Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
"E,
quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito." (Jo 19.30)
VERDADE PRÁTICA
A
obra salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa
e chamá-lo de "Pai".
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 27.29,30: Um
evento de humilhação em nosso favor
Terça - Mt 27.39,40:
Blasfemado por nossa causa
Quarta - Lc 23.34: O perdão
imerecido, Jesus ofereceu na cruz
Quinta - Ef 2.13,14: Pelo
sangue de Cristo nos aproximamos de Deus
Sexta - Rm 3.24: Fomos
justificados mediante a obra salvífica de Cristo
Sábado - Gl 2.18-20: Fomos
crucificados com Cristo: vivamos uma vida santa
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
João 19.23-30
23
Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram
quatro partes, para cada soldado uma parte; e também a túnica. A túnica, porém,
tecida toda de alto a baixo, não tinha costura.
24
Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela,
para ver de quem será. Para que se cumprisse a Escritura que diz: Repartiram
entre si as minhas vestes, E sobre a minha vestidura lançaram sortes. Os
soldados, pois, fizeram estas coisas.
25
E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de
Clopas, e Maria Madalena.
26
Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava
presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
27
Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a
recebeu em sua casa.
28
Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a
Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.
29
Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja,
e, pondo-a num hissope, lha chegaram à boca.
30
E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito.
HINOS SUGERIDOS:
45,196, 533 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Explicar
que a obra salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem
culpa e chamá-lo de Pai.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos
subtópicos.
I - Apresentar o
significado do sacrifício de Cristo;
II- Explicar
como se deu a nossa reconciliação com Deus;
III- Discutir a
respeito da redenção eterna.
• INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Prezado
(a) professor (a), o sacrifício de Jesus Cristo nos concedeu muitas dádivas,
mas a maior delas é o privilégio de podermos nos achegar a Deus diretamente,
sem um intermediário, o sacerdote, e sem a necessidade de que um animal
inocente seja morto. Cristo é o cordeiro de Deus que veio ao mundo para morrer
em nosso lugar e tirar o pecado do mundo (Jo 1.29). No Antigo Testamento,
milhares de animais foram sacrificados afim de apagar os pecados dos homens,
mas nenhum deles teve efeito permanente. Porém, o sacrifício do Cordeiro de
Deus foi perfeito e único para o perdão dos nossos pecados. Ele foi completo e
pode alcançar todos os que creem.
O sacrifício
do Cordeiro de Deus estabeleceu uma nova aliança com a humanidade caída. Uma
aliança baseada não mais em ritos sacrificais, mas na sua graça, amor e
misericórdia.
Estamos
livres do poder do pecado mediante o sacrifício de Cristo, então vivamos em
comunhão com o Pai de modo que seu nome seja glorificado.
INTRODUÇÃO
A
obra salvífica de Cristo custou um alto preço ao nosso Senhor - seu próprio
sangue derramado na cruz. Sua obra nos garante a salvação porque foi uma oferta
completa, perfeita e definitiva. Por causa dessa entrega de amor, temos a
garantia da vida eterna e, antecipadamente, podemos desfrutar, neste mundo, dos
benefícios dessa salvação.
PONTO CENTRAL
A obra salvífica de Jesus Cristo foi
única e perfeita.
l - O SACRIFÍCIO DE
JESUS
1. O sacrifício completo.
Cristo
é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), pois nenhum outro
sacrifício, tanto o de animais no Antigo Testamento quanto o de seres humanos
na história das nações pagãs, com vistas a alcançar a salvação do homem, teve o
êxito de apagar os pecados do passado, do presente e do futuro (Hb 10.1).
Somente o sacrifício de Cristo foi completo nesse sentido (Hb 9.26; 10.10), a
ponto de anular uma aliança antiga para inaugurar um novo tempo de
relacionamento com Deus, estabelecendo uma aliança nova, superior e perfeita
(Hb 8.6,7,13). Assim, o sistema de sacrifícios de animais e o arcabouço da Lei
serviram como um guia para nos conduzir a Cristo (Gl 3.24).
2. O sacrifício meritório.
Na
sociedade judaica do AT, desenvolveu-se uma ideia de mérito por intermédio do
sistema de sacrifícios de animais. Bastava apresentar uma vítima inocente no
Templo e a pessoa satisfazia a sua própria consciência. Entretanto, esse
sistema mostrou-se antiquado e ineficiente (Hb 8.13). Com o advento da nova
aliança, mediante o sacrifício vicário de Jesus Cristo, não há mais mérito
pessoal, pois o mérito salvífico pertence única e exclusivamente a Cristo (Gl
2.21). Só Cristo é capaz de cobrir todo e qualquer pecado. Só Cristo é capaz de
restabelecer a comunhão do pecador com Deus.
Logo,
o único mérito aceito por Deus nesta nova aliança é o sacrifício vicário
realizado definitivamente por Cristo Jesus (Hb 10.11,12).
3. O sacrifício remidor.
O
pecado contradiz a bondade e a autoridade de Deus. Ele se impõe como dúvida
sobre tudo quanto tem a ver com o Criador. Além de ser horrendo, o pecado faz
separação entre o homem e Deus (Is 59.2). Como o pecado deteriora o ser humano,
degenerando seu caráter, deformando nele a imagem divina, o sacrifício de
Cristo aparece nas Escrituras como redenção para trazer de volta a integridade
humana e restabelecer o caráter dele (2 Co 7.9,10; 2 Pé 3.9). Assim, Deus
estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co 5.19), já que a
humanidade foi criada para viver em comunhão com o Pai, em pleno relacionamento
de dependência com o Criador (At 17.28).
SÍNTESE DO TÓPICO l
O sacrifício de Jesus foi completo, meritório
e remidor.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A Obra Salvífica de Cristo
O estudo da obra salvífica de Cristo deve começar pelo Antigo
Testamento, onde descobrimos, nas ações e palavras divinas, a natureza
redentora de Deus. Descobrimos tipos e predições específicos daquEle que estava
para vir e do que Ele estava para fazer. Parte de nossas descobertas provém da
terminologia empregada no Antigo Testamento para descrever a salvação, tanto a
natural quanto a espiritual.
Qualquer um que tenha estudado o
Antigo Testamento hebraico sabe quão rico é o seu vocabulário. Os escritores
sagrados empregam várias palavras que fazem referência ao conceito geral de
'livramento' ou "salvação', seja no sentido natural, jurídico ou
espiritual. O enfoque recai em dois verbos: natsal e yasha. O
primeiro ocorre 212 vezes, mas Deus revelou a Moisés ter descido para 'livrar'
Israel das mãos dos egípcios (ÊX 3.8). Senaqueribe escreveu ao rei de
Jerusalém: 'O Deus de Ezequias não livrará o seu povo das minhas mãos' (2 Cr
32.17). Frequentemente, o salmista implorava o salvamento divino (SI 22.21;
35.17; 69.14). O emprego do verbo indica haver em vista uma 'salvação' física,
pessoal ou nacional" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma
perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 335,336).
II - A NOSSA
RECONCILIAÇÃO COM DEUS PAI
1. O fim da inimizade.
A
reconciliação com o Pai só foi possível porque o Filho nos resgatou, nos
redimiu e libertou-nos do poder do pecado, promovendo assim, a nossa união com
Deus (2 Co 5.18,19). Essa reconciliação foi necessária porque o nosso
relacionamento com o Altíssimo estava rompido, visto que o homem pecador não
pode ter comunhão com o Deus santo (Is 6.5). Por isso, para se voltar a Deus é
necessária uma sincera conversão, por intermédio do Espírito Santo (Jo
16.8-11), para então, ocorrer a regeneração e a justificação do pecador pela fé
em Cristo (Rm 5.1,2). Logo, todo esse processo de salvação para derrubar a
inimizade que havia entre nós e Deus se deu por intermédio do sacrifício de
Cristo que pôs fim a essa separação (Ef 2.13-16); eliminando, portanto, a causa
da inimizade e abrindo-nos um novo e vivo caminho em direção ao Pai (Hb 10.20).
2. A eliminação da causa da
inimizade.
O
pecado é a causa da inimizade entre Deus e a humanidade (Is 59.1-3). Para que
essa condição de culpado fosse eliminada da vida do ser humano, uma oferta de
perdão paga por Cristo, no Calvário, foi necessária. Esse processo se
materializa quando há conversão em nós e, então, passamos a ser novas criaturas
livres do poder do pecado (2 Co 5.17; Rm 6.7-11). Embora seja verdade que não
estamos livres de pecar (1Jo 1.8-10), pois ainda não fomos plenamente
transformados (1Co 13.12; 1Ts 4.16,17), em Cristo, Deus nos vê como pessoas
santas, reconciliadas e amigas dEle (Tg 2.23; Jo 15.15). Por isso, podemos
lutar com ousadia contra a natureza humana pecaminosa que há em nós (Rm
6.12-14; Gl 5.16-26).
3. A vivificação.
Uma
vez reconciliados com Deus, fomos vivificados por Ele quando estávamos mortos
em ofensas e pecados (Ef 2.1,5; Rm 5.17), um estado espiritual de quem se
encontra longe de Deus. Assim, o Espírito Santo operou em nós, produzindo vida
espiritual como fonte transbordante, injetando em nós sede pela presença de
Deus (5142.1,2; 63.1; 143.6), fazendo-nos uma fonte de água viva (Jo 4.10;
7.38), nos enviando para produzir muitos frutos no Reino de Deus (Jo 15.5;
20.21,22) e capacitando-nos para que todos conheçam a salvação em Cristo Jesus
(Mt 5.20; Lc 4.19; At 5.42; 20.27; 1Co 9.16). Assim, a maior consequência da
vivificação espiritual é a disposição de pregar o Evangelho (Mt 4.19,20 cf. At
2.1-13,37-47).
SÍNTESE DO TÓPICO II
A nossa reconciliação com o Pai é resultado
direto do sacrifício de Jesus Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A Reconciliação com Deus Mediante o Sacrifício de Jesus Cristo
Diferente de outros termos
bíblicos e teológicos, 'reconciliação' aparece em nosso vocabulário comum. É um
termo tirado do âmbito social. Todo relacionamento interrompido clama por
reconciliação. O Novo Testamento ensina com clareza que a obra salvífica de
Cristo é um trabalho de reconciliação. Pela sua morte. Ele removeu todas as
barreiras entre Deus e nós. O grupo de palavras empregado no Novo Testamento
(gr. allassõ) ocorre raramente na Septuaginta e é incomum no Novo Testamento,
até mesmo no sentido religioso. O verbo básico significa 'mudar', 'fazer uma
coisa cessar e outra tomar o seu lugar'. O Novo Testamento emprega-o seis
vezes, sem referência à doutrina da
reconciliação (por exemplo, At 6.14). Somente Paulo dá conotação
religiosa a esse grupo de palavras. O verbo katallassõ e o substantivo katallagê
transmitem com exatidão a ideia de 'trocar' ou 'reconciliar', da maneira como
se conciliam os livros contábeis. No Novo Testamento, o assunto em pauta é
primariamente o relacionamento entre Deus e a humanidade. A obra reconciliadora
de Cristo restaura-nos ao favor de Deus porque 'foi tirada a diferença entre os
livros contábeis (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva
pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 355).
CONHEÇA MAIS
Redenção
A
palavra Redenção significa "Recurso capaz de salvar alguém de uma situação
aflitiva'. [...] Jesus comprou-nos por um bom preço. Por causa da morte de
Cristo, diante de qualquer exigência da Lei da justiça divina com respeito a
todos os que creem em Jesus, Deus pode agora dizer:"... livra-os...já
achei resgate' (Jó 33.24). Jesus subiu ao Gólgota para aniquilar o pecado pelo
sacrifício de si mesmo (Hb 9.26)." Leia mais em "A Santa Trindade: O
Pai, o Filho e o Espirito Santo" de Eurico Bergsten, CPAD, p.65.
Ill - A REDENÇÃO ETERNA
1.
O estado perdido do pecador.
O
pecado normalmente é concebido como falha moral e ética,
no sentido de errar o alvo proposto por Deus, mas o seu conceito vai muito além disso. As Escrituras revelam que o pecado é um estado de alienação
(separação) diante de Deus e que as pessoas, ao não confessarem a Cristo como seu Senhor, são escravas do pecado (Rm 5.12; Jo 8.34). Essas pessoas estão presas e impossibilitadas de, por si mesmas, livrarem-se
dele. Elas "alimentam" constantemente a perversão da imagem divina no Éden,
procurando ídolos e desejos prejudiciais para si mesmas e os outros (Rm
1.22-25).
2.
A redenção do pecador.
A redenção é o ato de remir, isto é,
libertar, reabilitar, reparar e salvar algo ou alguém. Por meio de um valor pago em dinheiro adquire-se algo de
novo; esse é o ato de resgatar, de tirar do poder alheio, de libertar do
cativeiro. Na Bíblia, a redenção é a libertação de um escravo do jugo ou o
livramento do mal mediante um resgate (Mt 20.28). O preço do resgate do ser humano foi altíssimo, pois custou a vida do Filho de Deus. Não haveria nada que pagasse o preço da desobediência
de quem foi criado à imagem e semelhança
de Deus, o ser humano. Só o Pai, mediante seu amor gracioso, poderia prover a remissão do pecador por intermédio
de seu único Filho (Gl 3.13; 1Tm 2.5,6).
3. Uma redenção plena. A
condição de redimido não
traz benefícios somente para o tempo presente, mas garantia de vida
eterna, de morar para sempre com Cristo no paraíso
celestial (Ap 19.9; Lc 23.43). Portanto, a redenção
eterna promovida por meio do sacrifício
de Cristo extrapola as dimensões terrenas, temporais e espaciais
da vida humana (1Co 15.19).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A
redenção eterna nos é
oferecida por intermédio de Jesus
Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A Redenção
No Novo Testamento, Jesus é tanto o 'Resgatador'
quanto o 'resgate'; os pecadores perdidos são os 'resgatados'. Ele
declara que veio 'para dar a sua vida em resgate [gr. lutron] de muitos'
(Mt 20.28; Mc 10.45). Era um 'livramento [gr. apolurõsis] efetivado mediante a morte
de Cristo, que libertou da ira retributiva de Deus e da penalidade merecida do
pecado'. Paulo liga nossa justificação e o perdão dos
pecados à
redenção que
há em
Cristo (Rm 3.24; Cl 1.14). Diz que Cristo 'para nós foi feito por Deus
sabedoria, e justiça, e santificação, e
redenção' (1Co
1.30). Diz, também que Cristo 'se deu a si
mesmo com preço de redenção [gr. antilutron] por
todos' (1Tm 2.6). O Novo Testamento demonstra
claramente que Ele proporcionou a redenção mediante o seu sangue, pois era
impossível que o sangue dos touros e dos bodes tirasse os pecados (Hb 10.4).
Cristo nos comprou de volta para Deus, e o preço foi o seu sangue (Ap
5,9)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva
pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 357).
CONCLUSÃO
O alto preço do resgate pago por
Cristo (Mc 10.45) em nosso favor leva-nos a glorificar a Deus em todas as
dimensões da vida. Logo, por meio da evangelização, desejamos fazer com que
milhares de pessoas tenham o privilégio de receber essa tão grande salvação.
PARA REFLETIR
A respeito da obra salvífica de Jesus Cristo, responda:
• Como podemos afirmar que o sacrifício de Jesus foi completo?
Nenhum outro sacrifício,
tanto o de animais no AT quanto o de seres humanos na história
das nações pagãs, com vistas a alcançar
a salvação do homem, teve o êxito
de apagar os pecados do passado, do presente e do futuro. Somente o sacrifício
de Cristo foi completo nesse sentido, a ponto de anular uma aliança
antiga para inaugurar um novo tempo de relacionamento com Deus, estabelecendo
uma aliança nova, superior e perfeita.
• Que ideia foi desenvolvida na sociedade
judaica do AT?
Na sociedade judaica do AT, desenvolveu-se
uma ideia de mérito por intermédio
do sistema de sacrifícios de animais. Bastava apresentar uma vítima
inocente no Templo e a pessoa satisfazia a sua própria consciência.
• Por que foi necessária a nossa reconciliação com Deus?
Essa reconciliação foi necessária
porque o nosso relacionamento com o Altíssimo estava rompido, visto
que o homem pecador não pode ter comunhão
com o Deus santo.
• Quando fomos vivificados por Deus?
Uma vez reconciliados com Deus, fomos
vivificados por Ele quando estávamos mortos em ofensas e
pecados, um estado espiritual de quem se encontra longe de Deus. Assim, o Espírito
Santo operou em nós, produzindo vida espiritual como fonte
transbordante, injetando em nós sede pela presença
de Deus, fazendo-nos uma fonte de água viva, nos enviando para
produzir muitos frutos no Reino de Deus e capacitando-nos para que todos conheçam
a salvação em Cristo Jesus.
• O que é redenção?
A redenção é o ato de remir, isto é, libertar, reabilitar, reparar e salvar algo
ou alguém.
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Ensinador Cristão – n° 72
Hoje,
se podemos nos achegar a Deus e chamá-lo de "Pai" o mérito desse
privilégio está na obra salvífica de Jesus Cristo. O sangue derramado pelo
Filho na cruz foi o alto preço que nosso Senhor pagou no lugar de nossas
transgressões para que, por intermédio de sua crucificação, morte e, posterior
ressurreição, fôssemos justificados.
A obra salvífica de Cristo proveu
reconciliação dos homens com Deus
"Deus
estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus
pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação." (2Co 5.19). Esse
ministério de reconciliação do ser humano com Deus se deu por meio da obra
salvífica e completa de Jesus Cristo. Aqui, é importante destacar que essa obra
não é extensiva somente a um "grupo de eleitos" previamente
selecionados por "decreto divino", condenando assim os demais seres
humanos à perdição total. Não, a obra salvífica de Jesus Cristo é extensiva a
todos os que se arrependerem e crerem no Unigénito de Deus. Desde sempre, a
vontade do Pai é que "todos os homens se salvem e venham ao conhecimento
da verdade. Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus
Cristo, homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para
servir de testemunho a seu tempo". Assim, por meio de Jesus Cristo, o Pai
dá oportunidade ao homem de arrepender-se dos seus pecados e de reconhecer
Cristo Jesus como Senhor, Salvador e Rei.
A obra
salvífica de Cristo proveu redenção para o pecador arrependido
Está
no interior humano a impossibilidade de dar a segunda chance para quem cometeu
uma falta gravíssima contra o outro. Quando falamos em falta gravíssima,
referimo-nos, por exemplo, a uma pessoa que comete um assassinato contra a
filha de um pai ou toma do outros bens de valor imaterial. Como achar normal
que se exija do pai o perdão ao assassino de sua filha?
Ou
que se perdoe a pessoa que deu um golpe que trará consequências irreparáveis?
Humanamente
é muito difícil e, para muitos, é loucura! Essa é a situação do pecador diante
de Deus, pois se fosse possível estar no lugar de Deus, qualquer pessoa diria
que o mais justo era condenar o transgressor. Mas o Altíssimo, por intermédio
do seu Filho, preferiu prover outro caminho: o do perdão. A redenção efetuada
pelo nosso Senhor, por meio de sua obra salvífica, nos redimiu e
constrangeu-nos a manifestarmos esse amor aos nossos semelhantes.