Resultado dos esforços das
SBU, em 2015, cerca de 160 milhões de pessoas puderam ter acesso a 50 novas
traduções das Escrituras Sagradas.
Desde a
primeira tradução da Bíblia, a Septuaginta, ainda antes de Cristo, o mundo assiste
a seguidas iniciativas para disseminar a Palavra de Deus. Dessa versão do
Antigo Testamento Hebraico para o Grego até os dias atuais, as Escrituras
Sagradas, incluindo Bíblias completas, Novos Testamentos e partes da Bíblia,
tornaram-se disponíveis em 2.935 idiomas falados por 6.039 bilhões de pessoas.
Só em 2015, foram feitas traduções para 50 idiomas, que atendem quase 160 milhões
de pessoas.
O avanço da tradução
das Escrituras no mundo é devido, principalmente, aos esforços das Sociedades
Bíblicas Unidas (SBU), aliança global presente em mais de 200 países e
territórios e da qual faz parte a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). Com o
auxílio dessa aliança mundial, a Bíblia completa está disponível em 563
idiomas, falados por cerca de 5,1 bilhões de pessoas e o Novo Testamento em
1.334 idiomas adicionais falados por 658 milhões de pessoas. Quanto a partes da
Bíblia, 281 milhões de pessoas têm acesso a traduções em 1.038 idiomas.
Em seu Relatório de Traduções
referente ao ano de 2015, as SBU registram que 11 comunidades ao redor do mundo
agora têm a sua primeira Bíblia na íntegra, seis receberam um Novo Testamento e
outras 11 o seu primeiro livro ou livros adicionais das Escrituras. No entanto,
existem ainda 497 milhões de pessoas que não contam com nenhuma parte da Bíblia
traduzida para a língua que fala ao seu coração, além dos 281 milhões que
contam apenas com partes da Bíblia traduzidas para o seu idioma.
Como os idiomas estão em
constante desenvolvimento, as SBU também têm o compromisso de revisar traduções
existentes e fornecer novas versões, para ajudar o máximo possível de pessoas a
se engajarem com a mensagem bíblica. Em 2015, esse trabalho resultou em 20
novas traduções e revisões, além de duas edições de estudo, com o potencial de
alcançar mais de 127 milhões de pessoas.
Línguas de sinais e braile
Também é relevante o
progresso nas traduções das Escrituras para línguas de sinais e em braile.
Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas no mundo tenham deficiência
auditiva e 70 milhões delas utilizam a língua de sinais para se comunicar. Há
mais de 400 línguas de sinais únicas, porém, o Novo Testamento somente está
disponível na Língua de Sinais Americana. Entre as produções de 2015 em línguas
de sinais, destacam-se as do Brasil, com 15 novas histórias bíblicas; Sri
Lanka, com seleções do livro de Atos; México, que concluiu os livros de Lucas e
Atos; e a equipe ViBi, no Japão, com os livros Êxodo, Tito e Efésios.
Em braile, os avanços foram
registrados no Sri Lanka, com a Bíblia em sinhala, o 44º idioma do país, e no México,
com a primeira porção em purepecha. Ainda foram produzidas porções adicionais
em espanhol e armênio e uma nova versão da Bíblia em holandês. São obras que
beneficiam um grande contingente de pessoas, diante da estimativa de que, em
todo o mundo, 285 milhões tenham deficiência visual, das quais 40 milhões são
cegas. Desde 2002, a Sociedade Bíblica do Brasil disponibiliza a Bíblia em
Braile para esse público.
O diretor global de tradução
da Bíblia das SBU, Alexander Schweitzer, comemorou os resultados de 2015,
considerando-os encorajadores: “Este progresso nos inspira a fazer ainda mais
para que a vida de muitos outros indivíduos e comunidades sejam enriquecidos pelo
poder transformador da Palavra de Deus.”
As SBU trabalham atualmente
em mais de 400 projetos de tradução e contam com outro recurso estratégico para
a disseminação das Escrituras: a Biblioteca Digital da Bíblia (DBL), que, até o
final de 2015, contava com 1.201 Bíblias, Testamentos e partes da Bíblia em 957
idiomas falados por mais de 4,6 bilhões de pessoas. A DBL é mantida pelas SBU em
parceria com outras agências bíblicas e com o apoio da aliança Every Tribe
Every Nation (Todas as Tribos, Todas as Nações). Ali os textos bíblicos são
oferecidos ao público por meio de parceiros como BibleSearch e YouVersion.