É
interessante citar Rubem Alves que compara, de forma metafórica, o educador com
o professor:
“Eu diria que os educadores são como velhas árvores. Possuem uma
face, um nome, uma história a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é
a relação que os liga aos alunos, sendo que cada aluno é uma entidade sui
generis, portador de um nome, também de uma história sofrendo tristezas e
alimentando esperanças. E a educação é algo para acontecer neste espaço
invisível e denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal ...
Mas professores são habitantes de um mundo diferente, onde o
educador pouco importa, pois o que interessa é um crédito cultural que o aluno
adquire numa disciplina identificada por uma sigla, sendo que, para fins
institucionais, nenhuma diferença faz aquele que a ministra. Por isso mesmo,
professores são entidades descartáveis, coadores de café descartáveis, copinhos
plásticos de café descartáveis”
(RUBEM ALVES, 1983, p.17-18).
O EDUCADOR E SEUS
ALUNOS
O educador olha os seus alunos como pessoas
com necessidades, dificuldades, fraquezas e pontos fortes, procurando, com esta
postura, contribuir para seu crescimento nos diferentes aspectos.
VENDO A EDUCAÇÃO COM
UM ATO POLÍTICO
A importância da consciência política do
educador é outro ponto a ser ressaltado. Como diz Freire (1988), a educação é
um ato político – um ato que sempre é praticado a favor de alguém, de um grupo,
de algumas ideias e, consequentemente, contra outro alguém, contra outro grupo
e contra outras ideias.
O educador é alguém que deixa sua marca na
educação de seus alunos.
Dessa forma, entendemos que os diferentes
posicionamentos pessoais e profissionais do educador envolvem diferentes modos
de compreender e organizar o processo ensino-aprendizagem, e, por isso, a sua
ação educativa e a sua prática pedagógica retratam sempre uma opção política.
Filosofia
Eclesiástica – Matéria: A Didática – Escola Teológica FILEMOM / Reverberação:
Subsídios EBD