Assunto: Grandes temas do apocalipse – Uma perspectiva profética
impressionante dos últimos tempos
Lição: Jovens e Adultos
Trimestre: 1° de 2018
Comentarista: Pr. Joá Caitano
Editora: Central Gospel
TEXTO
BÍBLICO BÁSICO
Apocalipse 4.1,2
1 - Depois destas
coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que
como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as
coisas que depois destas devem acontecer.
2 - E logo fui
arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado
sobre o trono.
Mateus 6.19-21
19 - Não ajunteis
tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões
minam e roubam.
20 - Mas ajuntai
tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões
não minam, nem roubam.
21 - Porque onde
estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Salmo 9.17
17 - Os ímpios serão
lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus.
Oseias 13.14
14 - Eu os remirei da
violência do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas
pragas? Onde está, ó inferno, a tua perdição? O arrependimento será escondido
de meus olhos.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira
– Jó 17: Até os ferrolhos do inferno
3ª feira
– Mateus 6.19-24: Tesouros permanentes no céu
4ª feira
– Mateus 25.14-30: Pranto e ranger de dentes
5ª feira
– João 14.1-3: Na casa do meu Pai há muitas moradas
6ª feira –
1 Pedro 1.3-9: Guardada nos céus para vós
Sábado
– Apocalipse 1.17-20: E tenho as chaves da morte e do inferno
TEXTO ÁUREO
Porque
sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de
Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. 2 Coríntios
5.1
OBJETIVOS
Ao
término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- compreender, pelas Sagradas
Escrituras, que só existem dois destinos reservados ao homem na eternidade, céu
ou inferno — não há outra opção;
- alertar o maior número de
pessoas possível (familiares, amigos e conhecidos) acerca da realidade do
inferno e de seus tormentos eternos;
- decidir firmemente, aqui e agora,
pelo céu como seu destino final, mediante a confissão de Cristo como Salvador.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro
professor,
Nos dias atuais, o educador (cristão ou secular) não deve prender-se
a uma única fonte de informação. Isto não quer dizer que se deve abandonar o
conteúdo da revista, preparada com grande zelo e esmero pelo comentarista;
também não significa que se deve apenas ler o conteúdo da revista em classe,
pois esse ato costuma ser traduzido como falta de consideração pelos alunos,
que nutrem grande expectativa pela exposição do professor.
Eis aí a importância e necessidade de o educador preparar-se para
ministrar a aula. As observações apontadas pelo Pr. Gilmar Vieira Chaves são
bastante oportunas. Disse ele: O professor deve ministrar a sua aula,
considerando os tópicos da revista e as ideias principais dos parágrafos de
cada tópico.
Contudo, não deve ficar restrito apenas a o que as revistas trazem.
É preciso ter discernimento e coragem para pesquisar e ir — com
responsabilidade — além do que está no material didático (CHAVES, G. Central
Gospel, 2012, p. 142). Boa aula!
Palavra
introdutória
Os
números possuem elevada importância na Escritura, tanto que, entre os 66 livros
que a compõem, um deles recebeu o título de Números — o quarto volume da
Bíblia, com 36 capítulos, 1.288 versículos e 32.889 palavras.
O número dois, aliás, aparece abundantemente no texto sagrado. Observe:
- duas portas (Mt 7.13,14);
- dois caminhos (Mt 7.13,14);
- duas árvores (Mt 7.18);
- dois senhores (Lc 16.13);
- dois alicerces (Mt 7.24-27);
- dois salteadores (Mc 15.27);
- duas mulheres (Lc 10.38-42);
- dois filhos (Lc 15.11-32);
- duas escolhas (Js 24.14-16);
- dois destinos (Jr 21.8).
O final da História segue na mesma toada: apenas dois destinos aguardam
a humanidade; não há uma terceira via.
Desde
a criação do homem, essas duas vias foram claramente estabelecidas: vida ou
morte; céu ou inferno; luz ou trevas; tormento ou gozo eterno. Escolher entre
uma dessas veredas é questão pessoal e intransferível.
Por
mais íntima, profunda e intensa que seja a relação entre duas ou mais pessoas,
absolutamente ninguém pode decidir o destino de outrem; portanto, escolha
corretamente o seu destino (Dt 30.19).
Vamos
conhecer uns aos outros no céu? Certamente! Como seres espirituais, haverá uma
percepção espiritual entre todos os salvos [...]. Saberemos, no espírito, quem
somos (CAITANO, J. Central Gospel, 2010, p. 191).
1. O CÉU É UM LUGAR
REAL
A palavra céu aparece mais de 500 vezes no texto bíblico, e pode
ser entendida como: espaço indefinido em que se movem todos os astros; o ar, a
atmosfera; região habitada por Deus e os anjos.
O
salmista disse que a Palavra da Verdade, para sempre, está firmada nos céus (Sl
119.89 NVI). Isto nos leva à compreensão de que todo estudo sobre o céu começa
no Eterno, continua com Ele e termina Nele. O Altíssimo é Seu único Criador (Gn
1.1) e também Seu único dono (Dt 10.14).
Todos
os que desejam, no fim dos tempos, habitar a morada celestial, obrigatória e
invariavelmente, precisam estar conscientes desta realidade.
1.1. Habitantes do
céu
Além
do Deus soberano, santo e todo-poderoso que governa tudo e todos (1 Tm
6.15,16), no céu, está o Senhor Jesus, que vive à Sua destra (At 1.11; Cl 3.1;
Hb 12.2). E, juntamente com o Pai e o Filho, está o Espírito Santo (Ap 14.13).
Talvez alguém se pergunte: Ora, se o Espírito Santo está nos céus,
como poderia estar na terra também? A resposta parece simples: de fato, Ele está
em ambos os lugares ao mesmo tempo, porque é Deus — os atributos do Pai
pertencem ao Filho e ao Consolador de igual modo. Um desses atributos é a onipresença,
ou seja, a capacidade de fazer-se real em todos os espaços simultaneamente: no
céu, na terra e em cada crente fiel, inclusive (1 Co 6.19).
Além
da santíssima Trindade, nos céus, estão os anjos: E olhei e ouvi a voz de
muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número
deles milhões de milhões e milhares de milhares (Ap 5.11). Além de servirem os
cristãos como espíritos ministradores (Hb 1.14), os anjos adoram o Criador (Hb
1.6).
1.2. Tronos no céu
Os
registros bíblicos mencionam vários tronos no céu, sempre indicando um símbolo
de dignidade e poder soberano. Na visão apocalíptica, João contemplou 24 tronos
magníficos ao redor do trono principal (trono de Deus), nos quais se assentavam
24 anciãos, com vestes brancas e com coroas áureas sobre suas cabeças (Ap 4.4).
Vinte
e quatro pode significar dois conjuntos de anciãos, representando o antigo
(doze tribos) e o novo Israel (doze apóstolos), ou as horas em um dia e a
divisão de turnos de oração, ou os autores dos livros do Antigo Testamento
(ROTZ, C. Central Gospel, 2015, p. 115).
1.2.1. O trono de
Deus
Dentre
todos os tronos que aparecem na Bíblia, este é o mais importante (Sl 11.4). Por
diversas vezes, a Palavra de Deus menciona que o Senhor Eterno está assentado
em Seu trono (Sl 47.8; 113.5; Is 6.1; Ap 7.10,15), e João indica o local em que
esse trono está posto: no céu (Ap 4.2; 5.13; 19.1,4; 21.1,5).
Destacamos,
a seguir, algumas características desse trono incomparável:
- o trono de Deus é alto e sublime (Is 6.1);
- o trono de Deus é poderoso (1 Rs 22.19);
- o trono de Deus é santo (Sl 47.8);
- o trono de Deus se parece com chamas de fogo (Dn 7.9);
- o trono de Deus é chamado de trono da graça (Hb 4.16);
- o trono de Deus também é chamado de trono da Majestade (Hb
8.1); diante do trono eterno estão os sete Espíritos de Deus (Ap 4.5).
O
Apocalipse é o texto mais importante do Novo Testamento para a
compreensão
da liturgia cristã e sua relação com a História [...]. Num mundo onde as forças
do mal se opõem à Igreja, os hinos do Apocalipse expressam a resistência dos
santos ao mal, celebrando e antecipando a vitória de Deus (ROTZ, C. Central Gospel,
2015, p. 52).
1.3. Céus abertos
Quando
os céus estão abertos, algo acontece! O maior rei de
Israel, Davi, declarou que os céus manifestam a glória de Deus (Sl 19.1);
Isaías, o profeta messiânico, revelou que o céu é o trono de Deus (Is 66.1);
Asafe, ministro de louvor no Antigo Testamento, afirmou que os céus anunciarão
a justiça de Deus (Sl 50.6); Ageu, profeta cujo nome significa festivo,
proclamou que Deus faz tremer os céus (Ag 2.6).
Do
mesmo modo, Estevão, o primeiro mártir cristão, viu os céus abertos e Cristo
Jesus, de pé, aguardando por ele (At 7.55,56). No rio Jordão, em Seu batismo,
Jesus contemplou os céus abertos e o Espírito de Deus descendo sobre Ele.
Naquele instante, o Senhor ouviu a voz do Pai declarar para todo o Cosmo ouvir:
Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mt 3.16,17).
2. A VERDADE
BÍBLICA ACERCA DO INFERNO
O teólogo Finis Jennings Dake discorre, com riqueza de detalhes,
acerca do inferno: Hades, no grego, o mundo invisível dos
espíritos, equivalente ao hebraico sheol (Sl 9.17) — por vezes traduzido como
inferno —, aparece uma dezena de vezes no Novo Testamento (Mt 11.23; 16.18; Lc
10.15; 16.23; At 2.27,31; Ap 1.18; 6.8; 20.13,14).
Na língua grega, basanos [ indo ao mais profundo e terrível nível
de tortura ou sofrimento]; basanizo [torturar; estar sofrendo (Mt 8.6,29; Mc
5.7; Lc 8.28; Ap 9.5; 11.10; 14.10; 20.10)]; basa nismos [tortura (Ap 14.11)]; e odunao [o estado de luto,
tristeza e sofrimento (Lc 16.24,25)] são palavras usadas para indicar o
presente e eterno inferno (sheol, hades e gehenna).
No texto
bíblico, o inferno é relatado como:
- um lugar de trevas, onde as pessoas permanecerão na escuridão eterna
(Mt 8.12);
- um lugar onde o fogo — que representa a ira de Deus punindo os
ímpios — nunca se apagará (Is 33.14);
- um lugar de aflições e angústias indescritíveis, onde o bicho que
não morre é o remorso eterno (Mc 9.43,48);
- uma prisão eterna (Mt 5.25,26).
2.1. O Senhor Jesus e
o inferno
Mesmo
com a crescente incredulidade acerca da existência do inferno na
pós-modernidade, não podemos nos esquecer de que o Senhor Jesus, por várias
vezes, referiu-se ao inferno como um lugar real de tormentos (Lc 16.23), criado
por Deus para punir o diabo, os demônios e, consequentemente, os ímpios que se
esquecem de Deus (Sl 9.17).
2.2. O inferno
aguarda seus moradores eternos
Quem
habitará essa morada eterna de sofrimento, tristeza e, acima de tudo, separação
de Deus?
A
maldição infernal está destinada a todos que rejeitarem o dom de Deus em Cristo
Jesus (Mt 25.41; Rm 6.23).
Serão eles:
-
os falsos cristos e falsos profetas (Mt 24.24);
-
os homens e mulheres infiéis (Mt 24.48-51);
-
os tímidos, os incrédulos, os abomináveis e os homicidas (Ap 21.8);
-
os fornicadores e os feiticeiros (Ap 21.8);
-
os idólatras e todos os mentirosos (Ap 21.8);
-
os injustos, obstinados, os ímpios e pecadores (1Tm 1.9);
-
os que se esquecem de Deus (Sl 9.17).
3. ESCOLHA O SEU
DESTINO FINAL AQUI E AGORA
Apesar de Deus poder controlar nossas escolhas, Ele não o faz. O
Criador dotou-nos de livre-arbítrio, ou seja, da capacidade de decidir o que
ser ou fazer. Nossa consciência, a voz interior da alma, avisa-nos o que
acontece, sem, contudo, determinar o que
devemos escolher.
Em sendo assim, enquanto estamos aqui, agora, devemos escolher o
céu como nosso destino final (Jo 3.16-18).
3.1. Os cidadãos do
céu serão recompensados
Diversas
passagens bíblicas corroboram o ensinamento sobre a distribuição de galardões aos
fiéis, no Dia de Cristo (Sl 58.11; 62.12; Is 40.10; 62.11; Mt 6.1,2; 10.42; Lc
6.35; 1 Co 3.8,14; Hb 10.35,36; 11.6; 2 Jo 1.8; Ap 2.23; 11.18).
Quando
o Senhor Jesus apresentar ao Pai a Esposa do Cordeiro (a Igreja), haverá uma
grande festa no céu, a celebração da vitória, a distribuição das recompensas.
3.2. Como garantir o
céu como destino final?
Esses
são os passos para garantir o céu como destino final, percorra-os e garanta já
o seu futuro:
-
reconhecer que é pecador (Rm 3.23-26);
-
arrepender-se dos seus pecados (Mc 1.15; At 2.38);
-
crer e confessar Jesus como seu Salvador e aceitá-lo como Senhor (At 16.31; Rm
10.9,10).
CONCLUSÃO
A
doutrina do destino e estado final de todos os homens encontra-se claramente registrada
na Bíblia. Um dos mais perfeitos exemplos foi narrado pelo Senhor Jesus, na
parábola do homem rico e de um mendigo chamado Lázaro (Lc 16.19-31).
Diante
da verdade bíblica sobre os dois destinos finais, devemos atender ao clamor do
profeta boiadeiro, que disse: Prepara-te [...] para te encontrares com o teu
Deus (Am 4.12). (Am 4.12).
ATIVIDADE PARA
FIXAÇÃO
1. Quais são os dois destinos finais e eternos possíveis aos homens?
Como escapar do inferno?
R.:
Os dois destinos finais e eternos possíveis aos homens são: o céu para os
justos, e o inferno para os injustos. Todo homem pode escapar do inferno, se:
reconhecer que é pecador (Rm 3.23-26); arrepender-se dos seus pecados (Mc 1.15;
At 2.38); crer e confessar Jesus como seu Salvador e aceitá-lo como Senhor (At
16.31; Rm 10.9,10).