Obs. Lição de Jovens, 2°
trimestre de 2016- CPAD
TEXTO DO
DIA:
Com a
sabedoria se edifica a casa, e com a inteligência ela se firma."(Pv 24.3)
SÍNTESE
Ensinar
os filhos no caminho do Senhor, como fizeram José e Maria, é o passaporte para
a felicidade da família, ainda que haja problemas no percurso.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
- Mt 1.1-16; Lc 3.23-38 - Uma família nobre
TERÇA
- Lc 2.24 - Uma família pobre
QUARTA
- Mt 1.24; Lc 1.38 - Uma família com pais fiéis
QUINTA
- Jo 7.1-5 - Uma família com filhos incrédulos
SEXTA
- Jo 2.1-11 - Uma família solidária
SÁBADO
- At 1.14 - Uma família que vence a dúvida e o medo
Leia
também:
OBJETIVOS
ENALTECER os valores
de José e Maria como exemplo de jovens comprometidos com a vontade de Deus para
suas vidas;
CONSIDERAR que Deus
escolheu para acolher seu Filho Jesus aqui na terra uma família pobre, mas que
observava os valores da solidariedade e do trabalho;
SABER que a
família de Jesus não era diferente da nossa, ou seja, também era formada por
pessoas falíveis, o que não a impediu de vencer desafios como a dúvida e o
medo.
INTERAÇÃO
Professor,
no próximo domingo será o encerramento do trimestre, portanto, programe-se!
Desafie seus alunos! Peça que tragam o maior número possível de parentes à
Escola Dominical, independente da idade, salvos ou não.
Os
objetivos são: congregar toda a família, apresentar a nossa classe bíblica
àqueles que não a conhece e trazer de volta os que andam ausentes, tudo isso no
final de um trimestre em que "respiramos" família. Cuide para que os
parentes visitantes sejam apresentados à igreja. Premie os alunos mais
esforçados, observando os recursos financeiros que lhe são disponíveis.
Sugestões de brindes: caixas de bombons que possam ser compartilhadas por seu
aluno com os familiares presentes e/ou livros da CPAD que tratem do assunto
família.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, é interessante que você fique atento aos seus alunos
para identificar entre eles possíveis vocacionados para o ministério do ensino.
A atividade proposta a alguns alunos no final da aula passada
pode ajudar nesse processo de descoberta.
Conforme acordado, faça a introdução da aula e depois dê
oportunidade para que os alunos selecionados abordem o tópico I da lição, que
trata da pré-história familiar de Jesus. Deixe que eles se sintam à vontade e
auxilie no que puder. Não é demais ressaltar que o objetivo dessa tarefa não é
que o aluno substitua o professor, mas promover a dinamização da aula com a
participação dos alunos, aumentando, inclusive, seu comprometimento com a
Escola Dominical, além de, quem sabe, descobrir novos talentos na área da
educação cristã.
TEXTO BÍBLICO
João
7.2-5,8-10
2. E estava
próxima a festa dos judeus chamada de Festa dos Tabernáculos.
3.
Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui e vai para a Judeia, para que também
os teus discípulos vejam as obras que fazes.
4. Porque
não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se
fazes essas coisas, manifesta-te ao mundo.
5. Porque
nem mesmo seus irmãos criam nele.
8. Subi vós
a esta festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda o meu tempo não está
cumprido.
9. E,
havendo-lhes dito isso, ficou na Galileia.
10. Mas,
quando seus irmãos já tinham subido à festa, então, subiu ele também não manifestamente,
mas como em oculto.
INTRODUÇÃO
Havia
muitas profecias falando sobre o nascimento do Salvador Jesus, e muitos
esperavam por isso. O dia chegou e, num canto desprezado do mundo, uma família
humana o recepcionou com todo amor e carinho. Os pais eram de ascendência real,
porém pobres; tinham nobreza de caráter e uma grande fé em Deus. O início da
vida familiar foi bastante difícil, com muitas perseguições e ameaças, mas Deus
estava no controle. A família cresceu em torno de uma carpintaria em Nazaré.
I
- PRÉ-HISTÓRIA FAMILIAR
1. Uma
família nobre.
Toda
história tem uma pré-história, que a subsidia e a abaliza. O conhecimento da
pré-história ajuda a compreender o contexto dos acontecimentos do presente
histórico, bem como lança luz em alguns pontos obscuros e de difícil
explicação. Esse entendimento desvendará a motivação e a conduta dos
personagens da narrativa, diante da carga de valores familiares que acumulam,
recebidos por tradição, pela educação religiosa, ou pela herança cultural. Não
é sem causa, portanto, que todos os evangelhos contam a pré-história
ministerial de Jesus, ao narrar a história de João Batista (Mt 3.1-12; Mc
1.1-8; Lc 3.1-18; Jo 1.15) e a sua pré-história familiar (Mt 1.1-25; Lc 1-3; Jo
1.1-12 - a exceção é Marcos).
Observe-se
que cada evangelista narra essa pré-história do Messias com base na figura que
o Espírito Santo quer transmitir no Evangelho. Por exemplo, Lucas fala da sua
profunda humanidade, mas João menciona a pré-história do Messias sob o olhar
divino, por detrás dos umbrais da eternidade. Não são, portanto, pré-histórias
contraditórias, mas complementares. Assim, a família de Jesus (como todas as
famílias) tem uma história antes da história que se quer contar, e ela começa
com seus pais. Por isso, a ascendência de José foi narrada por Mateus, ao passo
que Lucas, segundo a maioria dos estudiosos, mencionou a ascendência de Maria,
dando conta de que ambos possuíam um tronco genealógico muito nobre. Eram da
linhagem dos reis de Israel, portanto, pertenciam à tribo de Judá, sendo
descendentes diretos tanto de Abraão quanto do Rei Davi. Assim, repousava sobre
essa família toda sorte de promessas e direitos.
2. Uma
família corajosa.
Os
pais humanos de Jesus eram muito corajosos. Maria, uma moça bastante jovem,
quando ouviu do anjo Gabriel que seria a mãe do Salvador, mesmo sabendo que
aquilo poderia, inclusive, ensejar seu apedrejamento, aceitou a vontade do
Senhor (Lc 1.38). Esse sentimento de destemor também integrava os valores de
José. Ele foi fazer o recenseamento da família em sua terra natal nos últimos
dias da gravidez de Maria (Lc 2.1-4).Também não ficou desesperado ante à ameaça
de morte de seu primogênito por Herodes, quando teve que fugir para o Egito (Mt
2.13-15). A vida do simples carpinteiro, de uma hora para a outra, entrou em
grande provação, mas ele permaneceu inabalável, juntamente com Maria (Mt
2.19-21).
3. Uma
família de pais obedientes.
José
e Maria sempre foram muito obedientes. Eles não tinham suas vidas por
preciosas. Quantas vezes tiveram de mudar o que haviam planejado, por causa de
uma revelação? Isso aconteceu no anúncio da gravidez pelo anjo, em relação a
Maria (Lc 1.38), e na determinação divina, através de sonhos, para que José
aceitasse o casamento com Maria (Mt 1.24), além de outras orientações sobre
para onde a família deveria se deslocar, qual atividade desenvolver etc.
Observa-se, ainda, que eles criaram sua família no temor de Deus. Os filhos que
José e Maria tiveram em comum, no fim de tudo, transformaram-se em expoentes da
fé cristã. Pais obedientes a Deus geram filhos obedientes, que andam pelo
caminho do Senhor e não se desviam dele (Pv 22.6).
Pense
Dentre tantas famílias com destaque
social em Israel, por que Deus escolheu um pobre e inexpressivo casal para
cuidar de seu Filho Unigênito?
Ponto
Importante
Os critérios das escolhas de Deus
não podem ser questionados. Ele viu algo em Maria e José que só na eternidade
saberemos.
II - VIDA
SOCIAL
1. Pobre.
A
vida do carpinteiro José não era abastada. Ele e sua família não eram ricos.
Prova disso é que, quando foram apresentar a Jesus no Templo, os pais levaram
para sacrificar um par de rolas, que era a oferta dos casais pobres (Lc
2.21-24). Quando adulto, o próprio Senhor falou que não tinha onde reclinar a
cabeça (Mt 8.20).
A
prática de colher espigas nos campos alheios era prerrogativa apenas dos pobres
(Lv 19.9,10) e os discípulos de Jesus assim o fizeram (Mt 12.1). Também, para
entrar em Jerusalém, Jesus teve que pedir emprestado um jumentinho (Lc
19.29-35) e, por fim, a última Páscoa foi celebrada em um cenáculo emprestado
(Lc 22.7-13). Todos esses episódios ratificam o fato de que a família de Jesus
era pobre (2 Co 8.9).
2.
Solidária.
O
primeiro milagre de Jesus ocorreu em um casamento, quando Maria intercedeu
junto a Ele por um problema alheio - a falta de vinho (Jo 2.1-11). Maria
demonstrou solidariedade. Ela sabia que aquela circunstância constrangedora não
era problema dela, nem de Jesus, mas mesmo assim pediu sua intervenção.
A
família de Jesus aprendeu a olhar para os mais pobres. Tiago, filho de José e
Maria, foi um dos que orientou ao apóstolo Paulo que se lembrasse dos pobres
(Gl 2.10) e também, em sua epístola, denunciou aqueles que desonravam os pobres
(Tg 2.5,6) e não ajudavam os necessitados (Tg 2.15,16). Importante citar,
igualmente, a determinação do Salvador para que João acolhesse Maria em sua
própria casa (Jo 19.26,27).
O
filho primogênito tinha o dever moral de deixar sua mãe amparada. Jesus era
Deus, mas, mesmo na hora da morte, continuou sendo um filho exemplar.
3.
Trabalhadora.
A
família de Jesus era muito trabalhadora. Quando os conterrâneos do Mestre o
viram, lembraram-se logo da profissão de seu pai e do trabalho exercido pelo
Nazareno na carpintaria (Mt 13.55,56; Mc 6.3). Tiago, filho de José e Maria,
também criticou os empresários que diminuíram os salários dos trabalhadores (Tg
5.4), refletindo o sentimento aprendido no seio familiar e, claro, a vontade de
Deus para a vida dos homens, pois todo trabalho honesto merece uma recompensa
digna (1 Tm 5.18). Está escrito: "[...] trabalhe, fazendo com as mãos o
que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade" (Ef
4.28).
Pense
Por que Deus não colocou Jesus em
uma família na qual Ele não precisasse trabalhar? Não seria bem melhor para o
Filho de Deus?
Ponto
Importante
Deus sabia da pobreza de José e
Maria, mas era importante para Jesus viver intensamente sua humanidade. Todo
trabalho honesto dignifica o homem.
III - VIDA
ESPIRITUAL
1. Pais
cheios de fé.
A
história da família de Jesus foi marcada pela fé. José e Maria aceitaram a
missão de abrigar o Filho de Deus em seu lar e em suas vidas, pela fé. Eles
poderiam ter dito não, mas, cheios de fé, sorriram para o plano do Altíssimo.
Como deve ter sido difícil para eles entenderem o fato do Filho, aos doze anos,
ter ficado em Jerusalém sozinho, ou mesmo quando Maria recebeu uma resposta
forte nas bodas de Caná (Jo 2.3,4). Mas eles estavam cheios de fé e viram a
glória do Senhor. Maria, mesmo sem entender, guardava as coisas
incompreensíveis no coração (Lc 2.19). Eles são verdadeiros heróis da fé.
2. Filhos
incrédulos.
Em
Marcos 3.21 observa-se a família de Jesus achando que Ele estava louco e seus
parentes saindo para o prender. Eles não estavam convencidos de que os milagres
extraordinários e as pregações arrebatadoras de grandes multidões do Messias
fossem obra de Deus.
Como
aconteceu com o rei Davi e seus irmãos, os irmãos de Jesus também o
desprezaram. Em João 7.1-8 vê-se os irmãos do Redentor zombando dEle. O Senhor,
naquele momento, evitou o confronto, deixando que eles viajassem sozinhos para
Jerusalém e, depois, partiu para participar da Festa dos Tabernáculos.
3. Família
que vence a dúvida e o medo.
A
família de Jesus venceu o medo e a dúvida. Em Atos 1.14 consta que Maria e seus
filhos biológicos Tiago, José, Judas e Simão (Mc 6.3; Mt 13.55), integravam a
primeira comunidade cristã. Em 1 Coríntios 9.5 há a informação de que os irmãos
do Senhor atingiram uma posição de liderança na igreja em Jerusalém. Em Gálatas
1.19 é lembrada a visita de Paulo a Jerusalém, onde, além de Cefas, encontrou
Tiago, o irmão do Senhor. Em 1 Corintíos 15.7 está escrito que Cristo, depois
de ressuscitar, apareceu a Tiago.
Pense
O que aconteceu de tão maravilhoso
que levou todos os irmãos de Jesus a se converterem após sua morte no Calvário?
Ponto
Importante
A conversão da família de Jesus pode ter
decorrido da revelação a Tiago (1 Co 15.7) ou da Cruz (Jo 12.32). Uma coisa é
certa: ficaram em Jerusalém em oração (At 1.14).
SUBSÍDIO
"Os versículos 3 a 8 contêm o diálogo entre Jesus e seus
irmãos. Eles falam pela primeira vez nos versículos 3 e 4, onde exortam Jesus a
ir a Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos - ocasião apropriada para Ele ir
publicamente com suas declarações messiânicas, as quais, julgam, devem ser
divulgadas de maneira ousada: 'Para que também os teus discípulos vejam as
obras que fazes'. Implícito está a noçãode que esta é a maneira de angariar
seguidores - fazer sinais. Eles concluem no versículo 4 com a exortação de Ele
se manifestar ao mundo.
O modo como os irmãos de Jesus falam claramente os coloca na
categoria dos incrédulos. Jesus se distingue ainda mais dos seus irmãos. Seus
irmãos foram vistos pela última vez em João 2. 12. Jesus não confiava neles, e
também não confia agora. Nestes pequenos parágrafos, estes irmãos desempenham
papel importante e tornam-se antagonistas de Jesus, aparecendo duas vezes (vv.
3,10). Eles estão com o mundo (que o odeia) em seu pecado e incapacidade de
conhecer as coisas espirituais. Mais tarde, em João 20.17, Jesus envia uma
mensagem a seus irmãos acerca de ir para o Pai, muito provavelmente a fim de
encorajá-los a crer" (Comentário Bíblico Pentecostal. 2.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2004, pp. 528,529).
CONCLUSÃO
A
família de Jesus apresentava bastante complexidade, como a de todos nós, pois
seus integrantes eram seres humanos falíveis. Eles duvidaram, temeram, mas, no
fim de tudo, compreenderam o magnífico projeto do Altíssimo. Não é assim, por
acaso, que acontece cotidianamente? Membros de famílias cristãs se perdem, mas,
depois, como o filho pródigo, retornam ao lar paternal? É preciso orar e
esperar. Deus está no controle!
HORA DA REVISÃO
1. Segundo
a lição, qual dos irmãos de Jesus foi pastor em Jerusalém?
Tiago.
2. Qual foi a missão de Maria?
Ser
a mãe do Salvador.
3. A Bíblia informa os nomes de algumas das
irmãs de Jesus? Se sim, quais seus nomes?
A
Bíblia não informa o nome de nenhuma irmã de Jesus, apenas diz que existiam.
4. Quais os nomes dos irmãos de Jesus?
Tiago,
José, Judas e Simão.
5. Em qual
versículo está escrito que, depois de ressuscitado, Jesus apareceu a Tiago?
1
Coríntios 15.7.
Blog: Subsídios ebd
“ A
ferramenta de Pesquisas
e Estudos
dos Professores
e Alunos
da Palavra
de Deus" (sub-ebd.blogspot.com.br).
ATENÇÃO! Se você usar este estudo em site ou blog, deverá usar também este nosso roda pé.