Cremos
em um só Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as
coisas, visíveis e invisíveis.
LEITURA DIÁRIA
Segunda -1
Co 8.6: O monoteísmo judaico é ratificado na fé cristã
Terça – Ne
9,6: Deus é o Supremo Criador e Provedor de todas as coisas
Quarta – Sl
33.9: Deus criou o universo pelo poder de sua Palavra
Quinta – Gn
2.7: A origem do ser humano é Deus
Sexta- Ap
4.11: Deus criou todas as coisas segundo a sua soberana vontade
Sábado – Rm 1.20: A existência de Deus é um
fato
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Deuteronômio
6:
4
Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR.
Gênesis 1:
1
NO princípio criou Deus os céus e a terra.
HINOS SUGERIDOS: 99, 216, 526 DA HARPA CRISTÃ
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que cremos em um só Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico l com os seus respectivos
subtópicos.
(I) Reconhecer que há somente um
único Deus verdadeiro;
(II) Explicar porque o
criacionismo e evolucionismo são antagónicos;
(III) Compreender a narrativa da
criação.
• INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Prezado professor, você crê que há somente um
Deus verdadeiro e que Ele criou os céus e a Terra? Então não terá dificuldade
no ensino desta lição. Deus é real e Ele se revela ao homem de diferentes
maneiras, porém uma das formas que Ele se revela a nós é mediante a sua
criação. O relato da criação da terra, do céu e do homem, não é uma alegoria. A
narrativa da criação é um fato histórico, ou seja, algo que aconteceu
exatamente como a Palavra de Deus afirma.
Quando o assunto é a criação do universo e da
vida, sabemos que existem várias teorias que tentam explicar a origem de tudo,
como por exemplo, a teoria do Big Bang e da Evolução. Mas, cremos que o
universo e a vida não são produtos de uma evolução como alguns cientistas
tentam afirmar ou o resultado da explosão de uma partícula. Cremos que o Deus é
o grande Criador.
COMENTÁRIO PONTO
CENTRAL
Cremos
que um só Deus, o Pai Todo-Poderoso é o criador do céu e da terra.
INTRODUÇÃO
A
doutrina de Deus é vasta, e nem mesmo os grandes tratados de teologia conseguem
esgotar o assunto. O enfoque da presente lição é a unidade de Deus, o
monoteísmo judaico-cristão e a obra da criação. Nosso objetivo é mostrar que há
um abismo intransponível entre o criacionismo e o evolucionismo. Não há na
Bíblia espaço para a teoria da evolução nas suas diversas versões.
l - O ÚNICO DEUS
VERDADEIRO
1.O Shemá.
É
o imperativo de um verbo hebraico que significa "ouvir, obedecer", o
qual inicia o versículo que se tornou, ao longo dos séculos, a confissão de fé
dos judeus: "Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR"
(Dt 6.4). A cláusula final "é o único SENHOR" também se traduz por
"o SENHOR é um" (Cl 3.20), conforme as versões espanhola Reina-Valera
judaica, conhecida no Brasil como Bíblia Hebraica. A construção hebraica aqui
permite ambas as traduções, de acordo com a declaração de Jesus: "o Senhor
é um só!" (Mc 12.29, Tradução Brasileira). Há aqui um significado
teológico importante, porque a mensagem não se restringe apenas ao monoteísmo,
mas a ideia de existir um só Deus, e de Deus ser um só, diz respeito tanto à
"singularidade" quanto à "unidade" de Deus (Zc 14.9; Sl 86.10).
2. O monoteísmo.
É
a crença em um só Deus e se distingue do politeísmo, a crença em vários deuses.
As principais religiões monoteístas do planeta são o judaísmo (Dt 6.4; 2 Rs
19.15; Ne 9.6), o cristianismo (Mc 12.29; 1Co 8.6) e o islamismo.
Mas
o monoteísmo islâmico não é bíblico. O deus Alá dos muçulmanos é outro deus, e
não o mesmo Deus Javé da Bíblia. Alá era um dos deuses da Meca pré-islâmica,
deus da tribo dos coraixitas, de onde veio Maomé, que o adotou como a divindade
de sua religião. O nome Alá não vem da Bíblia e nunca foi conhecido dos patriarcas,
nem dos reis, nem dos profetas do Antigo Testamento, menos ainda dos apóstolos
do Senhor Jesus.
Os
teólogos muçulmanos se esforçam para fazer o povo crer que Alá é uma forma
alternativa do nome do Deus Javé de Israel, mas evidências históricas e
arqueológicas provam que Alá não veio dos judeus nem dos cristãos.
3. O monoteísmo
judaico-cristão.
Jesus
não somente ratificou o monoteísmo judaico do Antigo Testamento como também
afirmou que o Deus Javé de Israel, mencionado em Deuteronômio 6.4-6, é o mesmo
Deus que Ele revelou à humanidade (Jo 1.18), a quem todos os cristãos servem e
amam acima de todas as coisas (Mc 12.29,30). Assim, o Deus de Israel é o mesmo
Deus do cristianismo; é o nosso Deus. O apóstolo Paulo pregava para os judeus e
gentios o mesmo Deus revelado por Jesus: "O Deus de nossos pais de antemão
te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a
voz da sua boca" (At 22.14).
SÍNTESE DO TÓPICO l
Deus é único e verdadeiro.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
"Nossa
maneira de compreender a Deus não deve basear-se em pressuposições a respeito
dEle, ou em como gostaríamos que Ele fosse. Pelo contrário: devemos crer no
Deus que existe, e que optou por se revelar a nós através das Escrituras, O ser
humano tende a criar falsos deuses, nos quais é fácil crer; deuses que se
conformam com o modo de viver e com a natureza pecaminosa do homem. Essa é uma
das características das falsas religiões.
Alguns
até mesmo caem na armadilha de se desconsiderar a autorevelação divina para
desenvolver um conceito de Deus que está mais de acordo com as suas fantasias
pessoais do que com a Bíblia, que é a nossa fonte única de pesquisa, que nos
permite saber que Deus existe e como Ele é (HORTON, Stanley. Teologia
Sistemática: Uma perspectiva pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.
125-6).
II - CRIAÇÃO X
EVOLUÇÃO
1. O modelo criacionista.
O
criacionismo é a posição que propõe ser a origem do Universo e da vida
resultado de um ato criador intencional. Essa cosmovisão é encarada com
suspeita porque a comunidade científica incrédula a considera uma proposta
meramente religiosa. É verdade que a explicação religiosa tem por base a fé (Hb
11.3), enquanto a explicação científica se fundamenta na evidência empírica.
Mas existem variações em ambas as propostas. Descobertas ao longo dos séculos
confirmam que causas inteligentes empiricamente detectáveis são necessárias
para explicar as estruturas biológicas ricas em informação e a complexidade da
natureza. Esse conceito é conhecido como Design Inteligente.
Criacionismo
e Design Inteligente podem ser interligados, mas não são a mesma coisa. A
proposta e a metodologia de ambos não são iguais, pois nem todo criacionista
aceita a Teoria do Design Inteligente e vice-versa. O modelo científico do
Design Inteligente propõe que o mundo foi criado, mas não tem como provar em
laboratório que Deus o criou.
2. O modelo evolucionista.
É
uma teoria que nunca se sustentou cientificamente, apesar de sua aparência
científica (1 Tm 6.20). Tem por base pressupostos naturalistas, entre os quais
a proposta darwinista da seleção natural se destaca como o principal mecanismo
evolutivo. O naturalismo, a hipótese mais aceita para explicar o evolucionismo,
ensina que organismos biológicos existentes evoluíram em um longo processo
através das eras. É a cosmovisão favorável à ideia de que o universo e a vida
vieram à existência por meio de processos de geração espontânea, sem
intervenção de um ato criador, isto é, eles teriam evoluído até a complexidade
atual por meio da seleção natural, a teoria da sobrevivência dos mais fortes.
Mas tudo isso não passa de mera teoria que nunca pôde ser confirmada. O
evolucionismo ateu exclui Deus da criação.
SÍNTESE DO TÓPICO II
O criacionismo e o evolucionismo são
antagônicos.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"[...] Quando consideramos a possibilidade de que Deus usou o
processo evolucionário para criar ao longo de milhões de anos, confrontamo-nos
com sérias consequências: a Palavra de Deus não é mais competente e o caráter
de nosso Deus amoroso é questionado.
Já na época de Darwin, um dos principais evolucionistas entendia o
problema de fazer concessão ao afirmar que Deus usou a evolução. Uma vez que
você aceite a evolução e suas implicações para a história, então o homem está
livre para escolher as partes da Bíblia que quer aceitar" (HAM, Ken, Criacionismo:
verdade ou mito? 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp. 35,36).
Ill - A CRIAÇÃO
1. A criação do Universo.
Deus
criou o universo do nada; é a chamada creatio
ex nihilo da teologia judaico-cristã revelada na Bíblia. A narrativa do
primeiro capítulo de Gênesis é entendida à luz do contexto bíblico. O ponto de
partida da criação é: "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn
1.1).
O
verbo hebraico "criou" é bará,
e este apresenta características peculiares: o sujeito da afirmação é sempre
Deus, o Deus de Israel, e nunca foi aplicado a deuses estranhos; é um termo
próprio para referir-se à ação criadora de Deus a fim de distinguir-se de toda
e qualquer realização humana. Essa ideia do fiat divino, ou seja, do
"faça-se", é apoiada em toda a Bíblia. Deus trouxe o universo à
existência do nada e de maneira instantânea, pela sua soberana e livre vontade
(SI 33.9; Hb 11.3; Ap 4.11).
2. A narrativa da criação em
Gênesis 1.
No
primeiro dia. Deus trouxe à existência a luz (Gn 1.3); no segundo, criou a
expansão ou firmamento (vv.6-8); e, no terceiro, "disse Deus: Ajuntem-se
as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca" (v.9). A
essa porção seca Ele chamou terra e ao ajuntamento das águas, mares (v.10).
Ainda no terceiro dia, surgiram os continentes com seus relevos e a vegetação
(vv.9-13). Os corpos celestes: o sol, a lua e as estrelas aparecem no quarto
dia (vv.14-19). As aves e os animais marinhos surgem no quinto dia (vv.20-23).
CONHEÇA MAIS
Criacionismo X evolucionismo
"Hoje,
muitos cristãos afirmam que os milhões de anos de história da Terra se ajustam
à Bíblia e que Deus usou o processo evolucionário para criar. Essa ideia não é
uma invenção recente. Para conhecer mais, leia Criacionismo: verdade ou mito?,
CPAD, p. 33).
3.
A criação do ser humano. A raça humana teve sua origem em Deus, através de Adão
(At 17.26; 1Co 15.45). O ser humano foi criado no sexto dia, como a coroa de
toda a criação, e recebeu de Deus a incumbência de administrar a terra e a
natureza. O homem não é meramente um animal racional, mas um ser espiritual
criado à imagem e semelhança de Deus. A frase "Façamos o homem" (Gn
1.26), quer dizer: "Vamos fazer o ser humano", pois o termo hebraico
usado para "homem" é adam, que significa "género humano". O
ser humano criado por Deus se constitui em "macho e fêmea" (v.27).
Esse ser humano recebeu diretamente de Deus o sopro em suas narinas (Gn 2.7).
Em outro lugar, a Bíblia revela que Deus o fez um pouco menor do que os anjos (SI
8.5).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A narrativa bíblica a respeito da criação é verdadeira.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Em Gênesis 1, a palavra hebraica para dia é yom. A maior parte do uso dela no
Antigo Testamento é com o sentido de dia, dia literal; e, nas passagens em que
o sentido não é esse, o contexto deixa isso claro.
Primeiro, yom é definido
na primeira vez em que é usado na Bíblia (Gn 1.4,5) em seus dois sentidos
literais: a porção clara do ciclo luz/trevas e todo o ciclo luz/trevas. Segundo,
yom é usado com 'noite' e 'manhã'.
Em todas as passagens em que essas duas palavras são usadas no Antigo
Testamento, juntas ou separadas, e no contexto de yom ou não, elas sempre tem o
sentido literal de noite ou manhã de um dia literal. Terceiro, yom é modificado
por um número: primeiro dia, segundo dia, terceiro dia, etc., o que em todas as
passagens do Antigo Testamento indicam dias literais. Quarto, Gênesis 1.14
define literalmente yom em relação
aos corpos celestiais" (HAM, Ken. Criacionismo: Verdade ou mito? 1ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2011, p. 30).
CONCLUSÃO
Os
ensinos inadequados sobre Deus e o Senhor Jesus Cristo exigiram da Igreja desde
muito cedo uma definição sobre o assunto. Os principais credos iniciam
declarando que Deus é o Criador de todas as coisas no céu e na terra. Trata-se
de um resumo do que ensina a Bíblia desde Gênesis até Apocalipse. Era uma
resposta aos diversos conceitos errôneos dos gnósticos sobre Deus. O contexto
hoje exige uma resposta similar, pois são muitos os nossos desafios. Devemos
estar preparados para combater a indiferença religiosa e o ceticismo à nossa
volta que tanto têm contaminado vizinhos, colegas de escola e também do
trabalho.
PARA REFLETIR
A
respeito do único Deus verdadeiro e a criação, responda:
•
Qual o significado teológico da expressão "é o único SENHOR" ou
"o SENHOR é um"?
O significado está no fato de existir um só Deus, e de Deus ser um
só. Tal expressão diz respeito tanto a "singularidade" quanto à
"unidade" de Deus.
•
Quem disse que o Deus de Israel é também o nosso Deus?
Cite a referência. O Senhor Jesus Cristo (Jo 1.18). Paulo também
pregava isso (At 22.14).
•
Qual foi o ponto de partida da criação?
"No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1).
•
Como Deus trouxe o universo à existência?
Ele trouxe o universo à existência do nada.
•
Qual o significado de adam,
"homem", no relato da criação (Gn 1.26,27)?
O significado do termo hebraico usado para "homem" é adam,
que significa "gênero humano".
Fonte: Lições
Bíblicas de Adultos – CPAD – 3° Trimestre de 2017/ Blog: Subsídios EBD