Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 7- Benignidade: um Escudo Protetor contra as Porfias
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Classe: de Adultos
12 de Fevereiro de 2017
Lições Bíblicas CPAD – Revista do Professor
Texto
Áureo
"Antes,
sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em Cristo." (Ef 4.32)
Verdade
Prática
A
benignidade na vida do crente torna-o uma testemunha do amor de Deus.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Pv 21.21: A
benignidade confere vida Longa, justiça e honra
Terça – Rm 15.14:
Benignidade entre os irmãos
Quarta – Cl 3.12: Revesti-vos
de toda benignidade
Quinta – Rm 13.10: O
benigno não faz mal ao próximo
Sexta – 2Sm 22.26: Deus
é favorável ao benigno
Sábado – Gl 5.22: A
benignidade é fruto do Espírito
12 Revesti-vos, pois, como
eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade,
humildade, mansidão, longanimidade;
13 Suportando-vos uns aos
outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro;
assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
14 E, sobre tudo isto,
revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.
15 E a paz de Deus, para a
qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede
agradecidos.
16 A palavra de Cristo
habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e
admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais,
cantando ao SENHOR com graça em vosso coração.
17 E, quanto fizerdes por
palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças
a Deus Pai.
HINOS SUGERIDOS: 5,
75,432 DA HARPA CRISTÃ
OBJETIVO
GERAL
Mostrar que â benignidade é um aspecto do fruto do
Espírito e que a porfia é obra da carne.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I. Reconhecer que
a benignidade se fundamenta no amor;
II. Mostrar que
a porfia se fundamenta na inveja e no orgulho;
III. Explicar
porque precisamos nos revestir de benignidade.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na
lição de hoje estudaremos a benignidade como um aspecto do fruto do Espírito.
Vivemos em uma sociedade onde temos visto o avanço da maldade e da violência. O
mundo, que jaz no Maligno, está carente de pessoas benignas. Esse fruto nos
ajuda a identificar aqueles que são discípulos de Cristo. Como saber se estamos
diante de um crente verdadeiro? Observe se sua fala e atitudes revelam bondade.
Quem já experimentou do amor de Cristo é benigno, pois a salvação é resultado
da bondade e graça do Pai. Fomos salvos por sua graça, sua bondade.
Incentive
seus alunos a desenvolverem esse fruto, mesmo vivendo em um mundo hostil e mau,
pois somente sendo benignos poderemos revelar o amor do Pai ao mundo. Lembre-se
que antes das pessoas olharem para Cristo, elas vão olhar para você, para suas
atitudes e ações.
INTRODUÇÃO
Na
lição de hoje estudaremos mais um aspecto do fruto do Espírito, a benignidade e
mais um aspecto das obras da carne, a porfia. Veremos que o crente cheio do
Espírito tem um coração benigno e procura ter relacionamentos saudáveis,
evitando discussões, disputas e polémicas. O conselho de Paulo a Timóteo foi
para que ele fugisse das discussões, polémicas e debates acerca da lei, pois
tais discussões são inúteis e não acrescentam nada à fé dos irmãos (Tt 3.9).
l -
A BENIGNIDADE FUNDAMENTA-SE NO AMOR
1. O que é benignidade?
Você
conhece o significado dessa palavra? Benignidade significa índole boa, bom
caráter; benevolência, humanidade e bondade. No crente, essas características
não são o resultado de uma boa formação académica ou de uma família funcional.
É o resultado do fruto do Espírito. Não conseguimos ser bondosos pelo nosso
próprio esforço.
A
bondade que estamos estudando vem de Deus, pois Ele é a fonte de toda
benevolência e amor (1Jo 4.8). Deus é amor, logo, a benignidade é uma das
características do crente.
2. Jesus, exemplo de
benignidade.
Jesus,
como homem perfeito, é o nosso maior exemplo de benignidade e amor (Jo 3.16).
Ele amou os ricos e os pobres e sempre ajudou a todos que foram até Ele, como
por exemplo, a mulher cananeia cuja filha estava miseravelmente endemoninhada
(Mt 15.21-28). A princípio, parece que Jesus não estava se importando com o
clamor daquela mãe. Porém, o Mestre estava testando a fé daquela mulher. Jesus
mesmo declarou: "Ó mulher, grande é a tua fé" (Mt 15.28). Jesus, em
sua bondade, não se prendeu a debates religiosos ou políticos, pois sabia que a
sua missão era salvar e resgatar os que estavam perdidos (Lc 19.10).
3. A benignidade na prática.
O
evangelista Billy Graham disse que é muito fácil ser indelicado e impaciente
com os que erram e falham. É fácil ser bondoso e gentil com quem nos trata bem,
mas precisamos ser benignos com aqueles que erram, tropeçam e ainda nos tratam
mal. Para isso, precisamos ser cheios do Espírito Santo (Ef 5.18). A Terceira
Pessoa da Trindade, habitando em nosso interior, nos leva a ser bondosos em
todas as circunstâncias. Muitas pessoas rejeitam o cristianismo porque alguns
cristãos não amam como o seu Mestre. Jesus foi gentil para com os publicanos e
os pecadores. Ele se assentava e comia com essas pessoas (Mt 9.11,12). O Mestre
também fez questão de pousar na casa do publicano Zaqueu (Lc 19.1-10). Os
publicanos, por serem os cobradores de impostos, eram odiados pelo povo, pois
em geral, cobravam mais do que as pessoas deviam. Na cruz, Jesus demonstrou
benignidade ao atender o pedido de um salteador (Lc 23.42,43).
PONTO
CENTRAL
A
benignidade é um antídoto contra a porfia.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A palavra benignidade em Gaiatas 5.22 é tradução do termo grego cherestotes, que significa bondade como
qualidade de pureza e também como disposição afável de caráter e atitudes.
Abrange ternura, compaixão e brandura.
Em Mateus 11.30, a palavra chrestotes
é usada para descrever o jugo de Jesus. Ele disse: 'Porque o meu jugo é suave [chrestos], e o meu fardo é leve'. O jugo
de Cristo fala do desenvolvimento de uma vida disciplinada através da
obediência, submissão, companheirismo, serviço e cooperação. É uma relação
cortês, gentil e aprazível (benigna) porque está baseada no compromisso e amor,
e não na força e servidão. Temos um Mestre a quem servir, porque o amamos, e
também servimos uns aos outros em razão de nosso amor por Ele. Servir sem amor
é intolerável — servir por amor é o mais alto privilégio.
A palavra chrestos
também é usada em Lucas 5.39 para descrever o vinho velho, que é melhor ou
doce. Não há amargura nesse vinho. Esta ideia nos ajuda a entender melhor o que
o apóstolo Paulo nos diz em Efésios 431,32 e 5.1,2 (GILBERTO, António. O Fruto
do Espírito; A plenitude de Cristo na vido do crente. 2.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, p. 90).
CONHEÇA MAIS
Porfia
Erithia
denota ambição, egoísmo, rivalidade, sendo voluntariosidade a ideia subjacente
na palavra; por conseguinte, denota 'fazedor de partidos de divisões'. É
derivado, não de éris. 'discussão',
mas de erithos. 'mercenário, pessoa capaz de tudo por dinheiro'; por
conseguinte, o significado de 'buscar ganhar seguidores', facções, 'porfias,
contendas'. É traduzido em 2 Coríntios 12.20 por 'porfias', não é improvável
que o significado aqui seja rivalidade ou ambições vis (todas as outras
palavras na Lista expressam ideias abstraias em vez de facções). Também ocorre
em Gaiatas 5-20; Fp 1.17; 2.3; Tg 3.14,16. Em Romanos 2.8 é traduzido como
adjetivo, 'contencioso'. Para conhecer mais leia, Dicionário Vine, CPAD, p.
884.
II -
A PORFIA FUNDAMENTA-SE NA INVEJA E NO ORGULHO
1. Inimizade e porfia.
Embora
estas duas palavras pareçam ter o mesmo significado, elas são distintas.
Segundo o Dicionário Houaiss, inimizade é ódio, indisposição e malquerença;
porfia significa contendas de palavras, discussão, disputa e polémica. Embora
tenham significados distintos, elas são obras da carne, da velha natureza, por
isso, devemos fugir de tais ações (Gl 5.20,21).
2. Evódia e Síntique.
Eram
irmãs valorosas que serviam a Deus na igreja de Filipos (Fp 4.2). Tudo indica
que essas irmãs se deixaram levar pela velha natureza e estavam envolvidas em
alguma porfia. Não sabemos ao certo o motivo da diferença entre elas. Alguns
autores dizem que foram questões pessoais, outros que se tratava de uma disputa
por questões eclesiásticas. Porém, tal atitude era reprovável. Então, Paulo
exorta ambas para que acabem de uma vez por todas com as diferenças. O
apóstolo, como líder daquela igreja, não procurou saber quem estava com a
razão, mas com amor e firmeza ordenou que elas parassem com tal atitude. Em
meio às porfias não existem vencedores. Todos acabam perdendo e dando lugar ao
Diabo (Ef 4.27).
3. Miriã e Arão.
Moisés
havia sido escolhido pelo Senhor para conduzir o seu povo até Canaã, e uma das
suas características mais marcantes era a mansidão e a humildade (Nm 12.3).
Todo líder precisa dessas duas características para que tenha uma liderança
bem-sucedida. Certo dia, Miriã e Arão, irmãos de Moisés, ficaram indignados
pelo fato de ele ter se casado com uma mulher cuxita (Nm 12.1). Eles não
estavam preocupados com Moisés, mas, por trás da porfia, também havia outro
sentimento, a inveja. Eles certamente desejavam a liderança do irmão. Um
sentimento carnal traz consigo outros sentimentos, despertando o que há de pior
em cada pessoa. As consequências da inveja e da porfia foram terríveis para
Miriã e para todo o povo, pois tiveram que ficar retidos, em um lugar, até que
Miriã pudesse se ajuntar novamente à congregação (Nm 12.15). Tenha cuidado com
a porfia, pois ela trará prejuízos a você e ao povo de Deus.
SÍNTESE
DO TÓPICO II
A
porfia é obra da come e se fundamenta na inveja e no orgulho.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Porfia
Erithia ou eritheia denota 'ambição, egoísmo,
rivalidade', sendo voluntariosidade a ideia subjacente na palavra; por
conseguinte, denota 'fazedor de partido de divisões'. É derivado, não de erís, 'discussão', mas de eríthos, 'mercenário, pessoa capaz de
tudo por dinheiro'; por conseguinte, o significado de 'buscar ganhar
seguidores', 'facções, porfias, contendas'. É traduzido em 2Co 12.20 por
'porfias', não é improvável que o significado aqui seja rivalidade ou ambições
vis (todas as outras palavras na lista expressam ideias abstraías em vez de
facções). Também ocorre em Gaiatas 5.20; Fp 1,17; 2.3; Tg3.14,16. Em Romanos
2.8, é traduzido como adjetivo, 'contencioso'. A ordem 'pendências, invejas,
iras, porfias', é a mesma em 2Co 12.20 e Gl 5.20. A 'porfia' é fruto do ciúme.
Contraste com o adjetivo sinónimo hairetikos, que ocorre em Tito 3.10,
'faccioso' (ARA), que causa divisão, não necessariamente 'herege' (RC), no
sentido de manter falsa doutrina" (Dicionário Vine: O significado
exegética e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento, 1.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2002, pp. 884-85).
III –
REVISTAMO – NOS DE BENIGNIDADE
1. Retirando as vestes
velhas.
Paulo
exorta os crentes de Colossos a se despirem da velha natureza, deixando de lado
a ira, a malícia, a maledicência e as palavras torpes (Cl 3.8). Como filhos de
Deus, precisamos nos revestir de vestes novas, ou seja, novas atitudes, a fim
de anunciar ao mundo a benignidade de Deus (l Pé 2.9). Vivemos neste mundo, mas
não podemos nos conformar com a sua maneira de viver e pensar (Rm 12.1).
Precisamos de santidade, pois sem ela jamais poderemos agradar ao Senhor e nem
vê-lo (Hb 12.14).
2. Sede benignos.
A
benignidade é um antídoto e um escudo contra as porfias. Tornamo-nos benignos
porque fomos perdoados e justificados por Jesus Cristo e agora o Espírito Santo
habita em nós e nos ajuda a viver de modo santo e justo. Fomos perdoados por
Cristo. Por isso, precisamos também conceder o perdão àqueles que nos ofendem e
magoam (Mt 6.12,14,15). De certa forma, é até fácil agir com bondade com
aqueles que agem conosco dessa mesma forma, mas precisamos ser benignos com
aqueles que nos odeiam e nos maltratam. Jesus nos ensinou a amarmos até mesmo
os nossos inimigos (Mt 5.44).
3. Imitando a conduta de
Paulo.
O
apóstolo Paulo tinha uma vida ilibada, e como líder, era um exemplo para os
crentes de Corinto. Sua maneira de viver era tão santa que ele desafiou os
crentes a serem seus imitadores (1Co 11.1). Sua família, seus amigos e seus
irmãos em Cristo podem imitar seus atos e suas ações? Paulo seguia o exemplo de
Jesus. Precisamos também seguir o exemplo do Mestre e nos tornarmos semelhantes
a Ele. Não podemos nos esquecer que ser cristão é ser semelhante a Cristo.
Jesus deve ser o padrão para o nosso viver. Ele tinha uma vida social intensa;
ia a casamentos (Jo 2.1-12), jantares na casa dos amigos (Jo 12.1-11), mas não
se deixou seduzir pelas coisas desse mundo.
SÍNTESE
DO TÓPICO III
O
crente precisa se revestir de benignidade.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Cristo
é nosso exemplo de como andar em amor, como oferta de cheiro perfumado. As
ofertas pelo pecado descritas no Antigo Testamento não eram perfumadas. Mas
isto é dito acerca de Jesus, nossa oferta pelo pecado, que se deu em ternura,
compaixão e brandura, porque Ele nos amou. Jesus demonstrou em sua forma mais
elevada o significado de ser benigno e misericordioso uns para com os outros. É
por isso que para o apóstolo Paulo Ele era a oferta de cheiro perfumado,
oferecida em amor.
Em
1Pedro 2.3, a versão Almeida Revista e Atualizada traduz o termo grego
chrestotes (ou chrestos) por 'bondoso'; 'Se é que já tendes a experiência de
que o Senhor é bondoso'. Referência semelhante no Antigo Testamento ocorre em
Salmos 34.8: 'Provai e vede que o Senhor é bom', o que fala de brandura. Estes
versículos bíblicos dizem respeito a experimentar de modo pessoal a benignidade
de Deus" (GILBERTO. Antonio. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na
vida docrente,2.eó. Rio de Janeiro: CPAD, 2004,p. 91).
CONCLUSÃO
Se
realmente desejamos expressar um cristianismo vivo, autêntico, precisamos
excluir do nosso meio as porfias, pois são obras da carne e maculam corpo de
Cristo. Precisamos seguir o exemplo de Jesus Cristo, que, com sua benignidade,
atraía as pessoas para se reconciliarem com Deus. Jesus manifestou sua
benignidade curando os enfermos, libertando os oprimidos pelo Diabo e morrendo
na cruz pelas nossas ofensas e delitos.
PARA REFLETIR
A respeito da benignidade, um escudo protetor contra as porfias,
responda:
• O que é benignidade?
Benignidade
significa índole boa, bom caráter; benevolência, humanidade e bondade.
• Quem é a fonte de toda
benignidade?
Deus
é a fonte de toda bondade.
• Por que os publicanos eram
odiados pelo povo?
Os
publicanos, por serem os cobradores de impostos, eram odiados pelo povo, pois
em geral, cobravam mais do que as pessoas deviam.
• Segundo a lição, a porfia
se fundamenta em quê?
Fundamenta-se
na inveja e no orgulho.
• Cite dois exemplos bíblicos
de porfia na igreja de Filipos.
Evódia
e Síntique.
Fonte: Lições Bíblicas de Adultos –
CPAD, 1° TRIMESTRE DE 2017 / Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com