Ao longo dos Evangelhos,
nosso Senhor nos ensina, a partir de seu exemplo, como tratar pessoas que
tinham algum desvio moral grave. Em nenhum momento nosso Senhor chegou a
detratá-las, condenando-as sumariamente. Embora o mestre de Nazaré jamais tenha
corroborado com os pecados dessas pessoas, pois muitas vezes ele afirmava
"não peques mais", Jesus as tratavas com muita benevolência,
humanidade e bondade. Isso é ser benigno!
CONHEÇA TAMBÉM:
I. SOBRE
A BENIGNIDADE
O termo benignidade remonta
a ideia de generosidade, isto é, uma sensibilidade emocional e espiritual para
com os outros. É a ideia de discernir o limite de carga de cada pessoa,
ajudá-la a aliviá-la. Esse é o sentido de benignidade em Gaiatas 5.22.
Quantas pessoas que nos
deparamos estão com uma carga pesadíssima em suas vidas?!
Às vezes, com o histórico de
erros cometidos no passado, cuja última coisa que elas precisam é de um
tratamento desrespeitoso e sem misericórdia. Por isso devemos ser generosos em
anunciar o Evangelho ao pecador, com ternura, compaixão e muito respeito,
fazendo tudo no "espírito" do Evangelho.
III.
JESUS, UM EXEMPLO DE BENIGNIDADE
1. JESUS ERA FORTE E TERNO.
Quando ele se encontrava com
os poderosos e arrogantes, ele não pedia e nem dava trégua. Quando ele se
encontrava com os fracos e quebrantados de coração, ele se mostrava terno. Sua
reprimenda contra o pecador era suavizada com a benignidade. "Nem eu
tampouco te condeno; vai, e não peques mais" (João 8.11), foi a sua
resposta a uma mulher humilhada. O Juiz de toda a terra não era severo em
demasia. Ele não se alegrava ferozmente na condenação.
2. A BENIGNIDADE É UMA
VIRTUDE DA GRAÇA.
Envolve a disposição de
manter o próprio poder e a própria autoridade sob controle. Não esmaga o fraco.
Ela é cheia de consideração e é bondosa. Manifesta o julgamento do amor,
temperando a justiça com a misericórdia.
Jesus era uma pessoa gentil.
Quando Ele nasceu havia poucas instituições de caridade no mundo. Havia poucos
hospitais ou clínicas psiquiátricas, poucos albergues para os pobres, poucos
orfanatos e poucos abrigos para os desamparados. Comparando com a nossa, aquela
era uma época cruel. Cristo mudou isto. E a todos os lugares onde o
cristianismo chegou seus seguidores praticaram ações de benignidade e
delicadeza.
3. JESUS E OS LÍDERES
RELIGIOSOS HIPÓCRITAS.
As únicas pessoas que Ele
tratou com rudeza foram os líderes religiosos hipócritas, mas com todas as
outras Ele era maravilhosamente gentil. Muitos pecadores à beira do
arrependimento foram desiludidos por um cristianismo farisaico e friamente
rígido, preso a um código religioso legalista que não inclui a compaixão. Jesus
agia com ternura, gentileza e carinho. Mesmo crianças pequenas experimentaram
isto, e se aproximavam dEle ansiosas e sem medo.
Paulo disse a seu jovem
amigo Timóteo: "O servo do senhor não deve brigar. Mas deve ser delicado
para com todos" (2 Tim. 2:24, BLH).
Tiago disse: "A
sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura; e é também pacífica, bondosa e
amigável" (Tiago 3:17, BLH).
II. SOBRE
A PORFIA
Diferentemente da
benignidade, porfiar é discutir, disputar, polemizar, demonstrar superioridade
ao outro. Não por acaso, a porfia está fundamentada no orgulho e na inveja. É
uma obra eminentemente da nossa velha natureza. Por isso, o único antídoto para
não cair na cilada da porfia é firmar um compromisso verdadeiro de imitar a
Cristo em tudo. Ora, se olharmos para o Evangelho de nosso Senhor, constatamos
que Jesus Cristo sempre evitou a discussão, a disputa, a polémica, o que não
significava ensinar sem convicção e autoridade. Pelo contrário, o exemplo de
Jesus era tão retumbante que era impossível as pessoas não se sensibilizarem
pela sua benignidade.
Num tempo onde as pessoas
não têm muita paciência com as outras, desejam por qualquer motivo sobrepor a
opinião das outras pessoas, é importantíssimo olhar para o Evangelho de Jesus,
compreendê-lo e aplicá-lo na vida. Os filhos da Igreja precisam ser amados e
bem cuidados para glória de Deus. As pessoas que abordamos nas ruas para
falarmos do amor de Deus precisam estar em contato direto com esse fruto do
Espírito manifestado em nossa vida.
VEJA
TAMBÉM
Adaptação: Subsídios EBD
Fonte:
-
Ensinador Cristão, ano 18, n° 69