Como cristãos, devemos ter
uma visão mais eclética da Psicologia, buscando conceitos ou pressupostos que
não contradizem a Palavra de Deus. O apóstolo Paulo escreveu: “Examinai tudo.
Retende o bem” (1 Ts 5.21).
Aceitar as teorias
psicológicas sem antes passá-las por um crivo bíblico é um grande erro que pode
ocasionar em sérios problemas. Não podemos vender a ideia de que a Psicologia
pode ser integrada à Bíblia. Temos que compreender que existem aspectos em que
a Psicologia e a Bíblia estão fundamentalmente em oposição uma à outra. Por
isso, não podemos fazer de nenhuma dessas teorias um referencial teórico no
qual nos baseamos ou seguimos.
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Não precisamos substituir o
evangelho pelas teorias psicológicas. A Bíblia por si só é autossuficiente; porém,
demonizar a Psicologia, é negar o valor da ciência.
Embora a Bíblia não seja um
livro científico, ela é exata quando fala de assuntos de ciência. O que ela
condena é a falsa ciência. O apóstolo Paulo faz o seguinte alerta a Timóteo. “Ó
Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos
e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência” (1 Tm 6.20).
A ciência é baseada em
fatos. Uma teoria geralmente começa a partir da observação de um determinado
fenômeno. Hipóteses são levantadas e testadas em laboratórios ou na natureza.
A Psicologia como ciência é
factual, baseando-se em estudos e fatos comprovados. Devemos, todavia, ter
cuidado, pois nem tudo que se diz ser Psicologia é realmente científico. Por
isso, temos que constantemente confrontar as teorias psicológicas com a Palavra
de Deus, combatendo os conceitos e princípios antibíblicos.
A
importância da Psicologia
v Assim
como devemos ter conhecimento teológico para lidarmos com questões espirituais,
precisamos também ter conhecimento sobre o comportamento e a personalidade
humana para lidarmos com questões emocionais.
v Não
precisamos cristianizar a Psicologia, nem tão pouco demonizá-la, mas, sim,
compreendermos o seu papel como ciência. Ela jamais substituirá os preceitos bíblicos,
que são absolutos e eternos, mas ela tem o seu valor quando nos fornece
ferramentas que nos ajudam na compreensão do ser humano.
v Por
meio da Psicologia, podemos compreender a nós mesmos e as pessoas com quem nos
relacionamos, pois ela faz com que enxerguemos nosso interior, fazendo-nos
compreender por que reagimos a uma determinada situação.
v A
Psicologia mostra-nos como lidarmos com nossas resistências a frustrações, no
combate aos medos, aos estresses e à depressão.
v Ela
também ajuda nos relacionamentos interpessoais, na harmonização dos
relacionamentos familiares, com amigos, colegas, superiores e subordinados
hierárquicos e, também, para melhorarmos o nível de convivência com vizinhos,
comportamento no trânsito, na melhoria da qualidade de vida e assim
sucessivamente.
v Cremos
que o poder do Senhor Jesus é capaz de curar as enfermidades físicas, assim
como também acreditamos na cura ou libertação de problemas emocionais a partir
de uma oração; no entanto, recorrer à medicina, à psiquiatria ou à Psicologia
não significa negar a fé ou a sua confiança em Deus.
O pastor precisa entender
que as pessoas são diferentes umas das outras na personalidade, no comportamento
e na maneira de agir na sociedade. E, como as pessoas têm personalidades
diferenciadas, não podem, porém, ser tratadas como iguais nos relacionamentos que
construímos e nos métodos que empregamos.
Cabe a nós, líderes, termos
sabedoria de Deus e discernimento para distinguirmos os problemas emocionais
dos problemas espirituais e termos também a sensatez de encaminhar a um
profissional um membro da igreja que precisa de um atendimento psiquiátrico ou
psicológico.
Fonte: Psicologia Pastoral |Autor: Jamiel de Oliveira Lopes | Ed. CPAD