Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Lição 10 – O Processo da Salvação

Obs. Este artigo é parte do subsídio para a lição bíblica da classe de Adultos.
Introdução.
O processo da salvação refere-se à justificação dada por Deus em Cristo Jesus, a regeneração operada pelo Espírito Santo e a santificação. Veremos o significado de cada um desses três aspectos que forma este processo.
A JUSTIFICAÇÃO
1. Definindo Justificação.
A justificação é o ato pelo qual somos declarados justos diante de Deus, embora sendo injustos por nós mesmos.
No Novo Testamento, a palavra “justificação” é a tradução habitual do termo grego dikaiosis. Dikaiosis também pode significar “absolvição”, ato de Deus que declara as pessoas livres de culpa e aceitáveis para Ele. O verbo “justificar” (tb. as conjugações “justifica”, “justificado”) é a tradução do verbo grego dikaioo. As várias formas de dikaioo são encontradas com mais frequência em Romanos e Gálatas. O significado habitual do termo, especialmente como encontrado nos escritos do apóstolo Paulo, é: “pronunciar ou declarar justo”.

2. Ocorrências do termo justificação (dikaiosis) no original grego.

Dikaiosis é traduzida como justificação (Rm 5.18). Paulo declara acerca de Cristo: “O qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação” (Rm 4.25). E importante notarmos que justificação significa “declarar justo” (e não “fazer justo”), porque:
v Ela é feita independentemente das obras (Rm 1.17; 3.20; 4.2-5);
v Ela é feita aos pecadores (Rm 3.21-23); e
v Ela é um ato jurídico (legal) (Rm 4.4-6; 5.18).

ü Romanos 4.25 - O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.
ü
ü Romanos 5.18 - Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio à graça sobre todos os homens para justificação de vida.

3. A fé como instrumento da Justificação (Rm 3.26,30).

É por meio da fé que a justificação se torna efetiva em nós. Na verdade, isso é destacado por Paulo em Romanos antes de falar da injustiça dos homens em 1.18— 3.20. Em Romanos 1.16,17, Paulo declara: “Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego”. Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé e, como está escrito: “O justo viverá pela fé”. O instrumento da justificação é a fé.

 
4. A graça como a base e a fé como instrumento.

A graça é a base, a fonte, a origem da nossa nova vida, mas ela é recebida pela fé; logo, a fé é o meio, o canal, o instrumento. Em Efésios, Paulo expõe isso de modo muito simples: “Vocês são salvos pela graça, por meio da fé” (Ef 2.8). Pela graça — por meio da fé. A fé é o agente ou meio pelo qual a justificação vem ao homem. Ao se dizer “por meio da fé”, a ênfase recai sobre a fé como o instrumento ou canal.

5. Resultados da Justificação.

a) Nos tornamos filhos de Deus.

O principal resultado da justificação é que nós nos tornamos filhos de Deus. Todos os seres humanos são criaturas de Deus: são criados por ele, mas os justificados passam a serem seus filhos e filhas: sua descendência. Esta é nossa nova condição em Jesus Cristo.
Vejamos mais uma vez Gálatas. Logo após sua declaração de que “fomos justificados pela fé” (Gl 3.24), Paulo completa: “Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus” (v. 26). Um pouco mais adiante, Paulo fala dessa filiação como adoção: “Deus enviou seu Filho [...] a fim de redimir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5). Por isso, como filhos de Deus por adoção, podemos chamar Deus de “Pai” — “Aba, Pai!” (Gl 4.6). Paulo diz igualmente em Romanos: “Vocês [...] receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: Aba, Pai! ’ ”(Rm 8.15).

Como filhos de Deus pela justificação, nossa condição é totalmente diferente da anterior. Antes, como Paulo explica em outra passagem, éramos “filhos da ira” (Ef 2.3). Agora somos filhos de Deus, não mais sob sua ira, mas, por Jesus Cristo, sob sua paz e salvação.

b) Somos livres de sistemas mundanos e do pecado.

Um dos magníficos resultados da justificação é a liberdade. Como filhos de Deus, nós fomos libertos da escravidão do passado. Paulo explica: “Você já não é mais escravo, mas filho [de Deus]” (G1 4.7). Somos pessoas livres por causa de Cristo.
Em primeiro lugar, trata-se de uma liberdade de todo e qualquer sistema do mundo. Um pouco antes de falar sobre nossa adoção como filhos, Paulo disse: “Quando éramos menores (imaturos, inexperientes), estávamos escravizados aos rudimentos do mundo” (Gl 4.3).

Em segundo ligar, A maior libertação, em termos simples, é a da escravidão do pecado. A esse respeito podemos voltar ao livro de Atos e ouvir as palavras de Paulo num sermão: “[...] Meus irmãos, todos vocês precisam saber com certeza que é por meio de Jesus que a mensagem do perdão de pecados é anunciada a vocês. Precisam saber também que quem crê é liberto de todos os pecados dos quais a Lei de Moisés não pode livrar” (At 13.37 – 39, Nova Tradução na Linguagem de Hoje).

c) Temos paz com Deus.
Ao concluir a apresentação da justificação em Romanos 3 e 4, Paulo diz: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos a paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). Antes, estávamos sob a ira de Deus, mas, Paulo acrescenta em seguida: “Agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda, por meio dele [Cristo], seremos salvos da ira de Deus” (Rm 5.9).

d) Somos herdeiros de Deus.
O resultado final da justificação é que somos os herdeiros da promessa de Deus (Gl 3.26,29; Rm 8.17). Temos uma herança gloriosa, que é a vida por vir (Tt 3.5,7).


 A REGENERAÇÃO

1. Definição.

A regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. Ou seja, regenerar é um nascer de novo ou outra vez. A passagem clássica do Novo Testamento são estas palavras de Jesus: “É necessário que vocês nasçam de novo” (Jo 3.7).

A palavra grega para regeneração é palingenesias (palin, “novamente”; genesis, “nascimento”) acha-se somente em Mt 19.28 e Tito 3.5. No primeiro caso, a alusão é à restauração do Universo inteiro, no fim dos tempos. No segundo caso, refere-se à iniciação de uma nova vida no crente.

O evangelho de João sempre a descreveu como um nascimento da parte de Deus (João 1.13). Destaca-se nisso a origem do novo nascimento, na atividade sobrenatural do Espírito Santo. E a menção ao vento mostra que se trata de algo fora do alcance da experiência terrena (João 3.8). As ideias de “novidade”, de “regeneração” e da “origem sobrenatural do Espírito” aparecem em Tito 3.5, onde se lê que a salvação ocorre “... mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”.

2. A importância da regeneração.

A regeneração transfere o indivíduo de sua condição de pecado e morte espirituais para um estado renovado de santidade e de vida. É nesse sentido que a Bíblia fala sobre o indivíduo regenerado como “nova criatura” (2Co 5.17). De acordo com Paulo (Gl 6.15), o que realmente imporia é ser uma nova criação. Por isso, o crente é exortado a se revestir “do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.24). O novo nascimento também é descrito como uma “geração” (Tito 1.18), e como uma “vivificação” (João 5.21 e Ef 2.5). Do crente é dito que ele é um “ressurreto dentre os mortos” (Rm 6.13), e também que ele é “feitura” de Deus (Ef 2.10).

3. Como acontece a regeneração?

a) Ocorre por meio do Espírito Santo.
A regeneração é principalmente o trabalho do Espírito Santo. Já sabemos que Jesus disse: “O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito” (Jo 3.6). Logo, o segundo nascimento é pelo Espírito Santo. Visto que esse é um nascimento espiritual não existe nenhuma outra possibilidade: há de vir do Espírito Santo.

b) Por meio do Espírito Santo e da Palavra.
A regeneração, apesar de obra imediata do Espírito Santo, ocorre pela implantação da Palavra. Lembre-se das palavras de Pedro: “Vocês foram regenerados”, às quais ele acrescenta: “Não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente. [...] Essa é a palavra que lhes foi anunciada” (1Pe 1.23,25). É pela palavra implantada, a palavra do evangelho, “a palavra da verdade”, que o Espírito Santo opera o milagre da regeneração.
 
O regenerado é aquele cujo ser interior é agora inclinado à retidão e santidade. “E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade (Ef 4.24 – KJA)”.

A SANTIFICAÇÃO

1. Definido santificação.

Nas traduções do Novo Testamento, o termo grego hagiasmos é frequentemente traduzido ou por “santificação” ou por “santidade”.
SANTIFICAÇÃO - Ato, estado e processo de se tornar SANTO (Rm 6.19-22; 1Ts 4.1-7). É realizada na vida do salvo pela ação do Espírito Santo (2Ts 2.13; 1Pe 1.2).
SANTIFICAR - Ato de separar do mundo e dedicar a Deus (Lv 20.7; 1Ts 5.23). O trecho de Romanos 12.1,2 refere-se especificamente a necessidade de o crente viver separado da maneira de viver do mundo, inteiramente dedicado ao Senhor, mediante a renovação de seus hábitos mentais.

2. Santidade em todo nosso procedimento.

Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo (1Pe 1.15,16)”. A palavra “santos” neste texto vem do grego hagios, que significa separado, santificado, piedoso, moral e eticamente correto.

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