Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 6 – A lei, a Carne e o Espírito
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Obs. Subsídio teológico para a lição 6– Adultos, 2° tri. De
2016. Acesse aquioutros subsídios
O que é a
Lei? O que é a carne? Quais São as obras da carne? Quais são os aspectos do
fruto do Espírito de Deus? Passaremos a discorremos sobre essas questões.
I.
A LEI DE MOISÉS
1. Definição.
A lei
revelava a vontade de Deus quanto à conduta do seu povo; ela não foi dada como
meio de salvação. Os judeus definem a Lei de Moisés como a expressão máxima da
vontade de Deus.
VEJA
ESTE SUBSÍDIO EM VÍDEO PARA A LIÇÃO 6
A palavra
traduzida 'lei' (gr. nomos. hb.
torah) significa 'ensino' ou 'instrução'. O termo lei pode referir-se aos Dez
Mandamentos, ao Pentateuco ou a qualquer mandamento no Antigo Testamento.
O uso por Paulo da palavra 'lei' pode
incluir o sistema sacrificial do concerto mosaico.
A lei foi
dada para nos conduzir a Cristo a fim de sermos justificados pela fé (Rm 7.24).
Mas agora que Cristo já veio, finda está a função da lei como supervisora (Rm
7.25). Por isso, já não se deve buscar a salvação através das provisões do
antigo concerto, nem pela obediência às suas leis e ao seu sistema de
sacrifícios.
A salvação,
agora, tem lugar de conformidade com as provisões no novo concerto, a saber, a
morte expiatória de Cristo, a Sua ressurreição gloriosa e o privilégio
subsequente de pertencer a Cristo (Rm 7.27-29).
2. Especulações rabínicas.
Os rabinos
afirmavam que a Lei de Moisés consistia de 613 preceitos divididos em dois
grupos.
Os
preceitos positivos (o que se deve fazer) são em número de 248, e representavam
o número de órgãos do corpo humano segundo a medicina da época; os preceitos
negativos (o que não é permitido fazer) são em número de 365, e representam os
dias do ano.
Estes
preceitos, segundo eles, foram reduzidos ali, nos dias de Davi (SI 15.2-5); a
6, nos dias do profeta Isaías (Is 33.15); depois a 3 (Mq 6.8); depois a 2 (Am
5.4); e, finalmente a 1: "O justo pela sua fé viverá" (He 2.4b). A
doutrina da justificação tem base, portanto, na própria Escritura dos judeus: o
Antigo Testamento.
4. Jesus e a Lei de Moisés (Mt 5.17,18;Rm 10.4, Hb 7.12).
Havia
muitas especulações sobre os preceitos da Lei de Moisés, principalmente nos
dias de Herodes, o Grande.
Muitos
rabinos resolveram buscar a perfeição na observância dos preceitos da lei. O
mais excelente desses mestres só conseguiu observar 230 dos 248 preceitos
positivos. Só Jesus cumpriu integral e perfeitamente a lei.
Como
querem, pois, os judeus e outros como os adventistas do sétimo dia a
justificação pelas obras da lei?
Os
pensamentos, as palavras e as ações exigidos pela lei de Deus. O aspecto
cerimonial da lei mosaica foi posto de lado (Cl 2.14-17), e a responsabilidade
básica quanto ao aspecto civil, que mostra a aplicação da lei moral em uma
comunidade, foi transferida para o governo humano (Rm 13.1-7).
A lei moral
tem a sua base no caráter de Deus e é apresentada em linhas gerais nos Dez
Mandamentos: sua forma mais reduzida está nos mandamentos de Jesus para a
pessoa amar a Deus e amar ao próximo como a ela mesma. Ela nunca foi abolida e
encontra a sua autoridade na nova aliança, lodo incrédulo está debaixo da sua
exigência de perfeição e sua condenação até que vá a' Cristo (Gl 3.23-25), e
todo cristão ainda encontra nela o padrão de comportamento.
Embora o
cristão não soja mais escravo da condenação e do castigo da lei moral (Rm 7.6),
a lei ainda reflete o caráter moral de Deus e sua vontade para as suas
criaturas. Porém, o que o código escrito, exterior, não foi capaz de cumprir, o
Espírito é capaz de fazer ao gravar a lei no nosso coração (Jr 31.33-34) e
dando-nos força para obedecer a ela.
5. A tríplice função da Lei (Rm 7)
a) A lei veio revelar o pecado (v.7).
O apóstolo disse que não conheceu o pecado
senão pela lei. Isso, aliás, ele já havia dito antes: "Pela lei vem o
conhecimento do pecado" (Rm 3.20).
O
apóstolo afirma ainda que a lei serviu como um holofote para trazer à tona o
pecado: "Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o
pecado abundou, superabundou a graça" (Rm 5.20).
Por conseguinte, Paulo atribui a lei uma função terapêutica. Ou
seja: a lei serviu para mostrar a causa do pecado e o remédio para curá-lo.
Esse remédio, logicamente, não é a lei, mas o sangue de Jesus (Rm 3.24-26).
b). A lei veio provocar o pecado (v.8). Paulo
declara que a lei despertou nele toda a concupiscência: "Mas o pecado,
tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a concupiscência:
porquanto, sem a lei, estava morto o pecado" (Rm 7.8).
A Lei foi
dada por Deus 'por causa das transgressões', isto é, a fim de demonstrar que o
pecado é a violação da vontade de Deus, e despertar os homens a verem sua
necessidade de misericórdia, graça e salvação de Deus em Cristo (Rm 7.24;Rm
5.20; 8.2).
1)
Infância.
No v.9, Paulo diz: "E eu, nalgum tempo, vivia sem lei". É uma
referência à sua infância.
2) O bar mitzvah. "Mas,
vindo o mandamento", uma referência ao bar
mitzvah, expressão aramaica que significa "filho do mandamento".
É a maioridade espiritual do judeu, cerimonia religiosa em que o menino faz pela
primeira vez a leitura pública da Torah - Lei de Moisés -, ao completar 13
anos.
Os judeus
dizem que, a partir daí, o menino passa a ser responsável diante de Deus. A
passagem de Lucas 2.42 diz respeito ao bar
mitzvah de Jesus.
3) O pecado
foi ativado.
Tendo passado por esse rito judaico, confessa o apóstolo: "Reviveu o
pecado, e eu morri". A lei provocou o pecado. Todos sabem que as
proibições tendem a despertar o desejo (v.8).
c). A lei veio condenar o pecado (v.7). Dos dez
mandamentos, o apóstolo tomou o último: "Não cobiçarás" (Êx 20.17).
Esse mandamento era então o que mais incomodava Paulo, pois refletia algo
interior; não era meramente uma ação exteriorizada. Ele estava mostrando que o
pecado não consiste apenas em atos exteriores, mas no que se passa no interior
do homem (Mt 5.27,28). Um exemplo é a cobiça.
6. O relacionamento entre o crente e a lei de
Deus.
O propósito
de Cristo é que as exigências espirituais da lei de Deus se cumpram na vida dos
seus seguidores (Rm 3.31; 8.4).
O
relacionamento entre o crente e a lei de Deus envolve os seguintes aspectos:
(1) A lei
que o crente é obrigado a cumprir consiste nos princípios éticos e
morais do AT (7.12; 22.36-40; Rm 3.31; Gl 5.14); bem como nos ensinamentos de
Cristo e dos apóstolos (28.20; 1 Co 7.19; Gl 6.2). Essas leis revelam a
natureza e a vontade de Deus para todos e continuam hoje em vigor.
As leis do
Antigo Testamento destinadas diretamente à nação de Israel, tais como as leis
sacrificiais, cerimoniais, sociais ou cívicas, já não são obrigatórias (Hb
10.1-4; e.g., Lv 1.2,3; 24.10).
(2) O
crente não deve considerar a lei como sistema de mandamentos legais
através do qual se pode obter mérito para o perdão e a salvação (Gl 2.16,19).
Pelo contrário, a lei deve ser vista como um código moral para aqueles que já
estão num relacionamento salvífico com Deus e que, por meio da sua obediência à
lei, expressam a vida de Cristo dentro de si mesmos (Rm 6.15-22).
(3) A fé em
Cristo é o ponto de partida para o cumprimento da lei. Mediante a
fé nEle, Deus torna-se nosso Pai (cf. Jo 1.12). Por isso, a obediência que
prestamos como crentes não provém somente do nosso relacionamento com Deus como
legislador soberano, mas também do relacionamento de filhos para com o Pai (Gl
4.6).
(4)
Mediante a fé em Cristo, o crente, pela graça de Deus (Rm 5.21)
e pelo Espírito Santo que nele habita (Gl 3.5,14; Rm 8.13), recebe o impulso
interior e o poder para cumprir a lei de Deus (Rm 16.25,26; Hb 10.16). Nós a
cumprimos, ao andarmos segundo o Espírito (Rm 8.4-14).
O Espírito
nos ajuda a mortificar as ações pecaminosas do corpo e a cumprir a vontade de
Deus (Rm 8.13; ver Mt 7.21 nota). Por isso, a conformidade externa com a lei de
Deus deve ser acompanhada pela transformação interior do nosso coração e
espírito (cf. vv. 21-28).
(5) Os
crentes, tendo sido libertos do poder do pecado, e sendo agora servos de Deus (Rm
6.18-22), seguem o princípio da fé , pois estão debaixo da lei de Cristo (1 Co
9.21). Ao fazermos assim, cumprimos a lei de Cristo (Gl 6.2) e em nós mesmos
somos fiéis à exigência da lei (ver Rm
7.4 nota; 8.4 nota; Gl 3.19 nota; 5.16-25).
(6) Jesus
ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu Pai celeste é
uma condição permanente para a entrada no reino os céus.
Jesus
ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu Pai celestial é uma
condição prévia essencial para a entrada no reino dos céus (Mt 7. 22-25;
19.16-26; 25.31-46). Isto, no entanto, não significa que a pessoa pode ganhar
ou merecer a salvação mediante seus
próprios esforços ou obras.
Isto é verdadeiro pelas seguintes razões:
(1) O
perdão divino o homem obtém mediante a fé e o arrependimento, concedidos pela
graça de Deus e a morte vicária de Cristo por nós (; Lc 15.11-32; 18.9-14).
(2) A
obediência à vontade de Deus, requerida por Cristo, é uma condição básica
conducente à salvação, mas Cristo também declara ser ela uma dádiva ligada à
salvação dentro do reino. Embora seja a salvação uma dádiva de Deus, o crente
deve buscá-la continuamente; recebê-la e evidenciá-la mediante uma fé sincera e
decidido esforço.
Esse fato é
visto na Oração Dominical (6. 9-13) e nas
muitas exortações para que o crente mortifique o pecado e se apresente a
Deus como sacrifício vivo (Rm 6. 1-23; 8. 1-17; 12.1,2).
(3) O
crente pode fazer a vontade de Deus e viver uma vida justa em virtude dessa
dádiva, i.e., a graça e o poder de Deus e a vida espiritual que lhe são
comunicados continuamente mediante Cristo. As Escrituras declaram: Pela graça
sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus... Porque
somos feitura sua (Ef 2.8-10).
(4) Deus
sempre torna possível a prática da obediência que Ele requer de nós. Isto é
atribuído à ação redentora de Deus. Porque Deus é o que opera em vós tanto o
querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade (Fp 2.13). Todavia, o dom da
graça de Deus não anula a responsabilidade nem a ação humanas.
O crente
deve corresponder positivamente ao dom divino da obediência (ver Fp 2.12; Jd
20,21,24; Ef 4.22-32), todavia ele é livre para rejeitar a graça de Deus, para
recusar aproximar-se de Deus por meio de Cristo (ver Hb 7.25), e para recusar
orar por uma vida de obediência e viver essa vida (ver Mt 5.6).
II.
A CARNE
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