Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Lição 5 – Paz: Antídoto contra as Inimizades
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
Classe: de Adultos
29 de Janeiro de 2017
Lições Bíblicas CPAD – Revista do Professor
Texto
Áureo
"Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize." (Jo 14.27)
Verdade
Prática
A
paz, como fruto do Espírito, não promove inimizades e dissensões.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda – Sl 4.8: A
paz de Deus nos faz repousar em segurança
Terça – Sl 34.14: Aparte-se
do mal e siga a paz
Quarta – Sl 119.165: Os
que amam a lei de Deus têm paz
Quinta – Is 9,6: Jesus
é o Príncipe da Paz
Sexta- Jo 16.33: Em
Jesus Cristo encontramos a paz verdadeira
Sábado
- Rm 12.18 Se possível, viva em paz com todos
11 Portanto, lembrai-vos de
que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que
na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens;
12 Que naquele tempo
estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças
da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.
13 Mas agora em Cristo
Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
14 Porque ele é a nossa paz,
o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava
no meio,
15 Na sua carne desfez a
inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para
criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz,
16 E pela cruz reconciliar
ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.
17 E, vindo, ele evangelizou
a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto;
HINOS SUGERIDOS: 178,
245, 474 DA HARPA CRISTÃ
OBJETIVO
GERAL
Compreender que a verdadeira paz só pode ser encontrada
em Jesus.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I. Mostrar que
depois de receber a paz de Cristo, o crente deve transmiti-la as outras
pessoas;
II. Explicar que
existem três tipos de inimizade e o seu alvo é destruir a unidade da Igreja de
Cristo;
III. Saber que
temos a missão de anunciar o evangelho e para isso precisamos ter paz com
todos.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor,
nesta lição você terá a oportunidade de tratar com seus alunos a respeito da
paz, fruto do Espírito, em oposição à inimizade, como obra da carne. Sabe-se
que paz é a ausência de guerra. Vivemos tempos trabalhosos. Em muitos centros
urbanos a violência só aumenta e as cidades do interior também têm
experimentado este aumento. Na esfera mundial, temos observado muitas guerras
(de cunho religioso) no Oriente Médio.
Em
Jesus, temos paz. Não estamos falando da paz que o mundo oferece. Estamos
falando de uma paz que excede todo entendimento; uma paz com Deus que, mesmo em
um mundo cheio de guerras e conflitos, podemos afirmar que vivemos em paz. A
verdadeira paz resulta da fé em Deus, porque somente Ele incorpora todas as
características da paz. Para encontrar a paz de espírito e a paz com os outros,
você precisa encontrar a fé com Deus.
INTRODUÇÃO
Na
lição de hoje, estudaremos a paz como fruto do Espírito e a inimizade como
fruto da carne. O homem guiado pela velha natureza não pode sentir a paz que
Jesus Cristo nos oferece. Essa paz não depende de situações e circunstâncias.
Mesmo vivendo em uma sociedade violenta, podemos ter paz, pois a serenidade que
temos em nossos corações é fruto do Espírito, e não depende das circunstâncias
ou dos recursos financeiros (Gl 5.22).
l - A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO
1. Paz.
Podemos
definir paz como um estado de tranquilidade e quietude interior que não depende
de circunstâncias externas. No grego, o vocábulo paz é eirene e refere-se à unidade e harmonia. Vivemos em uma sociedade
onde a violência tem feito muitas vítimas e tirado a tranquilidade das pessoas,
fazendo com que as pessoas adoeçam. Ultimamente, temos visto o aumento da
chamada Síndrome do Pânico, ou seja, um transtorno da ansiedade que leva a um
pavor incontrolável, mesmo que não haja nenhum perigo iminente. A pessoa
acometida por essa enfermidade perde a quietude. Quem está sendo acometido por
esse mal precisa do acompanhamento de um psiquiatra, terapia e o carinho e a
compreensão dos familiares e da igreja.
PONTO CENTRAL
A
paz que Jesus oferece não depende de situações e circunstâncias.
2. Paz com Deus.
Como
podemos estar em paz com Deus? Só existe uma maneira para estarmos em paz com o
nosso Criador: mediante a nossa justificação. A justificação ocorre quando nós,
pela fé, recebemos Jesus como nosso único e suficiente Salvador. Então, somos
declarados justos diante de Deus (Rm 5.1). Quando recebemos Jesus, a inimizade
que havia entre nós e Deus é desfeita, somos reconciliados com o Pai e passamos
a desfrutar de plena paz e comunhão com Ele (2 Co 5.18-20).
A
nossa justificação, e reconciliação e a paz com Deus somente são possíveis por
meio da morte e ressurreição de Jesus Cristo (Is 53.5; Ef 2,13-17).
3. Promotor da paz.
O
crente que já recebeu a paz de Deus, em seu coração precisa partilhar dessa paz
com todos os que estão aflitos, tornando-se um embaixador da paz (2 Co 5.20). A
paz concedida pelo Espírito não é somente para o nosso bem-estar, mas também
para o bem do próximo. Não podemos nos esquecer que amar ao semelhante é um
mandamento do Pai (Mt 22.39).
Quem
já experimentou a justificação e a reconciliação com Deus torna-se um
pacificador (Mt 5.9). Ele não vive em brigas e contendas, não divide igrejas e
não maltrata as pessoas. Isaque era um verdadeiro pacificador, um homem de paz.
Mesmo sendo prejudicado por seus vizinhos que entulharam seus poços, não
brigou, mas procurou a reconciliação (Gn 26.19-25). Os conflitos, seja na
Igreja ou fora dela, são resultado da natureza adâmica, mas os que vivem
segundo o Espírito já crucificaram a sua carne e, agora, procuram viver
pacificamente com todos (Rm 12.18).
SÍNTESE DO TÓPICO l
O crente deve buscar a verdadeira paz
mediante a justificação, em Cristo, peta fé.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Cristo,
nossa paz, forma o novo homem
Ao sintetizar tudo o que Deus fez na salvação por intermédio de
Cristo, Paulo diz que Cristo é a fonte da nossa paz (2.14-18). No contexto de
Efésios, isso não quer dizer que Cristo seja a fonte da paz interior, mas que
Ele é o meio de reconciliação entre judeus e gentios e entre os membros da nova
comunidade e Deus. O objetivo da salvação não é apenas fazer com que os
indivíduos estejam corretos diante de Deus, mas também que estejam corretos uns
com os outros. À medida que Deus, por intermédio de Cristo, une judeus e
gentios, a reconciliação opera de forma triangular entre os três. Judeus e
gentios, quando entram na nova comunidade, não deixam de ser quem eram;
todavia, agora, eles podem atuar juntos, lado a lado, como evidência do amor
transformador e conciliador de Deus (1Co 7.17-24; Rm 14—15). Essa obra de
reconciliação é o fundamento para a nova comunidade que Deus está edificando
por intermédio de Cristo, Por isso, ao longo de Efésios 2.11-22, o termo dominante
e repetido é o prefixo syn ('juntos').
Deus formou uma nova unidade, na qual se diz que Ele de dois criou 'um novo
homem'" (ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2008, p.347).
CONHEÇA MAIS
Paz
com Deus
Há uma transformação na vida do pecador quando passa a ser um
crente verdadeiro, não importando o que tenha sido anteriormente. Sendo
justificado pela fé, tem paz com Deus. O Deus santo e justo não pode estar em
paz com um pecador enquanto este estiver sob a culpa do pecado. A justificação
elimina a culpa, e assim abre caminho para a paz. Esta é concedida por meio de
nosso Senhor Jesus; por meio dELe como o grande Pacificador, e Mediador entre
Deus e o homem. O feliz estado dos santos é o estado de graça. Somos levados a
esta graça. Isto significa que não nascemos neste estado." Para conhecer
mais, leia Comentário Bíblico de Matthew Henry, CPAD, p. 929.
II - INIMIZADES E CONTENDAS, AUSÊNCIA DE PAZ
1. Três tipos de inimizades.
No
grego, a palavra inimizade é echthra.
Esse vocábulo serve para identificar três tipos de inimizade.
Vejamos:
inimizade para com Deus (Rm 8.7), inimizade entre as pessoas (Lc 23.12) e
hostilidade entre grupos e pessoas (Ef 2.14-16). Em Gálatas, Paulo apresenta a
inimizade, as contendas e as disputas como obras da carne (Gl 5.20).
2. Inimizade e soberba.
A
inimizade, em geral é resultado da soberba. Por isso, o Senhor abomina o
coração altivo (Pv 6.16,17). Quando o crente começa acreditar que é superior
aos outros, ele torna-se um "semeador" de inimizades e contendas. Na
Igreja de Cristo, todos são servos, independente de seus dons e talentos, Paulo
mostra que em Jesus Cristo todos são iguais: "Nisto não há judeu nem
grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um
em Cristo Jesus" (Gl 3.28). As inimizades e segregações são um
"produto" da carne, de uma natureza pecaminosa. Deus proíbe a acepção
de pessoas e toda a sorte de inimizades. Logo, os que promovem tais ações não
podem agradar a Deus (At 10.34; Tg 2.8,9). O crente que assim age é carnal e
precisa arrepender-se dos seus pecados (1Co 3.3).
3. Inimizade e facção.
As
inimizades, muitas vezes, acabam gerando na igreja as facções e divisões.
Muitos, não se contentam em não se relacionar bem com as pessoas e acabam
fazendo com que os outros também não tenham comunhão entre si. Na igreja de
Corinto, os irmãos começaram a se dividir e formar partidos em torno de Paulo,
Apoio e Cefas. Uns diziam que pertenciam a Paulo, enquanto outros a Apoio (1Co
1.12). Paulo dá fim à discussão e às inimizades perguntando aos irmãos:
"Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós?" (1Co 1.13).
O
apóstolo exorta-os para o fato de que pertencemos unicamente a Cristo. E se
pertencemos a Ele não podemos aceitar as inimizades e as facções. A inimizade é
obra da carne e seu alvo é destruir a unidade na Igreja do Senhor, mas o crente
que tem o fruto do Espírito busca o bem de todos, procurando manter o vínculo
da perfeição, estendendo as mãos para ajudar e tratando a todos com amor e
respeito (Cl 3.13,14). Que você como Filho de Deus possa se revestir de
entranhas de misericórdia e de benignidade como recomenda as Escrituras
Sagradas (Cl 3.12).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O objetivo da inimizade é destruir a
unidade da igreja.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A
unidade ao redor da pessoa de Jesus Cristo deve ser mantida
Por que são tão prejudiciais as murmurações e as contendas, as
queixas e as discussões? Se tudo o que uma pessoa conhece a respeito de urna
igreja é o fato de que os seus membros discutem, reclamam e fazem intrigas
constante mente, ela terá uma falsa impressão do Evangelho de Cristo, A crença
em Cristo deve unir os que confiam nEle. Se as pessoas na nossa igreja estão
sempre reclamando e discutindo, elas não têm o poder unificador de Jesus
Cristo. Deixe de discutir com outros cristãos, ou de se queixar sobre as
pessoas e as condições na igreja, e permita que o mundo veja Cristo (Manual da
Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.260).
III - VIVAMOS EM PAZ
1. O favor divino.
Paulo
exorta os gentios para que sejam sempre gratos a Deus, pois eram zambujeiros e
foram enxertados na oliveira (Rm 11.17). Aos judeus, ele pede que não se
esqueçam de que foram colocados por Deus no mundo para abençoaras outras nações
{Gn 12.3). O apóstolo estava mostrando que, em Cristo, gentios e judeus são
iguais, por isso, devem viver em paz e unidade. Vivamos em paz com todos e
jamais venhamos a nos esquecer de que fomos alcançados pela graça divina, pois
é esse favor divino que nos leva a amar o próximo e a viver em paz e união (SI
133.1).
2. A cruz de Cristo.
A
cruz é um dos símbolos mais conhecidos do cristianismo, pois, mediante a fé no
sacrifício de Jesus, somos reconciliados com Deus. Se Cristo não morresse na
cruz pelos nossos pecados estaríamos para sempre separados da presença Deus;
não deixaríamos de ser inimigos dEle. Jesus morreu na cruz por amor a nós e
mesmo diante de uma morte tão cruel. Ele não abriu a sua boca para reclamar ou
dizer palavras ofensivas aos seus algozes (Is 53.7; Jo 3.16). Jesus permaneceu quieto
durante seu julgamento e castigo. Ele demonstrou ter paz e equilíbrio emocional
mesmo vivendo uma situação tão terrível. Ele sabia o porquê de sua missão e que
o seu sacrifício era necessário para que pudéssemos nos reconciliar com Deus.
3- A nossa missão.
Jesus
veio ao mundo com uma missão, morrer na cruz pelos nossos pecados. Ao ascender
aos céus. Ele também nos deu uma missão (Mt 28.19,20). Para darmos cumprimento
a essa missão, precisamos viver em paz com todos. Anunciemos ao mundo que
somente Jesus pode nos dar a verdadeira paz, pois Ele é o Príncipe da Paz (Is
9.6).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Para realizar a missão de anunciar o
Reino de Deus aos povos, o crente precisa viver em paz uns com os outros.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Salmos
133.1-3
Davi
declarou que a união é agradável e preciosa. Infelizmente, a união que deveria
ser encontrada na Igreja nem sempre o é. As pessoas discordam e causam divisões
por causa de assuntos sem importância. Alguns sentem prazer em causar tensão,
depreciando e desacreditando os outros.
Mas a união é importante
porque:
(1)
faz da igreja um exemplo para o mundo e ajuda a aproximar as pessoas do Senhor;
(2)
ajuda-nos a cooperar conforme a vontade de Deus, antecipando um pouco do gozo
que teremos no céu;
(3)
renova e revigora o ministério, porque existe menos tensão para extrair a nossa
energia.
Viver
em união não significa que concordaremos com tudo; haverá muitas opiniões, da
mesma maneira que existem muitas notas em um acorde musical. Mas devemos
concordar em nosso propósito na vida; trabalhar juntos para Deus. A união
reflete a nossa concordância de propósitos" (Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.822).
CONCLUSÃO
A
paz de que tratamos nesta lição é fruto do Espírito. Mesmo em meio às
adversidades, podemos ter paz, pois é uma quietude interior que vem de Deus.
Que você possa ser um pregoeiro da paz de Cristo, seja na Igreja ou fora dela.
PARA REFLETIR
A
respeito da paz de Deus, antídoto contra as inimizades, responda:
• Defina paz.
Um
estado de tranquilidade e quietude interior que não depende de circunstâncias
externas.
• Como podemos estar em paz
com Deus?
Mediante
a nossa justificação.
• Quando ocorre a
justificação?
Quando
nós, pela fé, recebemos Jesus como nosso único e suficiente Salvador.
• O que torna a nossa
justificação possível?
A
morte e ressurreição de Jesus Cristo.
• De acordo com a lição,
quais são os tipos de inimizades?
Inimizade
para com Deus (Rm 8.7), inimizade entre as pessoas (Lc 23.12) e hostilidade
entre grupos e pessoas (Ef 2.14-16).
Fonte: Lições Bíblicas de Adultos –
CPAD, 1° TRIMESTRE DE 2017 / Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com