Este é um
subsídio para a presente lição da classe de Adultos. Para a continuação da
leitura de todo este subsídio, acesse aqui.
Estudaremos sobre a alegria como fruto do Espírito Santo e veremos os
motivos para o crente ser alegre. Depois abordaremos a cerca da inveja como
obra da carne e conheceremos algumas personagens bíblicas que foram vítimas de pessoas
invejosas.
I. A ALEGRIA COMO UM DOS NOVE
ASPECTOS DO FRUTO DO ESPÍRITO
1. DEFININDO ALEGRIA.
A palavra “alegria (ou gozo)”,
no original grego, vem de chará e ocorre por cerca de 33 vezes
na versão ACF. A alegria como um aspecto do fruto do Espírito é uma
qualidade de prazer, satisfação. O termo “gozo (Gl 5.22) é uma alegria que
ultrapassa a compreensão humana, pois ela não depende das circunstâncias (Tg 1.2;
1Ts1. 6; Sl 126.5). Ele procede de Deus para o coração do crente (Ne 8.10; Sl
51.12; Jo 15.11).
A alegria no Novo Testamento não é meramente uma emoção, mas uma
característica do cristão. É um fruto produzido pela obra interior do Espírito
Santo (G1 5.22), sendo dinâmico em vez de estático. Não é afetado pelas
circunstâncias, por mais que sejam adversas e dolorosas; aliás, a alegria pode
ser o resultado do sofrer por causa de Cristo (Cl 1.24).
“Agora me alegro nos meus
sofrimentos por vós e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo,
em benefício do seu Corpo, que é a Igreja (Colossenses 1.24 - KJA)”.
Jesus foi caracterizado pela alegria na tarefa e objetivo postos
perante ele (Hb 12.2). O Pai é descrito como regozijando-se pela salvação de um
pecador perdido em três parábolas: da ovelha perdida, da moeda perdida e do
filho perdido (Lc 15.3-34).
Paulo também encontrou alegria no desenvolvimento espiritual e na
firmeza dos conservos (Fp 4.1).
“Portanto, meus irmãos, a quem
amo e de quem tenho saudades, minha alegria e coroa, permanecei assim firmes no
Senhor, amados (Filipenses 4.1 – KJA)”.
2. O SOFRIMENTO E ALEGRIA.
"Da mesma forma que toda a água do mundo não pode apagar o fogo
do Espírito, todos os problemas e tragédias do mundo não podem vencer a alegria
que o Espírito traz ao coração humano (Charles Allen)."
a) A Relação entre o sofrimento e a alegria.
Há forte vínculo entre esses dois estados. Segundo as Bem-Aventurancas
de Jesus, haverá o dia em que Deus recompensará os que, por amá-lo, suportaram
as injustiças do mundo (Mt 5.3 -11). Muitas passagens bíblicas associam sofrimento
à alegria (1Ts 1.6; Hb 10.34; Tg 1.2; 5.11; 1Pe 4.13).
b) O sofrimento e a alegria
nos primórdios da Igreja.
Em virtude da obediência à ordenança do Mestre para proclamar o
evangelho, os cristãos primitivos enfrentaram muitas perseguições. Entretanto,
esta situação não lhes tirava a alegria!
Em Atos 13, vemos que os discípulos estavam sendo perseguidos e
forçados a deixar a cidade na qual estavam pregando as Boas Novas. Não
obstante, no versículo 52, lemos: "E os discípulos estavam cheios de
alegria e do Espírito Santo". Esse comportamento pode ser observado em
várias passagens de Atos (5.41; 16.25).
c) A alegria de Jesus no sofrimento.
Em Mateus 26.30, Jesus sabia que estava defronte da sombra do
Getsêmani e do Calvário, os quais denotavam sofrimento, vergonha e morte.
Contudo, cantou com os discípulos depois de celebrar a última Páscoa. Como ele
podia se alegrar nesta situação? Porque estava cheio do Espírito Santo. Sempre
que me sinto desanimado, lembro-me de Jesus, o qual suportou os momentos
difíceis sem perder de vista suas perspectivas (Hb 12.2,3).
II. MOTIVOS
PARA A ALEGRIA DO CRENTE
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1. SOMOS TEMPLOS DO ESPÍRITO SANTO.
O Espírito Santo que habita no crente é o mesmo que produz a
verdadeira alegria no interior do servo de Cristo (1 Co 3.16; 6.19; Gl 5.22).
A alegria cristã, entretanto, não é uma emoção artificial. Antes, é
uma ação do Espírito de Deus no espírito humano, para que este venha a conhecer
que o Senhor Deus está em seu trono, e que tudo está sob seu controle neste
mundo, até onde a sua experiência pessoal está envolvida.
Essa alegria é a inspiradora da esperança e da coragem. É a confiança
em Deus e a satisfação de estarmos vivos em Cristo. (Ver o tema “a alegria do
Espírito Santo” nas notas expositivas sobre ITes. 1:6; Rom. 5:2; 14:17; 15:13;
Fil. 1:25; 4:4; I Ped. 1:9; I João 1:14). Ê essa alegria do Espírito, no
coração e na expressão nossa para com nossos semelhantes, que está aqui em
foco.
2. JESUS É TODO-PODEROSO E ESTÁ CONOSCO.
E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no
céu e na terra. “[...] e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. Amém (Mateus 28.18,20)”.
Deus não enviou seu Filho para encher-nos de tristeza, e, sim, a fim
de alegrar os nossos corações. Por essa razão, os profetas, os apóstolos e o
próprio Cristo exortam, sim, ordenam-nos que nos regozijemos e sejamos
alegres... Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis
aí te vem, o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento num
jumentinho, cria de jumenta (Zc 9.9). Paulo disse: ‘Regozijai-vos sempre no
Senhor’. Cristo disse: “Regozijai-vos antes porque vossos nomes estão escritos
nos céus (Lc 10.20)”.
3. NOSSO NOME ESTÁ REGISTRADO NO CÉU.
“Mas, não vos alegreis porque se
vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes
escritos nos céus (Lucas 10.20)”.
A alegria é parte integrante da nossa salvação em Cristo. É paz e
prazer interiores em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e na bênção que flui de
nosso relacionamento com Eles (2 Co 13.14).
Os ensinos bíblicos a
respeito da alegria incluem:
a) A alegria está associada à salvação que Deus concede em Cristo (1
Pe 1.3-6; Sl 5.11; 9.2; Is 35.10) e com a Palavra de Deus (Jr 15.16; Sl
119.14).
b) A alegria flui de Deus como um dos aspectos do fruto do Espírito
(Sl 16.11; Rm 15.13; Gl 5.22). Logo, ela não nos vem automaticamente. Nós a
experimentamos somente à medida que permanecemos em Cristo (Jo 15.1-11).
Nossa alegria se torna maior quando o Espírito Santo nos transmite um
profundo senso da presença e do contato com Deus em nossa vida (Jo 14.15-21;).
Jesus ensinou que a plenitude da alegria está intimamente ligada à nossa
permanência na sua Palavra, à obediência aos seus mandamentos (Jo 15.7,10, 11)
e à separação do mundo (Jo 17.13-17).
d) A alegria, como deleite na presença de Deus e nas bênçãos da
redenção, não pode ser destruída pela dor, pelo sofrimento, pela fraqueza nem
por circunstâncias difíceis (Mt 5.12; At 16.23-25; 2 Co 12.9).
III. A INVEJA, UMA OBRA DA
CARNE
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A inveja originou-se da fracassada tentativa
de Satanás de usurpar os atributos divinos (Is 14.12-20), Eva absorveu esse
pernicioso pecado ao ceder às insinuações de Satanás (Gn 3.4-7).
A inveja foi causadora do primeiro assassinato
(Gn 4.5). Seu aspecto mais hediondo aparece em Raquel (Gn 30.1), nos irmãos de
José (Gn 37,11, At 7.9), em Saul (1 Sm 18.7 - 11), e em Israel (Sl 106.16). A
inveja até instigou os líderes judeus a entregarem Jesus a Pilatos (Mt 27.18;
Mc 15.10).
1. DEFININDO DA PALAVRA INVEJA.
A palavra portuguesa inveja
vem do latim invidere, que significa
‘em’ (contra) e ‘olhar para’ ou seja, olhar para alguém com maus olhos, de modo
contrário, com base no ódio sentido contra esse alguém. A inveja sempre envolve
certo ressentimento.
No hebraico, qinah, “zelo”,
“ciúmes”, “inveja”. Essa palavra é empregada por quarenta e duas vezes, como,
por exemplo, em Jó 5.2; Pv 14.30, 27.4, Ec 4.4; 9.6; Is 11.13; 26:11; Ez 3.11.
Também é usado o adjetivo “invejoso”, no hebraico, qana, conforme se vê em Sl 37.1; 73.3; Pv 24.1,19.
No grego, phthónos, “inveja”, “ciúmes”. Esse vocábulo ocorre por nove
vezes: Mt 27.18; Mc 15.10; Rm 1.29; Gl 5.21; Fl 1.15; 1Tm. 6.4; Tito 3.3; Tg.
4.5; 1Pe. 2.1.
A palavra grega phthónos (Gl 5.21), traduzida por
“invejas”, vai além dos ciúmes. E o espírito que deseja não somente as coisas
que pertencem aos outros, mas se entristece pelo fato de outras pessoas
possuírem essas coisas. Os invejosos não apenas desejam o que pertence aos
outros, mas anseiam que os outros sofram por perder essas coisas. Trata-se das
pessoas que se alegram com a tristeza dos outros. Não é tanto o desejo de ter
as coisas, mas o desejo de que os outros as percam. E entristecer-se por algum
bem alheio.
Muitas vítimas da inveja já descobriram que a melhor maneira de evitar
o invejoso é fugir dele. Uma pessoa bem-sucedida não pode abandonar o seu
sucesso, somente para satisfazer o invejoso, tornando-se um fracassado como
ele.
IV. GRANDES PERSONAGENS
BÍBLICAS VÍTMAS DOS INVEJOSOS
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Conclusão.
O servo de Deus que desfruta de fato, do fruto do Espírito Santo, não
dar espaço em sua vida para a inveja. A inveja é uma das muitas obras da carne,
e também é uma forte caraterística do crente carnal (1Co 3.3). Desfrutemos,
pois, do gozo do Espírito, se é que temos o Espírito de Deus em nossa vida.