Ultimamente,
uma parcela dos evangélicos “descobriu” que quem celebra o Natal está
celebrando uma festa pagã do deus mitra que era celebrada em Roma a cada 25 de
dezembro em comemoração ao nascimento do deus sol.
Dizem que
quem celebra o natal de Jesus está firmando uma aliança com as trevas e dando
legalidade a Satanás para atuar em suas vidas.
O grande
teólogo medieval Agostinho dizia que Satanás é o Simius imitatio Dei.
Traduzindo do latim: Satanás é “o macaco imitador de Deus”.
Não é a
Bíblia, e nem a fé e as práticas cristãs, que imitam Satanás, mas sim, Satanás
que, qual macaco, quer imitar as coisas de Deus para confundir.
Satanás é imitador das coisas de Deus
Vejamos
alguns exemplos:
1 —
Satanás sabia
que Jesus nasceria de uma virgem e que morreria e ressuscitaria, pois foi
profetizado. Logo, muito antes de Cristo, no paganismo babilónico, criou-se a
lenda de que a deusa Semíramis foi mãe sendo virgem e dela
nasceu o deus Tamuz, que morreu no inverno e ressuscitou na primavera.
2 -
Muito antes de Cristo vir ao mundo, dodas as religiões pagãs
tinham uma tríade de deuses imitando a santa doutrina da Trindade, é comum a
todos os cristãos.
3- Em
quase todas as religiões pagãs se oferecem sacrifícios cruentos aos deuses
(ou seja, sacrifício com derramamento de sangue), coisa esta que foi
estabelecida por Deus no Velho Testamento. A diferença é que, ao contrário dos
deuses pagãos, Deus não aceitava sacrifícios humanos. Além disso, os
sacrifícios findaram no sacrifício de Cristo.
4 - Jesus
instituiu a Santa Ceia para que participássemos do Seu corpo e do Seu sangue. Mas, não só
os cristãos têm cerimônia com alimentos: às religiões pagãs também as têm.
5 - Desde
os primórdios que a pomba é aceita pelos cristãos como símbolo do Espírito Santo.
Recentemente, o paganismo da Nova Era adotou a pomba como um dos seus símbolos.
6 -
Muitas igrejas evangélicas têm as palmas (aplausos) como parte da sua liturgia e a
Bíblia não proíbe tal prática, mas a história nos mostra que nos cultos pagãos
os gregos batiam palmas para atraírem a atenção dos deuses em seus cultos.
LEIA TMBÉM:
7 - Os
que condenam o Natal como festa pagã celebram seus aniversários com
bolos revestidos de glacê branco e velinhas acesas, mas desconhecem que tal
prática originou-se no paganismo dos celtas: o bolo representa a deusa lua e a
luz das velas, o seu brilho.
8 - Os
que condenam o uso do pinheiro natalino dizem que os pagãos adoravam o pinheiro e
assim afirmam que o mesmo é um apetrecho idólatra, mas esquecem de que em
Oséias 14.8 o próprio Deus se compara a um pinheiro (na ARC, escreve-se
“faia”). Se condenarmos o pinheiro porque os pagãos o tinham como sagrado,
vamos amaldiçoar e cortar todas as jaqueiras do mundo, pois os da magia negra
fazem sacrifícios sob as mesmas, dizendo que uma entidade sagrada nelas habita.
9 -
Muitos que condenam o Natal como festa pagã são apaixonados pelas olimpíadas e esquecem
ou ignoram que as primitivas olimpíadas eram jogos em homenagem aos deuses
pagãos. A expressão olimpíadas vem de “Olimpo”, que na mitologia grega era a
morada dos deuses.
10 -
Quando Deus fez uma aliança com Noé, deu o arco-íris como sinal entre Ele e a
humanidade. Hoje, o arco-íris é símbolo oficial da comunidade homossexual.
11 -
Grande parte dos evangélicos, inclusive os que dizem ser o Natal uma festa pagã, falam línguas, mas hoje em dia
pessoas idólatras também falam línguas.
12 -
Muitos evangélicos desses grupos que dizem que o Natal é coisa do Diabo usam em
seus templos a chamada “Estrela de Davi”. Curioso é que os da magia
negra usam esse mesmo símbolo nos seus trabalhos de feitiçaria e o chamam de
símbolo de Salomão.
Não posso deixar de celebrar o Natal de Jesus
Só nos
resta agora dizer a célebre frase de Carlos Drummond de Andrade: “E agora,
José?!”. Se usarmos para os demais casos esse critério de não aceitar a
comemoração do Natal porque, no passado, os pagãos usavam a data de 25 de
dezembro para adoração ao deus sol, então vamos deixar de crer no nascimento
virginal, na morte e ressurreição de Jesus, por causa da lenda babilónica de
Semíramis e Tamuz?
Vamos
deixar de crer no Pai, no Filho e no Espírito Santo?
Vamos
rasgar as páginas da Bíblia que falam em sacrifícios com derramamento de
sangue?
Vamos
deixar de celebrar a Ceia do Senhor?
Vamos
acabar com o simbolismo da pomba?
Os que
batem palmas em seus cultos vão deixar de fazê-lo?
Os que
admiram as Olimpíadas vão demonizá-las em 2016?
Vamos
proibir de falar línguas nas igrejas?
Os que
usam a Estrela de Davi, que está na bandeira de Israel, vão arrancá-la de seus
templos?
Será
rasgada a página da Bíblia que fala do arco-íris como aliança com Noé?
Portanto,
não posso deixar de celebrar o Natal de Jesus. Se o Diabo tinha um paralelo
imitando o Natal cristão, é problema dele.
Eu não
vou deixar na Trindade, no nascimento virginal de Cristo, no sacrifício cruento
de Jesus, nem deixar de celebrar a Santa Ceia só porque o Diabo tem algo
semelhante nas religiões pagás.
Não sou
eu, nem meus irmãos cristãos, que o estamos imitando. Ele é quem é o imitador.
Se assim
fora, todos os cristãos de língua anglo-saxônica seriam idólatras,
pois, na língua deles, todos os dias da semana têm o nome de um deus pagão.
Por
exemplo, em inglês, sábado é Saturday (dia de saturno),
domingo é Sunday (dia do deus-sol) etc.
Mas os
que são esclarecidos sabem que nem o sábado, nem o domingo, nem as plantas, nem
nada neste mundo é dos deuses ou dos demônios, mas todas as coisas pertencem ao
Senhor, pois o salmista disse: “Do Senhor é a terra e tudo que nela há”
(SI 24.1).
Curioso é
que alguns desses que estão deixando de celebrar o Natal estão, nessa data,
celebrando uma festa judaica chamada Cha-nukah ou festa das luzes, e curioso é
que esta festa nada tem a ver com a Bíblia, mas é baseada no livro não
inspirado pelo Espírito Santo chamado de Macabeus, um dos livros apócrifos que
não são aceitos nem pelos judeus nem pelos evangélicos como canônicos, mas que
essas igrejas recentes estão adotando. Curioso! Celebram uma festa que nada tem
a ver com a Bíblia e rejeitam a celebração do Cristo, no sacrifício cruento de
Jesus, nem deixar de celebrar a Santa Ceia só porque o Diabo tem algo
semelhante nas religiões pagás. Não sou eu, nem meus irmáos cristãos, que o
estamos imitando. Ele é quem é o imitador.
Se assim
fora, todos os cristãos de língua anglo-saxônica seriam idólatras, pois, na
língua deles, todos os dias da semana têm o nome de um deus pagão. Por exemplo,
em inglês, sábado é Saturday (dia de saturno), domingo é Sunday (dia do
deus-sol) etc. Mas os que são esclarecidos sabem que nem o sábado, nem o
domingo, nem as plantas, nem nada neste mundo é dos deuses ou dos demônios, mas
todas as coisas pertencem ao Senhor, pois o salmista disse: “Do Senhor é a
terra e tudo que nela há” (SI 24.1).
Curioso é
que alguns desses que estão deixando de celebrar o Natal estão, nessa data,
celebrando uma festa judaica chamada Cha-nukah ou festa das luzes, e curioso é
que esta festa nada tem a ver com a Bíblia, mas é baseada no livro não
inspirado pelo Espírito Santo chamado de Macabeus, um dos livros apócrifos que
não são aceitos nem pelos judeus nem pelos evangélicos como canônicos, mas que
essas igrejas recentes estão adotando. Curioso!
Celebram
uma festa que nada tem a ver com a Bíblia e rejeitam a celebração do
Bíblia!
Nas tais
igrejas, na dita festa do Chanukah, colocam na plataforma do
púlpito um castiçal de nove braços e fazem uma novena acendendo uma vela a cada
noite. Mas, vamos deixar isso para lá. Qualquer semelhança com o paganismo é
mera coincidência!
Notável é
que essa tal festa da Chanukah é baseada em lendas e fábulas de “judias
idosas”, como nos disse o apóstolo Paulo em 1 Timóteo 4.7 e 2 Timóteo 4.4.
Que pena
que a falta de conhecimento campeia em muitos desses novos grupos religiosos
que surgem a cada dia.
É como
disse o apóstolo Paulo com os simplórios dos seus dias: “Nada sabem,
mas deliram acerca de questões e contendas de palavras das quais nascem
invejas, porfias; blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de
entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho:
aparta-te dos tais” (lTm 6.4, 5).
Assim
sendo, celebre o Natal com alegria e diga com os anjos: “Glória a Deus nas
alturas, paz na terra e boa vontade para com os homens!” (Lc 2.14).
Com muita
convicção abracemo-nos uns aos outros e com lágrimas de gratidão a Deus
digamos: “Feliz Natal!”.
LEIA TMBÉM:
Fonte: Jornal
Mensageiro da Paz – Dezembro de 2013
José Orisvaldo Nunes de Lima - Pastor da Assembleia
de Deus em São Miguel dos Campos (AL).