Todo professor, por mais
dedicado que seja, mais cedo ou mais tarde se deparará com um problema: a falta
de atenção dos alunos. Nós, enquanto educadores, precisamos encarar tal
circunstância como um desafio e não como um problema.
É muito prejudicial quando
um professor rotula sua turma como desinteressada, descompromissada ou
bagunceira por causa da prática de conversas paralelas, brincadeiras ou
risadas. Nós precisamos olhar nossa turma como um pequeno rebanho que Deus
colocou sob os nossos cuidados, mas que pertence a Ele.
ENTENDENDO
A QUESTÃO PEDAGÓGICA
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Alguns professores de Escola
Dominical podem ter frequentado uma rígida escola em sua infância e
adolescência, onde o professor era uma autoridade central e a disciplina era
rigidamente imposta. Em geral, antigamente, partia-se do principio que o
professor era o detentor do conhecimento e os alunos eram meros receptores
dessa informação. E, por isso, deveriam ficar quietos e prestar atenção para
aprenderem o máximo que pudessem com o professor. Nesse sistema, toda a
dinâmica de estudo e avaliação girava em torno da memorização.
Entretanto, novas reflexões
pedagógicas foram surgindo e com isso houve uma mudança no paradigma (maneira
de ver e pensar) da Educação. Mediante a contribuição académica de Piaget e de
Vygotsky, surgiram duas correntes: construtivismo e sociointeracionismo,
respectivamente.
Nessas perspectivas, o
professor é visto mais como um facilitador do que um transmissor de informação.
O aluno é considerado um agente ativo e participativo no processo de ensino e
aprendizagem. E o conhecimento é construído a partir de uma reflexão encarnada
na realidade.
O
DESAFIO PEDAGÓGICO NA ESCOLA DOMINICAL
A primeira coisa que
precisamos entender é que nós, educadores, não damos aulas para robôs, mas para
pessoas. E pessoas estão vivas, fazem barulho, se mexem, têm necessidades
fisiológicas, interagem umas com as outras e isso é positivo! O professor
precisa ter uma expectativa realista quanto ao comportamento da sua turma.
Para conquistar e manter a
atenção dos alunos, é necessário identificar o perfil da turma: Qual a idade?
Qual nível de energia dos alunos? Os alunos são em sua maioria introvertidos ou
extrovertidos? Pois o educador precisa adotar uma metodologia de trabalho de
acordo com o perfil dos alunos.
Por exemplo: em uma classe
de idosos, é preciso haver cartazes e materiais preparados com letras grandes.
Já uma classe de adolescentes pode se envolver com uma dinâmica com premiação;
jovens podem se tornar participativos mediante um debate; enquanto crianças
ficarão mais atentas diante de um fantoche. Ou seja, é o professor que precisa
se questionar se sua metodologia de ensino está de acordo com o perfil dos seus
alunos.
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Outra dica é ter uma
abordagem dialogada. Isto é, inserir o tema problematizando-o, fazendo
perguntas e relacionando o assunto com a realidade dos alunos. É preciso
permitir o diálogo e as opiniões diversas, e preparar perguntas interativas
para serem feitas ao longo da aula.
Reverberação: Subsídios EBD
Fonte:
Rev. Ensinador Cristão, ANO 18, N° 69, CPAD
Autor:
Flaviane Vaz