Observação. Este artigo é um subsídio
para ajudar os professores na ministração da lição 8 – Classe de Jovens | 1°
Trimestre de 2018.
ENTRADA
TRIUNFAL PREDITA PELOS PROFETAS (MT 21.4-7)
1. A entrada triunfal em um jumentinho foi predito pelos
profetas
Interessante que
dentre os sinóticos (Marcos, Lucas e Mateus), somente Mateus registra que o
jumentinho estava preso com uma jumenta. Isso provavelmente para demonstrar que
o jumentinho realmente era bem novinho por estar junto à mãe, ainda não
desmamado e que nunca havia sido montado.
Mas qual o motivo de tantos detalhes?
O
versículo quatro esclarece. Tudo foi realizado dessa maneira para que se cumprisse
o que havia sido dito pelo profeta.
Mas
qual profeta?
O
povo sabia dessa profecia e quem era o profeta?
Era
de conhecimento popular?
Segundo Bock (2006,
p. 295), com base em João 12.16, informa que a conexão com esse texto profético
não era entendida até a morte de Jesus. Então, até esse momento, ainda não se
sabia do atendimento da profecia, mas futuramente, após a morte de Jesus ou na
época da escrita do evangelho se resgatou o cumprimento da profecia.
Os profetas citados
eram Isaías e Zacarias. No texto profético é mencionado que o rei viria montado
em um jumento, num jumentinho, cria de jumenta. Assim, a cena prefigura a vinda
do rei de Israel para Sião, montado sobre um jumento e sua cria. O episódio de
Jesus faz com que o cumprimento da profecia se torne inquestionável, perfeito.
2. O jumentinho era para simbolizar a humildade do
Rei-Messias
A entrada de Jesus
não era como se esperava do Messias prometido. Ao contrário de todas as
expectativas messiânicas, Jesus queria demonstrar que o Reino messiânico que trazia
era humilde. Ele já havia comentado com seus discípulos no capitulo 20 de
Mateus.
Em Mateus 20.28, Ele
afirma categoricamente que havia vindo para servir e não ser servido. O fato de
Jesus se programar para sentar em um filho de animal de carga já demonstrava a
maneira e o impacto esperado de sua entrada em Jerusalém.
Jesus adota alguns
parâmetros de comitivas de entrada judaica. No entanto, o contexto é diferente
e o império que está sendo propagado é o império de Deus, cuja meta também é diferente
das comitivas tradicionais. Storniolo (1991, p. 149) afirma que “no tempo do antigo
Israel, os reis montavam mulas (1 Rs 1.33).
O jumento era transporte do pobre, algo como o
presidente ir ao Palácio do Planalto num fusquinha”. Reforça que Jesus era “um homem
do povo, entra na capital sem qualquer ostentação”. Pagola assevera que o gesto
de Jesus, entrando com um jumentinho também poderia ser uma crítica a uma
entrada do prefeito romano, pouco antes da entrada triunfal de Jesus, com toda
pompa imperial:
O gesto de Jesus era certamente intencional. Sua entrada
em Jerusalém montado num jumento dizia mais do que muitas palavras. Jesus busca
um reino de paz e justiça para todos, não um império construído com violência e
opressão. […] Mais de um veria no gesto de Jesus uma engraçada crítica ao
prefeito romano que, por esses mesmos dias, entrou em Jerusalém montado em seu
poderoso cavalo, adornado com todos os símbolos de seu poder imperial. (PAGOLA,
2013, p. 427)
Portanto,
apesar de todo alvoroço que vai se criar com a entrada de Jesus em Jerusalém, o
objetivo de Jesus é demonstrar que o Reino do Messias verdadeiro é de humildade
e justiça.
Atenção!
Fonte:
Seu Reino não Terá Fim – PR. Natalino Das Neves