TEXTO BÍBLICO
João 3.3-8
DESTAQUE
“Jesus respondeu: — Eu afirmo ao senhor que isto é
verdade: ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo" (Jo 3.3).
LEITURA DEVOCIONAL
SEG.............................................................Ap
13.8
TER.............................................................Mt
20.28;Mc 10.45
QUA............................................................Os
6.6
QUI.............................................................Hb
9.11,12
SEX.............................................................Rm
8.1;2Co 5.17 SÁB.............................................................Jo
3.3
DOM...........................................................Rm
8.34-37
Objetivos
Explicar o
termo Expiação;
Apontar
a morte de Jesus como substitutiva para a humanidade;
Afirmar
que o novo nascimento é produto da operação da salvação de Deus para o Homem.
Material Didático
Leitura
de texto, discussão do-texto, sugestões de propostas.
Quebrando a Rotina
Professor,
sugerimos uma atividade que precisará um pouco mais de tempo que as outras. Por
isso, procure separar entre 10 a 15 minutos da aula para fazê-la. A nossa
sugestão é que você reproduza o trecho
do segundo AUXÍLIO TEOLÓGICO, O texto trata do Reino de Deus como o ponto
central da mensagem d Jesus. Leia e debata o texto com a classe.
Na
lição anterior, vimos que o Pecado atingiu todo o s.er humano e a criação.
Agora, uma vez que somos nascidos de novo, somos convocados por Jesus a
proclamar o Reino de Deus para o homem caído e a criação caída. Enquanto o
Reino de Deus não se revelar plenamente, como discípulos de Jesus, devemos
expressar a mensagem do Reino para cada ser humano. Com base nisto, estimule a
turma a pensar ações de evangelização e de projeto social na vizinhança,
apresentando o Reino de Deus para as pessoas.
A humanidade
inteira está encerrada debaixo do Pecado: "Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23). Esta é a situação do ser
humano sem Deus! É a situação da humanidade mergulhada no Pecado desde os
tempos passados, e que precisa desesperadamente de um Salvador, de um Redentor,
de um Justificador e Senhor. Este Senhor já veio, um projeto delineado por Deus
antes mesmo do advento do Pecado: "[O] Cordeiro que foi morto desde a
fundação do mundo" (Ap 13.8).
Em
sua soberania e onisciência, o Senhor nosso Deus, segundo o conselho da sua
sabedoria, proveu o escape para todo o género humano, isto é, o ser humano que
crê na suficiência do sacrifício de Cristo. Se há uma doutrina que, sem
constrangimento, demonstra o amor de Deus pelo ser humano é a doutrina da
Salvação. Ninguém tem como manipular o ato de salvação.
Primeiro,
porque é pela graça de Deus, e não pelos méritos humanos. Segundo, porque não
há como o ser humano "adivinhar" quem vai, ou não, para a perdição
eterna. Deus não revelou esse segredo para ninguém. A Bíblia diz que o desejo
de Deus é que todo ser humano se salve (1Tm 2.4). Por isso, nós temos o
compromisso de pregar o Evangelho a todo o ser humano. Tenha uma boa aula!
Jesus
é o "Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo" (Ap 13.8).
Este versículo mostra que Deus não foi pego de surpresa quando o pecado
adentrou ao mundo. Lembra daquela qualidade divina que estudamos na lição 2, a
Onisciência? Isto é, Deus conhece todas as coisas antes de acontecerem.
Diferentemente de nós, Ele conhece o passado, o presente e o futuro. Antes de o
Pecado entrar no mundo, e antes mesmo de o mundo ser criado, o Pai havia
planejado entregara seu Filho em lugar da humanidade. Ele conheceu todas as
coisas. Tanto a consequência da liberdade do homem quanto à motivação das suas
escolhas. Não é assim?
Quantas
vezes os nossos pais nos pediram para não fazer determinada coisa, mas
desobedientemente não ouvíamos. Em seguida, levávamos o prejuízo. O prejuízo do
pecado foi caro. Era preciso o Cordeiro de Deus morrer em nosso lugar. Sim, uma
pessoa pura, inocente e amorosa morreu no lugar do pecador.
A expiação, expia o
quê
Para
compreendermos o valor da morte de Jesus de Nazaré, sua conexão com a nossa
realidade de pecado e a salvação da vida através da Cruz do Calvário,
precisamos saber o conceito de Expiação.
Segundo
o Dicionário Bíblico Wycliffe, "a ideia básica da expiação está ligada à
reparação de um mal, à satisfação das exigências da justiça por meio do
pagamento de uma penalidade" (p.752). Logo, a Expiação é o sacrifício cuja
finalidade é a de reparar os pecados da pessoa, ora cometidos. A ideia de
sacrifício é universal. Lendo um livro de história você verá que muitas
religiões têm a figura do sacrifício como um elemento de punição. Alguém mata
um animal ou um ser humano para oferecê-lo a um deus a fim de receber aprovação
divina. Mas uma pergunta pode ser feita: Qual a diferença do sacrifício da Bíblia
para o sacrifício dos povos de outras religiões?
Em
primeiro lugar é que na Bíblia não há sacrifício humano. Deus proíbe
terminantemente alguém de fazer sacrifício oferecendo o ser humano como oferta
(Gn 18.21; 20.2; Dt 18.10).
Outra
diferença está na individualidade do pecado. Enquanto que em outras religiões a
responsabilidade do pecado não é individualizada, na Bíblia, para não se punir
um povo inteiro, o Deus amoroso responsabiliza a pessoa que comete o crime,
devendo ela comparecer pessoalmente à Casa de Deus para oferecer os sacrifícios
(Ez 18.20).
Então
surge um sistema de sacrifício no Antigo Testamento que durou até o ano 70 d.C
- descrito nos Evangelhos. Para remissão do pecado da humanidade foi preciso
Deus Pai entregar o seu único Filho, Jesus Cristo, para morrer na Cruz do
Calvário em nosso lugar. O Nazareno entregou voluntariamente a sua própria vida
por amor ao mundo (Mt 20.28; Mc 10.45).
AUXÍLIO TEOLÓGICO
Prezado
professor, uma informação importante para você se aprofundar no tema da Expiação
é conhecer o significado de "salvação", ao longo das Escrituras. Por
exemplo, no Antigo Testamento, a palavra "salvação" aparece
frequentemente com o significado de "livramento" e de
"libertação". No contexto da nação de Israel, o termo se aplica à
"salvação" física, pessoal e nacional (Êx 3.8; 2 Cr 32.17; SI 22.21).
Ainda, no Antigo Testamento, "salvação" também tem uma conotação
espiritual. Um exemplo dessa característica é o clamor do salmista Davi quando
ele apela para Deus salvá-lo de todas as suas transgressões (SI 39.8; 51.14).
Em
o Novo Testamento, a palavra "salvação" aplica-se, em primeiro lugar,
ao nome de Jesus: "[...] E lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o
seu povo dos seus pecados" (Mt 1.21). O nome de Jesus se refere à
"salvação mediante o Senhor". O termo "salvação", em o Novo
Testamento, também poderia se referir a "salvar a pessoa da morte; da
enfermidade física; da possessão demoníaca; ou da morte inevitável" (Mt
8.25; 9.22; Lc 8.36; 8.50). Mas, significa, principalmente, a salvação
espiritual que Deus providenciou por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor (1Co
1.21; 1Tm 1.15; Ef 2.8).
A
partir de então não fica difícil compreendermos que a expiação, segundo o
sacrifício de Jesus, supriu para sempre a dívida que tínhamos para com Deus
mediante ao pecado dos nossos primeiros pais, Adão e Eva. Quando estudamos a
doutrina da Expiação, compreendemos o tão grande amor de Deus pelos seres
humanos. Em Cristo Jesus, Deus estava reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co
5.19).
A morte substitutiva
de Jesus
No
Antigo Testamento, os sacerdotes apresentavam uma série de sacrifícios para
salvar o povo e a si mesmos. Eles sacrificavam touros, bodes e ovelhas. Certa
vez o rei Salomão fez um incrível culto de sacrifícios de animais para pedir
perdão a Deus e com sagrar um Templo (1Reis 8.62-63). Imagine um estádio de
futebol cheio de touros e de ovelhas sendo sacrificados por intensos quatorze
dias! Certamente não seria um espetáculo bonito de se ver. Mas quando lemos 1Reis
8 percebemos a sinceridade do rei e dos sacerdotes e a expectativa do povo em
adorarão Deus único. Por isso, Deus
responde positivamente ao rei. O Senhor falou com Salomão e o seu povo.
Entretanto,
nem sempre foi assim. Não demorou muito e o culto a Deus se transformou em uma
reunião mecânica e numa forma de ludibriar pessoas inocentes. Olha o que o
profeta Oseias profetizou: "Eu quero que vocês me amem e não que me
ofereçam sacrifícios; em vez de me trazer ofertas queimadas, eu prefiro que o
meu povo me obedeça" (Os 6.6).
Aqui, o problema não
era o sacrifício. De
maneira nenhuma. O problema era apresentar sacrifícios a Deus sem amá-lo.
Participar do culto a Deus sem reverenciá-lo. Sem desejar intimidade com Ele. O
Pai contempla o coração de cada ser humano. Sabe bem o que de fato passa pela
nossa mente e qual é a nossa intenção.
Então,
Deus enviou o seu Filho para morrer por nós de uma vez por todas (Jo 3.16) afim
de que nunca mais homens e mulheres precisem de qualquer sacrifício para tirar
o próprio pecado (Hb 9.11-22).
Jesus
morreu em nosso lugar, sua morte é poderosa e suficiente para nos redimir de
todo o pecado. Para nos perdoar de qualquer circunstância que outrora nos
envergonhava. E horrível sentir vergonha por uma coisa que fizemos e que
sabíamos que não era para ser feito. Olha, se você está assim, e se esta
palavra tem alcançado o seu coração, saiba de uma coisa: "Agora já não
existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus"
(Rm 8.1) e "Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que
era velho, e já chegou o que é novo" (2 Co 5.17).
Eu nasci de novo
O
texto de referência para nossa lição conta a história de um mestre judeu,
fariseu e de nome Nicodemos que dialogou com Jesus num certo lugar da Galileia.
Ele reconheceu que o nazareno era mestre e que Deus era com ele. Mas o nosso
Senhor não se deixou levar pelo elogio, logo depois lhe respondeu: "Eu
afirmo ao senhor que isto é verdade: ninguém pode ver o Reino de Deus se não
nascer de novo" (Jo 3.3).
Nicodemos
não entendeu o que Jesus estava falando porque ele estava com a sua mente
ligada na Lei, no mundo das concepções terrenas. Para nascer de novo o Homem
deve crer que Deus enviou Jesus Cristo a fim de que não perecêssemos:
"Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo
aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). O
resultado dessa entrega de Deus Pai é a vi da eterna a todos quantos crerem no
presente de Deus.
Nós
passamos a ser nova criatura, ou nascidos de novo, quando cremos de todo o
coração e com toda a nossa força e pensamento que Jesus é o "Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo". E através do sacrifício de Jesus na Cruz
do Calvário obtemos o perdão das nossas transgressões. Mediante a obra na Cruz,
a nossa dívida foi para sempre quitada, cancelada e anulada. Ninguém pode
apresentar quaisquer acusações contra nós porque Deus nos justificou em Cristo
Jesus (Rm 8.34).
Então
o que eu preciso fazer para nascer de novo? Arrepender-se e crer no Evangelho!
Arrepender-se de quem tu és. Do que faz. Do que pensa. Do que fala contra os
outros. Da raiva que sente. Da mentira. Do engano.
Do
fingimento. Do amor fingido. Arrepender-se de todo coração! £ crer que tudo o
que o Evangelho disse que Deus fez por nós por meio de Cristo Jesus é a mais
absoluta verdade. Crer de todo o coração que nós merecíamos ser condenados por
Deus, mas pelo seu amor Ele enviou a Jesus para nos salvar. Na verdade somos
pecadores que precisam de um Salvador: Jesus Cristo.
Quando
nascemos de novo não significa que nunca mais pecaremos, pois somos falíveis e
de carne e osso. Mas temos o Espírito Santo que conscientiza-nos dos nossos
pecados e a Jesus Cristo, o Filho de Deus, que está à destra do Pai, como o
nosso Advogado Fiel intercedendo por nós (1Jo 2.1,2,12).
AUXÍLIO TEOLÓGICO
Após
nascermos de novo, temos uma mensagem a proclamar ao mundo. Mas para
proclamá-la ao mundo é preciso saber o ponto central da proclamação do nosso
Senhor e Cristo Jesus. O missiólogo, George W. Peters nos esclarece a respeito
do Reino de Deus, o ponto central da proclamação de Jesus:
Marcos
resume a proclamação de Jesus Cristo nestas palavras: 'Veio Jesus para a
Galileia, pregando o evangelho do reino de Deus, e dizendo: O tempo está
cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho'
(Mc 1.14-15).
Mesmo
uma pesquisa superficial dos Evangelhos irá convencer logo o leitor de que o
conceito do Reino de Deus estava mais proeminente no ensinamento de Jesus e
formava o ponto central de sua proclamação. Ele começou a sua pregação (Mc
1.14,15) e terminou com um discurso sobre esse tema (At 1.3). No meio disso,
várias referências apontam para esse ponto. Declarações diretas e
interpretações parabólicas sobre o assunto caracterizavam sua pregação. Cristo
foi, realmente, um Pregador do Reino de Deus (compare suas mais de sessenta
referências a isso nos relatos dos Evangelhos)" (Teologia Bíblica de
Missões, CPAD, 2013, pp.49-50).
ATIVIDADE 1
Eu
quero que vocês me amem não que ofereçam sacrifícios; vez de me trazer ofertas
queimadas, eu prefiro que o meu povo me obedeça.
Qual profeta disse estas palavras?
(a)
lsaías (b) Josué (c) Jeremias (d) Oseias (e)
Jesus
ATIVIDADE 2
Marque com C a informação correta e com E a errada.
(
E ) Nicodemos era um dos sacerdotes do
Templo.
(C)
Para nascer de novo a pessoa deve crer que Deus enviou o seu Filho para não nos
deixar perecer.
(C)
O que eu e você precisamos fazer para nascer de novo? Arrepender-se e crer no
Evangelho!
(E)Quando
nascemos de novo significa que nunca mais seremos pecadores.
(E)
O Espírito Santo conscientiza-nos do pecado.
Recapitulando
Nesta
aula aprendemos o conceito de Expiação. Vimos que ela significa uma reparação
ao mal praticado por alguém. Aprendemos que Jesus fez o sacrifício expiatório
por toda a humanidade e que a sua morte na Cruz do Calvário foi e é suficiente
para nos justificar de todo pecado e de quaisquer acusações. Em Cristo, estamos
livres! Somos novas criaturas. Peia fé, mediante a graça de Deus, nascemos de
novo para o Senhor. Compreendemos que para nascermos de novo temos de passar
pela experiência do arrependimento e de crer no Evangelho.
Cremos,
portanto, que a Salvação é um bem gracioso de Deus Pai, por meio do seu Filho
Jesus Cristo. Esse bem é de graça. Está aberto a tantos quantos se arrependerem
dos pecados e crerem no Evangelho.
REFLETINDO
1.
Após estudar o assunto "expiação", revele a nós o que apreendeu sobre
o tema.
Peça aos alunos, na medida do possível, para responder com as
próprias palavras o que eles entenderam por expiação. Oriente-os nesta
atividade.
2.
Deus é pego de surpresa nos acontecimentos do mundo? Naturalmente
que não. A ideia é que você faça os alunos refletirem na condição da
humanidade.
3.
"Ao nascermos de novo, e enquanto estivermos neste mundo, não seremos mais
pecadores necessitados do perdão de Deus". Explique esta afirmação.
Ainda nascidos de novo, não temos um corpo glorificado e, portanto,
estamos sujeitos ao pecado, pois habitamos num corpo não redimido. Mas um dia
seremos como o Senhor Jesus é.
Revista de Adolescentes - Professor