram; suas
intenções, motivações e propósitos.
As
obras serão submetidas a julgamento, para fins de concessão
de
galardões ou recompensas pelo trabalho prestado ao Senhor.
2.2. Recompensar os
fiéis
A
segunda finalidade do Tribunal de Cristo será homenagear, honrar, recompensar,
gratificar e galardoar todos os que tomaram sua cruz e carregaram-na por onde
estiveram; todos os que receberam a semente, deixaram seus lares, sua zona de
conforto, e saíram pelas cidades, vilas, aldeias e caminhos inóspitos, semeando
a semente das boas-novas de Deus aos homens (Sl 126.6); todos os que ajudaram o
pobre, socorreram os necessitados, levantaram os caídos, restauraram o caráter
e edificaram o Corpo de Cristo; enfim, todos os que foram fiéis e trabalharam
incansavelmente na obra do Senhor (Sl 41.1-3).
3. JESUS VIRÁ COM RECOMPENSAS E GALARDÕES
PARA OS FIÉIS
E
eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo as
suas obras (Ap 22.12). O Tribunal de Cristo será revestido de glória
indescritível, pois o Senhor Jesus estará presente; visível, acessível,
poderoso!
Ele
não enviará um anjo, nem um querubim, nem um serafim, nem um arcanjo. Ele
disse: virei outra vez e vos levarei para mim mesmo (Jo 14.3), e Paulo
confirmou: o mesmo Senhor descerá do céu (1 Ts 4.16).
E
o Senhor Jesus não virá com as mãos vazias. Aquelas benditas, santas e poderosas
mãos que curaram os enfermos (Mc 1.41), levantaram os caídos, ressuscitaram os
mortos (Lc 7.14), receberam os pequeninos, fortaleceram os discípulos, partiram
o pão e alimentaram milhões (Jo 6.11); aquelas mãos que não rejeitaram o
madeiro, nem se esquivaram da maldição da cruz (Jo 19.71), mas, antes,
entregaram-se voluntariamente ao furor dos cravos, salvando milhões de seres humanos
(Zc 13.6); essas mesmas mãos coroarão o fiel, que trabalhou, fez o bem, exaltou
e glorificou o Senhor (2 Tm 4.8).
Enquanto
as mãos de Jesus estiverem colocando o galardão sobre a cabeça do fiel, os céus
irromperão em glórias, louvores e adoração (Sl 95.6).
3.1. Coroas para os
salvos
O
Rei dos reis e Senhor dos senhores, que recebeu uma coroa de espinhos por
escárnio (Jo 19.2), agora, no Tribunal, com muitos diademas sobre Sua cabeça (Ap
19.12), procederá à entrega dos prêmios e galardões, coroando pessoalmente
todos os crentes fiéis.
Eis as principais coroas dos salvos:
1)
a coroa da vida, para aqueles que viveram como mártires (Tg 1.12);
2)
a coroa da glória, para os pastores fiéis (1 Pe 5.4);
3)
a coroa da justiça, para os que amaram a vinda do Senhor (2 Tm
4.7,8);
4)
a coroa da alegria, para os ganhadores de almas (1 Ts 2.19,20);
5)
a coroa da incorruptibilidade, para o autodomínio (1 Co 9.25-27).
A firmeza se destaca em assumirmos um propósito específico na obra
de Deus, não desistindo e nem voltando atrás, mas sendo perseverantes [...], servir a Deus não
é um trabalho inútil. Todo serviço ao Reino de Deus gera resultados que, na
maioria das vezes, só serão plenamente medidos na eternidade (MALAFAIA, S.
Central Gospel, 2012, p. 52,3).
CONCLUSÃO
Tudo o que fazemos dentro da vontade Deus — social, material ou
espiritualmente —, a despeito de quantidade ou valor, será recompensado.
As obras dos salvos aparecem na Bíblia como sendo de ouro, prata,
pedras preciosas, madeira, feno e palha (1 Co 3.11-15).
As obras qualificadas como ouro, prata ou pedras preciosas
receberão premiação; as que forem qualificadas como madeira, feno ou palha,
todavia, apesar de não invalidarem a salvação, nem levarem o crente a sofrer o
castigo de uma eternidade sem Deus, farão com que ele perca o seu galardão, já
que não resultaram em valor duradouro.
Todos
nós recebemos do Senhor algum talento para ser investido em Sua obra; portanto,
meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do
Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor (1 Co15.58). E não nos
cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos [no Tribunal de Cristo];
se não houvermos desfalecido (Gl 6.9).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quantos tipos de
julgamentos são descritos nas Escrituras?
R.: O juízo sobre Israel e as nações gentias, antes do Milênio (Mt
25.31-46); o juízo sobre os anjos, pela Igreja (1 Co 6.3); o juízo sobre
Satanás (Ap 20.3,10); o juízo da humanidade perdida diante do trono branco (Ap
20.11-15); e o juízo da Igreja ou o Tribunal de Cristo (2 Co 5.10).