Introdução.
A glorificação é a derradeira etapa de nossa salvação em Cristo Jesus: “e aos que justificou, a esses também
glorificou” (Rm 8.30). Trata-se de uma promessa da futura transformação de
nosso corpo mortal.
“Assim
será com a ressurreição dos mortos. O
corpo que é semeado é perecível e ressuscita imperecível; é semeado em desonra,
mas ressuscita em glória; é semeado em fraqueza, porém ressuscita em poder;
Assim como obtivemos a imagem do homem terreno, receberemos de igual modo à
imagem do homem celestial” (1 Coríntios 15.42,43, 49).
I - A ESPERADA TRANSFORMAÇÃO DE NOSSO CORPO MORTAL (1Co
15.43-49)
1. A ressurreição dos
salvos para glorificação.
Todos
os crentes quer vivos por ocasião do glorioso retorno de Cristo, quer já
mortos, receberão instantaneamente novos corpos gloriosos. Esse será o grande
som da trombeta profetizado (Mt 24.31; 1Ts 4.16; Ap 11.15). Paulo vivia cada
dia de sua vida numa espécie de antegozo espiritual pela certeza absoluta que
tinha do glorioso retorno de Cristo, da ressurreição e da vida eterna de todos
os crentes.
2. De corpo natural
para um corpo espiritual.
Paulo
usa uma série de analogias para demonstrar que, no caso da ressurreição, Deus
tomará um corpo “natural” (em grego psuchikon),
perecível (corruptível), fraco e pecaminoso, e o transformará – na ressurreição
– num corpo “espiritual” (em grego pneumatikon),
glorioso, imperecível (incorruptível), poderoso e sem pecado. Não se trata de
um corpo imaterial ou totalmente diferente do corpo natural; contudo, preparado
para viver a eternidade com Deus numa dimensão celestial (2Pe 3.10-13).
É
Cristo (Jo 5.26) que proporcionará aos crentes remidos, em seu glorioso
retorno, um corpo especial, poderoso, sem pecado e imperecível (Fp 3.21). Um
corpo semelhante ao de Cristo: ressurreto e glorificado (Lc 24.36-43).
3. O destino dos
salvos glorificados.
O céu é o trono de Deus (Mt 5.34), mas também é a pátria de todos os salvos (Fp
3.20,21). A condição no céu será de perfeita experiência da presença de Deus,
pois é lugar de perfeita santidade, gozo, alegria sem fim e da perfeita
felicidade (1Co 2.9). O livro de Apocalipse descreve alguns vislumbres dessa
morada eterna dos que amam a Deus (Ap 21.3,4). Jesus ensinou que o céu é para
os que creem em seu nome. Ele disse: “[...] credes em Deus, crede também em
mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo 14.1,2). Nessa promessa, repousa
a esperança dos santos. Os salvos são peregrinos e estrangeiros na terra (1Pe
1.17). A pátria definitiva dos remidos é o céu, e estes aguardam o dia em que o
Senhor Jesus virá buscá-los para estar juntamente com Ele (1Ts 4.16,17). O céu
é o destino da Igreja. Jesus disse: “para que, onde eu estiver, estejais vós
também” (Jo 14.3).
4. A promessa de
nosso futuro glorioso com Cristo.
Amados,
agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas
sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim
como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si
mesmo, como também ele é puro (1 Jo 3.2-3).
Mas,
quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado [...]
Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face (1
Co 13.10, 12).
APROFUNDE SEU CONHECIMENTO - LEIA TAMBÉM:
II – A GLORIFICAÇÃO, ÚLTIMO ESTÁGIO DE NOSSA SALVAÇÃO
Vários
eventos importantes marcarão este terceiro e último estágio da salvação.
Vejamos.
1. A nossa natureza
pecaminosa será eliminada.
No
presente, “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não
há verdade em nós” (1 Jo 1.8). Mas, naquele dia, seremos “perfeitos” (1 Co
13.10) — “seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 Jo 3.2).
Naquele dia, Cristo “transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o
seu corpo glorioso” (Fp 3.21).
2. Veremos o Deus
Todo-Poderoso.
Veremos
Deus face a face. Isto é algo que nenhum mortal pode realizar, pois “Deus nunca
foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez
conhecer” (Jo 1.18). Na verdade, até mesmo Moisés, o grande mediador que falava
diretamente com Deus, não obteve permissão para ver o seu rosto. Quando pediu a
Deus para vê-lo, recebeu a seguinte resposta: “Não poderás ver a minha face,
porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (Ex 33.20). Todavia, apesar
de o homem mortal não poder olhar para Deus e continuar vivo, o homem imortal
será capaz de olhar para a face de Deus e viver por toda a eternidade.
João
diz: “E verão o seu rosto, e na sua testa estará o seu nome” (Ap 22.4). Jesus
prometeu: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” (Mt
5.8).
3. A nossa liberdade
será aperfeiçoada.
Apesar
de toda liberdade envolver a autodeterminação, para que as suas criaturas
fossem testadas, Deus também as deu a liberdade para seguirem um rumo
diferente, isto é, o poder (libertário) da decisão contrária. Esta liberdade
continua presente nos seres humanos decaídos; entretanto, ela não estará
presente no céu, onde a nossa liberdade será perfeita e tornada mais à
semelhança da liberdade divina. Por ser absolutamente perfeito, Deus não tem a
liberdade de realizar o mal (Hb 6.18; Tg 1.13). De modo semelhante, na visão
beatífica, quando contemplarmos ao Senhor que é a bondade absoluta, também não
seremos mais capazes de cometer pecado.
Hoje,
pela graça de Deus, somos capazes de não pecar (1 Co 10.13), mas naquele dia
não seremos mais capazes de pecar. Isto não significa a perda da liberdade
real, mas um aperfeiçoamento dela. A perfeita liberdade não é a liberdade de
ficar escravizado pelo pecado; mas sim, é a liberdade de ficar liberto do
pecado.
Um
dia haveremos de ser libertos de todos os tipos de escravidão, inclusive da escravidão
a Satanás. Em sua primeira vinda, Jesus derrotou Satanás deforma oficial (Cl
2.14; Hb 2.14), mas na sua Segunda Vinda Ele derrotará Satanás deforma real e
definitiva (Ap 20.10; Mt 25.41).
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