Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 11- Sabedoria Divina para Interagir com os Meios de Comunicação
Considerado o quarto poder, os meios de comunicação possuem notável
poder de influência cultural. Na maior parte, o influir da mídia se dá de maneira
negativa, pela produção e disseminação de conteúdo que passa por cima dos mais básicos
valores morais e familiares, exaltando a violência, a libertinagem, a pornografia,
o adultério e muitas outras práticas imorais. Sob o disfarce do entretenimento
e da cultura popular de massa, a juventude incauta acaba por ser seduzida e
negativamente influenciada pela mídia ímpia. Nesta lição, uma vez mais nos
voltamos para as Escrituras em busca de diretrizes para interagir com os meios
de comunicação. Destaque aos alunos que, apesar de difícil, é possível usarmos tais
meios adequadamente, em vez de sermos usados por eles. O princípio básico é
sabedoria do alto!
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor (a), nesta lição nosso bate-papo com os jovens é a
respeito dos meios de comunicação. A lição destaca a necessidade de sabedoria
divina para o crente interagir adequadamente com a mídia.
Enfatize
nesta aula que os meios de comunicação podem ser utilizados tanto para o bem
quanto para o mal. Com isso em mente, utilizando o esquema abaixo, peça para os
alunos opinarem sobre as características e os tipos de programas e
entretenimento produzido pela mídia ímpia – aquela descompromissada com a moral
e os bons costumes, e também como seria a programação da mídia virtuosa,
preocupada em fornecer notícias, cultura e entretenimento de qualidade.
MÍDIA ÍMPIA
MÍDIA VIRTUOSA
TEXTO BÍBLICO
Efésios
5.1-14
1
SEDE, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
2
E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós,
em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
3
Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre
vós, como convém a santos;
4
Nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes, ações
de graças.
5
Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é
idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.
6
Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus
sobre os filhos da desobediência.
7
Portanto, não sejais seus companheiros.
8
Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no SENHOR; andai como
filhos da luz
9
( Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade );
10
Aprovando o que é agradável ao Senhor.
11
E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as.
12
Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe.
13
Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz
tudo manifesta.
14
Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo
te esclarecerá.
INTRODUÇÃO
Em
termos bíblicos, sabedoria não significa conhecimento adquirido ou inteligência
para resolver equações matemáticas; ela está relacionada com discernimento e
habilidade para tomar boas decisões. O princípio da vida sábia é o temor ao
Senhor (Pv 9.10). Os crentes são convidados a buscar a sabedoria do alto, pois
ela é pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de
bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia (Tg 3.17). Tal sabedoria é
essencial para interagirmos adequadamente com os meios de comunicação. Este é o
assunto da lição de hoje!
I – OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E SUA
INFLUÊNCIA CULTURAL
1. A importância e a
utilidade da mídia.
Não
há como negar a importânciae a
utilidade dos meios de comunicaçãona
vida moderna, pois permitem ao serhumano
transmitir e receber informações.Embora
se aplique à comunicação
interpessoal,
a exemplo do telefone e da carta, o termo geralmente se refere à comunicação em
massa, aludindo aos instrumentos e canais que alcançam várias pessoas ao mesmo
tempo, como jornais, revistas, rádio, televisão e a própria internet.
2. Para o bem e para
o mal.
A
comunicação é dom de Deus (Gn 3.8), mas o homem caído subverte-a para
propósitos inadequados. Assim, os meios de comunicação não são maléficos por
natureza, vai depender da forma como são utilizados e dos valores que
transmitem. Sob esse enfoque, a mídia pode servir tanto para disseminar ódio,
pornografia e violência, como pode fornecer notícias, cultura e entretenimento
de qualidade.
No início do Século
XVI, por exemplo, a criação da imprensa de tipos móveis revolucionou a
comunicação de massa, fato este que contribuiu com a Reforma Protestante
iniciada por Martinho Lutero,
já
que a Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso, facilitando o acesso à Palavra
de Deus.
3. O poder de influência
dos meios de comunicação.
Igualmente
evidente é o poder de influência que os meios de comunicação exercem sobre a mente
humana, seja de maneira explícita ou subliminar. A cultura popular, os gostos e
os valores de grande parte da população são amplamente moldados pelos
comerciais, músicas e slogans propagados nos programas de TV e nos filmes de Hollywood.
Isso explica porque muitos jovens formam seus sonhos, opiniões e visões de
mundo com base em letras de músicas, campanhas publicitárias e frases
difundidas na mídia, sem ao menos refletirem sobre a veracidade e a coerência
do conteúdo.
Pense!
Qual
a dimensão da influência da mídia em sua vida?
Ponto Importante
Os
meios de comunicação não são maléficos por natureza. Depende da forma como são utilizados
e dos valores que transmitem.
II – A MÍDIA ÍMPIA E OS PERIGOS DO
FALSO ENTRETENIMENTO
1. A eficácia
destrutiva da mídia ímpia.
A
mídia ímpia, descompromissada com os valores morais, espirituais e familiares,
é eficiente em produzir programas, séries, músicas e filmes que exploram a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1 Jo
2.16). Transmite-se a ideia de completa naturalidade na prática da luxúria (1
Co 5.1), do adultério (2 Pe 2.14), do orgulho (2 Pe 2.18), da bebedice (1 Pe
4.3), do roubo e da vingança, assim como exaltam a
mentira
e a libertinagem irresponsável e a corrupção (2 Pe 2.19).
Utilizando a
estratégia da emoção e de enredos românticos, tais produções tentam convencer
os expectadores da suposta normalidade da bruxaria, da homossexualidade e de
outras práticas pecaminosas. Ao mesmo tempo, ridicularizam a Deus, a Igreja
e
os valores cristãos, sob o título de “entretenimento”.
2. A sedução do falso
entretenimento.
Esse
tipo de falso entretenimento produzido pela mídia perversa
impacta
negativamente a vida dos expectadores contumazes. Essa não é uma afirmação
eminentemente religiosa. Pesquisas científicas apontam que a exposição
constante a certos conteúdos influencia diretamente o comportamento humano. Adolescentes
e jovens que se expõem excessivamente a programas que incentivam a sexualidade
precoce, a violência e o consumo de álcool, desenvolvem, com passar do tempo, esses
mesmos hábitos.
Pesquisadores da
Universidade de Otago, na Nova Zelândia, concluíram que crianças que passam
muito tempo em frente à televisão sentem mais emoções negativas e tendem a
apresentar uma personalidade agressiva e antissocial ao longo da vida.
Jovem,
esteja em constante vigilância. Não permita que esse tipo de conteúdo entre em
seu lar e em sua mente!
3. A manipulação da
sociedade e das mentes.
É
necessário reconhecer também que a indústria da mídia manipula informações e a
opinião pública, tanto para fins ideológicos ou por interesses comerciais.
Lançam-se campanhas e mais campanhas publicitárias com o objetivo de vender determinados
produtos, por meio do incentivo ao consumo desenfreado. Dentre milhares de
expectadores, os que não possuem discernimento e não sabem filtrar criticamente
a grande gama de informações que recebem, acabam manipulados como verdadeiras marionetes.
Pense!
“A
cultura, como a natureza, detesta o vazio. Apressa-se em encher o vácuo do
desejo humano. Nesse processo, as pessoas podem ser seduzidas pelo aparecimento
da cultura popular, que são falsificações da voz de Deus” (Terrence Lindvall e
J. Matthew Melton).
Ponto Importante
Utilizando
a estratégia da emoção e de enredos românticos, tais produções tentam convencer
os expectadores da suposta normalidade da bruxaria, da homossexualidade e de
outras práticas pecaminosas.
III – UTILIZANDO OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
COM SABEDORIA
Diante desse panorama,
como devem agir os cristãos em relação aos meios de comunicação?
1. Entretenimento com
piedade.
Na
condição de filhos da luz, os crentes não devem comunicar com as obras
infrutuosas das trevas, mas condená-las (Ef 5.11). Isso implica selecionar com
cuidado e temor a Deus os programas que assiste, pois o verdadeiro discípulo de
Jesus não tem a sua consciência cauterizada pelo pecado (1 Tm 4.2). Tudo o que
é depravado, impuro e enaltece as obras da carne não pode ser considerado pelo servo
de Deus como entretenimento. Na perspectiva bíblica, o entretenimento nunca é separado
da piedade (1 Tm 6.6). Em todo o tempo devemos dar mostras da nossa
regeneração, inclusive no momento de recreação.
2. O uso sábio da
mídia.
Não
é nada fácil interagir adequadamente com os inúmeros recursos midiáticos que
são hoje ofertados. Mas, com a sabedoria do alto e com a ajuda do Espírito
Santo temos condições de despojar da velha natureza (Cl 3.8,9) e desenvolver
hábitos saudáveis. A realização de cultos domésticos, oração e o jejum são
práticas essenciais para confrontar o desejo carnal pelo consumo da mídia.
Quanto mais desenvolvemos estes hábitos, mais nos afastamos da sedução da
cultura popular. Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais nos distanciamos da influência
maligna da mídia.
3. Influenciando a
mídia.
O
relacionamento do cristão com a mídia não se resume a separar o joio do trigo.
Podemos nos valer da sabedoria divina para usar a mídia em prol do Reino de
Deus, tanto para anunciar o evangelho, como proporcionar cultura, educação e
informação em sintonia com os valores e princípios das Escrituras. Isso porque,
a comunicação não é uma invenção do Diabo, mas de Deus. Portanto, não há como
nos furtar de comunicar as verdades bíblicas por meio da mídia, segundo afirmam
os pastores norte americanos James Kennedy e Jerry Newcombe: “Acabou o tempo de
apenas reclamarmos entre nós sobre o ataque ao Cristianismo nos filmes e na TV.
É tempo de agir. É tempo de fazermos nossas vozes audíveis por aqueles que
estão envolvidos na perseguição contra os cristãos. É tempo de escrever cartas
ao editor. É tempo de orar pelos cristãos que estão na mídia e de levar mais
pessoas a Cristo, inclusive aquelas que estão na mídia. Enfim, é tempo de os
cristãos entrarem corajosamente nos meios de comunicação”.
Pense!
Entretenimento
com discernimento é virtude do crente.
Ponto Importante
A
realização de cultos domésticos, oração e o jejum são práticas essenciais para
confrontar o desejo carnal pelo consumo da mídia.
SUBSÍDIO 1
Cultura
Popular e Mídia
Graças à tecnologia moderna das comunicações, a cultura popular
tornou-se incomodamente penetrante. A cultura popular está em todas as partes,
moldando os nossos gostos, linguagem e valores. Hoje a cultura popular aparece
em cada cartaz, grita da televisão em inúmeros canais durante o dia inteiro,
explode em nossos computadores, ressoa no rádio do carro e enfeita nossas
camisetas e tênis. Nenhum de nós consegue escapar.
À medida que
a cultura popular se espalhou, o seu conteúdo piorou de maneira chocante. Não é
preciso dizer que durante as últimas três ou quatro décadas o nível do sexo e
da violência cresceu imensamente nos cinemas, na música, na televisão e até
mesmo nas revistas em quadrinhos. Naturalmente os cristãos sempre tiveram de
lidar com as coisas que eram vulgares, luxuriosas ou grosseiras, mas na maioria
dos casos nós podíamos simplesmente evitá-las.
Hoje isto é praticamente impossível. Podemos desfrutar da ‘comida
rápida’ cultural desde que estejamos treinados para ser seletivos, desde que
não nos entreguemos aos hábitos do escapismo e da distração, e desde que definamos
limites para que as sensibilidades da cultura popular não moldem o nosso caráter”
(COLSON, C.; PEARCEY, N. O Cristão na Cultura de Hoje. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006, p.287,288).
SUBSÍDIO 2
Não
precisamos ver muito da mídia de entretenimento para descobrir se é ruim.
Nossos padrões baseados na Escritura (não nos padrões da cultura popular), mais
o testemunho do Espírito Santo dentro de nós, deveriam filtrar muitos produtos
da cultura popular de nossa consideração, para não dizer de nossa frequência.
Aguçar nossas habilidades críticas de ver exige que adquiramos uma gramática básica
e um entendimento de produção.
Podemos aprender a reconhecer os efeitos retóricos e emocionais
que a escolha de atores e atrizes, música, iluminação, ângulos de filmagem e muitas
outras técnicas de edição, causam em nossas reações a diferentes filmes ou
programas de televisão. Também podemos sondar os valores explícitos e
implícitos no filme. Por exemplo, qual é a visão da natureza humana e do dilema
humano que o filme apresenta? Que posições morais ou intelectuais assume? Sua
visão da vida é relativista, existencialmente sem sentido, determinista,
romantizada? Como retrata a religião, Deus, a igreja ou o cristianismo?
Contribui para a nossa percepção de vida como mais violenta ou ridícula ou
sublime? Finalmente, nossa perspectiva sobre a mídia deve ser testada
continuamente dentro ou contra uma comunidade de família, amigos, igreja,
professores e outros cristãos. Com certeza tal interação sincera e aberta de
discussão e debate causa um maior impacto em nós do que o próprio programa”
(PALMER, M. D. (Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. 1.ed., RJ: CPAD, 2001, p.
418).
CONCLUSÃO
Se
o nosso Deus é um Deus que se comunica e interage com o ser humano, é do seu interesse
que os seus servos igualmente sejam hábeis na arte da comunicação. Desse modo,
os meios de comunicação podem auxiliar a Igreja e os cristãos a realizar tal tarefa.
Além de confrontar o falso entretenimento que destrói os valores familiares e
morais da sociedade, podemos anunciar a Palavra, educar e difundir virtudes através
da mídia.
HORA DA REVISÃO
1. Conforme
a lição, por que se afirma que os meios de comunicação não são maléficos por
natureza?
Pois
depende da forma como são utilizados e dos valores que transmitem. Sob esse
enfoque, a mídia pode servir tanto para disseminar ódio, pornografia e violência,
como pode fornecer notícias, cultura e entretenimento de qualidade.
2. Como são
as estratégias da mídia para convencer os expectadores da maturidade de
comportamentos desvirtuados?
A
estratégia da emoção e de enredos românticos.
3. Segundo a
lição, quais práticas são essenciais para confrontar o desejo carnal pelo
consumo da mídia?
A
realização de cultos domésticos, oração e o jejum.
4. Em
relação à mídia, o cristão pode valer-se da sabedoria divina para fazer o quê?
Usar a
mídia em prol do Reino de Deus, tanto para anunciar o Evangelho, como proporcionar
cultura, educação e informação em sintonia com os valores e princípios das
Escrituras.
5. Na sua
opinião, o que os cristãos poderiam fazer para desenvolver meios de comunicação
virtuosos?