29/05/2016
Obs. Lição de Jovens, 2°
trimestre de 2016- CPAD
TEXTO DO
DIA:
"Porque
ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não
sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens?." (1 Co 3.3)
SÍNTESE
A
família é o campo de treinamento de Deus, por isso, não pode se transformar em
um campo de batalha entre irmãos.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
- Gn 3.12 - O primeiro conflito familiar
TERÇA
- Gn 9.24,25 - Conflito familiar por causa de desrespeito
QUARTA
- Gn 21.9-12 - Conflito familiar por causa de ciúme
QUINTA
- Nm 12.1,2 - Conflito familiar por posição social
SEXTA
- 2 Sm 15.1-6 - Conflito familiar por poder
OBJETIVOS
MOSTRAR
que os conflitos familiares são um mal que atinge a humanidade desde o Éden;
ANALISAR
algumas causas de conflitos no seio da família, entendendo que decidir amar é o
remédio para solucionar esses problemas;
IDENTIFICAR
na parábola do filho pródigo semelhanças com a nossa história, tanto
espiritualmente como do ponto de vista familiar.
INTERAÇÃO
Professor, é possível e natural que, com o passar dos dias, a
empolgação do início do trimestre já tenha diminuído. Portanto, observe se há
algum aluno que tem faltado com frequência e procure informações sobre o motivo
de sua ausência.
O ideal é que o professor tenha, no mínimo, o número do telefone
de seus alunos, ou mesmo outras informações que facilitem um contato direto e
ágil. Se você tem esse cuidado, parabéns! Caso não, providencie o mais rápido
possível.
Quanto ao (s) ausente(s), vá em busca dele(s)! A estratégia a
ser utilizada para trazê-lo de volta à sua classe, deve levar em conta o motivo
pelo qual não é mais frequente à Escola Dominical. O professor comprometido com
a obra para a qual foi vocacionado, jamais desiste de seus alunos!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, a fim de introduzir o assunto e dinamizar a sua aula,
sugerimos que você realize uma pesquisa na internet e selecione casos de
conflitos familiares com seus inevitáveis prejuízos, com ou sem grande
repercussão, de lugar remoto ou de dentro de seu contexto social. Inicie a aula
expondo aos seus alunos os casos selecionados, usando, para isso, o recurso que
achar conveniente ou que estiver à sua disposição. Analise com seus alunos as
causas, possíveis ou reais, que deram origem a estes casos específicos e que,
obviamente, são as mesmas de outros tantos.
Faça-os compreender que os conflitos familiares são um mal que atinge a
humanidade desde o Éden, mas que precisa ser combatido a fim de que não destrua
as famílias. Ressalte, por fim, que decidir amar é o remédio para solucionar
esses problemas.
TEXTO BÍBLICO
Lucas
15.11-13,20,25-28
11. E
disse: Um certo homem tinha dois filhos.
12. E o
mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E
ele repartiu por eles a fazenda.
13. E,
poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra
longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente.
20. E,
levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e
se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o
beijou.
25. E o seu
filho mais velho estava no campo; e, quando veio e chegou perto de casa, ouviu
a música e as danças.
26. E,
chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
27. E ele
lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu
são e salvo.
28. Mas ele
se indignou e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele.
INTRODUÇÃO
Os
conflitos familiares são tão antigos quanto a própria raça humana. Eles
começaram a partir do Éden, com a Queda, atingindo Adão e Eva e,
posteriormente, Caim e Abel. Desde muito cedo, o homem natural é inclinado a
pecar, o que pode ser visto já nas crianças de tenra idade, que são inclinadas
ao egoísmo. Esse é o grande problema da humanidade. Na narrativa bíblica, os
grandes homens de Deus enfrentaram sérios conflitos em suas famílias, como é o
caso dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó, Davi... O único remédio para
solucionar conflitos é o amor de Deus que foi derramado em nossos corações pelo
Espírito Santo (Rm 5.5). A parábola do filho pródigo narra o epicentro dos
conflitos familiares. Filho rebelde em atrito com irmão que não perdoa, e o
Pai, que representa Deus, em busca da reconciliação familiar. Essa é a história
de todos nós!
I - O GRANDE PROBLEMA
1. A
maldade humana.
A
natureza humana decaída é fonte primordial de todos os conflitos familiares.
Jesus disse que é do coração do homem que saem os maus pensamentos, os
adultérios, as prostituições, os homicídios (Mc 7.21). Assim, num agrupamento
humano, seja a família, a escola ou a igreja, sempre haverá pessoas com maus
pensamentos. Dessa forma, existe no homem natural a tendência ao pecado, que
Paulo chama de inclinação da carne (Rm 8.6), por isso, no seio familiar sempre
acontecem conflitos. Diante disso, cabe aos cristãos dispensarem às suas
famílias uma educação que valorize o fruto do Espírito, que conduza à vida e à
paz. A família é campo de treinamento de Deus e não pode se transformar em
campo de batalha entre irmãos.
2. O início
precoce.
A
inclinação para o mal é bem clara na espécie humana, depois da Queda, e começa
bem cedo. Deus disse que a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice
(Gn 8.21) e que a estultícia (insensatez) está ligada ao coração do menino (Pv
22.15). Percebe-se claramente tal comportamento nas crianças ainda em tenra
idade.
O
mundo pós-moderno, porém, ao invés de tentar melhorar o homem, ensinando-lhe
valores morais, tem erguido métodos educacionais prejudiciais, tais como o
construtivismo, baseado na ideia de que o conhecimento não é objetivo, mas uma
construção social. Por conseguinte, não deveriam ser dadas respostas
"certas" às crianças, pois estas deveriam ser ensinadas a criar suas
próprias soluções. A educação cristã fará com que a insensatez da criança seja
debelada.
3. A
insaciabilidade.
O
homem é insaciável. Ele sempre quer ter mais e mais, o que pode ser visto,
igualmente, no seio familiar. O campo de treinamento do Senhor - a família - deve refrear essa ânsia pelo
possuir e impregnar o desejo pelo repartir, tarefa que não é fácil. Esse é mais
um aspecto do grande problema: a cobiça. Está escrito que o homem natural nunca
satisfaz a sua cobiça (Ec 6.7).
A
cosmovisão judaico-cristã, porém, possui condições de incutir no homem valores
morais indispensáveis, como o altruísmo, a solidariedade, a bondade, a
humildade, que combaterão essa terrível inclinação carnal (1 Co 3.3),
transformando-o num verdadeiro cidadão do céu.
Pense
É possível ter esperança de que, um
dia, o mundo será livre das mazelas que hoje são presenciadas em todos os
lugares, e até na família?
Ponto
Importante
O homem, enquanto estiver nesta
casa terrestre, estará sujeito a inúmeras fraquezas, que geram conflitos; mas
um dia, na eternidade a paz será perfeita.
II - FAMÍLIAS EM CONFLITO
1.
Ingratidão e desprezo.
Há
pessoas que não podem obter êxito em alguma área da vida, que logo tratam de
menosprezar os outros. Tal circunstância aconteceu na família de Abraão, logo
após Agar ficar grávida. Está escrito: "[...] e, vendo ela [Agar] que
concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos" (Gn 16.4). Diante
disso, ela foi expulsa da casa. No deserto, Deus falou com Agar, chamando-a de
serva de Sarai e mandou que ela se humilhasse diante de sua senhora (Gn
16.7,9). Deus é justo e fiel. Nunca, em tempo algum, o Senhor compactuou com
ingratidão e desprezo dentro ou fora da família. Outro caso bem significativo
foi o desprezo sofrido por Léia. Jacó, seu esposo, a desprezava e, por isso,
Deus curou sua infertilidade, enquanto Raquel, sua irmã e concorrente,
permaneceu estéril (Gn 29.31) por muito tempo (Gn 30.22).
2. Soberba
e ciúme.
O
sucesso alheio nem sempre foi bem digerido pelos membros da família. Moisés era
um homem bem-sucedido e tinha uma família unida. Sua irmã Miriã salvou sua
vida, quando ele era bebê. Seu irmão Arão era o seu porta-voz. Tudo estava
tranquilo, até que a soberba e o ciúme entraram no seio familiar. Está escrito:
"E falaram Miriã e Arão contra Moisés [...] E disseram: Porventura, falou
o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu"
(Nm 12.1,2). Miriã e Arão achavam que mereciam mais: soberba. E que Moisés
tinha prestígio demais: ciúme.
Não
são essas as causas de muitos conflitos familiares?
A
situação foi resolvida somente quando Deus interveio, chamando os três para uma
conversa na tenda da congregação. Os soberbos e ciumentos irmãos foram
repreendidos. Infelizmente, muitas famílias são destruídas por permitirem que
tais sentimentos prevaleçam. O amor não se ensoberbece (1 Co 13.4).
3. O
remédio sublime.
Em
toda a Bíblia encontramos famílias em conflitos e, para todas elas, só houve um
remédio: o amor. A prática do mal somente é vencida pela prática do bem. Se for
pago mal com mal, o mal sempre prevalecerá. E não haverá vencedores. Se for
pago, na família, olho por olho, é possível que, em breve, acabem todos cegos.
José teve que amar seus irmãos (Gn 45.1-15) e, inclusive, os beijou (aliás,
somente depois que os beijou foi que eles falaram com José); Davi também amou
seus ingratos irmãos (1 Sm 17.28,29; 22.1), dentre muitos outros. Como se sabe,
amar não é um sentimento, mas uma decisão. É preciso decidir amar, ainda que os
pais não cumpram seus papéis. Ainda que os irmãos enfrentem rivalidades. Está
escrito que o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta... e que ele
nunca falha (1 Co 13.7,8).
Pense
A ideia de pagar olho por
olho deve estar presente na família?
Ponto
Importante
A lei de talião não leva em
consideração aspectos espirituais, mas somente humanos. A lei de Cristo é:
perdoe, que todos vencerão, e a justiça de Deus se estabelecerá.
III - A HISTÓRIA DE TODOS
NÓS
1. O filho
egoísta.
Jesus
contou uma parábola que se parece muito com a história de todos nós, não apenas
espiritualmente, mas também do ponto de vista familiar. É a parábola do filho
pródigo (Lc 15.11-32). Nela todos os elementos dos conflitos familiares estão
presentes. Há o filho egoísta, que pensa apenas em si e está enjoado da vida em
família. Ele não precisa de mais ninguém para viver, por isso viaja para longe
do aconchego do lar e desperdiça toda sua herança. Quando, por fim, chega ao
fundo do poço, em desespero, ele se lembra da casa do seu pai. Essa é a
história de muitos filhos que, mesmo sem partirem geograficamente, abandonaram
o ideário familiar, buscando construir sua história relativizando os valores
morais, com independência emocional e sem compartilhamento de vida. O fim,
sempre, será a solidão, pois não há melhor lugar para estar que na companhia
daqueles que Deus estabeleceu como família. Ainda há tempo de voltar!
2. O irmão
que não perdoa.
Na
mesma história, Jesus também narra a situação de outro filho que simplesmente
não perdoa. Ele está aparentemente envolvido com a família, mas seu coração
está muito longe. E o pior: ele que tanto erra, não admite que ninguém erre.
Os
conflitos passam sempre pela sua insensibilidade. Ele cumpre os rituais
familiares, mas é tão ou mais egoísta que aquele que pode ser chamado de a
ovelha negra da família (o pródigo). Este filho (mais experiente), que sempre
está em conflito consigo e com os outros, também precisa cair em si, reconhecer
seu erro e voltar à boa convivência da vida familiar.
3. O Pai
que reconcilia.
Por
fim, a parábola do filho pródigo traz a figura do reconciliador - o Pai. Aquele
que tenta, por todos os meios, trazer a união para a família, porque ali o
Senhor ordena a bênção e a vida para sempre (Sl 133.3). O pai, nessa parábola,
simboliza Deus, que sempre busca que a família esteja junta, em unidade.
A
Bíblia nos conta uma linda história de amor entre Deus e os homens. Nela o
Criador está em busca da reconciliação com sua obra-prima - a raça humana (Leia Oseias 11.1-4). Essa linguagem figurada
que Deus usa nesse texto retrata bem o seu esforço em ver as famílias unidas,
cheias de graça e do Espírito Santo.
O
Senhor busca as famílias que estão perdidas em seus conflitos intersubjetivos
de interesses, que transformaram o campo de treinamento do Reino em um
verdadeiro campo de batalha terrenal. Ciúme, brigas, agressões, infidelidades,
e uma grande quantidade de males se multiplicam inexplicavelmente. Falta
paciência. Falta perdão. Falta amor. Esse não foi o propósito do Criador - o
Pai. Ele quer que as famílias vivam felizes, refletindo a glória do Seu Reino
Pense
Não havia outra coisa para o filho
pródigo fazer, a não ser voltar para casa? Ele não deveria buscar, doravante,
seu próprio caminho e sofrer pela escolha que fizera?
Ponto
Importante
O pródigo poderia fazer o que
quisesse: morrer de fome ou retornar para seu pai e recomeçar de novo. Ele
preferiu recomeçar e não seguir na loucura.
SUBSÍDIO
"Como o irmão mais velho recusou-se a entrar, seu pai saiu
e instava com ele, dirigindo-lhe palavras amenas e boas, e desejava que ele
entrasse. Ele poderia de forma justa ter dito 'Se ele não quer entrar,
permaneça do lado de fora.' [...] Mas, aquele homem não agiu assim. Da mesma
forma como foi ao encontro do filho mais novo, ele agora sai ao encontro do
filho mais velho, não mandando um servo com uma mensagem gentil, mas foi
pessoalmente. Em primeiro lugar, esta narrativa tem o propósito de nos
apresentar a bondade de Deus; como o Senhor foi inexplicavelmente gentil e
cativante com aqueles que foram inexplicavelmente intransigentes e provocantes.
Em segundo lugar, ela tem a finalidade de ensinar a todos os
superiores a serem brandos e gentis para com aqueles que estão em uma posição
inferior à sua.
Seu pai lhe deu uma boa razão para esta alegria incomum na
família: 'Erajusto alegrarmo-nos e regozijarmo-nos', v. 32. Ele podia ter
insistido com base na sua própria autoridade [...]. Mas isto não convém mesmo
àqueles que têm autoridade para sustentar e apelar para isto em cada ocasião, o
que somente o faz vulgar e comum, sendo melhor apresentar uma razão
convincente, como o pai faz aqui" (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do
Novo Testamento. Vol. 5, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 659).
CONCLUSÃO
Não
adiantam medidas psicológicas paliativas para resolver os conflitos familiares.
Deus deve ser convidado para fazer parte do ambiente familiar, para que a
história mude e o mal ceda. A família, o laboratório que Deus usa para forjar
homens de fé, não pode ser objeto de manipulação maligna, onde os membros são
concorrentes, oponentes, inimigos. Ela é o farol que traz luz para as nações,
por amor a Jesus Cristo.
HORA DA REVISÃO
1. Mencione
um versículo na Bíblia que apresenta um dos problemas do Construtivismo.
“[...]
o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe” (Pv 29.15).
2. Qual é o
remédio sublime, segundo a lição?
O
amor.
3. Conforme
a lição, quais foram os pecados de Agar em relação a Sara?
Ingratidão
e desprezo.
4. Conforme
a lição, quais foram os pecados de Miriã e Arão em relação a Moisés?
Soberba
e ciúme.
5. Segundo
a lição, na parábola do filho pródigo, o pai, que representa Deus, sempre busca
o quê entre seus filhos?
Reconciliação.
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