Obs. Este artigo é um subsídio bíblico para a lição 6 do
3°trimestre, 2016.
Atenção. Para a continuação deste artigo, acesse aqui
INTRODUÇÃO
Existem muitos grupos os quais de fato
são desafiadores para uma igreja evangelizadora. Por exemplo, os homossexuais,
os criminosos, os viciados e as prostitutas. Dentre esses grupos quero
discorrer um pouco sobre as prostitutas. Em seguida, falaremos sobre os
homossexuais à luz da Bíblia.
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I.O
EVANGELHO ÀS PROSTITUTAS.
Jesus pessoalmente evangelizou prostitutas. Isto fica provado em duas
conhecidas passagens da Bíblia Sagrada. E serve de ensinamento no sentido de
que não podemos ser seletivos ao anunciar o evangelho. As prostitutas também
precisam de salvação.
1. Jesus evangeliza a mulher samaritana (Jo 4.1- 420).
Uma mulher se aproxima, saindo da vila, para encher
o seu cântaro. É estranho que escolha este horário. Buscar água é uma tarefa
que as mulheres realizam no fresco da manhã ou à noite.
Uma mulher normalmente não se deslocaria os oitocentos metros que
separavam o poço da vila, carregando um pesado vaso com água, na parte mais
quente do dia.
Além disso, nesta hora, ela vai perder a chance de se encontrar com as
outras mulheres da vila, que gostam de demorar no poço, bisbilhotando enquanto
enchem seus vasos. Ou será que ela quer evitar a presença das outras
mulheres?
Há uma razão para se
envergonhar das outras: É prostituta.
Sua situação é conhecida em toda a cidade, e as pessoas respeitáveis não se
aproximam dela.
a) Jesus
faz a abordagem (Jo 4.7).
"Dá-me de beber". Numa frase as palavras de Jesus quebram a
tensão. É que maneira simples de começar a conversa.
Ele estava com sede e a mulher tinha água para lhe oferecer. Se não
tivesse falado primeiro, provavelmente a mulher teria receio de se dirigir a
Ele. E, pedindo algo a ela, Ele a fez sentir-se importante.
A mulher se assusta com este judeu lhe pedindo um favor. Aproveitando a
oportunidade e o contexto da situação para explicar-lhe a sua missão, Jesus
fala à mulher da água viva, que lhe pode dar. Com efeito, Jesus tornou atraente
o que tinha a oferecer.
Jesus compara a água viva com a água deste mundo, que não pode matar a
sede para sempre. Quem beber a água do mundo voltará a ter sede (o tempo em que
a palavra é usada dá a entender uma sede sem fim, que alcança a eternidade ou o
inferno). Mas quem beber da água que Ele oferece, nunca mais terá sede. A sua
água se transformará em "uma fonte que salta para a vida eterna".
2. Jesus perdoa uma prostituta na casa de Simão (Lc 36 – 50).
Lucas a chama de hamartolos, melhor entendido aqui por “prostituta”. Nesse texto a
mulher é identificada como uma 'pecadora' [hamartolos], significando que era
uma prostituta. O versículo 47 relata que Jesus falou dos ‘seus' muitos
pecados, o que deixa clara que aquela mulher era de faro uma prostituta.
O relato do jantar de Jesus na casa de Simão, o Fariseu, ilustra seu
ensino sobre o pecado e a salvação.
Para os judeus, uma refeição era um convite de alto valor social,
representava um selo de amizade e reconhecimento entre os convidados. Como as
mesas eram baixas, e ao redor havia uma série de divãs e almofadas, os
convidados se reclinavam sobre eles, com os pés pra trás, a fim de degustarem
as iguarias que eram trazidas por escravos ou empregados. Estes, além de
servirem à mesa, cuidavam da recepção aos convivas, que incluía ungir com óleos
e perfumes, lavar e enxugar os pés, especialmente dos mestres da Torá (Lei).
Alguns senhores ou patrões dispensavam seus criados da cerimônia de
recepção e a realizavam eles próprios, numa atitude de elevada estima e
consideração por seus amigos. Assim, a sala de refeição ficava, em geral,
repleta de pessoas; umas comendo e descansando, outras, entrando e saindo para
servir aos comensais.
É neste contexto que uma mulher, desejosa de abandonar sua vida de
prostituição e encontrar a paz (Jo 8.11), entra na sala em busca do Senhor,
trazendo o melhor que possuía: amor no coração, fé no Filho de Deus,
arrependimento, desejo de mudar e adoração (um frasco caríssimo de óleos
aromáticos).
Jesus estava reclinado, com os pés estendidos e distantes da mesa
central. A mulher, não querendo se interpor entre Jesus e o fariseu anfitrião,
preferiu, humildemente, ungir os pés de Jesus à sua maneira, mas com especial e
genuína devoção.
O frasco era feito de alabastro (uma rocha branca e fácil de moldar). Uma garrafa globular, com gargalo
comprido, contendo unguento (óleo) perfumado, cujo valor correspondia à
cerca de 300 dias de trabalho braçal.
O frasco (vaso) precisava ter seu gargalo quebrado, e usava-se todo o
conteúdo numa única aplicação. Ato semelhante foi realizado por Maria de
Betânia, poucos dias antes da crucificação (Jo 12.3).
a) Jesus perdoa à prostituta (Lc 7.48,50).
O ato de humildade e amor desta mulher mostra que
ela tinha sido perdoada. Jesus não ignorou os seus pecados. Na verdade, Ele
sabia que esta mulher era pecadora (Lc 7.39), e sabia que os seus pecados eram
muitos. Mas o fato de que os seus muitos pecados fossem perdoados provocou nela
um transbordamento de muito amor por Jesus. Não foi o amor da mulher que lhe
trouxe o perdão, porque ninguém consegue conquistar o perdão como um pagamento
ou recompensa.
A sua fé em Jesus, apesar dos muitos pecados que ela já havia cometido,
é que a salvou (7.50). Em contraste, as pessoas fanáticas, como Simão, sentem
que não têm pecados que necessitem de perdão, portanto elas têm também pouco
amor para mostrar por isto.