Reencarnação e invocação de
mortos são as duas principais estacas de sustentação de toda a fraude
espiritista. Se ambas puderem ser removidas, o espiritismo ruirá
irremediavelmente.
1. O QUE A BÍBLIA Diz
Aos hebreus que saíram do
Egito e se aproximavam de Canaã, por intermédio de Moisés, disse o Senhor Deus:
"Quando entrares na
terra que o Senhor, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as
abominações daquelas nações.
Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo
o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro,
nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito
adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz
tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações o Senhor, teu Deus,
as lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o Senhor, teu Deus. Porque
estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores;
porém a ti o Senhor, teu Deus, não permitiu tal coisa" (Dt 18.9-14).
Com base nestas palavras de
Moisés, no seu livro O Céu e o Inferno, aduz Allan Kardec: "... Moisés
devia, pois, por política, inspirar nos hebreus aversão a todos os costumes que
pudessem ter semelhança e pontos de contato com o inimigo".
2. DEUS CONDENA A INVOCAÇÃO DE MORTOS
Alegar que Moisés se opunha
aos costumes pagãos dos cananeus baseado em razões simplesmente políticas, como
afirma
Allan Kardec, atesta a
completa ignorância do espiritismo quanto às Escrituras Sagradas.
A proibição divina de consultar
os mortos não prova que havia comunicação com os mortos. Prova apenas que havia
a consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era
apenas uma tentativa de comunicação.
Na prática de tais consultas
aos mortos, sempre existiram embustes, mistificações, mentiras, farsas e
manifestações de demônios. É o que acontece nas sessões espíritas, onde
espíritos demoníacos, espíritos enganadores, manifestam-se, identificando-se
como pessoas amadas que faleceram. Alguns desses espíritos têm aparecido,
identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até
apresentando projetos éticos e humanitários, que terminam sempre em destroços.
São espíritos que se prestam ao serviço do pai da mentira, Satanás.
O povo de Deus, porém,
possui a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida:
"Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os
adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; — não recorrerá um povo ao
seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À lei e ao testemunho!
Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva" (Is
8.19,20).
3. O ESTADO DOS MORTOS
O testemunho geral das
Escrituras é que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte
em nada do que se faz e acontece na Terra. Consulte os seguintes textos:
Eclesiastes 9.5,6; Salmos 88.10-12; Isaías 38.18,19; Jó 7.9,10.
Nenhum dos textos bíblicos
mencionados contradiz a esperança bíblica da ressurreição dos mortos, uns para
a vida eterna, outros para vergonha e perdição eterna. Os citados textos mostram,
sim, que o homem após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar à vida de
outrora, e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos
que ainda estão na Terra.
Fonte:
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Seitas e Heresias
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Autor: Raimundo F. de Oliveira
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Editora: CPAD