Lições
Bíblicas 1° Trimestre de 2018, Jovens Professor – CPAD
TÍTULO:
Seu Reino não Terá Fim
Subtítulo:
Vida e obra de Jesus seguindo o Evangelho de Mateus
Comentarista:
Natalino das Neves
Classe:
Jovens
Aula: 11/03/2018
TEXTO DO DIA
“E
Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.” (Mt 27.50)
SÍNTESE
Depois de muito sofrimento e dor, a
morte de Cristo, na cruz, proporciona a justificação de todo aquele que nEle
crê.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA
– Mt 27.32: Simão foi constrangido a levar a cruz de Jesus
TERÇA
– Mt 27.37: A acusação de Jesus Cristo
QUARTA
– Mt 26.39-43: Todos escarnecem de Jesus
QUINTA
– Dt 21.22,23: Para os judeus a morte de cruz era uma
maldição
SEXTA
– Sl 22.1,2: O clamor de Jesus na cruz
SÁBADO
– Mt 27.51: Com a morte de Jesus, o véu do Templo se rasgou de alto a baixo
OBJETIVOS
1.
EXPLICAR como se deu a crucificação de Jesus;
2.
CONSCIENTIZAR de que Cristo morreu por nós;
3.
MOSTRAR o que ocorreu no sepultamento de Jesus.
INTERAÇÃO
Professor (a), dê
preferência as aulas mais participativas, pois contribuem para uma maior
atuação dos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Encare seus alunos
como detentores do saber e conhecimento, não como meros receptores.
Metodologias participativas valorizam as experiências dos participantes,
envolvendo-os na discussão, identificação e busca de soluções para as
problemáticas apresentadas em cada lição. Os alunos se sentem incluídos nas
aulas, emitindo com mais facilidade suas opiniões. Utilize metodologias que incentivam
a participação de todos, contribuindo para o desenvolvimento das potencialidades
de todos os jovens.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Para a aula de hoje
sugerimos que seja elaborado um concurso bíblico. Prepare uma série de
perguntas a respeito das lições e organize, no mínimo, dois grupos.
Use a criatividade para definir
qual grupo vai começar a responder as perguntas. Defina uma pontuação para os
acertos. Se o grupo responder a pergunta ganha um ponto; se não responder, não
ganha ponto e dá oportunidade para o outro grupo responder (passa). Se o outro grupo
responder ganha um ponto. Se não, a pergunta volta para o primeiro grupo
(repassa). Se desta vez o grupo responder, ganha dois pontos. Se não, você
responde a pergunta para os grupos. Repetir até terminar as perguntas.
TEXTO
BÍBLICO
Mateus 27.32-37,45-51
32 E, quando saíam, encontraram um homem
cireneu, chamado Simão, a quem constrangeram a levar a sua cruz.
33 E, chegando ao lugar chamado
Gólgota, que significa Lugar da Caveira,
34 deram-lhe a beber vinho misturado com
fel; mas ele, provando-o, não quis beber.
35 E, havendo-o crucificado, repartiram
as suas vestes, lançando sortes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta:
Repartiram entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançaram sortes.
36 E, assentados, o guardavam ali.
37 E, por cima da sua cabeça, puseram escrita
a sua acusação:
ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS.
45 E, desde a hora sexta, houve trevas sobre
toda a terra, até à hora nona.
46 E, perto da hora nona, exclamou
Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni, isto é, Deus meu, Deus
meu, por que me desamparaste?
47 E alguns dos que ali estavam,
ouvindo isso, diziam: Este chama por Elias.
48 E logo um deles, correndo, tomou uma
esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber.
49 Os outros, porém, diziam: Deixa,
vejamos se Elias vem livrá-lo.
50 E Jesus, clamando outra vez com
grande voz, entregou o espírito.
51 E eis que o véu do templo se rasgou em
dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.
INTRODUÇÃO
O capítulo 27 do Evangelho de Mateus
descreve o suicídio de Judas, o julgamento de Jesus, a sua crucificação e
sepultura. Mateus retrata com precisão os momentos que antecedem a crucificação,
inclusive os horários dos acontecimentos. Tudo aconteceu conforme as Escrituras
Sagradas e com a permissão de Deus.
Ao longo de sua viagem para Jerusalém, Jesus
por três vezes anunciou a sua crucificação e morte (Mt 16.21; 17.22,23; 20.18). Então, o momento chega como Ele havia
predito. Depois de um julgamento forjado e repleto de falsos testemunhos das
autoridades religiosas e políticas, Jesus é condenado
e conduzido à morte de cruz. Este é o tema que estudaremos na lição de hoje.
ACONTECIMENTOS
|
TEXTOS
BÍBLICOS DO AT
|
A entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém.
|
Is 62.11; Zc 9.9
|
A purificação do Templo.
|
Is 56.7
|
Indicação de que haveria um traidor.
|
Sl 41.9
|
Na última ceia a alusão ao sangue da
aliança.
|
Êx 24.8
|
A prisão de Jesus e a fuga dos
discípulos.
|
Zc 13.7
|
Condenação à morte pelo Sinédrio.
|
Sl 31.11-13
|
Traição de Judas.
|
Zc 11.12
|
Flagelos de Jesus.
|
Is 50.6
|
I
– CRUCIFICAÇÃO DE JESUS
1.
A vida e o sofrimento de Jesus foi previsto nas Escrituras Sagradas.
O relato da vida e da obra de Jesus
seguiu um plano previamente estabelecido pelo Senhor e que foi relatado já no
Antigo Testamento. Observe o quadro
acima.
Como podemos observar, a paixão e a ressurreição
de Cristo são os fundamentos do cristianismo. Por isso, podemos encontrar
referências a respeito deste assunto tanto no Antigo como no Novo
Testamento.
2.
Os flagelos e escárnios no caminho do Gólgota.
O caminho para a cruz foi um caminho de
dor e tristeza, onde Jesus teve que enfrentar a zombaria e o escárnio. O
sarcasmo a respeito da realeza de Jesus começou com os principais líderes
religiosos (Mt 26.67; 27.39-44), continuou com os
soldados e oficiais romanos, após a condenação à morte por Pilatos
(Mt 27.27-31).
A caminhada até o monte da crucificação
foi marcada por atos de violência e opressão. Diante da fragilidade física de
Jesus, devido aos maus tratos, Simão, o Cirineu, é obrigado a ajudar Jesus a
carregar a cruz. Ao chegarem ao lugar da crucificação é oferecido a Jesus vinho
misturado com fel; tal mistura tinha um efeito entorpecente, mas, Jesus ao
prová-lo, não quis beber. Mateus é o único evangelista que registra que antes
de recusar, Jesus o prova.
3.
A acusação de Jesus: “Rei dos Judeus”.
Como os demais crucificados, Jesus
ficou pendurado até que, lentamente, as dores e a exaustão física os levassem a
morte. Se a perda de sangue e as consequências da flagelação não o matassem, a
asfixia o faria. A vítima, geralmente, ficava fraca demais e não conseguia
levantar o corpo para respirar.
Mateus registra que os soldados repartiram
as vestes de Jesus entre eles lançando a sorte (Mt 27.35), uma referência ao
Salmo 22.18. Em cima de sua cabeça, na cruz, puseram uma tabuleta com a
acusação contra Ele: “ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS”.
Mais uma vez, Jesus é escarnecido e desprezado.
Mas, no Dia do Senhor, todas as pessoas, de todas as nações, terão que se
dobrar diante dEle para serem julgadas (Mt 25.31-34). Afinal, Ele é o Rei dos
reis.
Pense!
Simão Cirineu ajudou Jesus a carregar a
cruz. Isso deve ter aliviado
um pouco sua dor e cansaço. Jovem, o
que você tem feito para aliviar a dor de quem está enfrentando algum tipo de
sofrimento?
Ponto
Importante
A partir da crucificação, as relações dos
acontecimentos com o Antigo Testamento se intensificam, pois a paixão e a
ressurreição são fundamentos da fé cristã.
II - MORTE DE JESUS
1. Morte de cruz.
A morte de cruz era desprezada pelos
judeus e pelos romanos. Os judeus a rejeitavam por questões religiosas e os
romanos por questões políticas. Para os judeus a morte de cruz era uma maldição
(Dt 21.22,23). Por isso, os judeus não esperavam um Messias sofredor e muito
menos um condenado à morte na cruz. Paulo afirma, quando escreve aos Gálatas,
que Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós,
morrendo na cruz (Gl 3.13). Ele faz uma referência a Deuteronômio 21.23.
Os romanos reservavam a morte de cruz
somente para os inimigos políticos, pessoas consideradas rebeldes e subversivas
que se recusavam a obedecer as ordens impostas pelas autoridades romanas. Essa
morte era tão desprezível que um cidadão romano não poderia ser executado dessa
forma.
2. A morte de Cristo foi necessária para
a justificação da humanidade.
O primeiro clamor de Jesus na
cruz demonstrou um grande desespero, e o texto utilizado por
Mateus foi uma referência ao Salmo 22.1, onde o justo, ao enfrentar uma
oposição obstinada de seus oponentes, não encontra uma solução aparente
e se vê abandonado por Deus. Por isso, clama: “Deus meu, Deus meu, por
que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido e não
me auxilias?” Jesus, neste momento, sente a separação de Deus, pois os
pecados da humanidade estavam sobre si. Ao ouvir as palavras de
Jesus, o povo pensou que Ele estava pedindo socorro a Elias (Mt
27.47). Por isso, mais uma vez zombam dEle. Então, o Salvador deu o seu
último brado, ao entregar o espírito ao Pai. As palavras utilizadas por Jesus são
uma referência ao Salmo 31.5: “Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me
remiste, SENHOR, Deus da verdade.”
3. A morte de Jesus rasgou o véu do Templo
em dois.
Mateus não somente fala a respeito do
véu que foi rasgado, mas também menciona o fato de ter havido um terremoto (Mt
27.51). O véu era símbolo da inacessibilidade do ser humano à presença de Deus.
Ele tornava o sumo sacerdote o único intermediário entre Deus e o homem. Com a
morte de Jesus o véu se rasgou, nos dando livre acesso ao Todo-Poderoso. Jesus
demonstrou que, por meio de sua própria vida e obra, cumpriu toda a Lei e os
profetas. A obra de Cristo satisfez a justiça de Deus e conquistou o direito da
justiça perfeita que é atribuída a todo o que crê e aceita o sacrifício vicário
de Cristo.
Pense!
O véu rasgado deu acesso direto a todos
diante de Deus. Jovem, você já pensou no privilégio adquirido por meio da morte
de Cristo?
Ponto
Importante
O sacrifício vicário de Cristo foi perfeito
e cumpriu a Lei. Por isso, não é mais necessário oferecer sacrifícios a Deus.
III - O SEPULTAMENTO DE JESUS
1. José de Arimateia.
Ele é apresentado pelos Evangelhos
sinóticos como um homem rico, membro do Sinédrio, justo, bom e discípulo
secreto de Jesus. Mateus informa que ele rompeu a barreira do anonimato ao
pedir o corpo de Jesus a Pilatos. Os discursos de Jesus também alcançaram as
pessoas da elite de Israel. João menciona que Nicodemos também foi com José de
Arimateia sepultar Jesus.
Enquanto os discípulos mais próximos abandonaram
Jesus após sua prisão, surge um discípulo secreto que se expõe e coloca em
risco sua posição e a própria vida. Se o corpo não fosse requisitado, como costume, seria sepultado com os criminosos
ou deixado para ser consumido por bestas selvagens e pássaros. Assim, dois
discípulos secretos acabam por participar de um momento importante do término
da missão terrena de Jesus, e para dar cumprimento às Escrituras como veremos a
seguir.
2. Jesus é sepultado em túmulo emprestado.
José de Arimateia envolveu o corpo de
Jesus em um lençol de linho. Ele e Nicodemos fizeram uma cuidadosa e completa
unção do corpo, conforme o costume judaico, e depois o colocaram em um sepulcro
novo, uma tumba talhada na rocha. João acrescenta que o sepulcro nunca havia
sido usado e ficava em um jardim, próximo ao Gólgota, lugar estratégico devido
ao pouco tempo para sepultamento (Jo 19.41). O que José de Arimateia não sabia
é que o túmulo novo no domingo pela manhã já
estaria vazio. José pode não ter tido coragem durante o ministério de Jesus, mas
agora ele se expõe e entra para a história como o homem que emprestou a própria
tumba talhada na rocha para sepultar Jesus, o Filho de Deus.
3. A guarda do sepulcro.
Duas mulheres permanecem ali sentadas,
Maria Madalena e a outra Maria. Elas dão continuidade ao testemunho da morte e
sepultamento de Jesus (Mt 27.55,56). Os chefes dos sacerdotes também ficaram
preocupados com o túmulo de Jesus. Os discípulos se esqueceram da promessa que
Jesus havia feito de que ressuscitaria ao terceiro dia, mas estes não se
esqueceram. Os chefes dos sacerdotes vão até Pilatos e pedem para que o túmulo
seja guardado para evitar que os discípulos roubassem o corpo e testificassem
uma suposta ressurreição. Pilatos atende ao pedido deles e envia um
destacamento para selar o túmulo e guardá-lo. Indiretamente, eles acabaram por
colaborar com a comprovação da ressurreição de Jesus.
Pense!
Após a morte de Jesus, José de Arimateia
decidiu se expor e sepultar o corpo de Jesus. Jovem, você teria coragem de
expor sua
vida por amor a Cristo?
Ponto
Importante
Dois discípulos “secretos” sepultaram o
corpo de Jesus e duas
mulheres “guardaram” o corpo.
SUBSÍDIO
1
A morte de Cristo foi
voluntária
Jesus não foi forçado à
cruz. Nada fez contra a sua vontade. Submeteu-se à aflição espontaneamente.
Humilhou-se até à morte, e
morte de cruz. Deixou-se crucificar. Que graça espantosa por parte daquEle que tudo
podia fazer para evitar tamanho suplício. Ele tinha o poder de entregar a sua
vida e tornar a tomá-la — e de fato fez isso. Sim, eterno Salvador não foi
forçado ao Calvário, mas atraído para ele, por amor a Deus e à humanidade perdida.
Sua morte foi vicária e sem
dúvida, o profeta Isaías tinha em mente o cordeiro pascal, oferecido em lugar
dos israelitas pecadores. Sobre a cabeça do cordeiro sem mancha realizava-se uma
transferência dupla. Primeiro, assegurava-se o perdão divino mediante o santo
cordeiro, oferecido e morto. Segundo, o animal, sendo assado, servia de
alimentação para o povo eleito. O sacrifício de Cristo foi duplo: morreu para
nos salvar, e ressuscitou para nossa justificação.
Cristo também é o Pão da
vida, o nosso ‘alimento diário’.
Sua morte foi cruel. Ele foi
levado ao matadouro, esta palavra sugere brutalidade. Não é de admirar que a natureza
envolvesse a cruz em um manto de trevas, cobrindo, assim, a maldade dos seres
humanos (SILVA, Severino Pedro da. Teologia Sistemática Pentecostal.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 156).
SUBSÍDIO
2
José de Arimateia, conseguiu permissão de
Pilatos para tirar o corpo da cruz. E, com Nicodemos, levando quase cem
arráteis dum composto de mirra, aloés, envolveram o corpo do Senhor em lençóis
com as especiarias, como era costume dos judeus. Havia no horto daquele lugar um
sepulcro em que ainda ninguém havia sido posto. Ali puseram Jesus (Jo
19.38-42). Sepultar os mortos era considerado um ato de piedade. Também era
comum que se sepultassem os mortos no mesmo dia de seu falecimento. O corpo de
um homem executado não tinha permissão para ficar pendurado na cruz a noite
inteira (Dt 21.23), pois isso, para a mente judaica, poluiria a Terra. Às seis
horas, começaria o sábado da semana da Páscoa, durante a qual estava proibida
qualquer execução (SILVA, Severino Pedro da. Teologia Sistemática
Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 156).
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que Mateus
demonstra que o sofrimento, o escárnio e a crucificação de Jesus aconteceram
segundo o que estava previsto nas Escrituras Sagradas. A morte de cruz, desprezada
pelos judeus e romanos, passou a ser motivo de vitória e vida eterna para todos
aqueles que creem, mediante a justificação alcançada por Cristo.
HORA
DA REVISÃO
1. Mateus relaciona os soldados lançando sorte para ficar com a veste
de Jesus com qual dos Salmos?
Mateus registra que os soldados
repartiram as vestes de Jesus entre eles lançando a sorte (Mt 27.35), uma
referência ao Salmo 22.18.
2. Qual o comentário de Paulo a respeito da morte de cruz por Jesus e a
qual texto do Antigo Testamento ele faz referência?
Paulo afirma, quando escreve aos
Gálatas, que Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por
nós, morrendo na cruz (Gl 3.13). Ele faz uma referência a Deuteronômio 21.23.
3. Quem sepultou Jesus junto com José de Arimateia?
Nicodemos também foi com José de
Arimateia sepultar Jesus.
4. O que aconteceria se o corpo de Jesus não fosse requisitado por José
de Arimateia?
Se o corpo de Jesus não fosse
requisitado, como costume, seria sepultado com os criminosos ou deixado para
ser consumido por bestas selvagens e pássaros.
5. O que a morte e a ressurreição de Jesus Cristo significam para você?
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