Obs. Este artigo é um subsídio bíblico para a lição 8 do
3°trimestre, 2016.
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INTRODUÇÃO
Existem muitos grupos religiosos, os
quais são de fato, um desafio a mais, para a Igreja de Jesus alcança-lós com as
boas novas de Cristo. Entre esses grupos, encontramos católicos, espíritas,
judeus, islamismo, adeptos de seitas e aqueles que abandonaram a fé cristã.
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I.
OS ADEPTOS DE SEITAS
1.
Definindo seita e Heresia.
Saibamos o que significam as
palavras seita e heresia. Ambas derivam da palavra grega háiresis, que
significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola
etc,.
A palavra heresia é adaptação de
háiresis. Quando passada para o latim, háiresis virou seda. Foi do latim que
veio a palavra seita. Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo.
Quando o Cristianismo foi chamado
de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os líderes judaicos viam
os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do Judaísmo. Com o tempo,
háiresis também assumiu conotação negativa, como em 1 Co 11.19; Gl 5.20; 2 Pe
2.1-2.
Em termos teológicos, podemos
dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e que heresia indica as
doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se nessa explicação,
podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia, sem,
contudo, fazer parte de uma seita.
Há
outras definições sobre o que é seita:
1ª. — Um grupo de indivíduos
reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais
pessoas -Dr. Walter Martin.
2a. — É uma perversão, uma
distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos ensinos históricos da
Igreja cristã — Josh McDoweell e Don Stewart.
3a. — Qualquer religião tida por
heterodoxa ou mesmo espúria — J.K. Van Baalen.
2.
As pessoas mais difíceis de evangelizar.
O pesquisador Jan Karel Van Baalen
afirma: Os adeptos das seitas são as pessoas mais difíceis de evangelizar.
Dentre as razões apresentadas por Van Baalen, apontamos as seguintes:
a) Os adeptos das seitas não são
pessoas que devem ser despertadas para a religião.
O herege deixou a fé tradicional
em que foi criado e adotou, segundo pensa, coisa melhor, chegando até mesmo a
hostilizá-la. Ele renunciou ao plano de Deus para salvação em troca de algum
sistema de auto-salvação. Assim, para ele, a firmação do profeta, todas as
nossas justiças são como trapo de imundícia (Is 64.6) não reflete a verdade de
Deus.
b) O sectário bem informado é
consciente das falhas da religião protestante e evangélica.
Ele não consegue entender a
variedade denominacional. Além disso, pensa que sabe tudo sobre sua fé e está
convencido de que conhece mais acerca do que cremos do que nós mesmos.
c) Muitos adeptos fizeram
sacrifícios, contrariaram os seus familiares, suportaram a zombaria dos amigos
etc.
II. COMO INDENTIFICAR UMA SEITA
O método mais eficiente para se identificar uma seita é
conhecer os quatro caminhos seguidos por elas, ou seja, o da adição, subtração,
multiplicação e divisão. As seitas conhecem as operações matemáticas, contudo,
nunca atingem o resultado satisfatório.
1. Adição: O grupo adiciona algo à
Bíblia. Sua fonte de autoridade não leva em consideração somente a bíblia.
Por exemplo:
1) Adventismo do Sétimo Dia.
Seus adeptos têm os escritos de Ellen White como
inspirados tanto quanto os livros da Bíblia. Declaram: Cremos que: Ellen White
foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração,
têm aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia. Negamos
que a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam
diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas. Essa alegação é altamente
comprometedora. Diversas profecias escritas por Ellen White não se cumpriram.
Isso põe em dúvida a alegação de inspiração e sua fonte.
2) As Testemunhas de Jeová.
Eles creem que somente com a mediação do corpo
governante (diretoria das Testemunhas de Jeová, formada por um número variável
entre nove e 14 pessoas, nos EUA), a Bíblia será entendida. Declaram: Meramente
ter a Palavra de Deus e lê-la não basta para adquirir o conhecimento exato que
coloca a pessoa no caminho da vida.% A menos que estejamos em
contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na
estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia. Essa afirmação iniciou-se
com o seu fundador, Charles Taze Russell. Ele afirmava que seus livros
explicavam a Bíblia de uma forma única.
A Bíblia fica em segundo plano nos estudos das
Testemunhas de Jeová. É usada apenas como um livro de referência. A revista A
Sentinela tem sido seu principal canal para propagar suas afirmações. O
candidato ao batismo das Testemunhas de Jeová deve saber responder a
aproximadamente 125 perguntas. A maioria nega a doutrina bíblica evangélica.
Certamente, com a literatura das Testemunhas de Jeová, é impossível compreender
a Bíblia. Somente a Palavra de Deus contém ensinos que conduzem à vida eterna.
Adicionar-lhe algo é altamente perigoso! (Ap 22.18-19).
3)
Os mórmons
Nessa mesma linha estão os mórmons, que dizem crer
na Bíblia, desde que sua tradução seja correta. Ensinam: Cremos ser a Bíblia a
palavra de Deus, o quanto seja correta sua tradução; cremos também ser o
"Livro de Mórmon" a palavra de Deus (Artigo 8o das Regras
de Fé).
Eles acham que o "Livro de Mórmon" é mais
perfeito do que a Bíblia. Declarei aos irmãos que o Livro de Mórmon era o mais
correto de todos os livros da terra, e a pedra angular da nossa religião
("Ensinamentos do Profeta Joseph Smith", p. 178). Outros livros
também são considerados inspirados: "Doutrina e Convênios" e "A
Pérola de Grande Valor". Usam também a Bíblia apenas como livro de
referência.
Se dissermos aos mórmons que temos a Bíblia e não
precisamos do "Livro de Mórmon", eles responderão com esse livro: Tu,
tolo, dirás: uma Bíblia e não necessitamos mais de Bíblia! Portanto, porque
tendes uma Bíblia, não deveis supor que ela contém todas as minhas palavras;
nem deveis supor que eu não fiz com que se escrevesse mais (LM-2 Néfi 29.9-10).
Citam as variantes textuais dos manuscritos como argumento de que a Bíblia não
seja fidedigna. Ignoram, porém, que a pesquisa bíblica tem demonstrado a
fidedignidade da Palavra de Deus.
4) Os Meninos de Deus (A Família).
Eles dizem que é melhor ler os ensinamentos de David
Berg, seu fundador, do que ler a Bíblia. E quero dizer-vos francamente: se há
uma escolha entre lerem a Bíblia, quero dizer-vos que é melhor lerem o que Deus
diz hoje, de preferência ao que disse 2000 ou 4000 anos atrás! Depois, quando
acabarem de ler as últimas Cartas de MO podem voltar e ler a Bíblia e as Cartas
velhas de MO! ("Velhas Garrafas" - MO, julho, 1973, p. 11 n. 242-SD).
Práticas abomináveis, segundo a moral bíblica, são
justificadas com a Bíblia. A Igreja da Unificação, do Rev. Moon, julga ser seu
princípio divino de inspiração mais elevado do que a Bíblia. A Bíblia... não é
a própria verdade, senão um livro de texto que ensina a verdade. ...Portanto,
não devemos considerar o livro de texto como absoluto em todos os detalhes
("O Princípio Divino", Introdução, p. 7). Outro exemplo da
conseqüência de abandonar as Escrituras é observado nesse movimento. Além da
Bíblia, rejeitam também o Messias e seguem um outro senhor.
5) Os Kardecistas
Eles não têm a Bíblia como base, mas a doutrina dos
espíritos, codificada por Allan Kardec. Usam um outro Evangelho conhecido como
"O Evangelho Segundo o Espiritismo". Dizem: Nem a Bíblia prova coisa
nenhuma, nem temos a Bíblia como probante.
O Espiritismo não é um ramo do Cristianismo como as
demais seitas chamadas cristãs. Não assenta os seus princípios nas Escrituras.
Não rodopia junto à Bíblia. Mas a nossa base éo ensino dos espíritos, daí o
nome - Espiritismo ("A Margem do Cristianismo", p. 214). Procuram
interpretar as parábolas e ensinos de Jesus Cristo segundo uma perspectiva
espírita e reencarnacionista. A Palavra de Deus é bem clara quanto às
atividades espíritas e suas origens.
A Igreja de Cristo Internacional (Boston) interpreta a
Bíblia segundo a visão de Kipp Mckean, o seu fundador. Um sistema intensivo de
discipulado impede outras interpretações. Qualquer resistência do discípulo,
referindo-se à instrução, desencadeará uma retaliação social.
Resposta
Apologética:
O apóstolo Paulo diz que as Sagradas Letras tornam
o homem sábio para a salvação pela fé em Jesus (2 Tm 3.15); logo, se alguém ler
a Bíblia, somente nela achará a fórmula da vida eterna: crer em Jesus. A
Bíblia relata a história do homem desde a antigüidade. Mostra como ele caiu no
lamaçal do pecado. Não obstante, declara que Deus não o abandonou, mas enviou
seu Filho Unigênito para salvá-lo.
Assim, lendo a Bíblia, o homem saberá que sem Jesus não
há salvação. Ele não procurará a salvação em Buda, Maomé, Krishna ou algum
outro, nem mesmo numa organização religiosa; pois a Bíblia é absoluta e
verdadeira ao enfatizar que a salvação do homem vem exclusivamente por meio de
Jesus (Jo 1.45; 5.39-46; Lc 24.27,44; At 4.12; 10.43; 16.30-31; Rm 10.9-10).
2. Subtração: O grupo tira algo da pessoa de Jesus.
1) A maçonaria
vê Jesus simplesmente como mais um fundador de religião,
ao lado de personalidades mitológicas, ocultistas ou religiosas, tais como,
Orfeu, Hermes,Trimegisto, Krishna, (o deus do Hinduísmo), Maomé (profeta do
Islamismo), entre outros. Se negarmos o sacrifício de Jesus Cristo e sua vida,
estaremos negando também a Bíblia que o menciona como Messias (Is 7.14 - Mt
1.21-23; Dn 7.13-14). Ou cremos integralmente na Palavra de Deus como
revelação completa e, portanto, nas implicações salvíficas que há em Jesus
Cristo, ou a rejeitamos integralmente. Não há meio termo.
2) A
Legião da Boa Vontade (LBV) subtrai a natureza
humana de Jesus, dizendo que Jesus possui apenas um corpo aparente ou fluídico,
além de negar sua divindade, dizendo que ele jamais afirmou que fosse Deus.10
Jesus não poderia nem deveria, conforme as imutáveis Leis da Natureza,
revestir o corpo material do homem do nosso planeta, corpo de lama,
incompatível com sua natureza espiritual, mas um corpo fluídico ("Doutrina
do Céu da LBV", p. 108).
Agora, o mundo inteiro pode compreender que Jesus, o
Cristo de Deus, não é Deus nem jamais afirmou que fosse Deus ("Doutrina do
Céu da LBV", p. 112).
Outros grupos também subtraem a divindade de Jesus: as
Testemunhas de Jeová dizem que Ele é o arcanjo Miguel na sua preexistência,
sendo a primeira criação de Jeová.
Os adventistas ensinam que Jesus tinha uma natureza
pecaminosa, caída. Dizem, Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação
eterna ("Testemunhos Seletos", vol. III, p. 22 — 2 edição, 1956).
Os Kardecistas ensinam que Jesus foi apenas um médium
de Deus. Dizem que Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de
Deus ("A Gênese", p. 311).
Resposta
Apologética:
A Bíblia ensina que Jesus éDeus (Jo 1.1; 20.28;Tt 2.13;
1 Jo 5.20 etc). Assim sendo, não pode ser equiparado meramente a seres humanos
ou mitológicos, nem mesmo com os anjos, que o adoram (Hb 1.6). A Bíblia atesta
a autêntica humanidade de Jesus, pois nasceu como homem (Lc 2.7), cresceu como
homem (Lc 2.52), sentiu fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), comeu e bebeu (Mt
11.19; Lc 7.34), dormiu (Mt 8.24), suou sangue (Lc 22.44) etc. Foi gerado pelo
Espírito Santo no ventre da virgem Maria, sendo portanto, santo, inocente e
imaculado (Hb 7.26). É verdadeiramente Deus (Jo 5.18; 10.39-33; 1 Jo 5.20) e
verdadeiramente homem (Lc 19.10).
3. Multiplicação: Pregam a auto-salvação. Crer em Jesus é importante, mas
não é tudo. a salvação é pelas obras. às vezes, repudiam publicamente o sangue
de jesus:
1) A
Seicho-No-Iê nega a eficácia da obra redentora de Jesus e o valor
de seu sangue para remissão de pecados, chegando a dizer que se o pecado
existisse realmente, nem os budas todos do Universo conseguiriam extingui-lo,
nem mesmo a cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo.
2)
Os mórmons afirmam crer no sacrifício expiatório de Jesus, mas
sem o cumprimento das leis estipuladas pela Igreja não haverá salvação. Outro
requisito foi exposto pelo profeta Brigham Young, que disse: Nenhum homem ou
mulher nesta dispensação entrará no reino celestial de Deus sem o consentimento
de Joseph Smith. O Homem tem de fazer o que pode pela própria salvação
("Doutrinas de Salvação", p. 91, volume III, Joseph Fielding Smith).
Por isso, eles têm grande admiração por Smith.
3)
Os adventistas, por meio de sua profetisa Ellen
Gould White, ensinam que a guarda do sábado implica salvação e que os
benefícios da morte de Cristo nos serão aplicados desde que estejamos vivendo
em harmonia com a lei, que, no caso, é guardar o sábado. Santificar o sábado
ao Senhor importa em salvação eterna ("Testemunhos Seletos", vol.
III, p. 22 - 2' edição, 1956).
Doutrinas semelhantes são ensinadas pela Igreja da Unificação do
Rev. Moon, que desdenha os cristãos por acharem que foram salvos pelo sangue
que Jesus verteu na cruz, chegando a dizer que os que assim ensinam estão
enganados. Dizem: Como tem sido vasto o número de cristãos, durante os 2000
anos de história cristã, que tinham plena confiança de terem sido completamente
salvos pelo sangue da crucifixão de Jesus!13
4) As
Testemunhas de Jeová ensinam que a redenção de Cristo oferece
apenas a oportunidade para alguém alcançar sua própria salvação por meio das
obras. Jesus simplesmente abriu o caminho. O restante é com o homem. Uma de
suas obras diz: Trabalhamos arduamente com o fim de obter nossa própria
salvação.
Outra declaração: Somos salvos por mais do que
apenas crer na mensagem do Reino de todo o nosso coração; também temos de
declarar publicamente esta mensagem do reino a outros, para que estes também
possam ser salvos para o novo mundo de Deus ("Do Paraíso Perdido ao
Paraíso Recuperado", p. 249 STV).
Resposta
Apologética:
A Bíblia declara que todo aquele que nega a existência
do pecado está mancomunado com o diabo, o pai da mentira (Jo 8.44 comparado com
1 Jo 1.8). A eficácia do sangue de Cristo para cancelar os pecados nos é
apresentada como a mensagem central da Bíblia. E a base do perdão dos pecados
(Ef 1.7; 1 Jo 1.7-9; Ap 1.5).
Com respeito à salvação pelas obras, a Bíblia é clara
ao ensinar que somos salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de
nós, é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef
2.8-9). Praticamos boas obras não para sermos salvos, mas porque somos salvos
em Cristo Jesus, nosso Senhor.
As obras são o resultado da salvação, não o seu agente.
O valor das obras está em nos disciplinar para a vida cristã (Hb 12.5-11; 1 Co
11.31-32). Paulo declara em Cl 2.14-17 que o sábado semanal fazia parte das
ordenanças da lei que foram cravadas na cruz e que não passavam de sombras,
indicando assim que o verdadeiro descanso encontramos em Jesus (Mt 11.28-30).
4. Divisão: Dividem a fidelidade entre Deus e a organização. desobedecer à
organização ou à Igreja equivale a desobedecer a Deus. Não existe salvação fora
do seu sistema religioso, da própria organização ou igreja.
Quase todas as seitas pregam isso, sobretudo as
pseudocristãs, que se apresentam como a restauração do Cristianismo primitivo,
que, segundo ensinam, sucumbiu à apostasia, afastando-se dos verdadeiros ensinos
de Jesus. Acreditam que, numa determinada data, o movimento apareceu por
vontade divina para restaurar o que foi perdido. Daí a ênfase de exclusividade.
Outras, quando não pregam que não integram o Cristianismo redivivo, ensinam que
todas as religiões são boas, e que a sua somente será responsável por unir
todas as demais. Dizem que segundo o plano de Deus ela foi criada para esse
fim, como é o caso da fé Bahá’í e outros movimentos ecléticos.
Resposta
Apologética:
O ladrão arrependido ao lado de Jesus na cruz entrou no
Céu sem ser membro de nenhuma dessas seitas (Lc 23.43), pois o pecador é salvo
quando se arrepende (Lc 13.3) e aceita a Jesus como Salvador único e pessoal
(At 16.30-31). Desse modo, ensinar que uma organização religiosa possa salvar é
pregar outro evangelho (2 Co 11.4; Gl 1.8). Isso implica dividir a
fidelidade a Deus com a fidelidade à organização e tira de Jesus a sua
exclusividade de conduzir-nos ao Pai (Jo 14.6). Não há salvação sem Jesus (At
4.12; 1 Co 3.11).