Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Lição: 5 - Jacó, Um exemplo de Caráter Restaurado
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Obs.Este
artigo é um subsídio para a lição bíblica da classe de Adultos.
A primeira referência
bíblica sobre Jacó, fala do seu nascimento com seu irmão gêmeo, onde Jacó nasce
agarrado no calcanhar de Esaú (Gn 25.26). Já a última referência de Jacó, ele é
citado como um Homem de Fé e que abençoa (Hb 11.21). A vida de Jacó é um exemplo
claro de que Deus liberta um enganador e o transforma em um servo abençoador e
cheio de fé.
Antes de seguirmos a diante, sobre a vida de Jacó,
vejamos um resumo geral de sua vida.
1. O nome de Jacó.
a)
O significado do nome.
O
nome “Jacó’ ocorre na bíblia sagrada, cerca de 376 vezes”. Ele nasceu quando o
seu pai já estava com 60 anos de idade. No momento em que nasceu Jacó segurava
o calcanhar de seu irmão (Gn 25.26).
O
nome "Jacó" vem de uma palavra hebraica (ya‘aqob) que significa ‘que Deus proteja’ ou ‘Deus protege’; mas
pelo fato de soar como as palavras aqueb("calcanhar") e aqab ("espreitar" ou
"surpreender"), seu nome transformou-se num apelido: "ele agarra meu calcanhar" ou
"enganador".
Sendo
assim, podemos resumir dizendo que o nome Jacó
além de significar “aquele que segura o calcanhar ou ‘ pegar pelo calcanhar,
também quer dizer“ enganador. Quando
Jacó tomou para si a bênção que seria dada a seu irmão mais velho, Esaú afirmou
que Jacó havia recebido o nome justo, “pois já duas vezes me enganou” (Gn
27.36).
“Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já
duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou
a minha bênção
[...] (Gn 27.36)”.
b) O
significado de seu irmão Esaú.
O nome
"Esaú" provavelmente significa "peludo". Ele também tinha
um apelido: "Edom", que quer dizer "ruivo" e refere-se à
cor do seu cabelo e à sopa de lentilhas que Jacó lhe vendeu (Gn 26.25,30).
Os
edomitas - descendentes de Esaú (Edom) – construíram sua nação no monte Seir
(Gn 36.5-8), na extremidade sudeste do mar Morto, e foram inimigos constantes
dos israelitas. (Durante o reinado de Davi, os edomitas eram súditos de Israel,
mas quando Jorão era rei de Judá, rebelaram-se e conquistaram sua liberdade 2
Rs 8.20-22).
2. Jacó, o enganador.
Em
certa ocasião, Jacó usou a sua habilidade de cozinhar e convenceu seu irmão a
vender a sua primogenitura [A
vantagem que tinha o primogênito sobre os demais irmãos na sucessão ou herança
dos pais] (Gn 25.29-34).
Ele
aproveitou, que Esaú chegou do campo com muita fome e exausto e, comprou o
direito de primogênito, o qual pertencia a Esaú, a moeda de troca foi: pão e
ensopado de lentilhas (Gn 25.33-34 -KJA).
Em
outra oportunidade e instruído por sua mãe, Jacó se utiliza da cegueira do
velho Isaque e se faz passar por Esaú, a fim de ser abençoado pelo seu pai (Gn
27). Jacó ouviu a sugestão de sua mãe e seguiu seu plano para enganar seu pai e
ele recebeu a bênção que seria dada a Esaú, o primogênito (Gn 27).
Embora
Isaque, no leito de morte, estivesse em dúvida e suspeitasse de algo, em sua
cegueira deu a Jacó sua bênção. Pouco depois Esaú voltou da caçada e Isaque
deu-se conta de que havia sido enganado, mas a bênção não poderia ser desfeita.
Uma
vez que a bênção de Isaque era irrevogável, como o sublinha a Bíblia (Gn
27.33), Jacó tomou-se o portador da promessa de Deus e o herdeiro de Canaã (Rm
9.10-13), e a Esaú coube à área menos fértil conhecida como Edom.
3. Jacó, o mentiroso.
a)
A primeira mentira de Jacó.
Isaque
pediu que ele se identificasse porque não podia ouvir bem? Provavelmente não
(Gn 27.22). É possível que estivesse desconfiado, pois não esperava que Esaú
voltasse tão rapidamente da sua caçada (v. 20). Além disso, a voz que ouviu não
soava como a de seu filho mais velho. Foi, então, que Jacó contou a primeira
mentira: afirmou que era Esaú (Gn 27.18,19).
b)
A segunda, terceira e a quarta mentira de Jacó (Gn 27.19,20).
Disse
ter atendido os desejos de seu pai (a
segunda mentira) e, em seguida, chamou a carne de cabrito de "minha
caça" (terceira mentira).
Chegou
até a dar crédito ao Senhor por tê-lo ajudado a encontrar a caça tão
rapidamente (quarta mentira). Não
apenas mentiu sobre si mesmo, mas também sobre o Senhor! Usar o Senhor para
encobrir um pecado é um passo rumo à blasfêmia.
c)
Mentiu novamente sobre sua identidade e sobre seu amor (Gn 27. 21-27).
Não
querendo confiar em seus ouvidos, Isaque sentiu as mãos de Jacó e confundiu a
pele de cabrito com os pelos de homem, e Jacó garantiu-lhe, novamente, que era,
de fato, Esaú (quinta mentira).
Depois
que Isaque havia terminado a refeição, pediu a Jacó que o beijasse, e esse
beijo foi à sexta mentira, pois foi um beijo hipócrita (Lc 22.48). Como Jacó
podia afirmar que amava o pai exatamente enquanto o enganava?
Rebeca,
sua mãe, obteve de Isaque a permissão para que Jacó fugisse da ira de Esaú para
sua pátria em Padã-Arã (Gn 27.41-28.5). Jacó não era mais jovem quando teve de
fugir para escapar à vingança de seu irmão e encontrar uma esposa entre os
parentes de sua mãe, pois foi antes disso que Esaú, com a idade de quarenta
anos, se casara com uma mulher hetéia (26.34; 27.46).
Jacó,
o rapaz "caseiro", não tinha mais um lar e estava começando uma
caminhada de quase oitocentos quilômetros até Harã fugindo de um irmão irado.
Tinha diante de si um futuro incerto, e a única coisa na qual podia se apoiar
era a bênção de seu pai.
2. O enganador é
enganado.
A
leia da colheita havia chegado para aquele que tinha plantado engano contra seu
irmão e seu pai, Isaque. Seu próprio tio Labão (irmão de sua mãe Rebeca), lhe
enganaria.
Jacó
combinara com o seu futuro sogro (seu tio Labão) que trabalharia por sete anos,
a fim de que Labão permitisse o casamento de Jacó com sua filha Raquel.
Eis
o combinado:
“E Jacó amava a Raquel, e disse: Sete anos te servirei por
Raquel, tua filha menor. Então disse Labão: Melhor é que eu a dê a ti, do que
eu a dê a outro homem; fica comigo. Assim serviu Jacó sete anos por Raquel; e
estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava” (Gn 29.18
- 20).
Jacó
cumpriu com a sua parte do acordo com o pai da moça (Gn 29.20). Chegando o dia
de Labão também cumprir com a sua parte no acordo, ele, invés de entregar moça
Raquel, ele entrega a sua filha mais velha, a doente Léia (Gn 29. 17,22-30).
A
versão bíblica Almeida Corrigida Fiel, diz que Lia tinha olhos tenros(Gn 29.17). Já a versão Bíblia Viva,
esclarece que ela tinha os olhos enfermos (BV).
Resumindo,
Jacó pensou que depois de sete anos trabalhando de graça para Labão, se casaria
com a formosa e Jovem Raquel. Porém, foi enganado e teve que se casar com a
doente Lia (Léia).
A
fim de ter a sua amada Raquel, Jacó teve de trabalhar mais sete anos para o
enganador – seu sogro Labão (Gn 29.30). Catorze anos de trabalho de graça para
Labão, foi o preço que Jacó pagou pelo engano de seu sogro.
Depois
de episódio do capítulo 29 de Gênesis, Labão ainda continuaria engando a Jacó.
Por exemplo. Jacó passar a ser o pastor de Ovelhas assalariado por seu sogro. E
Labão vê nisto oportunidade para continuar enganado seu genro e mudou o salário
de Jacó em dez oportunidades (31.7,41).
“Estive vinte anos em tua casa; catorze anos te servi por
tuas duas filhas, e seis anos por teu rebanho; dez vezes mudaste o meu salário
(Gn 31.41 – BV)”.
A
chamada lei da colheita alcançou a vida de Jacó e ainda é valida para os
crentes de hoje.
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer;
porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará (Gálatas 6.7).
Jacó
havia enganado Isaque, mas seu sogro, Labão, mentiu para Jacó e enganou-o. Jacó
usou um cabrito para enganar o pai, e os filhos de Jacó usaram um cabrito para
enganá-lo (Gn 37.29-35). O homem que enganou o pai foi enganado pelo sogro, e o
homem que se passou por primogênito recebeu a primogênita como esposa.
Em sua graça, Deus
perdoa nossos pecados quando os confessamos (1 Jo 1.9), porém em sua justiça,
permite que arquemos com as consequências desses pecados. Isto aconteceu com
Jacó, ele cometeu vários pecados, porém, depois do primeiro encontro com Deus,
o seu caráter foi sendo transformado.
Não
importa quantas vezes fracassamos em nossa jornada com o Senhor, podemos sempre
voltar para casa, se nos arrependermos e obedecermos de coração. Foi o que
aconteceu a Abraão (Gn 13.1-4), Isaque (Gn 26:17), Davi (2 Sm 12), Jonas (Jn
3.1-3), Pedro (Jo 21.15-19) e, então, com Jacó.