“E, outra vez vos digo que é mais fácil
passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de
Deus (Mt 19.24)”.
O jovem rico amava tanto as
suas riquezas que elas lhe serviram de impedimento para aceitar a vida eterna
oferecida pelo Pilho de Deus.
Ao falar sobre a
impossibilidade desse tipo de pessoas entrarem no reino de Deus, Jesus empregou
a ilustração que é a impossibilidade de um camelo passar pelo buraco de uma agulha.
Alguns têm imaginado que o buraco de agulha referido fosse uma portinhola, no
muro de Jerusalém, através do qual pudesse finalmente passar um camelo, depois
de muitos puxões e empurrões.
O grego de Mateus 19:24 e de
Marcos 10:25 fala de uma agulha usada com linha, enquanto que o de Lucas
18:25 usa o termo médico que indicava uma agulha usada nas operações
cirúrgicas.
É evidente que ali não é
considerada nenhuma portinhola, mais sim, o pequenino buraco de uma agulha de
costura. Provavelmente era um provérbio comum para ilustrar coisas impossíveis.
O Talmude fala por duas
vezes cie um elefante para o qual é impossível passar pelo buraco de uma
agulha. Por conseguinte, quem quer que ame as riquezas, a ponto de isso
impedi-lo de confiar em Jesus Cristo como Salvador, está na impossibilidade de
ser salvo.
Em resposta à pergunta feita
pelos discípulos: "Então quem pode ser salvo?"
Jesus
respondeu: "Os impossíveis dos homens são possíveis para
Deus" (Lucas 18:27).
Nessa frase, as palavras
"dos" e "para" são uma só no original, cujo sentido literal
é "ao lado". Tome-se o lado do homem, na questão das riquezas, e
torna-se impossível a salvação. Porém, tome-se o lado de Deus sobre a questão e
a impossibilidade anterior se transforma em possibilidade.