Estudo Auxiliar para a Classe de Adultos
Subsídio Para a
Lição:
1 - 2°Trimestre de 2017
Comentarista: Ev. Jair Alves
É importante que se faça distinção dos termos caráter,
temperamento e personalidade. Isto porque o caráter é distinto do
temperamento e da personalidade, embora esteja relacionado a eles. O temperamento refere-se ao estado de
humor e às reações emocionais de uma pessoa - o modo de ser. A personalidade envolve a emoção,
vontade e inteligência de uma pessoa - aquilo que o indivíduo é.
1.
Definições.
Caráter é o conjunto das qualidades boas ou
más de um indivíduo que determina sua conduta em relação a Deus, a si mesmo e
ao próximo. O caráter de uma pessoa, portanto, não apenas define quem ela é,
mas também descreve seu estado moral e a distingue das demais de seu grupo (Pv
11.17; 12.2; 14.14; 20.27).
Caráter é um conjunto de hábitos adquiridos ou
desenvolvidos ao longo do tempo que define quem é a pessoa.
O caráter, influenciado pelo temperamento e
personalidade, é o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que
determina-lhe a conduta - como a pessoa age.
Caráter é aquilo que você é quando ninguém
está observando.
Se você tivesse a certeza absoluta de que
nunca seria pego e que ninguém ficaria sabendo, você desviaria dinheiro da
empresa onde trabalha?
Colaria no exame do vestibular?
Iria para o motel a fim de praticar um adultério?
Visitaria um site pornográfico?
Subornaria um policial rodoviário a fim de
escapar da multa?
Ficaria com o troco a mais que lhe deram no
banco?
2.
A formação do caráter.
O caráter é formado a partir do ambiente onde
vivemos, das pessoas com as quais aprendemos, das influências que sofremos e,
principalmente, das escolhas que fazemos. Ao escolher receber a Cristo como
Salvador, o homem recebe da parte de Deus um novo caráter (2 Co 5.17). O
Espírito Santo, por meio de suas ministrações (Rm 8.1-17; Gl 5.22-26),
aperfeiçoa-o gradualmente (2 Co 3.18; 1 Pe 1.2). Na continuação, o Espírito da
Verdade passa a controlá-lo por completo, de modo que suas ações passam a ser
moldadas por Ele (Rm 8.5-11). O cultivo dos vários aspectos do fruto do
Espírito Santo (Gl. 5.22,23) nos confere maior força de caráter.
3.
A importância do novo caráter.
a) Reconhece o valor de outros.
Pessoas com profundidade de caráter reconhecem
o valor dos outros nas suas conquistas, não se deixam dominar pelo excesso de
autoconfiança, nunca usam atalhos para tirar vantagens e vivem conscientes de
que Deus é a razão do seu sucesso.
b) Garante sucesso duradouro.
A duração do sucesso na vida de uma pessoa
depende da profundidade do seu caráter. Um exemplo bíblico de homem íntegro,
cujo caráter garantiu sucesso duradouro foi Daniel. Os homens que, motivados
pela inveja, tentavam matá-lo, vasculharam a sua vida para ver se encontravam
uma falha para acusá-lo (Dn 6.4b).
c) Dá resistência diante das provações.
O caráter dá resistência ao tempo de provação.
Esta verdade pode ser observada na vida de um dos homens que mais que
experimentou o sofrimento no Antigo Testamento, Jó, o qual perdeu seus filhos,
riqueza e sua própria saúde física. O
pastor Josué Gonçalves, sabiamente disse “a força de Jó para resistir às
provações pelas quais passou, estava no seu caráter (Jó 1)”. As provações de Jó
revelou o caráter de Jó. E conosco não é
diferente, é nos momentos mais difíceis da vida que revelamos quem realmente
somos!
De acordo com o comentarista de lições
bíblicas da CPAD, pastor Eliezer de Lira, o Sermão do Monte nos apresenta os
principais aspectos do caráter cristão. Nele, aprendemos não somente a ética e
a moral do Reino dos céus, mas a essência do caráter de Cristo.
1.
Humildade (Mt 5.3).
Jesus foi modesto em toda a sua maneira de
viver (Mt 11.29). Ele demonstrou sua humildade ao despojar-se de sua glória (Fp
2.6,7); na irrestrita obediência à vontade do Pai (Jo 5.30; 6.39; Fp 2.8);
quando lavou os pés dos discípulos (Jo 13.3-5); e ao relacionar-se com todas as
pessoas, independentemente de sua raça ou posição social (Mt 9.11; 11.19; Jo
3.1-5; 4.1-30). A humildade é um aspecto do caráter imprescindível a todos os
crentes (Ef 4.1,2; Cl 3.12), pois os humildes sempre alcançam o favor do Senhor
(Tg 4.6).
2.
Mansidão (Mt 5.5).
É uma virtude que se opõe à rudez. Nosso
Senhor Jesus Cristo sempre foi manso e benigno de coração (2 Co 10.1; Mt
11.29).
3.
Fome e sede de justiça (Mt 5.6).
O Senhor Jesus ordenou aos seus discípulos que
priorizassem, acima de todas as coisas, o Reino de Deus e a sua justiça (Mt
6.33). Em um mundo perverso (At 2.40), onde as pessoas estão mais preocupadas
em acumular riquezas (2 Tm 3.2) do que socorrer ao aflito e necessitado, o
verdadeiro crente deve refletir o caráter de Cristo através de uma vida de
santidade e retidão (Mt 6. 25, 31,34).
4.
Misericórdia (Mt 5.7).
É a compaixão pela necessidade alheia. Jesus
foi misericordioso com os homens em suas fraquezas e privações (Mc 5.19; Hb 2.17;
Tg 5.11; 2 Co 1.3 ver Mt 15.22; 17.15). Lembremos, pois, que a misericórdia é
um mandamento divino, e que a Bíblia condena a indiferença para com os pobres
(Lc 6.36; Mt 12.7). Sejamos misericordiosos assim como Jesus nos ensinou na
Parábola do Samaritano (Lc 10.37).
5.
Coração puro (Mt 5.8).
Nas Escrituras, o coração representa a
personalidade, o centro das emoções humanas (Sl 15.2; 16.9; 51.10; Mc 7.21-23).
Por isso, a Bíblia afirma que o Senhor perscruta os corações e conhece o
interior de cada pessoa (Sl 139.23; Pv 21.2; Ap 2.23). Quando Cristo repreendeu
os fariseus, mostrou-lhes como a pureza interior era necessária. Ele os acusou
de serem semelhantes aos “sepulcros caiados” (Mt 23.27). O Senhor, que conhece
os nossos pensamentos (Fp 4.8) e as motivações de nossas ações cotidianas (1 Co
4.5), manifestará em seu santo e justo julgamento cada uma de nossas ações (Rm
2.1-7; 1 Co 3.12-15).
6.
Pacificador (Mt 5.9).
Fomos conclamados a seguir a paz e, na medida
do possível, ter paz com todos os homens (Rm 12.18; 1 Co 7.15; Hb 12.14; 1 Pe
3.11).
LEIA TAMBÉM:
III- AS FORMAS DO CARÁTER SE MANIFESTAR
IV – O TEMPERAMENTO
V – A PERSONALIDADE
Continuação: