Obs. Lição Bíblica do 3° trimestre de 2016 – classe de Jovens.
TEXTO
DO DIA
Mas
nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita
a justiça (2Pe 3.13).
SÍNTESE
Deus
sempre esteve no controle de tudo, O fim da história será a prova disso.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
- Is 24.1,2: A consumação das coisas
TERÇA
- Is 24.21-23: A justiça final será feita
QUARTA
- Is 25.6-9: O profeta anuncia a restauração final de Israel
QUINTA
- Is 26.1-6:O povo confiara plenamente em Deus
SEXTA
- Is 27.1; Ap 20.12: Deus destruirá de uma vez por todas o mal
SÁBADO
- Is 27.12,13: Deus reunirá seu povo junto de si
Leia também:
OBJETIVOS:
•
MOSTRAR como será o julgamento dos maus e a salvação dos justos;
•
COMPREENDER que Cristo está no centro da história humana;
•
DISCUTIR a respeito do fim da história humana e o novo começo em Deus.
INTERAÇÃO
O
Salmo 46 fala a respeito da soberania de Deus sobre todo o universo. Ele tem o
domínio de todas as coisas e nada acontece sem sua permissão. É um convite à
confiança em tempos de angústia e uma mensagem de esperança de que aquilo que
Deus faz é agradável, perfeito e bom.
Você
poderá, ao final da lição, ler esse Salmo com seus alunos. Ressalte que, apesar
das situações difíceis que o mundo tem enfrentado, Deus está e estará no
controle de todas as coisas. Seus filhos podem confiar plenamente em seu
cuidado e amor.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A
lição desta semana fala a respeito das profecias de consumação da história. Eis
um tema que desperta curiosidade e muita preocupação por parte de todos.
Ao
fazer essa abordagem, sugerimos que você leve para a sala de aula o trailer de
um filme que fale a respeito do fim dos tempos. Diversos filmes podem ser
encontrados no Youtube como, por exemplo, "Deixados para traz" (2000)
e "O apocalipse" (2014). A partir do estudo desta lição e da análise
desses trailers, promova um debate acerca da consumação dos tempos. Um bom
debate e uma boa reflexão.
TEXTO BÍBLICO: ISAÍAS 24.4-6
INTRODUÇÃO
Os
capítulos 24 a 27 do livro de Isaías apresentam profecias que apontam para o
final da história. São textos complexos e de difícil interpretação. Profecias
de castigo aos israelitas e promessa final de livramento e salvação. Reúnem
profecias, cânticos (26.1-6; 27.2-5) e orações (25.1-5126.7-19). Estão
divididos entre julgamentos dos maus e salvação e promessas de livramento para
o povo de Deus. Nenhum desses textos (Is 24,1-27.13) fala do Messias, todavia
precisam ser interpretados sob a perspectiva de que somente será possível a
redenção do povo de Deus na consumação da história, mediante a obra do Messias
consumada na cruz. Aqueles que rejeitarem o Messias, que não aceitarem a
redenção gratuitamente proposta e oferecida por Deus, sofrerão a condenação
eterna. A condenação será a eterna separação de Deus, o autor da vida, e estes
padecerão com Satanás, no lago de fogo e enxofre.
I - O JULGAMENTO E A SALVAÇÃO
1. Como será o julgamento.
A
palavra julgamento no grego (krinein) quer dizer separar (Mt 13.24-30), ou
seja, será a separação do bem e do mal daquilo que é verdadeiro do que é falso,
o ato final de Deus onde se preservará apenas aquilo que não foi contaminado
pela maldade e pelo pecado.
Na
teologia dispensacionalista, presente na maioria das igrejas pentecostais, esse
período de julgamento se refere ao Juízo Final na consumação de todas as
coisas, quando todos os povos e nações comparecerão diante do trono de Deus
para serem julgados por seus atos (Mt 25.31-33).
No
Antigo Testamento, além do profeta Isaías, quem mais profetizou sobre o Juízo
Final foi Daniel (Dn 12.1-3). No Novo Testamento, o assunto foi tratado por
Jesus no Sermão Profético (Mt 24,25), bem como por Paulo, Pedro e João.
2. O destino dos maus.
Para
o Juízo Final acontecerá a ressurreição dos maus de todos os tempos; os salvos
já terão ressuscitado para estarem no milénio com Cristo (Is 26.19; Ap 20.4).
Ninguém
escapará da desolação e julgamento que sobrevirá: ricos, pobres, sacerdotes,
leigos (Is 24.2) e reis (Is 24.21). A terra, outrora abençoada, agora é maldita
por causa da injustiça (Is 24.5) e será abalada, provavelmente num grande
terremoto (Is 24.18-20), e o sol e a lua deixarão de brilhar (Is 24.23).
Deus
destruirá todo o mal bem como todos os grandes poderes e impérios mundiais,
representados pelo leviatã, pela serpente sinuosa e pelo dragão (Is 27.1).
Aqueles que forem julgados como maus serão separados definitivamente de Deus, a
fonte da vida.
3. O destino dos bons.
Aqueles
que forem julgados como bons e forem justificados pelo sacrifício de Cristo
serão levados para o Reino eterno, conforme Jesus mesmo afirmou em Mateus
25.34. O Reino de Deus será um eterno desfrutar de alegrias, delícias e
bem-estar, na presença de todos os salvos de todos os tempos, mas o importante
é que para sempre estaremos com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, cuja
presença encherá a terra com sua glória e majestade, conforme a visão de João
(Ap 21.23).
O Pense!
O
julgamento uma realidade concreta
para a humanidade.
O Ponto importante
Esse
período de julgamento se refere ao Juízo Finai, na consumação de todas as
coisas.
II - CRISTO, O CENTRO DA HISTÓRIA
1. O inicio da história
humana.
A história da humanidade pode ser revelada na
criação, Queda, redenção em Cristo e final dos tempos com Cristo. Isso porque
Ele é o que permeia a história humana com sua presença.
Israel
não foi fiel à aliança feita com Deus; com isso, um remanescente (a semente, o
tronco restante), que se concentra em Cristo na sua morte, tornou-se precursor
de um grande povo composto por todas as tribos e nações que confessam a Cristo
como Salvador.
2. A redenção da história
humana.
Toda
a história da salvação está contida num único evento: a intervenção de Cristo
na história por meio da cruz. Dela brota todo o presente e representa a
garantia de todo o futuro. Entre a cruz de Cristo e a consumação final da
história dá-se a tensão e hostilidade entre a instalação de seu Reino na terra
"já agora" e no "ainda não" do Reino que está porvir.
A
batalha decisiva e vitoriosa já foi travada na cruz do Calvário. Neste momento,
vive-se em hostilidade com o adversário, Satanás, que quer tentar destruir a
obra redentora em nós, embora já tenha sido vencido.
3. Ele é para todo sempre.
Ele
é antes do início, foi crucificado ontem, reina agora de forma invisível e
voltará no fim dos séculos para estabelecer seu Reino eterno, onde a justiça e
a paz reinarão perpetuamente. Algumas vezes, o fim dos tempos é entendido como
um tempo caótico e terrível. Para alguns poderá ser mesmo, mas para os que
forem do Senhor será um tempo em que as qualidades humanas serão
potencializadas e nossa fidelidade ao Senhor não sofrerá mais os percalços que
temos hoje, pois Ele mesmo vai destruir toda infidelidade (Is 5.1-6).
O Pense!
Se
Cristo é o centro da história, Ele precisa ser o centro de nossas histórias.
Ponto
importante
Para a fé cristã, Jesus
Cristo é o verbo que origina a história, se encarna na história para redimir a história e no finai
Ele há de encerrara história. Cristo
é o centro e o fim da história.
III - O FIM DA HISTÓRIA
1. A consumação.
Quando se fala em consumação da história,
fala-se do seu fim. E fim significa término e também alvo, ou seja, os filhos
de Deus se esforçam para estabelecer seu Reino na terra (alvo), mas esse esforço
terá fim quando os céus e a terra passarem (2Pe 310). Entretanto, o seu Reino
se concretizará em plenitude somente no fim dos tempos, no término da história
humana.
2.
A história humana terá fim, mas a de Deus
não. Deus está acima da
Deus
está acima da história. Ele é a-histórico, pois é
eterno. Seu Reino se estabelece na história humana, por isso tem início, mas nunca
terá fim.
3. A Nova Jerusalém é o início
da nova história humana.
O Reino de Deus é sinónimo da Nova
Jerusalém, o lugar que Deus preparou para os salvos em Cristo, para passarem
com Ele por toda a eternidade, na casa do Pai (Jo 14.1-4), desfrutando eternamente
de seu amor.
O Pense!
A melhor coisa na restauração finai da história não será o Novo nova e a Nova Terra, mas
sim a presença eterna e sublime de Deus.
Ponto
Importante
Deus
está acima da história, Ele é um ser
a-histórico, pois é eterno.
SUBSÍDIO 1
"Estudiosos
bíblicos discutem se esses capítulos
(24,1-2713) contém profecias ou se eles apresentam um teor apocalíptico, Às
vezes é difícil distinguir entre os dois. A profecia geralmente prediz um
futuro definido, informações apocalípticas dirigem a mente de forma mais
abstrata e simbólica em direção ao futuro, em contraste com o presente. Como o
material apocalíptico é geralmente repleto de visões, figuras simbólicas e
nomes, ele pode ser compreendido mais corretamente como uma expressão de fé do
autor e sua filosofia da história. O estudante dos textos apocalípticos deve
aprender a não interpretar literalmente todo simbolismo que encontra.
Alguns
dos temas apocalípticos com os quais Isaías
trabalha são; o julgamento de Deus por causa do pecado e dos pecadores; tribulações
como guerra, fome e pestilência; convulsões geológicas; desordens astronómicas;
guerra moral no reino espiritual; o triunfo final do programa divino; o
banquete escatológico em honra à vitória divina; a alienação da morte; a
ressurreição dos justos; a dor aguda de uma nova era (Comentário Bíblico
Beacon. Vol 4: Isaías e Daniel. 2ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2005, pp. 79-80).
SUBSÍDIO 2
O
Reino e a Vinda do Filho do Homem (Lc 17.20-30)
O
Jesus inspirado pelo Espírito fala profeticamente sobre a
vinda do Reino de Deus, incluindo sua própria vinda e o julgamento final. Lucas
registra dois dos maiores discursos de Jesus sobre os acontecimentos do tempo
do fim (Lc 17 20-37), O Reino, o governo de Deus, é uma realidade presente, A
vida e ministério de Jesus declaram de modo veemente e novo a presença do
reinado régio de Deus, Mas a vinda desse Reino também é um acontecimento
futuro, Jesus se refere a ambos os lados do reinado soberano de Deus aqui, Nos
versículos 20 e 21, em resposta a uma pergunta feita pelos fariseus, Ele
explica a natureza futura do Reino. Depois, nos versículos 22 a 37 Ele explica
aos discípulos a futura vinda do Reino.
Alguns
fariseus perguntaram a Jesus quando Deus vai estabelecer o seu Reino na terra.
Não há que duvidar que eles ficaram
impressionados com os dons proféticos de Jesus, então agora eles desejam saber
o momento quando Deus começará a exercer seu governo sobre a humanidade. Eles
querem um horário e presumem que sinais visíveis precederão a vinda do Reino.
Jesus explica que o Reino de Deus é distinto dos reinos com os quais os
fariseus estão familiarizados. Sua vinda não corresponderá com sinais visíveis
para que ninguém possa predizer o tempo exato de sua chegada. As pessoas
entendem mal o caráter do Reino de Deus, quando dizem 'Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!'
Tais predições são arrogantes e mostram-se falsas e decepcionantes a pessoas persuadidas
por elas (At 1.6,7).
CONCLUSÃO
O
fim da história será a prova de que Ele sempre esteve no controle de todas as
coisas e aqueles que confiaram nEle entrarão para o descanso eterno, preparado a fundação do mundo (Mt 25-34).
HORA DA REVISÃO
1. Transcreva a oração que
Isaías faz em 25.1 de seu Livro.
O
Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei e louvarei o teu nome, porque fizeste
maravilhas; os teus conselhos antigos são verdade e firmeza.
2. Que período escatológico
acontecerá Logo antes do Juízo Final?
O
milénio.
3. Qual a característica
principal do milénio?
Serão
mil anos de paz do governo mundial em que Cristo será o rei.
4. Por que Cristo é o centro
da história?
Toda
a história da humanidade tem Cristo corno seu precursor (Jo1.1), seu executor
(Mt 28.18; Cl 1.17) e o seu fim (Fp 3.21).
5. Qual a essência que
poderá ser vivida na vida eterna?
O
perfeito amor de Deus.