Classe: de Adultos
|
19 de Março de 2017
|
Lições Bíblicas CPAD – Revista do Professor
|
Texto
Áureo
"A ninguém devais coisa
alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos
outros cumpriu a lei" (Rm 13.8).
Verdade
Prática
Amar
a Deus e ao próximo é cumprir plenamente a lei divina.
Segunda – Mt 22.39: O
amor altruísta
Terça – Jo 13.35: O
amor é a prova do discipulado
Quarta – Rm 12.9: O
amor precisa ser sincero
Quinta – 1Ts 3.12: O
amor precisa ser abundante
Sexta – 1Pe 1.22: O
amor precisa ser fervoroso
Sábado – Jo 15.9: Permanecendo
no amor do Pai
LEIA TAMBÉM:
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos
12.8 - 14
8 Ou o que exorta, use esse
dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com
cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
9 O amor seja não fingido.
Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
10 Amai-vos cordialmente uns
aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
11 Não sejais vagarosos no
cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;
12 Alegrai-vos na esperança,
sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;
13 Comunicai com os santos
nas suas necessidades, segui a hospitalidade;
14 Abençoai aos que vos
perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.
HINOS SUGERIDOS: 145,254,363 DA HARPA CRISTÃ
OBJETIVO
GERAL
Explicar que amar a Deus e ao próximo é cumprir plenamente
a lei divina.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I. Compreender a
singularidade do amor ágape;
II. Mostrar que
precisamos amar a Deus e ao próximo;
III. Explicar que
sob a tutela do amor, devemos rejeitar as obras das trevas.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Estamos nos aproximando do término do
trimestre. Esperamos que você e seus alunos tenham produzido muitos frutos,
nesse período, para a glória de Deus. O crente precisa ter uma vida frutífera.
Na lição de hoje estudaremos o amor como fruto do Espírito. Sem esse fruto é impossível
ser manso, paciente, longânimo, etc, ou seja, todos os outros frutos dependem
dele. Uma das características mais marcantes do crente é o amor. Deus é amor e
quem não ama, não o conhece. Quem ama a
Deus ama também o próximo, cumprindo então a lei divina.
INTRODUÇÃO
Já
estudamos alguns aspectos do fruto do Espírito e obras da carne, Deixemos para
tratar a respeito do amor em uma única lição, pois o objetivo é que venhamos compreender a singularidade e
a importância desse aspecto do fruto do Espírito.
Podemos
agrupar os nove aspectos do fruto do Espírito Santo da seguinte maneira: Os atributos que tratam do nosso com Deus:
amor, paz e alegria.
Os que tratam do nosso relacionamento
com o próximo: longanimidade, benignidade e bondade.
Os que tratam do nosso
relacionamento nós mesmos: fidelidade, mansidão e domínio próprio. Porém, nesta lição, veremos
o aspecto do amor. A maior marca de uma igreja não é sua teologia, seu templo,
tradições, mas sim o seu amor para com o Senhor Jesus e para com o próximo.
I – A SINGULARIDADE DO AMOR AGÁPE
1. Amor, um aspecto do
fruto.
O
amor é o primeiro aspecto do fruto que encontramos na relação de Gálatas 5.22.
Podemos afirmar que tal sentimento é o solo onde os demais aspectos do fruto
devem ser cultivados. Paulo relata a suprema excelência do amor em l Coríntios
13. A Língua grega possui três vocábulos para denominar o amor: ágape, amor divino; philéo, amor entre amigos e eros,
amor entre cônjuges.
2. O amor ágape.
O
amor de Deus é expresso no grego pela palavra ágape. Tal vocábulo significa
"amor abnegado e profundo". Um dos atributos do nosso Deus é o amor
(1Jo 4.8). Seu amor por nós é ímpar. Não podemos nos esquecer que hoje amamos
ao Pai e ao próximo porque o amor divino nos alcançou primeiro: "Nós o
amamos porque ele nos amou primeiro" (1Jo 4.19). O que fizemos para
merecer tal amor? Nós não fizemos nada. O mérito de tal sentimento não é nosso.
Mas Ele nos amou quando éramos ingratos e maus e nos deu o seu Filho Unigénito
para morrer em nosso lugar (Jo 3.16).
3. O amor ágape derramado em
nós.
Quando
recebemos, pela fé, o Senhor Jesus, nos tornamos uma nova criatura (Jo 3.3). E,
assim, foi-nos enxertado o amor que é a essência do Pai. Se somos discípulos de
Cristo, amamos ao Pai e ao próximo. O amor de Deus em nós nos proporciono; paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (G15.22). Quem tem
o amor de Deus considera o próximo e está sempre disposto a servir a todos,
assim como o nosso Mestre (Mc 10.45).
SÍNTESE DO TÓPICO l
O amor de Deus, o amor ágape, é
singular.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Professor, inicie o primeiro tópico da lição fazendo a seguinte
indagação: "Quais são as três dimensões do amor ágape?" Ouça os
alunos e incentive a participação de todos para que aula se torne dinâmica. Em
seguida, desenhe no quadro duas linhas: uma vertical e uma horizontal. Depois
desenhe um ponto. A seguir explique que o amor divino possui três dimensões:
(1) A dimensão vertical (aponte para a linha vertical). Diga que
é o amor em direção a Deus.
(2) Dimensão horizontal (aponte para a linha horizontal). Fale
que é amor em direção ao nosso semelhante.
(3) Dimensão interior (mostre o ponto). É o amor em direção a
nós mesmos. Diga que se conseguirmos cumprir essas três dimensões, cumprimos
toda a lei. Para concluir, peça que um aluno leia Lucas 10.27: "Amarás ao
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as
tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti
mesmo." Explique que como crentes precisamos viver esses três aspectos.
II - AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO
1. O amor a Deus.
O
amor de Deus por nós é altruísta, abnegado e impar. E a única coisa que Ele nos
pede é que também venhamos a amá-lo com todo o nosso coração: [...]
"Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração [...]" (Mt 22.37).
Como podemos expressar nosso amor a Deus? De diferentes formas: sendo fiéis em
nossos dízimos e ofertas, louvores, orações, lendo a Bíblia, etc. Mas a melhor
maneira de expressar nosso amor a Deus é abandonar o pecado e procurar ter uma
vida santa. Quem ama a Deus não tem prazer na prática do pecado. Quem se
encanta com o pecado não ama ao Senhor e nunca o conheceu. Por isso, Jesus
afirmou que muitos dirão naquele Dia: "Senhor, Senhor, não profetizamos
nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demónios? (Mt 7.22). A resposta
do Senhor para estes é apenas uma: [...] "Nunca vós conheci [...]"
(Mt 7.23).
2. O amor a si mesmo.
Amar
a si mesmo pode parecer narcisismo, mas não é. Pois se você não se amar e
aceitar-se, como poderá amar a Deus? Amar a si mesmo é acima de tudo um
mandamento divino:"[...] Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt
24.9). Certamente não gostamos das nossas falhas e imperfeições. Não somos
perfeitos, mas precisamos colocar diante do Senhor tudo o que somos para que
Ele venha nos transformar.
3. O amor ao próximo.
Para
amar o próximo com o amor ágape é preciso amar a Deus primeiramente. O apóstolo
João diz que Deus é amor, quem não ama, jamais o conheceu (l1Jo 4.7,8,12,20).
Certa vez, um fariseu perguntou a Jesus qual era o grande mandamento da Lei.
Então, o Mestre ensinou que amar ao Senhor de todo o coração e ao próximo é um
resumo de todos os mandamentos (Mt 22.37-40). É importante ressaltar que amor
não é somente sentimento, mas ação. Não basta amar somente de palavras.
O
amor como fruto do Espírito faz faz que eu queira para os outros aquilo que
desejo para mim. Faz com que eu tenha prazer em doar meu tempo, meus dons e
talentos para o bem do próximo.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Quem ama a Deus ama o próximo.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
Amor
fraternal (philia)
Como
visto em 2 Pedro 1.7, há um segundo tipo de amor, o qual é chamado amor fraternal
ou bondade fraterna. Este amor é amizade, um amor humano que é limitado. Amamos
se somos amados.
Lucas
6.23 diz: 'Se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os
pecadores amam aos que os amam'. A bondade ou amizade fraterna é essencial nas relações
humanas, mas é inferior ao amor ágape, porque depende de uma recíproca; quer
dizer, somos amigáveis e amorosos com aqueles que são amigáveis e amorosos
conosco (GILBERTO, António. O Fruto do Espírito: A Plenitude de Cristo na vido
do crente, 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 36).
Todos
os que se dedicam a Jesus Cristo pela fé, também devem dedicar mútuo amor uns
aos outros, como irmãos em Cristo (1Ts 4.9,10), com afeição sincera, bondosa e
terna. Devemos preocupar-nos com o bem-estar, as necessidades e a condição
espiritual dos nossos irmãos, sendo solidários e assistindo-os nas suas
tristezas e problemas. Devemos referir-nos em honra uns aos outros, devemos
estar dispostos a respeitar e honrar as boas qualidades dos outros crentes
(Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1723).
CONHEÇA
MAIS
Lei
e amor
Toda a lei cumpre-se numa só palavra, nesta: 'Amarás teu próximo
como a ti mesmo (5.14).' Este tema é desenvolvido em Romanos 13.8-10. O que
Paulo quer dizer em cada passagem é que tanto o amor quanto a Lei estão
relacionados com a justiça. Elas não estão em conflito a este respeito."
Para conhecer mais, Leia Comentário Histórico-Cultura do Novo Testamento, CPAD,
p. 412.
III - SOB A TUTELA DO AMOR, REJEITEMOS AS
OBRAS DAS TREVAS
1. Debaixo da tutela do
amor.
O
que é uma tutela? A tutela é um "encargo jurídico de vetar por, representar
na vida civil e administrar os bens de menor, interdito ou pessoa
desaparecida". Logo, ter um tutor significa ter alguém para amparar,
defender e proteger. Fora da tutela do amor ágape, amor divino, o crente pode
voltar à prática das velhas obras infrutuosas da carne. Sem o amor de Deus, em
nós, somos capazes de amar mais as trevas que a luz (Jo 3.19).
2. Amor, antídoto contra o
pecado.
Quem
ama não trai o seu cônjuge, não mata, não rouba, não cobiça, não dá falso
testemunho, ou seja, não faz nada que possa desagradar ao Pai Celeste. Se
quisermos evitar as obras da carne, precisamos nos encher do Espírito Santo e
do seu amor (Ef 5.18). O amor nos faz agir de modo cortez e paciente,
demonstrando ao mundo que somos discípulos de Cristo (Jo 13.35).
3- O amor leva à obediência.
O
amor, fruto do Espírito, não é um mero sentimento. Amar envolve ação, atitude
(1Jo 3.18). O que torna uma igreja forte não são seus recursos financeiros,
seus líderes ou o número de membros, mas o amor revelado em atitudes e palavras.
Quem ama tem prazer em ouvir e obedecer a Palavra de Deus: "Se alguém me
ama, guardará a minha palavra. [...] Quem não me ama não guarda as minhas
palavras" (Jo 14.23,24). Quem ama obedece e vive de modo a agradar o Pai.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Sob a tutela do amor, temos condição
para rejeitar as obras das trevas.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
Romanos
13.10
Pratica-se o amor não somente por mandamentos positivos (Rm
12.9-21; 1Co 13.4,6,7), mas também por negativos. Todos os mandamentos
mencionados aqui são negativos na sua forma (v, 9; 1Co 13.4-6).
(1) O amor é positivo, e ao mesmo tempo é negativo, pelo fato da
propensão humana para o mal, o egoísmo e a crueldade. Oito dos dez mandamentos
da Lei são negativos, porque o mal surge naturalmente e o bem, não. A primeira
evidência do amor cristão é apartarmos do pecado e de tudo aquilo que causa
dano e tristeza ao próximo.
(2) A ideia de que a ética cristã deve ser novamente positiva é
uma falácia baseada nas ideias da presente sociedade, que procura esquivar-se
das proibições que refreiam os desejos descontrolados da carne (Gl 5.19-21) (Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1723).
CONCLUSÃO
Como
nova criatura, você precisa amar e evidenciar esse amor mediante suas atitudes
e palavras. Que venhamos rogar ao Pai um coração amoroso, capaz de amar até
mesmo aqueles que se declaram nossos inimigos (Mt 5.44).
PARA
REFLETIR
A respeito de quem ama cumpre plenamente a lei divina, responda:
* Qual é o primeiro fruto
que encontramos na relação de Gaiatas 5.22?
O
amor.
* Cito três vocábulos da
língua grega para denominar o amor.
Agápe,
amor divino, philéo, amor entre amigos e eros, amor entre cônjuges
* O que significa o amor
ágape?
Tal
vocábulo significa" amor abnegado e profundo".
* O que o amor de Deus em
nós proporciona?
Ele
faz como que venhamos obedecer a Deus.
* Nossa obediência a Deus e
a sua Palavra é resultado de quê?
É
o resultado do amor altruísta do Pai em nós.