Obs. Este
artigo é um subsídio para a lição bíblica da classe de Adultos.
A
páscoa é uma das mais importantes celebrações do povo hebreu, a qual acontece
no mês de abibe (significa "espigas
verdes") que corresponde a Março-Abril em nosso calendário. Esta
celebração tem um significado para os egípcios, os israelitas e para os
cristãos. Para os egípcios significa
o juízo divino sobre o Egito. Para os
israelitas a passagem para a liberdade. E para os cristãos é a passagem da morte dos nossos pecados
para a vida de santidade em Cristo.
OS PRINCIPAIS ELEMENTOS DA PÁSCOA
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O
significado do termo páscoa
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A palavra “Páscoa” provém do hebraico pasach, que significa “passar por
cima” ou “saltar por cima”, isto é, o Senhor passou por cima das casas
marcadas com sangue (Êx 12.11, 23 – NVI).
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Mês da
celebração
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14 de Abibe (significa "espigas verdes"), Março-Abril.
Abibe (vem de aviv = primavera), uma
referência a essa estação do ano, bem como o nome do mês em que esse evento
começava; mais tarde esse mês chamou-se Nisã.
Esse tornou-se o primeiro dos meses do calendário judaico, em honra àquele
momentoso acontecimento, o começo da nação de Israel.
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ELEMENTOS:
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1) Um
cordeiro para cada família – Êx 12.3. A idade do cordeiro era de um ano.
2) O
sangue do cordeiro – Êx 12.7,13. O fato de o cordeiro pascal ser uma
imagem de Jesus Cristo é afirmado no Novo Testamento pelo evangelista Filipe
(At 8.32-35; Is 53.7-8), bem como pelo apóstolo Paulo (1 Co 5.7), por Pedro
(1 Pe 1.18-20) e por João (Ap 5.5, 6; 13.8).
3) Pães
asmos – Pães sem fermento - Símbolo de sua purificação e libertação do
fermento do mundo (ÊX 12.8).
Os falsos ensinamentos são comparados ao
fermento (Mt 16.6-12; Mc 8.15; Gl 5.1-9). Ele é símbolo do pecado.
4) Ervas
amargosas – Há quem diga que a escarola, chicória, serpentária, hortelã e
dente-de-leão são as ervas amargas.
Ao provar as ervas amargas, os hebreus
deviam se lembrar de seus anos de escravidão amarga no Egito.
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O Horário
da celebração
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Era entre o
começo da tarde até o pôr-do-sol, aproximadamente das 3 às 5 h.(Êx 12.6; Dt
16.6)
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A PÁSCOA DO SENHOR E A CEIA DO SENHOR
1. A páscoa do Senhor.
Normalmente,
chamamos esse acontecimento de "páscoa dos judeus", mas a Bíblia a
chama de "Páscoa do (ao) Senhor" (Êx 12.11, 27; Lv 23:5; Nm 28:1 6).
A observação dessa data era mais do que a comemoração do "Dia da
Independência", pois a festa era celebrada em nome "do Senhor"
(Êx 12.48; Nm 9.10, 14). "É o sacrifício da Páscoa ao Senhor" (Êx
12.27). O enfoque todo é sobre o Senhor, pois o que aconteceu de especial
naquela noite foi por causa dele. Em Êxodo 12, "o Senhor" é
mencionado pelo menos dezenove vezes, pois era ele quem estava no controle de
tudo.
2. A ceia do Senhor.
Jesus
instituiu a Ceia do Senhor depois de ter dirigido seus discípulos na celebração
da Páscoa (Mt 26.17-30), pois ele é o cumprimento da Páscoa como o Cordeiro de
Deus que morreu pelos pecados do mundo. Cada vez que participamos da Ceia do
Senhor, olhamos para o passado e nos lembramos da morte de Cristo, mas também
olhamos para o futuro e esperamos sua volta. Que maravilhoso êxodo será quando Jesus
voltar! Os que morreram em Cristo serão ressuscitados, e os cristãos, ainda
vivos, serão arrebatados para encontrar com o Senhor no céu (1Ts 4.13-18).
Aleluia, que Salvador maravilhoso!
III- A ÚLTIMA CEIA: A PÁSCOA CRISTÃ
Um
acontecimento tão importante como àquele que deu origem à nação de Israel não
poderia ser ignorado pelo Novo Testamento. Isso pode ser comprovado nos cinco
pontos a baixo:
1. A morte de Cristo, que ocorreu exatamente no período da páscoa,
sempre foi considerada um evento capital para os primeiros cristãos, e daí por
diante, durante todo o cristianismo. Jesus é chamado de nosso “Cordeiro pascal”
(1 Co 5.7). Isso é associado pelos cristãos à ideia de expiação e livramento,
que nos liberta dos inimigos da alma.
2. A ordem de não ser partido nenhum osso do cordeiro pascal foi aplicada por
João às circunstâncias da morte de Jesus Cristo (Êx 12.46 e João 19.36), pelo
que foi estabelecido um vínculo entre os dois eventos, fazendo o primeiro ser
símbolo do segundo.
3. O cristão (tal como os antigos israelitas) deve pôr de lado o antigo fermento
do pecado, da corrupção, da malícia e da desobediência, substituindo-o pelos
pães asmos da sinceridade e da verdade. A santificação faz parte necessária da
experiência cristã.
4. A Última Ceia é exposta nos evangelhos sinóticos como uma
refeição pascal. O ensino paulino sobre a última ceia (1Co 11.23-26) faz com
que a mesma seja um memorial tanto da morte libertadora de Cristo quanto da
expiação.
5. O êxodo cristão. Não nos deveríamos esquecer desse aspecto. A
páscoa do Antigo Testamento marcava o começo de uma saída da escravidão. Assim
também, em Cristo, encontramos um êxodo (saída) que nos liberta da velha vida
com sua escravização ao pecado.
O
êxodo cristão oferece a todos os homens a libertação do pecado, bem como a
outorga do Reino da Luz, onde impera perfeita liberdade. Em Cristo, pois, os
homens podem tornar-se filhos de Deus (Gl 4.4-6), transformados segundo a
imagem do Filho (Rm 8.29), participantes da natureza divina (2Pe 1.4; Cl 2.10).
A
páscoa não era apenas uma ordem a ser obedecida (Êx 12.14, 17, 24, 43), mas
também um "memorial" a ser celebrado para manter viva em Israel a
história do êxodo (12. 14; 13.8-10). Depois que Israel tivesse entrado em Canaã
e conquistado a terra prometida, seria fácil para o povo acomodar-se e esquecer
os grandes feitos de Deus em favor deles. A comemoração anual da Páscoa daria
aos pais israelitas a oportunidade de ensinar a seus filhos sobre o significado
de sua liberdade e sobre o que Deus havia feito por eles.
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