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artigo APENAS UMA PARTE do subsídio para a lição bíblica da classe de Adultos.
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Introdução
Deus providenciou um
descanso, e este descanso deve ser ocupado ou possuído. A incredulidade
bloqueia a entrada no descanso de Deus enquanto a fé abre largamente a porta; e
assim este descanso só está à disposição de verdadeiros cristãos. No estudo de
hoje abordaremos acerca de Josué e sobre o repouso providenciado por Deus (Hb
4.8,9). Em Hebreus 3.17 - 4.11, encontramos “O Repouso para o Povo de Deus”. Já
no capítulo 4.1.9, vemos que existe um repouso prometido. Portanto devemos fazer um esforço para entrar
neste repouso, 4.11. Lembrando-nos que a fé no chamado de Deus é essencial,
4.2.
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I. QUEM ERA JOSUÉ
1. O significado do nome
Josué.
Josué,
inicialmente, chamava-se Oséias (Nm 13.8), todavia, mais tarde, Moisés mudou
seu nome (Nm 13.16). Oséias em hebraico significa apenas “salvação”, enquanto
que Josué, “o Senhor é salvação”. O grande profeta certamente sabia que aquele
fiel e corajoso jovem ainda seria poderosamente usado por Deus para “salvar seu
povo” das mãos dos inimigos, conduzindo-o com segurança à Terra Prometida. O
nome Josué aparece na Bíblia mais de 200 vezes.
2. Sua origem.
Josué
filho de Num e neto de Elisama, príncipe da tribo de Efraim (Êx 33.11), nascera
no Egito à época em que seu povo estava debaixo do jugo de Faraó. Criado como
escravo, o jovem teve a oportunidade de conviver com Moisés, e assistir seus
extraordinários feitos por meio das mãos poderosas do Senhor.
Sendo
o primeiro filho de sua família (1 Cr 7.27), Josué jamais esquecera da célebre
noite em que as portas das casas do seu povo foram cobertas com sangue de
cordeiros a fim de que os primogênitos não fossem eliminados pelo anjo da morte
(Êx 12.13,29-31).
Josué
tornara-se príncipe (maioral), como seu avô (1 Cr 7.20,26,27; Nm 2.18,19;
10.22).
Escolhido
por Moisés (Nm 11.28), Josué também foi um dos doze espias enviados a
esquadrinhar a terra de Canaã (Nm 13.8-16). De lá, apenas Josué e Calebe
trouxeram notícias positivas ao grande líder de Israel (Nm 14.6-30).
3. Qualidades de Josué (Êx
17.8-15).
a)
Obediência.
Porque
era obediente a Deus, Josué também foi um “servidor obediente” ao seu líder (Êx
17.9,10; 24.13). Obedecer por amor, equivale à verdadeira submissão, isto é,
colocar-se sob a autoridade de alguém.
Josué
aprendeu bem cedo que o sucesso de seu ministério dependeria de sua obediência
a Moisés, seu líder, e à Palavra de Deus (Js 1).
b)
Fidelidade.
Josué
tinha um caráter íntegro, por isso, pode manter-se leal a Deus e a Moisés. Ele
assumira um compromisso de fidelidade que o tempo não conseguiu abalar.
Fidelidade
ou lealdade é uma qualidade moral de Deus (Tg 1.17). Paulo nos ensina em 2
Timóteo 2.13 que a fidelidade de Deus é o corolário da sua auto-coerência.
Moisés, em seu belíssimo cântico, antes de morrer (Dt 32.4,15,18), ilustrou a lealdade
divina valendo-se metaforicamente da “rocha”, isto é, “Ele é a Rocha” em que se
pode confiar.
Josué
aprendeu a confiar na fidelidade divina, logo, em tudo que fazia, sua
fidelidade era demonstrada em atitudes firmes no cumprimento das alianças feitas
com Deus e dos seus mandamentos (Dt 7.9).
c)
Caráter ilibado.
Em
diversas situações Josué soube manter o equilíbrio e assim não quebrar os
princípios aprendidos com Moisés.
O
caráter faz distinção entre os que administram bem o poder e os que abusam
dele. Os valores de um caráter cristão ideal, tais como piedade, abnegação,
integridade e honestidade, são imprescindíveis à vida de um líder cristão.
II. O REPOSO DE DEUS
E DE SEU POVO
A
palavra repouso, como aparece na versão Almeida Revista Corrigida, é a tradução
do original grego “katapausis”. O
significado literal é descanso. Notemos que o repouso deve ser entendido
através de seu sentido literal e figurado.
O
sentido literal refere-se ao descanso ou à morada fixa dos israelitas, na Terra
Prometida – Canaâ – depois de suas peregrinações (Hb 4.1,3,10,11).
Consequentemente, em sentido figurado, refere-se a morada tranquila dos que
habitarão com Deus no céu. Portanto resta ainda um repouso para o povo de Deus.
(Hb 4.9).
1. A ilustração do
descanso de Deus.
O escritor, no capítulo 4 e versículo 10,
relembra o que está escrito em Gn 2.2, quando Deus, no sétimo dia, descansou de
suas obras: “Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de
suas obras, como Deus das suas”. Obviamente que aqui não se trata de descanso
físico. Deus repousou, não porque estivesse cansado, mas para indicar o término
da criação.
2. O descanso dos
israelitas.
O
sofrimento dos israelitas no Egito após a morte de José foi cruel. Por mão de
Moisés e pelo poder de Deus, o povo foi libertado milagrosamente. Entretanto,
por causa da incredulidade e rebeldia, grande parte deles não pôde entrar na
Terra Prometida. Foram obrigados a passar 40 anos caminhando no deserto (Hb
3.19; 4.6,11; 1 Co 10.1-11). Somente por misericórdia, Deus lhes destinou a
terra de Canaã, onde enfim encontraram o descanso de seus sofrimentos.
O
descanso (repouso) dado por Josué aos israelitas, foi incompleto e parcial.
Porém o repouso provido por Jesus Cristo foi completo. Cristo nos deu um
repouso terrestre e espiritual.
3. O descanso
(repouso) do povo de Deus (Hb 4.9).
O
“repouso” oferecido na Terra Prometida retratava meramente o repouso verdadeiro
e final que haverá no céu para aqueles que crerem. Aqui (4.9) o descanso
prometido não é físico, mas espiritual, celestial, indizível e pleno para os
salvos: “Ainda resta um descanso para o povo de Deus”.
Trata-se
do bendito estado da alma e do espírito, em que os crentes, obedientes e
santos, que ouvem a Palavra e a obedecem, terão direito à paz e a tranquilidade
perene, na comunhão com o Senhor. Lembremo-nos de que o descanso espiritual só
se obtém através da nova vida em Cristo (ver Mt 11.28,29). É preciso ouvir e
obedecer a Palavra de Deus. “Procuremos pois entrar naquele repouso, para que
ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (v.11).
a)
O repouso é somente para quem crer em Jesus
Crer
em Jesus Cristo pode parecer algo fácil, que quase não requer esforço, apenas
um sinal com a cabeça, uma oração rápida ou encaminhar-se para a frente em um
culto da igreja. Crer verdadeiramente em Cristo conduz a uma vida de
compromisso e discipulado que colocará o crente em desavença com o mundo
ganancioso, egoísta, cruel, e que tenta se apoderar do poder. As pessoas que
creem em Jesus descobrem que cada dia exige um esforço total. Aqueles que creem
desta maneira entram no lugar de repouso de Deus.
4. Um repouso
terrestre e celestial.
a)
O começo do repouso.
Este
repouso de suas obras” começa agora, ou os crentes têm que esperar pelo céu?
Alguns sugerem que ele começa depois da morte, citando 'Apocalipse 14.13. Muito
provavelmente, porém, os crentes experimentam o repouso de Deus nesta vida
presente, mas o receberão completamente e plenamente depois da morte, quando
chegarem ao céu.
b)
‘Entramos no repouso’ (Hb 4.3).
Somente
nós, que temos crido na mensagem salvadora de Cristo, entramos no repouso
espiritual de Deus. Isto é, Cristo carrega nossos fardos e nossos pecados, e
nos dá o ‘repouso’ do seu perdão, da sua salvação e do Espírito Santo (Mt
11.28) Mesmo assim, nesta vida, o nosso repouso é apenas parcial, porque somos
como peregrinos que caminham com dificuldade na penosa estrada deste mundo. Ao
morrermos no Senhor, entramos no seu repouso perfeito no céu.
c)
‘Resta... um repouso’ (Hb 4.9).
O
repouso prometido por Deus não é somente o terrestre, mas também o celestial
(vv.7,8;13.14). Para os crentes, resta ainda o repouso eterno no céu (Jo
14.1-3; Hb 11.10,16). Entrar nesse repouso final significa cessar do labor, dos
sofrimento e das perseguições, tão comuns em nossa vida nesta terra (Ap 14.13);
significa participar do repouso do próprio Deus e experimentar eterna alegria.
Deleite, amor e comunhão com Deus e com os santos redimidos. Será um descanso
sem fim (Ap 21,22). (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1902,1905).
d)
O repouso das obras.
As
“obras” das quais os crentes podem repousar não significam inatividade. Afinal,
os crentes têm muito trabalho a fazer neste mundo, a fim de divulgar o Reino de
Deus. O termo “obras”, portanto, pode se referir a cessar de tentar trabalhar
para a salvação.
5. Jesus providenciou
um repouso superior ao de Josué.
O
final do capítulo 3 de Hebreus, explica que os israelitas que se rebelaram contra
Deus nunca entraram “no seu repouso” (referindo-se à Terra Prometida,
mencionada em 3.18,19). Tendo mostrado que Jesus é superior ao grande líder
Moisés, o autor passou para outro grande líder israelita, Josué. O servo de
Deus Josué conduziu Israel para a Terra Prometida, contudo ele não proporcionou
o verdadeiro “repouso” de Deus (veja 4.8). Alguém maior do que Josué realizou
esta obra gloriosa. Jesus dá um repouso maior do que o repouso que Josué deu ao
conquistar a Terra Prometida.
6. Procuremos entrar
naquele repouso (Hb 4.11).
Precisamos
nos esforçar para obter o que é nosso por promessa, mas que ainda não é nosso
por experiência. A boa terra foi prometida aos filhos de Israel, mas só seria
deles quando eles a possuíssem.
a)
Desenvolvendo-se diligentemente.
Todos
os crentes devem desenvolver diligentemente a sua fé, procurando obedecer a
Jesus (Mt 7.24-27) dia a dia, aproximando-se de Deus através de experiências na
vida (Fp 2.12). Não há nenhum momento - enquanto vivermos na terra - no qual um
cristão “chegue” à perfeita espiritualidade. Todos os dias, o povo de Deus está
fazendo uma escolha, aproximar-se de Deus ou afastar-se dele.
b)
A desobediência nos impede de entrarmos no repouso.
Deus
disse a Moisés para falar à rocha, e água fluiria dela. Em sua ira, Moisés
feriu a rocha. Por sua desobediência, ele foi impedido de entrar na terra da
promessa. Embora Moisés fosse grande, e suas realizações, maravilhosas, a sua
desobediência barrou a sua entrada no descanso.
Durante
quarenta anos Mosés e o seu povo vaguearam pelo deserto frustrados. Por fim,
ele chegou a ver a terra que manava leite e mel. Pode ser que ele tenha rogado:
“Ó Deus, permite agora que eu pise essa
terra boa. Por quarenta anos eu me arrastei pelo deserto e trabalhei com este povo
cansativamente.” Mas a resposta de Deus seria: “Não falemos mais nisso. Não
entrarás” (Dt 34.1-8).
E
Moisés morreu, e foi enterrado na encosta solitária do Nebo, pertinho da terra de seus
sonhos, em que ele nunca entrou. Sua desobediência custou-lhe a terra
prometida. Nós, que temos um líder muito maior do que Moisés, corremos perigo
ainda maior, se formos desobedientes.
c)
Compromissos para quem não quer ficar de fora do repouso.
“Vede,
irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar[2] do Deus vivo. Antes,
exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje,
para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; Porque nos tornamos
participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa
confiança até ao fim” (Hb 3.12 – 14).
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