Em sua carta aos
romanos, Paulo escreveu: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele
de quem nada ouviram?... Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!"
(Rm 10.13-15). Nesta seção, apresentaremos algumas sugestões a respeito de como
"anunciar coisas boas" às pessoas, e também algumas dicas sobre o que
não devemos fazer.
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Por
que Evangelizar?
Por que os
cristãos evangelizam?
Há pelo menos duas
razões.
• Em primeiro lugar,
a ordem final, ou comissão, que Jesus deu a seus seguidores (a grande comissão)
foi que testemunhassem dele. Essa ordem é para nós também.
• Em segundo lugar,
temos algo muito importante para dizer ao mundo, que todos precisam ouvir e saber,
e que pode pôr fim ao sofrimento e ao pecado da humanidade.
Nós trazemos as
boas-novas a respeito de Jesus Cristo. Para que essa "cura" seja
eficiente, precisamos levar o "antídoto". Em outras palavras, devemos
proclamar as boas-novas aos perdidos. Isso é semelhante ao que aconteceu com a
vacina criada pelo Dr. Salk. Em 1950, houve um surto de poliomielite nos
Estados Unidos. Dois anos depois, o Dr. Jonas Salk criou uma vacina para
prevenir aquela doença e realizou-se uma campanha de vacinação em massa.
Atualmente a pólio
foi erradicada da América e de muitos outros países. Entretanto, isso não
aconteceria se o Dr. Salk tivesse mantido a vacina guardada em seu laboratório.
Para ela ser eficaz, teve de ser distribuída aos que necessitavam dela. O mesmo
vale para o Evangelho. Ele tem o poder de salvar vidas, mas, para que "dê
resultado", precisamos pregá-lo ao mundo. "Quão formosos são os pés
dos que anunciam coisas boas!".
Seis
Sugestões para o Evangelismo.
É muito comum
dizermos que Deus tem um plano para nossa vida. Talvez seja mais correio dizer
que ele tem um propósito: que conheçamos Jesus Cristo e o apresentemos aos
outros. A seguir, oferecemos algumas sugestões de como fazer isso.
• Em primeiro lugar,
devemos mostrar interesse pela situação da outra pessoa, e não falar a respeito
de nós. Então perguntemos sobre suas crenças religiosas. Isso muitas vezes a
levará a perguntar: "Em que você crê?". Daí termos a oportunidade
para falar de nossa fé.
• Em segundo lugar,
precisamos manter nosso enfoque na mensagem do Evangelho: Ter um relacionamento
pessoal com Deus por meio de Jesus Cristo.
Não nos desviemos
tentando explicar os mistérios da fé, como a doutrina da Trindade (a apologia
vem depois do evangelismo, e não antes). Também não devemos explicar o motivo
das divisões que ocorreram na Igreja ou o estilo de vida de cristãos em
particular (nossa confiança está em Jesus, e não em seres humanos e
instituições falhas).
Além disso, não
tentemos explicar por que existe o mal e quais os motivos de haver sofrimento
no mundo (o que, muitas vezes, é consequência do pecado da humanidade). Falemos
de nossas crenças, nossa fé e sobre o que significam para nós. Mostremos que
Cristo nos deu algo pelo que viver (suas promessas) e algo a seguir (seus
ensinamentos). E isso que os perdidos precisam ouvir e conhecer.
Em
terceiro lugar, evitemos usar jargões evangélicos
como, por exemplo, dizer que a Bíblia é "a Palavra inspirada por
Deus", que "somos salvos pela cruz" ou "pelo sangue de
Cristo" ou que somos "justificados pela fé" ou ainda que a pessoa
precisa "nascer de novo".
Em
quarto lugar, sejamos cuidadosos ao mencionar
doutrinas exclusivas do cristianismo de maneira a permitir que haja um diálogo
franco. Devemos ter cautela para não julgar ou condenar as crenças de outras
pessoas.
Em
quinto lugar, evitemos dizer que Jesus é
superior a Maomé, Buda ou aos fundadores de outras religiões. Argumentar é uma
estratégia infrutífera: ou manteremos o argumento e perderemos a discussão ou
então apresentaremos um argumento pouco convincente e não alcançaremos nosso
objetivo.
• Em sexto lugar,
lembremo-nos de que nossa tarefa como testemunhas é apresentar o Evangelho, e
não persuadir alguém a crer. Devemos levar as boas-novas da forma mais amável e
clara possível e então permitir que o Espírito Santo realize a obra no coração
da pessoa.