Assunto: Grandes
temas do apocalipse – Uma perspectiva profética impressionante dos últimos
tempos
Lição: Jovens e
Adultos
Trimestre: 1° de
2018
Comentarista: Pr. Joá
Caitano
Editora: Central Gospel
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Apocalipse
5.8-10
8
- E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se
diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso,
que são as orações dos santos.
9
- E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os
seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de
toda tribo, e língua, e povo, e nação;
10
- e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.
Apocalipse
7.9-14
9
- Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar,
de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e
perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;
10
- e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado
no trono, e ao Cordeiro.
11
- E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais;
e prostraram-se diante do trono sobre seu rosto e adoraram a Deus,
12
- dizendo: Amém! Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e
poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém!
13
- E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas,
quem são e de onde vieram?
14
- E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de
grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do
Cordeiro.
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – 1 Pedro 1.13-19: O
Cordeiro incontaminado
3ª feira – Apocalipse 14.1-5: O
Cordeiro e o remanescente fiel de Israel
4ª feira – Apocalipse
12.11-17: Vencedores pelo sangue do Cordeiro
5ª feira – Apocalipse 19.7-9:
As bodas do Cordeiro
6ª feira – Apocalipse
21.9-27: Seu nome está no livro da vida do Cordeiro?
Sábado – Apocalipse 22.1-5: O
trono e os servos do Cordeiro
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TEXTO ÁUREO
No
dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis
o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1.29
OBJETIVOS
Ao
término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- conhecer os principais significados
espirituais das lições extraídas da pessoa do Senhor Jesus Cristo como Cordeiro
de Deus;
- sumariar o privilégio de ser
a Igreja do Cordeiro e suas responsabilidades na perseverança da doutrina
apostólica;
- compreender que o sangue do
Cordeiro é uma arma espiritual nas batalhas da vida cristã contra o pecado, a
morte e o império das trevas.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro
professor,
Ao iniciar a aula, faça uma breve revisão do conteúdo da lição
anterior e, na introdução desta, busque organizá-la em etapas do processo de
ensino-aprendizagem: logicidade, gradualidade e continuidade (Adaptado de:
RODRIGUES, A. Didática Contemporânea, 2015, p. 77).
Logicidade: crie uma sequência coerente, partindo dos elementos de
mais fácil compreensão para os mais complexos.
Gradualidade: exponha o conteúdo de forma sistemática, em
etapas, mantendo a continuidade do assunto.
Continuidade: facilite a apreensão do conteúdo para o aluno, já
que a temática desta revista é considerada difícil por muitas pessoas, por se
tratar de escatologia. Essa etapa visa a promover a maturidade e o crescimento
discente e está estritamente relacionada às anteriores na transição dos saberes
e ideias. Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
No início do ministério terreno de Cristo, Ele é chamado por
João Batista de o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). E essa
tipologia é significativa para entendermos o plano de salvação para a
humanidade.
O nome Cordeiro é mencionado 27 vezes no Apocalipse — de fato,
nenhum outro livro da Bíblia (dentre os 66 existentes) cita tantas vezes o
termo [cordeiro] como este. Há grande significado e completude na pessoa do
Senhor Jesus (Ap 5.6; 12.11).
Apocalipse
é o livro do Cordeiro (Ap 5.8,12,13)! Esta verdade não
invalida
— tampouco diminui — o valor que o Cordeiro tem em outros livros da Escritura
(Jo 1.29,36; 1 Co 5.7; 1 Pe 1.19). Pelo contrário, reafirma a importância do
Seu sacrifício (Êx 12.5).
O Sangue
— isto é, a morte sacrificial — de Jesus Cristo aplacou a
ira de
Deus contra nós e assegurou-nos de que Seu tratamento para conosco será
propício e favorável. Daqui por diante, em lugar de mostrar-se contra nós, Ele
fará por nós, em nossa vida e experiência (PACKER apud BOICE, Central Gospel, 2011a,
p. 273).
1. A MORTE DO CORDEIRO
No Éden, Deus mata um
animal e tira-lhe a pele para fazer vestes para Adão e Eva. Esta ação profética
prefigurava a morte do Cordeiro de Deus, que morreria em lugar e em favor de
toda humanidade (Ap 13.8).
Em
todas as dispensações — inocência, consciência, governo humano, patriarcal,
graça e governo divino (ou Milênio) —, nota-se a figura e a presença do
Cordeiro. Durante a dispensação da graça, Ele é gerado pelo Espírito Santo, no
útero de uma virgem chamada Maria, cumprindo, assim, literalmente a profecia de
Isaías (Is 7.14); neste mesmo livro, o profeta vaticina Seu sacrifício e morte
em uma das mais expressivas passagens bíblicas (Is 53.5-7).
1.1. O Cordeiro
morreu por todos os pecadores
A
morte do Cordeiro foi uma demonstração plena e maravilhosa do amor de Deus em
favor da humanidade (Rm 5.8; Cl 1.20). Nas palavras do apóstolo Paulo, esse
amor é a expressão maior do próprio Cordeiro: e andai em amor, como também
Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus,
em cheiro suave (Ef 5.2).
Ao
morrer voluntariamente na cruz pelos pecadores, o Cordeiro puro e incontaminado
derramou o Seu sangue e, por meio deste, redimiu o homem dos seus pecados (Mt
26.28). A Sua morte atendeu à exigência da justiça divina (Hb 9.22). Deste
modo, os ímpios — pecadores — são reconciliados com o Pai (Rm 5.8,10; Tt 2.14).
Deus amou o mundo e deu o Seu Filho para morrer em favor de
todos — povos, raças, tribos, línguas e nações (Jo 3.16). O Cordeiro santo
morreu por toda humanidade, sem distinção (2 Co 5.15). Sua morte substitutiva propicia
ao pecador arrependido a absolvição dos delitos cometidos (Is 53.10-12).
1.2. O Cordeiro
morreu para dar vida aos que nele creem
O filho pródigo,
quando retornou à casa, maltrapilho, envergonhado e cabisbaixo, devido às
decisões que tomara, ouviu a voz amorosa do pai: Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos,
porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado (Lc
15.32).
O
homem foi criado imortal, mas, por ter desobedecido a uma ordem expressa de Deus,
o pecado entrou no mundo e, com ele, a vergonha, o medo, a desordem e a
expulsão do primeiro casal do jardim do Éden; todavia, a pior de todas as consequências
foi a morte — espiritual e física (Rm 5.12).
A
morte vicária do Cordeiro revela, acima de tudo, a graça de Deus: Jesus desceu
do céu e veio à terra, onde se encontravam os homens — mortos em delitos e
pecados (Ef 2.1 ARA) — para, por Seu infinito amor e misericórdia, vivificá-los
juntamente com Ele (Ef 2.5).
A morte do Cordeiro trouxe, ainda, vida abundante aos que aceitam
a Cristo como Salvador (Jo 10.10). Tudo se torna novo na vida daquele que
recebe a nova vida conquistada pelo Cordeiro de Deus que tira (mata) o pecado
do mundo (Jo 1.29).
Receber o Cordeiro — que ressuscitou e vive para sempre — e
permanecer nele significa tornar-se uma nova criatura e implica adotar uma nova
maneira de pensar, sentir e agir (2 Co 5.17).
1.3. O Cordeiro
morreu para aproximar homens e mulheres de Deus
Antes da morte vicária de Cristo na cruz, o ser humano encontrava-se
totalmente perdido e longe de Deus. O pecado separa e distancia homens e
mulheres do olhar do Altíssimo — nas palavras do profeta Isaías: vossos pecados
encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is 59.2).
No plano espiritual, só existem duas classes de pessoas: as que
estão perto de Deus e as que estão longe. Deus não deseja que ninguém,
absolutamente ninguém,
esteja distanciado dele e se perca, sem conhecer a verdade salvadora.
O Cordeiro veio salvar
e buscar os que estavam perdidos, segundo a ótica e perspectiva humanas (Lc
19.10): os perdidos no deserto do mundo (Lc 15.4); os que se perderam dentro de
casa (Lc 15.8); e também os perdidos que abandonaram a casa do Pai (Lc 15.32).
2. A IGREJA DO CORDEIRO
Um dos principais
objetivos do nascimento do Cordeiro foi a fundação e edificação da Igreja:
Deus
a projetou em Seu coração; fundou-a em Cristo; e inaugurou-
-a
pela ação do Espírito Santo no Pentecostes. Desde então, ela vem sendo
edificada, a cada dia (Mt 16.18).
No
Livro do Apocalipse, a Igreja do Cordeiro ocupa dois capítulos inteiros, que
somam um total de 51 versículos (Ap 2; 3). Depois da família, a Igreja — que é
constituída de pessoas redimidas, justificadas e santificadas pelo sangue do
Cordeiro — ocupa posição privilegiada na sociedade.
2.1. O Cordeiro é o
Cabeça da Igreja
Os
membros da Igreja formam um corpo, cujo Cabeça (líder) é Cristo (Ef 5.23). O
Senhor zela por sua manutenção, ou seja, Ele trabalha no sentido de fazê-la
receber os benefícios outorgados pela unidade de seus membros, vindo, assim, a apropriar-se
dos tesouros do conhecimento e da revelação.
O
Cabeça da Igreja — a quem todas as coisas estão sujeitas, inclusive as forças
angelicais (Cl 2.10) — pode salvar o Corpo (Ef 5.22,23), pois é Senhor e Cristo
(At 2.36). Em outras palavras: a Igreja cresce, frutifica e expande-se por meio
do Cordeiro (Ef 1.22; 4.15).
Deus,
provavelmente, matou um cordeiro e daquele cordeiro obteve vestimentas de pele para
vestir a nudez tanto física como espiritual de Adão e Eva (Gn 3.7), o que
representa as vestes de justiça que Jesus dá aos pecadores arrependidos (Rm
4.6; 1 Co 1.30; 2 Co 5.21; Fp 3.9) (WILLMINGTON, H. L. Central Gospel, 2015, p.
95).
A FUNÇÃO DA CABEÇA E SEU
SIMBOLISMO
Na
cabeça estão os olhos (Ap 1.14)
Na
cabeça está a boca (Mt 4.4)
Na
cabeça está a mente (1 Co 2.16)
Da
cabeça emana a autoridade sobre o corpo (Ef 1.22,23)
A
cabeça é a parte do corpo que recebe a coroa (Hb 2.9)
A
cabeça é a fonte de poder do corpo (Mt 28.18)
Sobre
a cabeça está a unção (At 10.38)
2.2. A Igreja do
Cordeiro é perseverante
A
incipiente Igreja do Cordeiro dava os seus primeiros passos em Jerusalém (At
2.46). Conforme foi agregando novos membros, passou a reunir-se como corpo (Rm
12.4,5); família de Deus (1 Jo 3.1-10); e rebanho, conduzido por um único
Pastor (Jo 10.16; 1 Pe 5.4). Com a direção do Espirito Santo, os novos
conversos e cristãos viviam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir
do pão, e nas orações (At 2.42).
2.2.1. Na doutrina
apostólica
Alicerçada
na Palavra, a Igreja primitiva conservava os princípios apostólicos, mantendo-se
vigilante contra os falsos mestres enviados por Satanás (2 Pe 2.1-3; 1 Tm 4.2);
contra os falsos profetas (Mt 7.15,16; 2 Ts 2.3,9,10); e contra os caminhos falsos
(Cl 2.18,23; Sl 119.118).
A
Igreja do Cordeiro retinha o ensino apostólico — a doutrina das Escrituras (2
Pe 1.21; 2 Tm 3.15-17) — relacionado à divindade de Cristo (Jo 1.1-3); à salvação
pela graça (Ef 2.8); ao batismo em águas (Mt 28.19; At 10.47,48); ao batismo
com o Espírito Santo (At 10.44-46); à Trindade divina (Mt 28.19); e à segunda
vinda de Cristo (1 Ts 4.16,17).
2.2.2. Nas orações
Deus
pode falar ao homem de várias maneiras, mas o homem tem na oração seu principal
meio de comunicação com o Pai (Sl 6.9). A Igreja do Cordeiro revela sua
perseverança quando ora em todo o tempo (1 Ts 5.17): pela manhã (Mc 1.35); em
ocasiões emergenciais (Jo 11.41,42); diante das tentações (Lc 22.41,42); em
tempos de paz ou de guerra (Lc 22.41,42); para demonstrar gratidão (Mt
11.25-27) ou interceder (Jo 17.1-26).
2.2.3. Na comunhão e
no partir do pão
A
Igreja do Cordeiro demonstra o amor ágape (Jo 13.34): no ser de Cristo; no
estar em Cristo; no amar em Cristo; e na unidade em Cristo — Pai, Cordeiro e
Igreja, todos em perfeita comunhão (Jo 17.21). Em unanimidade, em todos os
lugares, a Igreja do Cordeiro vive com alegria e simplicidade (At 2.46).
2.2.4. Na proclamação
do evangelho
A
Igreja mantém-se perseverante, quando obedece ao mandato do Cordeiro (Mc 16.15),
consciente de que o evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele
que crê (Rm 1.16). Assim, tenazmente, dedica-se ao evangelismo e às missões,
ganhando para Cristo pessoas em todos os lugares, em todo o tempo, enquanto é
dia (Jo 9.4).
3. A GLÓRIA DO CORDEIRO
João contemplou quatro seres celestiais e vinte e quatro anciãos
ajoelhados diante do Cordeiro, com harpas e taças de ouro nas quais estavam
depositadas as orações dos santos (Ap 5.8).
Todos entoavam um novo cântico ao Senhor (Ap 5.9,10). Em
seguida, uma forte e grande voz de milhões e milhões de anjos e de todos os que
ali habitam declaravam a dignidade do Cordeiro (Ap 5.11,12).
Tudo e todos no céu têm um único objetivo: render glórias ao
Cordeiro por Sua dignidade (Ap 5.8-14), isto porque Ele venceu todos os Seus inimigos
e recebeu outra vez a glória que era Dele (Jo 17.1-10).
O
Cordeiro santo (Ap 3.7), fiel (1 Ts 5.24), inocente (Mt 27.4), justo (At 22.14)
e misericordioso (Hb 2.17) é glorificado no céu, na terra e debaixo da terra
(Fp 2.9,10), pelo que Ele é, não apenas pelo que Ele faz. E Ele virá outra vez
para ser glorificado em Seus santos (2 Ts 1.10).
A
dignidade divina baseia-se nas seguintes realidades (Ap 4.11): Ele é Criador de
tudo quanto existe — causa primeira. Ele é o Preservador e sustentador da
Criação. Ele é a causa final de todas as coisas — pelo prazer e vontade criou
tudo. (Adaptado de: Bíblia de Estudo Matthew Henry. Central Gospel, 2014, p.
2110).
CONCLUSÃO
A
morte do Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus, é o maior e mais valioso evento na
história humana. As profecias se cumpriram literalmente.
O
sangue inocente e poderoso que Cristo derramou na cruz foi suficiente para:
satisfazer a justiça divina; redimir o homem da condenação do inferno; e
conceder-lhe vida eterna, pela fé em Seu sacrifício (1 Jo 1.7; At 16.31).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual é a importância da simbologia de Cristo como Cordeiro
de Deus?
R.:
É importante porque representa a substituição e expiação do
pecador diante de Deus (Jo 1.29).