TEXTO
ÁUREO
"Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz;
no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo." (Jo
16.33)
VERDADE
PRÁTICA:
As crises podem ser superadas com sabedoria, fé e com a
ajuda de Deus.
Segunda
- Hc 1.1,2: O questionamento e o silêncio de Deus em meio à crise
Terça
- Hc 1.3,4: Um profeta entristecido em meio à crise de violência e corrupção
Quarta
- Hc 2.2: A resposta de Deus em meio à crise
Quinta-
Hc 1.13: Deus usa o ímpio, em meio à crise, como instrumento de correção
Sexta
- Hc 3.17,18: A fé na provisão de Deus em tempos de crise
Sábado
- Hc 3.19: Deus é a nossa força em tempos de crise
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Habacuque
1.1-17
1
- O peso que viu o profeta Habacuque.
2
- Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência!
E não salvarás?
3
- Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição
e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o
litígio.
4
- Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio
cerca o justo, e sai o juízo pervertido.
5
- Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo,
em vossos dias, uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada.
6
- Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e apressada, que marcha sobre
a largura da terra, para possuir moradas não suas.
7
- Horrível e terrível é; dela mesma sairá o seu juízo e a sua grandeza.
8
- Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos e mais perspicazes do
que os lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda parte; sim, os
seus cavaleiros virão de longe, voarão como águias que se apressam à comida.
9
- Eles todos virão com violência; o seu rosto buscará o oriente, e eles
congregarão os cativos como areia.
10
- E escarnecerão dos reis e dos príncipes farão zombarias; eles se rirão de
todas as fortalezas, porque, amontoando terra, as tomarão.
11
- Então, passarão como um vento, e pisarão, e se farão culpados, atribuindo
este poder ao seu deus.
12
- Não és tu desde sempre, ó SENHOR, meu Deus, meu Santo? Nós não morreremos. Ó
SENHOR, para juízo o puseste, e tu, ó Rocha, o fundaste para castigar.
13
- Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação não podes
contemplar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas
quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?
14
- E farias os homens como os peixes do mar, como os répteis, que não têm quem
os governe?
15
- Ele a todos levanta com o anzol, e apanha-os com a sua rede, e os ajunta na
sua rede varredoura; por isso, ele se alegra e se regozija.
16
- Por isso, sacrifica à sua rede e queima incenso à sua draga; porque, com
elas, se engordou a sua porção, e se engrossou a sua comida.
17
- Porventura, por isso, esvaziará a sua rede e não deixaria de matar os povos
continuamente?
OBJETIVO
GERAL
Mostrar
que as crises que enfrentamos em nossa nação e no mundo são resultado do mundo
decaído.
HINOS SUGERIDOS: 50, 140, 474 da Harpa
Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Reconhecer que a crise é uma realidade do
mundo atual;
II. Mostrar que a crise é consequência do
pecado;
III. Explicar o porquê das crises política,
econômica e espiritual.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar
de estudarmos a respeito das crises que nossa nação e o mundo vêm enfrentando:
crise espiritual, política e econômica. O comentarista do trimestre é o pastor
Elienai Cabral - escritor e conferencista da Casa Publicadora das Assembleias
de Deus.
Aproveite o tema do trimestre para mostrar aos seus alunos que o
mundo está em crise, mas os céus não. Deus é Soberano e Senhor. Ele tem o
suprimento para todos aqueles que nEle confiam.
INTRODUÇÃO
Neste
trimestre, estudaremos as crises que o mundo decaído vem enfrentando ao longo
do tempo. Jesus nos alertou que no mundo teríamos aflições, mas prometeu estar
conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28.20). Não estamos
sozinhos em meio às crises. Sabemos que o Brasil enfrenta uma séria crise
política, moral e econômica sem precedentes.
Já
se fala em 11 milhões de desempregados. Muitas empresas estão fechando suas
portas; a indústria não consegue escoar a produção, pois o comércio não tem
para quem vender os produtos. E o resultado é a tão temida recessão econômica.
A crise também tem afetado a área da saúde. Os que buscam os hospitais públicos
sofrem nas filas de espera. Faltam médicos, remédios e leitos, e muitas pessoas
morrem sem conseguir atendimento. A Educação também tem enfrentado crises.
Vivemos em uma sociedade caótica, porém temos um Deus que cuida de nós. É o que
veremos nesta lição.
PONTO CENTRAL
A
crise espiritual, política e econômica que o mundo enfrenta é consequência do mundo
decaído.
I - A CRISE COMO UMA REALIDADE
1. Deus criou um mundo
perfeito.
Deus
criou um mundo perfeito e nele colocou o homem, para cuidar da criação e com
ela habitar. Adão recebeu do Criador a missão de governar a Terra e cultivar o
solo.
Por
um período de tempo (não sabemos quanto tempo), Adão e Eva viveram sem crise e
em harmonia, governando o mundo. Todavia, Adão e Eva caíram na tentação do
Diabo, desobedecendo à ordem de Deus. Com o pecado veio o juízo divino sobre
Adão, Eva e a serpente. A terra também sofreu as consequências do pecado (Gn
3.17). O pecado deformou a raça humana e fez com que o mundo viesse
experimentar as diferentes crises que temos visto.
A
primeira crise que Adão enfrentou foi no seu relacionamento com sua esposa,
Eva. Adão culpou a Deus e a mulher pelo seu erro (Gn 3.12). Em meio às crises,
sejam elas de diferente ordem, temos a tendência de sempre culpar alguém.
2. Uma sociedade em crise.
Com
a Queda, vieram os males e as crises, que assolam a Terra até os dias atuais. A
apostasia tornou-se universal. Hoje parece não haver mais limites ao adultério,
a imoralidade e a corrupção. O homem está cada dia mais distante de Deus e
cometendo toda sorte de torpeza. Nossa geração assemelha-se a dos dias de Noé.
Contudo,
Deus está no controle. O Dia do Senhor virá e a sua justiça será feita. Vivemos
em uma sociedade corrupta e perversa, mas não pertencemos a este mundo, por
isso, não podemos nos conformar com a sua maneira de pensar e agir (Rm 12.2).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A crise que atinge o mundo é real e é consequência da
Queda.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Adão e Eva tentaram igualar-se a Deus e determinar seus
próprios padrões de conduta (Gn 3.22). O ser humano, através da Queda,
tornou-se até certo ponto independente de Deus, e começou a fazer o seu próprio
julgamento entre o bem e o mal. Neste mundo, o julgamento ou discernimento
humano, imperfeito e pervertido, constantemente decide sobre o que é bom ou
mau. Tal coisa nunca foi da vontade de Deus, pois Ele pretendia que
conhecêssemos somente o bem, e para isso, dependendo dEle e da sua palavra.
Todos quantos confessam Cristo como Senhor, retornaram ao propósito original de
Deus para a humanidade. Passam a depender da Palavra de Deus para determinarem
o que é bom" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 38).
CONHEÇA MAIS
*Habacuque
"Habacuque profetizou a Judá entre a derrota dos assírios,
em Nínive, e a invasão de Jerusalém pelos babilônios (605 - 597 a.C.). O livro
é o único no seu gênero por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel,
mas sim a um diálogo entre o profeta e
Deus. Habacuque queria saber por que Deus não fazia algo a respeito da
iniquidade que predominava em Judá. Deus lhe responde, então, que enviaria os
babilônios para castigar a Judá. Esta resposta deixou o profeta ainda mais
confuso: 'Por que Deus castigaria o seu povo através de uma nação mais ímpia do que ele?' No fim,
Habacuque aprende a confiar em Deus, e a viver pela fé da maneira como Deus o
requer: independentemente das
circunstâncias." Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Pentecostal,
CPAD, p.1336.
Noé repovoou a terra,
porém o homem continuou com a semente do pecado em seu coração. Não demorou
muito para a crueldade adentrar na casa do próprio Noé.
II - A CRISE COMO UMA CONSEQUÊNCIA DO
PECADO
1. A crise na sociedade
antediluviana.
Depois
da Queda, o pecado se alastrou pela raça humana como um vírus letal (Gn 6.5).
Porém, o mundo antediluviano ainda não vivia o caos. Segundo as Escrituras
Sagradas não havia fome e a saúde do homem era boa, pois a expectativa de vida
era bem elevada, chegando quase a mil anos (Gn 5.27). Embora houvesse provisão,
saúde e expectativa de vida, o homem continuava longe de Deus e entregue a toda
a sorte de torpeza.
A
terra encontrava-se corrompida e cheia de
violência (Gn 6.11). Muitos, erroneamente, acreditam que a violência é
consequência da modernidade e do capitalismo. A violência é consequência do
pecado e da dureza do coração do homem, que vive longe do Criador. Dizendo
isso, não estamos negando que a pobreza, o desemprego e a falta de acesso à
educação contribuem para o aumento da violência.
Deus
é santo e não pode tolerar o pecado, por isso, decidiu frear a maldade do homem
trazendo o dilúvio (Gn 6.13). Mas Deus também é misericordioso. Em sua bondade
e misericórdia, Ele determinou que Noé construísse uma arca. A arca serviria
para abrigar Noé e sua família, os animais e todos aqueles que acreditassem na
pregação do servo de Deus. A arca era um refúgio contra a ira de Deus. Mas
aquelas pessoas não creram nas advertências de Noé e não quiseram buscar
refúgio em Deus. Somente Noé e sua família foram salvos das águas do dilúvio
formando uma nova civilização.
2. Crise na sociedade
pós-dilúvio.
Noé
repovoou a terra, porém o homem continuou com a semente do pecado em seu
coração. Não demorou muito para a crueldade adentrar na casa do próprio Noé. O
servo do Senhor plantou uma vinha, fez vinho e se embriagou (Gn 9.20,21). Seu
filho Cam, vendo o pai bêbado, expôs a sua nudez. Cam foi amaldiçoado por Noé
(Gn 9.25), numa mostra clara de que o pecado traz maldição para a família e
para a nação. Muitas vezes a crise é consequência do pecado.
Os
homens se estabeleceram na antiga planície da Suméria e não demorou muito para
iniciarem a construção de uma torre. Esse era um monumento para engrandecimento
do homem. Era a busca pelo poder. Muitos, na atualidade estão construindo
monumentos para si mesmo (casas, carros importados, joias, roupas de grife),
mas não ajudam aqueles que estão necessitados. Deus não se agradou desse
projeto arrogante e fez com que cada um falasse uma língua diferente,
dificultando o ajuntamento das pessoas em um só lugar. A sociedade
pós-diluviana não se tornou melhor do que a antediluviana, pois a iniquidade
humana continuou a crescer.
3. Crise nos tempos de Jesus
e na Igreja Primitiva.
Jesus
nasceu na terra de Israel, em uma região conhecida como Palestina. O Filho de
Deus veio ao mundo em um tempo em que o Império Romano dominava Israel. A
tensão política e a instabilidade social eram grandes. Era um tempo de crise
política, social, moral e espiritual. Mas, em meio às crises a luz raiou
dissipando as trevas e trazendo esperança para a humanidade. Nos dias de Jesus,
havia muitos pobres e necessitados. Por isso, o Mestre ensinava que era preciso
cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías (Is 58.6,7). Não adiantava dizer
que eram filhos de Abraão, caso não desfizessem o jugo do oprimido e
repartissem o pão com o faminto. Isso nos faz lembrar que a fé sem as obras é
morta (Tg 2.15-17).
A
Igreja Primitiva enfrentou uma terrível perseguição. Havia muitos necessitados,
todavia os irmãos acudiam os pobres e necessitados. Em tempos de crise, os bens
eram partilhados (At 4.34,35). É em meio à crise que podemos ver o quanto as
pessoas são generosas. A generosidade aliada à comunhão fazia com que muitos
fossem atraídos a Jesus Cristo, contribuindo para o crescimento da igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO II
A crise é uma consequência do pecado. Deus não tolera o
pecado. Para disciplinar seu povo, Ele usaria os babilônios (Hc 1.5-12).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Maldade
e violência
Essas palavras são usadas para caracterizar os pecados que
causaram o dilúvio de Gênesis. Maldade é rasab,
atos criminosos que violam os direitos dos outros e tiram proveito do
sofrimento deles. Violência é hamas, atos deliberadamente destrutivos que visam
prejudicar outras pessoas. Quando qualquer sociedade é marcada por situações
frequentes de maldade e violência corre o risco de receber o juízo de Deus.
Noé deve ser honrado por sua constante fidelidade. Ele trabalhou
durante anos na construção da arca numa planície sem água (Gn 6.3). Ele deve
ter sofrido zombaria sem piedade dos seus vizinhos, nenhum dos quais respondeu
às suas advertências acerca do juízo divino. Contudo, Noé não deixou de confiar
em Deus. Manteve uma postura obediente. Percebemos a qualidade de nossa fé
quando passamos por provações" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da
Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2012, p. 29).
III - A CRISE
1. A crise política.
Israel
enfrentou uma terrível crise política depois da morte de Salomão. Roboão, o
filho sucessor, pede conselhos aos anciãos, mas ignora as orientações deles.
Ele prefere seguir os conselhos de seus amigos (1 Rs 12.10). Roboão buscou
fazer aquilo que era melhor para si e não para o seu povo. Os resultados foram
os piores possíveis. A nação foi dividida, afastando o povo de Deus. Essa
divisão perdurou por muito tempo trazendo dor e sofrimento para todos. Quando
homens insensatos assumem o poder, toda a nação sofre as consequências.
Atualmente,
o Brasil está enfrentando uma crise política sem precedentes. Ela tem sido
destaque nos principais jornais do mundo. A cada dia surge um novo escândalo.
Estamos vivendo um momento muito delicado. A corrupção tem se alastrado como um
câncer, atingindo todos os poderes. Como Igreja do Senhor, temos que orar em
favor da nossa nação e lutar contra toda a forma de corrupção, pois temos um
Deus que é santo e que abomina tal condição. Quando escolhemos, de forma
errada, uma pessoa para nos representar tanto no Executivo quanto no
Legislativo, a injustiça se alastra e muitos problemas surgem, como os que
ocorreram em Israel (Dt 16.18-20; Is 1.23).
2. A crise econômica.
Muitos
países já enfrentaram terríveis crises econômicas ao longo dos anos. Nas
Escrituras Sagradas, encontramos, no livro de Gênesis, a extraordinária crise
de alimentos pela qual passou toda a terra (Gn 41.55,56). Porém, a crise foi
revelada a Faraó por intermédio de um sonho (Gn 41.1-8). Deus deu a José a
interpretação do sonho e ele foi levantado como governador do Egito. José
recebeu de Deus sabedoria para administrar em tempos de crise. A crise foi tão
intensa que pessoas de todas as terras se dirigiam ao Egito para comprar
alimento (Gn 41.57).
No
Brasil, a crise econômica que estamos enfrentando está diretamente ligada à
crise política. Segundo alguns economistas, o "Brasil não sairá da crise
econômica se não resolver a crise política e ética". Em meio à crise não
podemos nos desesperar nem nos entristecer. Precisamos orar e confiar no Deus
de toda provisão.
3. A crise espiritual.
No
texto bíblico dessa lição, o profeta Habacuque, que viveu e ministrou em Judá,
questionou a Deus a respeito da crise que seu povo estava enfrentando. O
profeta estava em meio a uma sociedade agonizante, e por isso, desejava algumas
respostas de Deus. Muitas vezes, como Habacuque, diante do caos também nos
perguntamos: "Por que Senhor?" O profeta ficou perturbado ao ver que
os ímpios prosperavam e os justos iam mal. Deus, entretanto, ouviu os
questionamentos do profeta. Ele ouve e responde nossas indagações, embora nem
sempre tenhamos as respostas no momento em que queremos. O Senhor não deixou
Habacuque sem resposta (Hc 2.1,2). O Senhor falou que o seu julgamento viria
sobre Judá. Deus não tolera o pecado. Para disciplinar seu povo, Ele usaria os
babilônios (Hc 1.5-12).
Habacuque
questiona a Deus, porém ele era um homem de fé. Suas indagações não eram
resultado de dúvida ou incredulidade. Ele confiava que Deus poderia suprir as
necessidades do seu povo mesmo não florescendo a figueira e não havendo fruto
na vide (Hc 3.17). Mesmo que não houvesse provisão, ele continuaria confiando
na fidelidade do Senhor. Confiar em Deus em tempos de abundância é
relativamente fácil; difícil é continuar confiando na provisão em meio à
escassez.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A crise que a nossa nação está enfrentando é espiritual,
política e econômica.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
O profeta Habacuque viveu
em Judá, provavelmente durante o reinado de Josias. Todavia, apesar do
verniz superficial da religião, essa sociedade foi arruinada pela injustiça.
No passado, muitos profetas já haviam identificado e condenado
duramente a sociedade injusta de Judá, mas foi sobre o governo de Manassés, avô
de Josias, que a sociedade hebraica comprometeu-se com a idolatria, atrelada
aos males sociais. Josias, que assumira o trono aos oito anos de idade,
conclamou a nação a que voltasse para Deus. Após ter encontrado um livro
perdido da lei de Deus, extirpou a idolatria, restabeleceu o Culto no Templo e
empenhou-se na administração da antiga lei de Deus. Muito embora, todos esses
procedimentos não tenham conseguido eliminar a corrupção, profundamente
enraizada entre o povo e suas instituições.
Habacuque, ao rogar a Deus por uma explicação do por que Ele
permitiria que o iníquo pecasse e o inocente sofresse, recebe a resposta. Na
época, Deus estava preparando os babilônios para ingressarem no rol das
potências mundiais.
O Senhor usaria as forças armadas desses pagãos para que seu
próprio povo fosse punido. Habacuque entendeu o plano de Deus, pois o uso de
nações inimigas para disciplinar Israel e Judá era um precedente bem
arquitetado. Não obstante, havia ainda um problema de ordem moral que
perturbava o profeta. Como poderia Deus usar um povo menos justo para
disciplinar o mais justo? Desde o
início, este tema palpitante tem causado preocupação aos crentes de uma forma
ou de outra. Por que permitiria Deus que o iniquio alcançasse sucesso neste
mundo?
Por que Ele não tomaria atitude alguma de sorte que os bons e
não os ímpios prosperassem? As respostas que encontramos em Habacuque deixam
evidente que o ímpio não será bem-sucedido, pois não há quem, bom ou mau, que
possa evitar a mão disciplinadora do Senhor" (RICHARDS, Lawrence O. Guia
do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.
10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 560).
CONCLUSÃO
O
mundo pode estar em crise, mas o Reino dos Céus não. O Senhor é soberano e não
perdeu o controle da situação. O governo está em suas mãos. O Dia do Senhor
virá e os justos e ímpios terão a sua recompensa. Não desanime. Confie, pois em
breve o Senhor virá em nosso socorro.
PARA REFLETIR
A
respeito da sobrevivência em tempos de crise, responda:
1. Qual era a missão de Adão antes da crise se
instalar na Terra?
Adão
recebeu do Criador a missão de governar a Terra e cultivar o solo.
2. As crises enfrentadas no mundo são
consequência de quê?
São
consequência da Queda.
3 . A sociedade
pós-diluviana tornou-se melhor que a antediluviana?
Não! O homem continuou a pecar de forma deliberada
contra Deus.
4. Quais eram as
crises e conflitos no tempo de Jesus?
A
tensão política e a instabilidade social eram grandes. Era um tempo de crise
política, social, moral e espiritual.
5. Quem Deus usou para administrar a crise de
alimentos no Egito?
José
recebeu de Deus sabedoria para administrar a crise.