A palavra "torah"
aparece 215 vezes no Antigo Testamento, sendo usada 172 vezes para indicar a
Lei de Deus, também chamada de Lei de Moisés. Na realidade, trata-se da Lei de
Deus transmitida ao povo de Israel através de Moisés, no Monte Sinai. Num sentido amplo, refere-se a todo o
conjunto de normas estabelecidas por Deus para regular a vida espiritual, moral
e social do povo eleito.
Quando Deus, no sexto
dia da criação, formou o homem, Adão, concluiu que não era bom que o mesmo
estivesse só e resolveu criar um outro ser, de sexo diferente, para estar ao
seu lado, na extraordinária experiência da vida na Terra (Gn 2.18). Então, ele
apresentou Eva ao seu esposo, no primeiro casamento da Terra.
I.
O PLANO DE DEUS PARA O CASAMENTO
O plano de Deus para
o casamento está claro: um homem para uma mulher, um esposo para uma esposa e
vice-versa. Se Deus quisesse que o homem fosse polígamo, teria feito duas ou
mais Evas para ele. Se fosse para a mulher ter vários maridos (poliandria),
teria feito mais de um Adão para ela. Nesses termos, Deus disse:
"Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua
mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24 - grifo meu). Está meridianamente
claro o plano de Deus: "sua mulher", e não "suas mulheres".
SAIBA
MAIS
II.
A POLIGAMIA NA SOCIEDADE
A poligamia
introduziu-se no meio da sociedade com o passar do tempo, desde a criação e por
vários motivos: Com o aumento da pecaminosidade humana, os homens cada vez mais
afastaram-se de Deus e de seus preceitos. As sociedades, as tribos e os clãs foram-se
espalhando pela Terra e enveredando pela idolatria e a depravação moral. Assim,
foram adotando práticas contrárias ao plano de Deus para o homem. Israel se
encontraria no meio dessa "geração" (Gn 7.1) e, ao longo dos séculos,
foi assimilando os costumes dos povos estranhos do oriente. No Egito e na
Arábia, era comum a poligamia.
III.
ALGUNS POLÍGAMOS
1. Lameque
A Bíblia mostra que
Lameque foi o primeiro polígamo: "E tomou Lameque para si duas mulheres; o
nome de uma era Ada, e o nome da outra, Zilá" (Gn 4.19).
2. Abraão.
Abraão, o patriarca
hebreu, foi polígamo. E teve muita tristeza por isso em sua vida conjugal. E
dessa sua desobediência resultaram terríveis consequências para o povo de
Israel. Por exemplo: a divisão entre árabes e judeus até hoje.
3. Isaque e Jacó
Os filhos de Abraão,
Isaque e Jacó, também foram polígamos. Os reis de Israel foram polígamos.
4. Salomão
E Salomão extrapolou
a vontade de Deus, cercando-se de um harém, com setecentas mulheres e trezentas
concubinas, que "lhe perverteram o coração" (1Rs 11.3).
IV.
A POLIGAMIA NUNCA FOI APROVADA DE MODO EXPRESSO
Diante dessas
resumidas considerações, podemos constatar os males da poligamia e como esta
nunca foi aprovada, de modo expresso, pelo Criador. Em sua Lei, dada por
Moisés, Deus apenas a permitiu e tolerou, e ainda regulamentou essa tolerância,
conforme Deuteronômio 21.15-17.
Da mesma forma que Ele tolerou a servidão, isto é, que os
israelitas tivessem servos, mas regulou essa prática, estabelecendo direitos.
Ao que tudo indica, Deus o fez pelo fato de, na época da Lei, estar ainda
ensinando a nação israelita a evoluir espiritual e moralmente, até que Cristo
viesse "na plenitude dos tempos". Paulo diz: "Logo, para que é a
lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a
quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um
medianeiro" (Gl 3.19).
Conclusão
O Novo Testamento
acabou com a "festa" da poligamia (Mt 19.5; 1Co 7.2).
E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão
dois numa só carne? (Mateus 19.5).
Mas, por causa da
prostituição, cada um tenha a
sua
própria mulher, e cada uma tenha o
seu
próprio marido (1Co 7.2).
Fonte: Autor:
Pastor Elinaldo Renovato. JMP – Ano 82, N° 1.520 – Pág. 17 / Reverberação:
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