Obs. Lições Bíblicas – CPAD – 4° trimestre de 2016 –
Classe: Jovens
TEXTO DO DIA
"Cada
dia te bendirei e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos." (Sl
145.2)
SÍNTESE
Se
tudo tem uma razão de ser, somente o Criador poderia dar sentido a cada detalhe
do universo Alegre-se, você é a realização do mais lindo projeto de Deus. Por
isso, você nasceu para adorar.
AGENDA DE
LEITURA
SEGUNDA
- Sl 30.12 - O desejo do salmista
TERÇA -
Sl 111.10 - O louvor a Deus é o que permanece para sempre
QUARTA - Ap 7.12 - O
cântico dos anjos
QUINTA
- Fp 4.20 - O único digno de todo louvor
SEXTA -
Jd 25 - Um cântico da Igreja Primitiva
SÁBADO
- Sl 79.13 - O povo de Deus o louvará para sempre
OBJETIVOS
• DEMONSTRAR que a adoração é um
privilégio da humanidade.
• REFLETIR a respeito do privilégio
de louvar a Deus eternamente.
• RESSALTAR a verdade de que
nascemos para uma vida de adoração.
INTERAÇÃO
Carol
(a) educador(a), como diz o pregador, ‘melhor é o fim das coisas do que o
princípio delas (Ec 7.8). Sinceramente espero que sua jornada de estudo e
ensino tenha sido uma experiência tão gratificante quanto foi desenvolver esta
lição bíblica. Torço para que seu ministério seja mais e mais abençoado. São
poucas as pessoas que se dedicam ao ensino da Palavra muito menos aquelas que
se especializam em comunicar as verdades profundas do Evangelho na linguagem
dos jovens. Se ninguém jamais reconheceu sua chamada, vocação e dedicação, como
um mensageiro de Deus, para sua vida desejo declarar, seu trabalho não é
inútil, pois é feito para o Senhor!
Aproveite
esse final de trimestre para, em particular, fazer uma análise sobre o
desenvolvimento das aulas e crescimento de seus alunos. Coletivamente, celebre,
louve a Deus, confraternize-se com sua classe, afinal de contas você e eles
merecem PARABÉNS.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Você
vai precisar de uma caixa com objetos variados, papel e lápis. Entregue as
folhas e lápis aos alunos. Em seguida informe-os que a medida que você for
retirando os objetos de dentro da caixa eles terão 30 segundos para escrever
qual a finalidade deles. Use a quantidade de objetos que quiser, quanto mais
diferentes forem as finalidades dos mesmos melhor. Depois de apresentar os objetos
que você selecionou, faça suspense para a última pergunta que você fará, e
então os indague: ‘Você, enquanto pessoa, nasceu para quê?’ Seus alunos terão
mais dificuldade para responder essa pergunta, lembre-os dos 30 segundos.
Concluindo solicite a participação de alguns educandos, especialmente para
falarem a respeito de suas respostas a última pergunta. Finalize esse momento
afirmando enfaticamente para cada aluno que eles nasceram para adorar ao Pai
celeste.
TEXTO BÍBLICO
Apocalipse 4.6-9
6 E havia diante do
trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao
redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás.
7 E o primeiro animal
era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o
terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma
águia voando.
8 E os quatro animais
tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios
de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo,
Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.
9 E, quando os
animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre
o trono, ao que vive para todo o sempre.
INTRODUÇÃO
É
a respeito da vida eterna, e o que faremos no céu diante do trono de Deus, que
falaremos nesta última lição do trimestre. Fomos criados para a adoração,
salvos para o louvor, e seremos glorificados para ETERNAMENTE venerar o
Criador.
I - O FIM DO COMEÇO
1. Deus requer
adoração de seus filhos.
Depois
de termos estudado todo um trimestre a respeito da relação entre Deus e a
adoração que a Ele oferecemos, devemos ter bastante claro que adoração não é
uma necessidade do Senhor, mas um privilégio de toda a criação. Lembremo-nos de
que o Criador não tem carência alguma (Rm 11.35 36).
O
Deus do cristianismo não é como as divindades do panteão grego. Segundo a
mitologia grega Zeus. Apoio. Baco. Atenas, etc., eram imortais - não eternos e
precisavam das orações dos humanos para manter a sua vitalidade. Nosso Deus. ao
contrário, é Criador, livre e independente. A adoração do universo a Ele é pura
gratidão (Sl 69.34).
2. Tudo que tem
fôlego, louve ao Senhor.
A
finalidade de toda criação é louvar ao Senhor (Sl 19.1). Se a simples
existência de algo ou alguém no universo, ou alguma de suas ações, não exaltam
ao nome do Criador, este ser, ou suas ações, estão fora do propósito eterno criado
por Deus para eles (Is 45.9-12).
A
redenção oferecida por Jesus tem como finalidade religar todas as conexões que
um dia foram quebradas, mas que clamam por restauração. A criação, desta forma,
deve ser vista como um ato soberano e gracioso de Deus. O louvor e a adoração
por nós oferecidos ao Senhor dota de sentido nossa existência, diante do caos
cósmico originado pela Queda.
3. Os efeitos da
Queda sobre a totalidade das coisas.
Como
bem sabemos, não foi apenas a humanidade que herdou consequências tristes depois
da Queda (Gn 3.16.17.19). Também a natureza sofreu uma série de revezes que tinham
como principal objetivo atingir a relação daquela com o Criador (Gn 3.18).
O
projeto satânico era impedir que cada ser do universo, especialmente a
humanidade, se tornasse pleno por meio da adoração. Já que o Inimigo havia caído
de seu estado originário e negado-se a reconhecer ao Senhor como único
merecedor de louvor e adoração, este também desejava conduzir o homem e o
restante da natureza ao mesmo estado sombrio, solitário e decadente (Gn 3.7; 1
Tm 117). Foi por isso que ainda no início de tudo, Deus anunciou qual seria o
fim (Gn 3.15). Deste ponto em diante da história, iniciou-se uma contagem
regressiva de dois momentos: o primeiro, registrando no tempo o sacrifício de
restauração de todas as coisas; e o segundo momento, ainda em contagem,
marcando o reencontro de todas as coisas com o Criador para. eternamente assim
permanecer.
II - O COMEÇO DO FIM
1. Nosso encontro com
o Senhor.
A
imagem predileta que a Bíblia utiliza para falar do futuro encontro do povo de
Deus com seu Criador/Salvador é de um momento extremamente feliz: um casamento
(Mt 25; Ap 19.7.9) Na cultura do Oriente Antigo esta é uma das celebrações de
maior importância social efusivamente comemorada tanto pelos noivos como pela
comunidade convidada. Não pode ser um tempo de tristeza, antes é de completa
alegria. Se nossa separação originária foi trágica, mais especificamente. uma
expulsão (Gn 3.22-24), nossa reconciliação plena será prazenteira (Is 62.5). A
concepção de um tempo de exclusiva celebração deve ser algo para nos alegrar de
modo extraordinário. As promessas bíblicas falam sobre o fim de todo tipo de
sofrimento (Ap 21.3.4; 23-27). Não será um tempo de desocupação, e sim, um
ativo período de adoração e continuo conhecimento do Senhor.
2.O que faremos no
céu.
Lembremo-nos
de que no céu não seremos anjos, continuaremos sendo nós mesmos com corpos
glorificados (1 Co 15.54). Os santos anjos são mensageiros que adoram a Deus
com sua obediência e serviço aos que creem em Jesus.
Há
até os serafins, que dizem 'Santo. Santo. Santo, é o Senhor dos Exércitos; toda
a terra está cheia da sua glória" (Is 6.3). As descrições que o livro do
Apocalipse traz, ainda que em grande parte alegóricas, servem para ilustrar que
existe uma arquitetura celeste, uma nova Jerusalém que possui áreas diferentes,
cada uma destas com propósitos e componentes específicos. Em resumo, a vida no
céu não será monótona e cheia de repetições.
3. A perfeita
adoração.
É
Paulo quem nos assegura que o melhor que apresentamos para Deus hoje ainda está
longe de ser tudo o que viveremos enquanto adoradores (1 Co 13.9-12). Creia,
então, que todas as maravilhosas experiências com Deus, seus mais íntimos
momentos de comunhão, são apenas vislumbres, percepções indiretas, da grande
verdade que encontraremos no céu. Se hoje, em sua vivência cristã, já há
alegria e contentamento por tudo aquilo que Cristo concedeu a você, tente
imaginar como será a vida eterna com o Rei do universo (Is 62.8-12; Mt
19.28-30).
III - UMA ETERNIDADE
INTEIRA SÓ PARA ADORAR
1. Qual o sentido da
vida?
Essa
talvez seja uma das grandes perguntas que vez por outra, nos interpela De um
modo geral as pessoas buscam respostas em várias fontes: dinheiro,
relacionamentos, poder Para nós. a resposta para essa pergunta deve ser
simples: Nascemos para adorar (Jr 1714). Tudo em nossa vida. literalmente,
passará: nossa comunhão com Cristo permanecerá para todo sempre. É possível
sofrermos decepções em várias áreas de nossas vidas. Jesus, todavia, sempre nos
receberá de braços abertos (Is 40.11). Talvez não sejamos bons em muitas coisas
que desejamos ser, entretanto, adorar é algo que fazemos naturalmente, por um
impulso originário semeado por Deus em nosso ser. Quanto mais próximo de Deus
ficamos, mais evidente torna-se quem o Pai é, e quem somos nós (Tg 4.8).
2. Diga não ao
efémero, a eternidade aguarda-te.
Nós
devemos deixar-nos afetar muito mais pelo futuro do que pelo passado (Fp
3.13.34). O horizonte de uma vida celeste deve influenciar-nos a tomar decisões
corretas e dignas de alguém que passará a eternidade diante de Deus (2 Ts
1.5-12). Diante da certeza do céu, e de uma vida eternamente adorando, diga
não, cotidianamente, a tudo o que possa afastar você de sua comunhão com o
Senhor. Não permita que pequenas coisas, prazeres fugazes, instantes de ilusão,
roubem as certezas imperecíveis que Jesus garantiu por seu ato de amor na cruz.
Como a Bíblia declara: não sejamos profanos como Esaú (Hb 12.16); maldosos como
Caim (1 Jo 3.12): avarentos como Ananias e Safira. E sim, excelentes como
Daniel (Dn 5.12); cheios do Espirito como José (Gn 41.38): dedicados como Paulo
(2 Co 11.26).
3. Ser, adorar e
amar.
A
restauração que Deus tem a fazer em todo o universo, reestabelecerá todas as
coisas ao seu devido lugar. Por isso, esperemos com grande expectativa o
cumprimento das promessas de Cristo, sabendo que o advento integral do Reino de
Deus também nos atingirá de forma especial. Nossa interioridade, que hoje passa
por aflições, crises, medos e receios, será eternamente sarada (Ef 3.16). Nossas
dores, serão finalmente aniquiladas, e tendo nosso homem interior renovado a
semelhança de Cristo, poderemos adorar a Deus como nunca fizemos antes, para
experimentarmos assim todo o amor que o Pai, desde a fundação do mundo, tem
reservado para seus filhos amados (1 Pe 1.19-23). Lancemos fora todo medo, não
fomos feitos para a condenação ou para o inferno, por isso, aproximemo-nos com
confiança daquele que nos fez para sermos plenos adoradores de seu Filho Amado
(2 Pe 1.17).
SUBSÍDIO 1
Deus não é egoísta a ponto de criar bajuladores para sentarem-se
ao seu lado e entoar-lhe louvores. Se assim fosse, teria feito esses seres
fracos e dependentes. No entanto, temos a impressão de que Deus criou esses
quatro seres tão poderosos e ferozes quanto possível. Apesar disso, estão tão
perto do trono de Deus, que se sentem completamente envolvidos por sua presença
Gozando eternamente de sua glória, nada lhes resta a não ser adorá-Lo. Mas o
que existe em Deus capaz de envolvê-los ou dominá-los? É a sua santidade e não
a sua sabedoria, poder ou glória.
A santidade de sua presença é tão poderosa que aniquila os
impuros que se aproximam (Êx 28.35.43: 30.20.21) e o homem que tocou a arca e
morreu li Cr 13.9.10). Talvez C.S. Lewis tenha expressado melhor essa ideia
quando disse que nosso corpo mortal é demasiadamente fraco para suportar uma
simples fração da presença de Deus.
Certamente nos desfaríamos caso experimentássemos um pouco mais
dessa presença. Os nossos corpos não serão glorificados para que estejam
protegidos do sofrimento, mas para que sejamos fortalecidos e assim possamos
estar na presença de Deus’ (Comentário Bíblico Pentecostal; Novo Testamento. 4
ed . Rio de Janeiro: CPAD. 2006. p. 1859).
SUBSÍDIO 2
Apocalipse
21.6 - Assim como Deus terminou o trabalho da criação (Gn 2.1-3), e Jesus
concluiu a obra de redenção (Jo 19.30), eles também irão terminar todo o plano
de salvação, convidando os redimidos a uma nova criação e proclamando: Está
cumprido. Deus disse: 'Eu sou o Alfa e o Ômega, o Principio e o Fim'. Isto repete
1.8 (veja também 1.17; 2.8), onde Cristo tinha dito isto a João. Alfa e ômega
são a primeira e a última letra do alfabeto grego, Deus é soberano sobre a
história e está no controle de tudo. Deus prometeu que, a quem quer que tiver
sede, de graça Ele lhe dará da fonte da água da vida. Esta água também é
descrita em 22.1 e simboliza a vida eterna.
Jesus
tinha falado com a mulher samaritana a respeito desta água (Jo 4.13.14), assim
como a todos os que cressem nele (Jo 7 37.38). A água retrata a recompensa
daqueles que Venceram' (217). Estes já não terão mais necessidades, pois as
suas necessidades serão completamente satisfeitas por Deus. por toda a
eternidade Apocalipse 21.7.8 - Os versículos 7 e 8 formam um intervalo: eles
destinam-se aos leitores que precisam fazer uma escolha sobre se farão parte
dos vencedores, que herdarão todas as coisas (21.7)’ (Comentário do Novo
Testamento Aplicação pessoal. Vol 2 Rio de Janeiro: CPAD. 2010. p 914).
CONCLUSÃO
Vivemos
para adorar ao Pai, tendo sido libertos do domínio do pecado por Jesus e seu
sacrifício salvífico, e por meio do Espirito Santo que nos ensina
cotidianamente a como apresentar o melhor de nós para Deus.
HORA DA REVISÃO
1. Deus precisa de
nossa adoração? Justifique sua resposta.
Não,
adoração é um privilégio que Deus concede aos seres criados, nunca uma
necessidade sua.
2. Qual era o plano
eterno de Deus ao criar todas as coisas no inicie de tudo?
Criá-los
para um intimo e amoroso relacionamento com Ele por meio da adoração.
3. Qual a finalidade
de tudo o que existe no universo?
Exaltar,
louvar e adorar ao Deus Criador.
4. Que certeza
podemos ter acerca do futuro que Deus tem preparado para nós?
Haverá
uma restauração de todos os seres e coisas existentes de tal modo que tudo que
existirá será exclusivamente para a glória de Deus.
5. Qual o sentido de
nossas vidas?
Adorar
ao único Deus, criador de todas as coisas.
Fonte: Lições Bíblicas de Jovens, 4° trimestre de 2016
Editora: CPAD