Nada mais falso e
contraditório da razão e da história. Tais pinturas, como arte, podem ter
grande beleza e interesse, mas como história, falta-lhes toda a fidelidade aos
Evangelhos, e não passam de crassa ignorância, mentira e superstição. Essa arte
sacramentalista tem cinco defeitos:
1)
Não é verossímil a cena.
Alguém já viu 13 homens
sentados de um só lado da mesa, e três lados sem hóspede algum? Esquisito!
2)
Não é fiel aos costumes antigos.
Nos dias de Jesus,
reclinavam-se os convivas à mesa, em sofás, meio-sentados, meio-deitados,
reclinados sobre um cotovelo.
João, assim reclinado,
deitava a cabeça sobre o peito de Jesus e lhe fez uma pergunta intima, João 21.20.
O
que vemos na arte clerical são mesas de um convento e cadeiras. E’
anacronismo ridículo. Errou o tempo representado, por 15 séculos.
3)
O Cristo dessas telas é retratado com cabelos crescidos.
O Cristo dessas telas é um
vulto convencional, alheio às Escrituras, cujos autores eram os contemporâneos
dele.
Por exemplo, Paulo escreveu:
“Não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o varão ter cabelo
crescido?’
O apóstolo teria cortado a
mão antes de escrever tais palavras, se fossem derrogatórias do seu Salvador. É
psicologicamente impossível ter pensado Paulo assim, se Jesus seguia o uso que
o apóstolo condenou perante os coríntios, e o Espírito Santo não teria guiado a
Jesus para seguir o costume que é “desonra” na revelação que havia de inspirar
o apóstolo a escrever. Não vem ao caso dizer que Jesus era nazireu. Não o foi.
O nazireu não bebia vinho — mas Jesus o bebia (neste caso o fruto da vide, e
não o vinho alcoólico), mesmo nessa noite da ceia.
Na ignorância abismai do
clero, não sabiam a diferença entre “nazireu” (judeu com voto de não cortar o
cabelo ou beber vinho) e nazareno (cidadão de Nazaré).
O Cristo real foi o mais
varonil dos homens, sempre seguido pelos homens. É um insulto à sua pessoa
pintá-lo de maneira desonrosa, segundo o testemunho da Palavra de Deus, pois há
duas coisas que o mundo detesta — mulher masculinizada e homem efeminado.
Jesus não foi efeminado, mas
sim “o forte Filho de Deus, eterno amor”, como o chamou o poeta crente, Sidney
Lanier.
Conclusão
Tais pinturas
fazem mais para enganar o povo e falsificar a história dos Evangelhos do que
bibliotecas inteiras de livros clericais. O povo não lê os livros, mas olha
para as imagens e as pinturas e o Cristo que veem é falso, efeminado, irreal.
Qual o adorado, tal é o adorador.
Reverberação: †Subsídios EBD
Autor: William-Carey-Taylor