Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
A deformação do Caráter Humano
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1. A QUEDA E O CARÁTER HUMANO
Deus fez o homem
perfeito em termos espirituais, morais e físicos. Após criar todas as coisas materiais
no universo e na terra, o Criador tomou a decisão de criar um ser que fosse sua
representação na terra. Ele fez esse ser de forma bem diferente da que usara para
criar as coisas e seres nos reinos animal, vegetal e mineral. Para criar esses
reinos, ele usou tão somente o poder sobrenatural de sua mente divina, expresso
pela energia criadora de suas palavras. “Enquanto os outros seres foram criados
sob o impacto do “fiat” (faça-se) de Deus, o homem teve criação de um
modo bem diferente.
Deus, Elohim (hb),
expressão plural de El (hb), concretizou o seu projeto para criar um ser
especial, de forma especial, nos atos da criação. Assim, Ele, em conjunto com
os outros componentes de sua Unidade, que se consubstanciam na Trindade (Pai,
Filho e Espírito Santo), de modo solene e majestático, disse: “Façamos o homem
à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e
sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo
réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem
de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.26,27 – grifo do autor). O homem
e a mulher foram criados à “imagem” e “semelhança” do Criador.
A palavra hebraica
para “imagem” é tselem, e a palavra “semelhança” é d`mût, e ambas
referem-se a algo similar ou idêntico à coisa que elas representam, ou àquilo
de que são a “imagem”.
Podemos dizer que o
homem era, no seu estado original, no ato da criação, uma “imagem” ou
representação de Deus, tendo características de Deus em sua pessoa, tais como
pessoalidade, amor, justiça, santidade, retidão, perfeição moral, tudo isso à semelhança
de Deus. Mas o homem não poderia ser “igual” a Deus. Só Jesus é “o resplendor
da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa” (Hb 1.3); “o qual é imagem do
Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15).
A interpretação do
que vem a ser a “semelhança” de Deus no homem tem muitas variantes. Há quem
entenda que essa “semelhança” é apenas moral e espiritual.
Outros entendem que é
mais ampla, que inclui a essência da divindade do Criador. Na Bíblia de Estudo Pentecostal, lemos que
“Eles tinham semelhança moral com Deus, pois não tinham pecado, eram santos,
tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para fazer o que era
certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com Deus, que abrangia obediência
moral (2.16,17) e plena comunhão”.
Na Bíblia de Estudo
Pentecostal, também está escrito que “Adão e Eva possuíam semelhança natural
com Deus. Foram criados como seres pessoais, tendo espírito, mente, emoções,
autoconsciência e livre-arbítrio (2.19,20; 3.6,7; 9.6)”. Não resta dúvida de
que, ao criar o homem à sua “imagem” e conforme a sua “semelhança”, Deus
imprimiu nele marcas de sua personalidade e do seu caráter divinos.
3. A DEFORMAÇÃO DO CARÁTER HUMANO
O homem foi criado
perfeito em toda a sua constituição tricotômica, formada de “espírito, e alma e
corpo” (1 Ts 5.23).
O livro de
Eclesiastes diz: “Vede, isto tão somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas
ele buscou muitas invenções” (Ec 7.29). Nesse texto, o termo “invenções” não se
refere às descobertas científicas ou tecnológicas, que são frutos da
inteligência humana. Refere-se, sim, às mudanças e inovações de caráter moral
negativo ou pecaminoso, contrariando a vontade de Deus.
Langston diz:
“O homem foi criado bom. Todas as suas
tendências eram boas. Todos os sentimentos do seu coração inclinavam-se para
Deus, e nisso consistia a sua semelhança moral com o Criador. As Escrituras ensinam
mui claramente que o homem foi criado natural e moralmente semelhante a Deus, e
ensinam também que ele perdeu essa semelhança moral quando caiu pelo pecado”.
Esse é um ponto
importante: o homem, quando deu lugar ao Diabo e desobedeceu a Deus, pecou e,
por causa disso, perdeu aquela semelhança moral com o criador. Ficaram, na
verdade, os traços daquela semelhança, distorcida, prejudicada, no ser humano.
Esses
traços são o senso de
justiça, de ética e da busca por um ser supremo no âmago de sua consciência. O
seu caráter, impresso por Deus em sua mente, em seu interior, foi deformado
pelos efeitos espirituais e morais da Queda. As consequências do pecado no
caráter humano foram trágicas e, ao longo dos séculos, só tem evoluído para
pior.
b)
No relacionamento com Deus.
Desde o Éden, o homem
tem se afastado progressivamente de Deus em direção à condenação eterna. Na
semelhança com Deus, o homem tinha a glória de Deus em seu ser como obra-prima
da Criação. Mas o pecado desfigurou-o, cortando a ligação direta com seu Deus
(Rm 5.12), ninguém nasce isento da marca da tragédia espiritual. Mesmo a
criança inocente já tem a influência e os efeitos do pecado original sobre seu
ser (Sl 51.5).
As repercussões e o
alcance desse fato de natureza espiritual têm
sido sentidas ao
longo da História: Como um fantoche manipulado pelo Diabo, o homem ímpio
pratica violência, injustiças, mortes, guerras, fomes, idolatria, feitiçaria; e
Deus permite (ou provoca) pestes, tragédias naturais, doenças, e outros males
sem conta.
Depois do Dilúvio,
Deus disse: “[...] Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem,
porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice [...]” (Gn
8.21 – grifo nosso). Pior que todas as tragédias humanas e naturais foi o afastamento
do homem do seu Criador, voltando-se para deuses, criados por sua mente
corrompida ou criados pelo Diabo, em seu plano de destruição da raça humana.
Esse gravíssimo
pecado de idolatria foi objeto da Lei de Deus para reconduzir o homem à adoração
verdadeira (Êx 20.3,23; 34.15 e ref.); toda religião que não tem Deus como o
Criador e Jesus Cristo, seu Filho, como Salvador, é instrumento do Diabo para
afastar o homem de Deus.
b) No relacionamento humano.
No momento da Queda, quando
Deus quis falar com Adão e perguntou onde ele estava, este respondeu que estava
com medo da voz de Deus; quando o Senhor perguntou se o homem havia comido da
árvore proibida, ele não assumiu a culpa, mas procurou justificar seu erro acusando
a esposa. Quando Deus questionou Eva por que ela fizera aquilo, ela transferiu
a culpa para a serpente (Gn 3.9-13).
Foi um impacto
terrível na mente do ser humano. Ali, aflorou a deformação de seu caráter originalmente
puro e santo. Com a Queda, o pecado continuou a expandir-se no meio das
gerações dos descendentes de Adão.
2) No relacionamento humano.
No momento da Queda, quando
Deus quis falar com Adão e perguntou onde ele estava, este respondeu que estava
com medo da voz de Deus; quando o Senhor perguntou se o homem havia comido da
árvore proibida, ele não assumiu a culpa, mas procurou justificar seu erro acusando
a esposa.
Quando Deus
questionou Eva por que ela fizera aquilo, ela transferiu a culpa para a
serpente (Gn 3.9-13).
Foi um impacto
terrível na mente do ser humano. Ali, aflorou a deformação de seu caráter originalmente
puro e santo. Com a Queda, o pecado continuou a expandir-se no meio das
gerações dos descendentes de Adão.
c) A depravação moral da sociedade.
Os episódios
envolvendo os habitantes das cidades de Sodoma, Gomorra e adjacências revelam o
quanto a corrupção espiritual e moral entranhou-se na natureza do homem caído.
Além da idolatria que afrontava a Deus, o homem, tentado pelo Diabo, resolveu
acirrar sua rebelião em total desrespeito ao plano do Criador para o
relacionamento sexual.
A
depravação do caráter humano alcançou a baixeza em níveis absurdos. Deus fez o
homem na sua conformação heterossexual: “Macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Os
habitantes daquelas cidades perverteram o uso natural do corpo e passaram a ter
relações homossexuais, homem com homem, mulher com mulher, contrariando o plano
de Deus.
Até os anjos enviados
para retirar o patriarca Ló daquele lugar a ser destruído foram alvo da
depravação deles, que tentaram atacar os mensageiros celestiais e ter relações
abomináveis, imaginando que eram apenas estrangeiros atraentes aos seus olhos
carregados de concupiscência carnal (Lv 18.22; 20,13).
Eles, no entanto,
foram punidos severamente com cegueira, e as cidades deles foram destruídas por
uma catástrofe enviada por Deus. Dali para os dias presentes, a depravação
moral acentua-se cada vez mais, como prova da rebelião do homem perdido contra
seu Criador. Além da
homossexualidade, o homem perdido tem adotado práticas perversas e criminosas
contra seu semelhante. A pedofilia, a bestialidade, o adultério, a fornicação,
o travestismo, a transexualidade e outras abominações são exemplos evidentes da
corrupção do caráter humano.
O apóstolo Paulo
resumiu a depravação que havia em seu tempo e que se agravaria no futuro. Sua
mensagem soa grandemente atualizada, face à depravação que domina o caráter do
homem nos dias atuais (Rm 1.18-32).
d) No relacionamento com a natureza.
O planeta Terra foi preparado
para ser o ambiente ideal para o desenvolvimento da vida do homem e dos animais,
como seres vivos, necessitados de condições ecológicas e ambientais apropriadas
para sua existência sadia e segura.
A Terra foi dada por
Deus “aos filhos dos homens” (Sl 115.16). “E tomou o Senhor Deus o homem e o
pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15). Além de cuidar do planeta,
o homem teria o domínio da Terra, com autoridade delegada pelo Criador sobre
todos os reinos naturais (Gn 1.28). Todavia, usando mal o seu livre-arbítrio, o
homem fracassou em cuidar de si mesmo e do planeta.
Por causa da Queda,
“O planeta Terra, que seria um ‘paraíso global’ para o habitat do homem, sofreu
a maldição de Deus. A ecologia foi mudada. As condições ambientais foram
transformadas. Antes, a terra só produzia para benefício do homem. Depois, passou
a germinar cardos e espinhos. Isso, sem dúvida, refere-se
a tudo o que, na
natureza, prejudica o homem.
Este se serve da terra,
mas com dor, com sofrimento. Mesmo que use a inteligência e consiga utilizar os
instrumentos materiais para o cultivo da terra, isso tem um custo muito alto. E
os frutos da produção não são acessíveis a todos”. O mau uso dos recursos
naturais tem provocado verdadeiras catástrofes na natureza. Tufões, furacões, tornados;
enchentes de um lado e secas de outro; poluição do ar, das águas e do solo;
todos esses são exemplos do fracasso do homem em cuidar de seu habitat
concedido por Deus.
Seu caráter deturpado
visa mais as riquezas pessoais e materiais do que uma qualidade melhor de vida.
No Apocalipse, há uma mensagem de profundo sentido ecológico, na restauração do
planeta, na volta de Jesus (Ap 11.18).