Lições
Bíblicas 1° Trimestre de 2018, Jovens Professor – CPAD
TÍTULO:
Seu Reino não Terá Fim
Subtítulo:
Vida e obra de Jesus seguindo o Evangelho de Mateus
Comentarista:
Natalino das Neves
Classe:
Jovens
Aula: 25/03/2018
TEXTO DO DIA
“Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo.” (Mt 28.19)
SÍNTESE
Jesus, depois de morrer e ressuscitar,
comissionou novamente os discípulos, mas a abrangência da missão agora é maior,
todas as nações do mundo.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA
- Mt 28.16: Os discípulos retornaram para a Galileia
TERÇA
– Mt 28.17: Alguns quando viram o Cristo ressurreto
duvidaram
QUARTA
– Mt 28.18: Jesus tem todo o poder no céu e na terra
QUINTA
– Mt 10.6: O primeiro comissionamento dos discípulos foi para os judeus
SEXTA
- Mt 28.19: Jesus comissiona os discípulos para pregar o Evangelho ao mundo
SÁBADO
– Mt 20.20: A missão dada por Jesus
OBJETIVOS
1.
MOSTRAR como foi a aparição de Jesus aos discípulos na
Galileia;
2.
CONSCIENTIZAR de que Jesus ordena que se façam discípulos;
3.
DISCUTIR a permanência de Jesus no cumprimento da
missão.
INTERAÇÃO
Professor (a), chegamos à última
aula do primeiro trimestre do ano. Esperamos que o estudo do Evangelho de
Mateus tenha contribuído para o seu crescimento espiritual e, consequentemente dos
seus alunos. Estudar a vida e o ministério de Jesus é sempre gratificante e surpreendente,
pois por mais que já tenhamos ouvido falar a seu respeito, sempre temos algo
novo a aprender. Nesta última lição, vimos que o Evangelho de Mateus é
concluído com uma promessa gloriosa do nosso Redentor para todos os seus
discípulos: “[...] eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos” (Mt 28.20). Segundo A. T. Robson, “a história cristã tem sido o
cumprimento dessa promessa na medida em que o poder de Deus trabalha em nós. O
Salvador ressurreto e todo-poderoso permanece com o seu povo todo o tempo”. Então,
não desanime, pois apesar das dificuldades não estamos sozinhos.
Leia também:
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ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Para mostrar que obtemos melhores
resultados quando trabalhamos em unidade, sugerimos a utilização da dinâmica das
varinhas que é simples e objetiva. Você vai precisar de um feixe com
aproximadamente 10 varinhas (você também poderá utilizar palitos de churrasco).
Solicite que um aluno (a) quebre apenas uma das varinhas. Enfatize que esta foi
uma atividade fácil. Depois, peça que um único aluno quebre todas as varinhas
ao mesmo tempo. Explique que esta é uma tarefa praticamente impossível de ser
realizada e que exige muito esforço de uma única pessoa. Conclua mostrando que
se trabalharmos unidos conseguiremos cumprir a Grande Comissão, mas que de forma
isolada fica quase impossível cumprir a ordenança de Jesus.
TEXTO
BÍBLICO
Mateus
28.16-20
16 E os onze discípulos partiram para a
Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado.
17 E, quando o viram, o adoraram; mas alguns
duvidaram.
18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo:
É-me dado todo o poder no céu e na terra.
19 Portanto, ide, ensinai todas as
nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 ensinando-as a guardar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à
consumação dos séculos. Amém!
INTRODUÇÃO
Os discípulos vão para a Galileia e ali
encontram o Cristo ressurreto. Então, Jesus faz uso da autoridade recebida do
Pai e pela segunda vez comissiona os discípulos. Porém desta vez o Mestre
ordena a ida deles a todas as nações. Eles não somente iriam pregar as
boas-novas, mas também batizar os que cressem em nome do Pai, e do Filho e do Espírito
Santo. O Mestre ordena a evangelização e o discipulado, o ensino.
Os discípulos não cumpririam a Grande
Comissão sozinhos, pois Senhor Jesus prometeu estar com eles todos os dias, até
à consumação dos séculos (Mt 20.20).
I
– A APARIÇÃO DE JESUS AOS DISCÍPULOS NA GALILEIA (Mt 28.16-18)
1.
O reencontro de Jesus com os discípulos (vv. 16,17).
Os discípulos retornam à Galileia,
local do início do ministério de Jesus, do qual fizeram parte, obedecendo à
ordem dEle para o reencontro após a sua ressurreição. As aparições de Jesus e o
testemunho dos discípulos que se encontraram com Ele foram os primeiros
elementos que fundamentaram a fé no Cristo ressurreto.
2.
O reencontro com Jesus trás de volta a vida.
Até aquele momento, a comunidade dos
discípulos se sentia vencida, fracassada naquilo que tinham acreditado e
defendido. Eles ainda estavam assombrados e perturbados com a morte do seu
Mestre. A expectativa messiânica com os feitos e autoridade do ensino de Jesus,
que tinha crescido nas últimas semanas enquanto caminhavam para Jerusalém, foram
frustradas. A crucificação e a morte de Jesus abalaram a fé de seus discípulos.
No entanto, agora na mesma região em que foram chamados por Jesus, eles se
reencontram com o Mestre, agora ressurreto e glorificado. Com a aparição do
Cristo ressurreto, os discípulos também ressuscitaram da apatia e do medo que tinha tomado conta
deles. Mateus afirma que alguns ao verem Jesus o adoram, enquanto outros ainda
duvidam.
Paulo afirma, que certa vez, Jesus foi
visto por mais de quinhentos irmãos (1 Co 15.6). Era o clímax das aparições, justamente
na Galileia onde havia vários convertidos que o adoraram. Agora os discípulos
estavam prontos para receber a nova ordem suprema de Jesus.
3.
Jesus anuncia a autoridade recebida do Pai (v. 18).
Jesus aproveitou o momento de adoração
e entusiasmo dos discípulos para fazer uma revelação especial: Ele havia
recebido a completude da autoridade de Deus: “É-me dado todo o poder no céu e
na terra.” Os discípulos haviam presenciado o poder na vida terrena de Jesus, e
sabiam que todas as coisas foram entregues a Ele pelo Pai (Mt 11.27). Mas, neste
momento, Jesus Cristo anuncia que o seu poder agora não tem mais limites. Tal
revelação desperta
a fé dos seus seguidores.
Anteriormente, naquela mesma região, eles haviam recebido de Jesus autoridade
para pregar, expulsar demônios e curar enfermos (Mt 10.1).
Durante a tentação de Jesus no deserto
pelo Diabo, uma das ofertas do Inimigo foram os reinos do mundo e a glória
deles (Mt 4.8,9). Mas, agora, depois de cumprir sua missão pela morte de cruz,
Ele recebe toda autoridade do próprio Pai, como filho amado que o honrava com
sua fidelidade (Mt 3.17).
Mateus não registra o evento da ascensão,
mas nessa frase da autoridade recebida por Jesus está implícita a autoridade de
quem está sentado à direita do trono do Pai, símbolo do poder e autoridade no
céu e na Terra.
Pense!
Os discípulos ficaram desanimados
diante da morte de Jesus na cruz, mas eles foram renovados pelo Senhor ao verem
o Cristo ressurreto. Jovem, como você tem reagido diante das dificuldades?
Ponto
Importante
Jesus, enquanto estava sendo tentado no
deserto pelo Diabo, resistiu ao impulso de usufruir do poder humano. Com sua
vitória na cruz, Ele recebe a plenitude do poder do próprio Pai.
II
- JESUS ORDENA QUE SE FAÇAM DISCÍPULOS (Mt 28.19,20)
1.
Fazer discípulos em todas as nações (v. 19).
Jesus comissiona seus discípulos para
uma nova missão, diferente da primeira, que era restrita aos judeus (Mt 10.6).
Agora, eles deveriam fazer discípulos em todas as nações (tradução de ethnos,
grupos étnicos e não primariamente a países). Segundo o dicionário Houaiss
etnia a “coletividade de indivíduos que se diferencia por sua especificidade sociocultural,
refletida principalmente na língua, religião e maneiras de agir.”
No mundo há aproximadamente 24.000 etnias
e apenas pouco mais da metade já foi evangelizada. Logo, temos muito trabalho a
fazer.
2.
A relação Mestre-discípulo.
No relacionamento com seus discípulos, Jesus
demonstrou, pelo exemplo, o quanto um mestre deve abdicar de seus interesses
para a formação de discípulos. Jesus investiu seu tempo e paciência para ensinar
e treinar os doze. Agora Ele os envia a todos os povos para que fizessem o
mesmo. Assim, o Evangelho seria reproduzido pelos novos discípulos, para
crescimento do Corpo de Cristo.
O livro de Atos discorre como se deu o
movimento dos apóstolos no início da Igreja. Eles ficaram dentro do próprio território
pregando para seus patrícios, os judeus. Isso mudou somente quando veio a grande
perseguição, liderada por Saulo. Com o aumento da perseguição eles saem da Judeia
para Samaria e chegam aos “confins da terra”. O ideal do cristão deve ser fazer
a vontade de Deus (fazer discípulos) de forma espontânea e prazerosa.
3.
Batizando em nome do Pai, e do Filho, do Espírito Santo.
Jesus ordena que os novos convertidos
sejam inseridos formalmente na nova comunidade por meio do batismo. O batismo
torna mais forte o vínculo da pessoa com Cristo e com a Igreja. É uma ordenação
do Senhor. O próprio Jesus deu o exemplo (Mt 3.13-17).
Pense!
Jovem, você está ativo ou ainda está
aguardando algo radical acontecer para dar cumprimento a Grande Comissão?
Ponto
Importante
Na primeira comissão dos discípulos,
Jesus os envia estrategicamente somente para os judeus. Após a ressurreição,
para todas as nações.
III
– A PERMANÊNCIA DE JESUS NO CUMPRIMENTO DA MISSÃO (Mt 28.20)
1.
Ensinando a guardar todas as coisas que Jesus ensinou.
Para ensinar, primeiro é preciso
aprender, logo, para conhecer todas as coisas que Jesus ensinou é necessário,
antes de tudo, um estudo apurado dos Evangelhos que contam a vida e a obra de
Jesus.
A ordem para ensinar, no texto grego,
está no particípio presente, traduzido por “ensinando” e indica uma ação
contínua. Não pode ser um estudo superficial e realizado sem um planejamento e
uma sequência lógica e sistemática. O ensino deve ser contínuo e envolver a
mente e a vontade do novo crente, produzindo mudança de comportamento e um
desenvolvimento espiritual maduro e saudável.
2.
Falso ensino e hipocrisia religiosa.
Nos diálogos entre Jesus e os líderes religiosos
judaicos, o Mestre por várias vezes combateu a falsa religiosidade e a hipocrisia.
Os líderes religiosos e os fariseus viviam uma vida de aparência. Eles se
preocupavam apenas com o exterior e “vendiam” a imagem (mentirosa) de que eram
homens puros e bondosos, que viviam de acordo com a Lei. Mas o Senhor Jesus os
chama de sepulcros caiados, “[...] que por fora realmente parecerem formosos, mas
interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt 23.27).
3.
A presença de Jesus, o Emanuel.
Os discípulos que recebem novamente a
tarefa de continuar a missão de Jesus são encorajados com a plenitude do poder
recebido por Ele e com a promessa da sua presença contínua entre eles. Trata-se do resgate da promessa
feita no anúncio do nascimento de Jesus em Mateus 1.23: “[...] e ele será chamado
pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco).” Deus-Filho, se fez
carne e caminhou com seres humanos imperfeitos e simples, mas treinados e
comissionados por Ele. Jesus conviveu de perto com os pobres e excluídos que
viviam à margem da sociedade.
Os discípulos haviam experimentado,
ainda que em um curto espaço de tempo, ficar sem a presença de Jesus, devido à
sua morte e sepultamento. Esta foi uma prova amarga e terrível. Eles sentiram
muito a falta do Mestre e não queriam mais passar por essa experiência.
Todavia, agora tinham a promessa de que Jesus estaria com eles constantemente.
Esta promessa também é para os nossos dias e para os dias que virão. Não
estamos sozinhos. O Cristo ressurreto está conosco!
Pense!
Os discípulos aprenderam aos pés de
Jesus. Jovem, você tem investido no seu aprendizado? Quem tem sido o seu
instrutor?
Ponto
Importante
Os discípulos abandonaram tudo para
seguir Jesus. Por isso
a morte dEle os abalou profundamente. Mas,
a ressurreição do Mestre renovou suas vidas e fé.
SUBSÍDIO
1
A
Igreja e Missões
A evangelização do mundo é o
imperativo do Novo Testamento. ‘O evangelho deve ser
proclamado [anunciado] entre todas as nações’ (Mc 13.10, tradução livre).
O Advogado a realizar a tarefa é o Espírito Santo, enquanto que a instituição
escolhida divinamente para a proclamação é a Igreja de Jesus Cristo. Essas são
afirmações sérias e bíblicas. Até mesmo uma leitura superficial do Novo
Testamento irá convencer o leitor da relevância da Igreja na atual administração
de Deus. Cristo amava a Igreja e deu-se a si mesmo por ela. Somos assegurados
de que no momento Ele está edificando sua Igreja e que, por fim, irá
‘apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula nem ruga, mas santa é
irrepreensível’. Tudo isso está de acordo com o propósito eterno que Deus tinha
em Cristo Jesus nosso Senhor (Ef 5.25-27; 3.10,11).
A Igreja é a geração eleita,
sacerdócio real, nação santa e povo adquirido por Deus. O propósito desse
grande chamado é que a Igreja exponha as virtudes dEle, que a tirou da
escuridão para sua maravilhosa luz. A Igreja é uma criação proposital em Cristo
Jesus; ela é o corpo de Cristo (sua manifestação visível) e o templo do
Espírito Santo. Ela foi criada no dia de Pentecostes para personificar o
Espírito Santo na realização do propósito de Deus neste mundo (PETERS, George
W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p. 244).
SUBSÍDIO
2
Como
Devemos Evangelizar
Para começar, o ganhador de
almas tem de ter experiência própria de salvação. É um paradoxo alguém conduzir
um pecador a Cristo, sem ele próprio conhecer o Salvador. Isto é apontar o
caminho do céu sem conhecê-lo. Quem fala de Jesus deve ter experiência própria
da salvação. Estando nosso coração cheio da Palavra de Deus, nossa boca falará
dela (Mt 12.34). É evidente que o ganhador de almas precisa de um
conhecimento prático da Bíblia; conhecimento esse, não só quanto à mensagem do
Livro, mas também quanto ao volume em si, suas divisões, estrutura em geral, etc. Sim, para ganhar almas
é preciso ‘começar pela Escritura’ (At 8.35).
Aquilo que a eloquência, o
argumento e a persuasão humana não podem fazer, a Palavra de Deus faz, quando apresentada
sob a unção do Espírito Santo. Ela é qual espelho. Quando você fala a Palavra,
está pondo um espelho diante do homem. Deixe o pecador mirar-se neste
maravilhoso espelho. Assim fazendo, ele aborrecerá a si mesmo ao ver sua
situação deplorável. [...] No estudo da obra de ganhar almas, há muito proveito
no manuseio de livros bons e inspirados sobre o assunto. [...] A igreja de
Éfeso foi profundamente espiritual pelo fato de Paulo ter ensinado a Palavra ali
durante três anos, expondo todo o conselho de Deus (At 20.27-31) (GILBERTO, Antonio.
Prática do Evangelismo Pessoal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983, p. 30).
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que no reencontro
de Jesus com seus discípulos na Galileia Ele revela ter recebido do Pai a completude
do poder. Aprendemos também que Jesus ordenou fazer discípulos de todas as
nações e batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Mas os discípulos
não estariam sozinhos, pois Jesus prometeu estar presente onde quer que eles
fossem. Então, concluímos o nosso estudo a respeito do Evangelho de Mateus com
a Grande Comissão e com a promessa da presença constante de Jesus.
HORA
DA REVISÃO
1. De acordo com a lição,
quais são os dois primeiros elementos que fundamentaram a fé no Cristo
Ressurreto?
As aparições de Jesus e o testemunho
dos discípulos que se encontraram com Ele foram os primeiros elementos que
fundamentaram a fé no Cristo ressurreto.
2. Qual diferença do primeiro
comissionamento dos discípulos por Jesus (Mt 10.6) para a Grande Comissão (Mt
28.19,20)?
Jesus comissiona seus discípulos para
uma nova missão, diferente da primeira, que era restrita aos judeus (Mt 10.6).
Agora, eles deveriam fazer discípulos em todas as nações (tradução de ethnos,
grupos étnicos e não primariamente a países).
3. Segundo o dicionário
Houaiss, o que significa etnia?
Segundo o dicionário Houaiss etnia é a
“coletividade de indivíduos que se diferencia por sua especificidade
sociocultural, refletida principalmente na língua, religião e maneiras de
agir.”
4. Como era a relação
Mestre-discípulos?
No relacionamento com seus discípulos,
Jesus demonstrou, pelo exemplo, o quanto um mestre deve abdicar de seus
interesses para a formação de discípulos. Jesus investiu seu tempo e paciência
para ensinar e treinar os doze.
5. Como os novos convertidos
deveriam ser inseridos formalmente na nova comunidade, segundo Jesus?
Jesus ordena que os novos convertidos
sejam inseridos formalmente na nova comunidade por meio do batismo.
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