Subsídios Bíblicos: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ - Nova Edição

Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ   Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja   Subsídios Lição 2: Somos Cristãos     Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno       Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana    Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo?     Subsídios...

Lição 10 – O Processo da Salvação

Classe: Adultos
Lições Bíblicas: CPAD
Trimestre: 4° de 2017 – 3 de Dezembro de 2017
Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com
TEXTO ÁUREO
"Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espirito não pode entrar no Reino de Deus." (Jo 3.5)
VERDADE PRÁTICA
O processo bíblico de salvação se dá por meio da justificação, regeneração e santificação do ser humano.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 1.12,13: A experiência do Novo Nascimento espiritual
Terça – 2Co 5.17: O Novo Nascimento torna o homem uma nova criação
Quarta – 1Jo 3.1,2:  Quem nasce de novo verá a glória de Deus
Quinta – 1Pe 1.23: Fomos regenerados pela Palavra de Deus
Sexta – Rm 6.11: Novo Nascimento: mortos para o pecado e vivos para Deus
Sábado – Cl 3.9: Despindo-se da prática do pecado
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 3.1-7
1 E HAVIA entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4 Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.

HINOS SUGERIDOS: 15,111,177 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Explicar que o processo da salvação se dá mediante a justificação, regeneração e santificação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.
I- Mostrara natureza da justificação divina;
II- Explicar o que é a regeneração pelo Espírito Santo;
III- Compreender que somos santificados em Cristo.


• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado (a) professor(a), estudaremos a respeito dos três aspectos da salvação: justificação, regeneração e santificação. Veremos que a fé no Filho de Deus e no seu sacrifício nos proporciona a justificação diante de Deus. Depois de justificados, somos regenerados e santificados mediante a ação do Espírito Santo. Sem a atuação dEle não há salvação, justificação nem o processo de santificação.
No decorrer da lição, procure enfatizar que, como crentes em Jesus Cristo, justificados, regenerados e santificados, devemos anunciar ao mundo as virtudes do Reino de Deus mediante a nossa maneira de viver.

INTRODUÇÃO
O processo de salvação na vida do crente se dá em três aspectos: na justificação outorgada por Deus; na regeneração operada pelo Espírito Santo; na santificação como consequência de uma vida com Cristo. Todo esse processo é alcançado pela fé na crucificação, morte e ressurreição de Cristo Jesus, nosso Senhor.
PONTO CENTRAL
O processo da salvação se dá por meio da justificação, regeneração e santificação.

l - JUSTIFICADOS POR DEUS



1. A natureza da Justificação.
A justificação evoca a ideia de um tribunal jurídico em que pesam terríveis e verdadeiras acusações contra nós, mas que por meio do sacrifício expiatório e substitutivo de Cristo, se tornaram nulas (Rm 4.24,25). Assim, somos declarados inocentes, pois nossa condenação foi substituída pela pena paga por Cristo na cruz (2 Co 5.21). É um ato gracioso e amoroso de Deus para nós, sem interferência dos méritos humanos, cabendo ao homem somente crer mediante a fé na obra que Jesus operou (Rm 5.1). Entretanto, cabe ressaltar que a fé é o meio instrumental para nos unir a Cristo, o nosso justificador, e não a causa da justificação. Logo, a justificação tem como consequência direta o perdão dos pecados, a reconciliação do pecador com Deus, a segurança da salvação e a santificação da vida.

2. A necessidade de Justificação.
A necessidade da justificação é para que nos encontremos justos e santos diante de Deus, a fim de que sejamos participantes das bênçãos da salvação e para que o Diabo não acuse o crente dos pecados que Cristo perdoou (Rm 8.33,34). Nesse sentido, a pessoa justificada está livre de condenação e é herdeira da vida eterna, tendo como resultado prático a paz com Deus (Rm 5.1).

3. A impossibilidade da autojustificação.
Os que reconhecem a necessidade de justificação são alcançados por ela. Para ilustrar essa realidade espiritual, o Senhor Jesus ensinou sobre a justificação apresentando a história de um fariseu que se justificava orgulhosamente por evitar certos pecados, mas não alcançou a justificação; enquanto o publicano, que reconhecia a sua miséria diante de Deus, teve os seus pecados perdoados e sua vida justificada (Lc 18.9-14). Nesse aspecto, a justificação não se refere ao esforço humano por pureza ou santidade, mas ao estado de retidão diante de Deus por meio de Jesus, o justo, que morreu tomando sobre si todas as acusações contra nós. Por isso, quando Deus nos olha, após nos tornarmos em nova criação, ainda mesmo com os nossos defeitos e falhas, em Cristo, nos enxerga sem pecado (1Co 6.11). Assim, o pecador é justificado pela graça de Deus somente, jamais por méritos pessoais (Rm 3.21,26,28; 4.5; Gl 3.11).

SÍNTESE DO TÓPICO l
Pela fé em Cristo e mediante a sua graça somos justificados por Deus.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A Justificação
Assim como a regeneração leva a efeito uma mudança em nossa natureza, a justificação modifica a nossa situação diante de Deus. O termo 'justificação' refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra infinitamente justa e satisfatória de Cristo na cruz. Deus declara os pecadores condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas consequências eternas, declarando-os plenamente justos aos seus olhos. O Deus que detesta 'o que justifica o ímpio' (Pv 15.17) mantém sua própria justiça ao justificá-lo, porque Cristo já pagou a penalidade integral do pecado (Rm 3,21-26). Constamos, portanto, diante de Deus como plenamente absolvidos.
Para descrever a ação de Deus a justificar-nos, os termos empregados pelo Antigo Testamento (heb. tsaddiq: Êx 23.7; Dt 25.1; 1Rs 8.32; Pv 17.15) e pelo Novo Testamento (gr. dikaioõ: Mt 12.37; Rm 3.20; 8.33,34) sugerem um contexto judicial e forense. Não devemos, no entanto, considerá-la uma ficção jurídica, como se estivéssemos justos sem no entanto sê-lo. Por estarmos nEle (Ef 1.4,7,11), Jesus Cristo tornou-se a nossa justiça (l Co 1.30). Deus credita ou contabiliza (gr. logizomaí) sua justiça em nosso favor. Ela é imputada a nós" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 372).

II-REGENERADOS PELO ESPÍRITO SANTO

1. A natureza da Regeneração.
Regeneração é a ação divina de criar um novo homem, dando-lhe um novo coração, transformando-o em nova criação (2 Cr 5-17), tornando-o filho de Deus (Jo 1.12,13) e fazendo-o passar da morte para a vida (Jo 5.24). Aqui, é importante distinguir regeneração da conversão. Esta é a resposta humana à regeneração no processo de salvação, que é voltar-se inteiramente para Deus; enquanto aquela é um milagre operado por Deus na natureza humana, um fenómeno incompreensível à mente natural (Jo 3.3,7). Logo, Deus é o operador dessa transformação, fazendo com que a pessoa, outrora apática para as coisas divinas, agora se encontre em plena vitalidade para com as coisas espirituais (Rm 8.28-30; Tt 3.5).

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2. A necessidade de Regeneração.
Para fazermos parte do Reino de Deus é preciso nos tornar nova criatura e nascermos do Espírito (Jo 3.5) que opera a vivificação em nós, pois Ele é o agente da regeneração. O Espírito Santo faz brotar entusiasmo espiritual e vida abundante (Jo 7.38), onde outrora havia morte, ofensa e pecado (Ef 2.1). É o agir do Espírito pela Palavra que faz germinar vida no coração do salvo (Tg 1.18).

3. Consequências da Regeneração.
É possível verificar se somos regenerados por meio de algumas mudanças que passam a fazer parte do nosso viver: o amor intenso a Deus (1Jo 4.19; 5.1); o amor pelos irmãos (1Jo 3.14); a rejeição das coisas mundanas (1Jo 2.15,16); o amor à Palavra de Deus (51119.103; 1Pe 2.2); o amor pelas almas perdidas (Rm 9.1-3); o desejo de estar em comunhão com Deus e adorá-lo (SI 42.1,2; 63.1; Ef 5.19,20); a vitória sobre o pecado, a carnalidade e as práticas contrárias ao Evangelho (1Jo 5.18; Cl 5.16; 2 Co 5.17); o conhecimento da vontade de Deus (1Co 2.12); o testemunho interior do Espírito Santo atestando nossa filiação ao Pai (Rm 8.16); o intenso interesse de praticar a justiça (1Jo 2.29). Claro que não somos perfeitos e que muitas vezes nos depararemos com a impossibilidade de manifestar essas mudanças o tempo todo, mas substancialmente elas estão presentes na regeneração da pessoa.

SÍNTESE DO TÓPICO II
O Espírito Santo opera, naquele que \ crê em Jesus Cristo, a regeneração.

VEJA SOBRE: Regeneração - Qual a definição?



SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Regeneração
A regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia) traduzido por 'regeneração' aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3,5 refere-se a renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que acontece. O Senhor 'tirará da sua carne o coração de pedra e lhes dará um coração de carne' (Ez 11.19). Deus diz: 'Espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados... E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo... E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos' (Ez 36.25-27). Deus colocará a sua lei 'no seu interior e a escreverá no seu coração' (Jr 31.33). Ele 'circundará o teu coração... para amares ao Senhor' (Dt 30.6)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostai. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 369,370).

Ill - SANTIFICADOS EM CRISTO



1. Uma consequência da salvação.
A santificação é o processo pelo qual o crente se afasta (separa) do pecado para viver uma vida inteiramente consagrada a Deus, desenvolvendo nele a imagem de Cristo (Rm 8.29). É um processo de cooperação entre o crente e o Espírito Santo que se inicia no momento da justificação do salvo, isto é, Deus vê o crente como santo, ainda que a santidade dele precise ser aperfeiçoada (Ef 4.12). No processo de conversão, a santificação é outorgada ao cristão porque Deus o vê santo, separado e amado por Ele, o nosso Pai (Cl 3.12). Nesse sentido estamos firmados em Cristo e os pecados não têm mais lugar em nossas vidas (1 Jo 3.6).

2. Um esforço pessoal.
As Escrituras revelam que devemos almejar e priorizar a santificação (Hb 12.14), pois a nossa natureza pecaminosa insiste em resistir a esse processo (Rm 7.14,21). Deus anela pela santificação dos seus filhos, não por capricho divino, mas porque o pecado nos fere de morte e o nosso Pai de amor não quer ver os seus filhos feridos, mortos no pecado, pois isso contraria sua natureza amorosa. Assim, para sarar a ferida do pecado. Ele enviou o seu filho para nos libertar do pecado a fim de vivermos uma vida santa.

3. O desafio de sermos santos.
Às vezes achamos que podemos ser continuamente bons e santos (1Jo 1.10). Na verdade, a nossa meta deve ser essa, mas não podemos deixar de reconhecer que somos simultaneamente justos e pecadores, ou seja, em Cristo, Deus nos vê absolutamente santos; no entanto, em relação à nossa natureza inclinada ao pecado, nossa santificação sofre revezes (Rm 7.15). Por isso é exigido um esforço pessoal e dependência contínua do Espírito Santo para sermos santos.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Pela fé somos santificados em Jesus Cristo.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Santificação
A santificação precisa ser distinguida da justificação. Na justificação, Deus atribui ao crente, no momento em que recebe a Cristo, a própria justiça de Cristo, e a partir de então vê esta pessoa como se ela tivesse morrido, sido sepultada e ressuscitada em novidade de vida em Cristo (Rm 6.6-10). É uma mudança que ocorre "de uma vez por todas' na condição legal ou judicial da pessoa de Deus. A santificação, em contraste, é um processo progressivo que ocorre na vida do pecador regenerado, momento a momento. Na santificação ocorre uma cura substancial da separação que havia ocorrido entre Deus e o homem, entre o homem e os seus companheiros, entre o homem e si mesmo, entre o homem e a natureza" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1762).

CONCLUSÃO
Convêm que os crentes, como pessoas justificadas, regeneradas e santificadas, demonstrem ao mundo perdido, por meio das consequências positivas que esse processo de salvação traz sobre nossa vida, que somente Jesus pode salvar e transformar o pecador.

CONHEÇA MAIS
O Processo da Salvação
"A obra do Espírito não cessa quando a pessoa reconhece sua culpa diante de Deus, mas vai crescendo a cada etapa subsequente. [...] No momento da conversão, nascemos de novo, desta vez o nascimento no Espírito. Ao mesmo tempo, o Espírito nos batiza no corpo de Jesus Cristo, que é a Igreja. Instantaneamente, somos lavados, santificados e justificados, e tudo isto mediante o poder do Espírito." Leia mais em Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal, editado por Stanley Horton, CPAD, pp. 424,25.

PARAREFLETIR
A respeito do processo da salvação, responda:

Quais são as consequências da justificação?
A justificação tem como consequência direta o perdão dos pecados, a reconciliação do pecador com Deus, a segurança da salvação e a santifi­cação da vida.

Qual é a necessidade da justificação?
A necessidade da justificação é para que nos encontremos justos e santos diante de Deus, a fim de que sejamos participantes das bênçãos da salvação e para que o Diabo não acuse o crente dos pecados que Cristo perdoou.

Qual é a distinção entre regeneração e conversão?
Regeneração é a ação divina de criar um novo homem, dando-lhe um novo coração, transformando-o em nova criação, tornando-o filho de Deus e fazendo-o passar da morte para a vida. A conversão é a resposta humana à regeneração no processo de salvação, que é voltar-se inteiramente para Deus; enquanto aquela é um milagre operado por Deus na natureza humana, um fenômeno incompreensível à mente natural.
O que é a santificação?
A santificação é o processo pelo qual o crente se afasta (separa) do pecado para viver uma vida inteiramente consagrada a Deus, desenvolvendo nele a imagem de Cristo.

É possível ser santo de maneira absoluta?
As Escrituras revelam que devemos almejar e priorizar a santificação, pois a nossa natureza pecaminosa insiste em resistir a esse processo. Deus anela pela santificação dos seus filhos, não por capricho divino, mas porque o pecado nos fere de morte e o nosso Pai de amor não quer ver os seus fi­lhos feridos, mortos no pecado, pois isso contraria sua natureza amorosa. Às vezes achamos que podemos ser continuamente bons e santos (1Jo 1.10). Na verdade, a nossa meta deve ser essa, mas não podemos deixar de reconhecer que somos simultaneamente justos e pecadores, ou seja, em Cristo, Deus nos vê absolutamente santos; no entanto, em relação à nossa natureza inclinada ao pecado, nossa santificação sofre revezes. Por isso é exigido um esforço pessoal e dependência contínua do Espírito Santo para sermos santos.
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Ensinador Cristão – n° 72
Nesta lição, veremos o que Deus faz na vida da pessoa que se arrependeu dos pecados e creu no Senhor Jesus: Justifica, Regenera e Santifica.

Justificação
De condenados, absolvidos; de culpados, declarados inocentes. Mediante a quitação da penalidade integral do pecado por Cristo Jesus, o nosso Senhor, segundo a sua própria justiça, Deus nos declarou justificados. Esse termo refere-se à nossa mudança de situação diante de Deus. É o ato pelo qual o Altíssimo declara os pecadores outrora acusados, culpados e condena­dos, agora livres e absolvidos com base na definitiva e satisfatória obra salvífica de Jesus Cristo operada na cruz. É uma das maravilhosas doutrinas da Salvação que precisa ser pregada, afirmada e reafirmada nos púlpitos e nas classes de Escola Dominical das igrejas locais.

Regeneração
O teólogo pentecostal Daniel Pecota diz que a Regeneração "é o início do nosso crescimento no conhecimento de Deus, na nossa experiência de Cristo e do Espírito e no nosso caráter moral". Após o arre­pendimento e a fé, Deus nos regenera por intermédio do seu Espírito Santo. É o milagre da criação de uma nova natureza interior. É ação do Espírito semelhante ao que profetizou o profeta Ezequiel: "E lhe darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei um coração de carne" (Ez 11.19). Uma doutrina urgente que deve ser pregada e ensinada. Uma das verdades que os pentecostais sempre enfatizaram é a "mudança de vida" como prova da verdadeira conversão em Cristo. Isso passa obrigatoriamente pelo milagre da Regeneração que leva-nos à santificação.

Santificação
O teólogo pentecostal Timothy P. Jenney, no capítulo "O Espírito Santo e a Santificação", da obra Teologia Sistemática: Perspectiva Pentecostal, editada pela CPAD, diz que "os escritores do Novo Testa­mento empregam tão frequentemente a expressão 'Espírito Santo' por reconhecerem a relevância do Espírito para a santificação do mundo" (p.406). Nesse sentido, podemos conceituar "santificação" como "o processo mediante o qual Deus está purificando o mundo e seus habitantes". É uma obra continuada a partir da regeneração, numa perspectiva instantânea, pois aplica à vida do crente a obra feita por Jesus; e progressiva, pois a operação do Espírito é permanente. Uma doutrina que deve ser vivida hoje!