Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Solidificando Obreiros

Atenção! Este conteúdo faz parte do curso 1 para professores da Escola Dominical. Acesse aqui o curso Completo.
Um dos casos mais dignos de nota acerca do ensino nas sagradas Escrituras é o caso de Timóteo.
Esse moço, cujo nome consta em duas cartas expressas do apóstolo Paulo, foi pastor em Éfeso, e participou da terceira viagem missionária do apóstolo.

 Sobre ele, diz Paulo:
"Pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo que habita em ti" (2Tm 1.5). Nessa mesma Carta, Paulo lembra a Timóteo: "E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" (2Tm 3.15).
 
Esses dois versos mostram uma conexão que deve ser preservada na igreja em nossos dias: a educação cristã começa em casa, no ambiente familiar.
Paulo mostra que desde pequeno Timóteo já era ensinado sobre as Escrituras, e com certeza por sua mãe e sua avó.

Essas mulheres, de forma doméstica, talvez sem um preparo teológico refinado, ensinaram a Timóteo não a teologia, mas as Sagradas Escrituras.

Lóide e Eunice, pelo que se depreende, não eram mulheres que tenham tido acesso às questões teológicas aprofundadas de seu tempo, mas eram mulheres que conheciam a Palavra de Deus e souberam, mais que tudo, transmitir a Palavra e a fé para o menino Timóteo, que mesmo tendo um pai grego, cresceu crendo no Deus de Israel. Isso é louvável, pois a base da fé de Timóteo foi lançada em casa.

O exemplo de Lóide e Eunice ensinando Timóteo não é uma defesa contra o academicismo ou o estudo da teologia em uma instituição formal.

Elas fizeram o melhor dentro de suas possibilidades, e Deus as honrou, tanto que Timóteo se tornou um grande obreiro. Mas o ministério de Timóteo foi solidificado quando aprendeu um pouco mais com Paulo e sua experiência missionária e pastoral.

Na prática, vivemos em um país que, nos últimos anos, vem reconhecendo a Teologia como um curso universitário, e aqueles que desejam, por exemplo, ser oficiais militares capelães, precisam ter um curso superior de teologia reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura, o que exclui os chamados cursos livres, que tem uma visão, em tese, mais ministerial.

Ser um ministro do evangelho, mais do que ter um curso livre ou reconhecido de teologia, exige vocação! Entretanto, a vocação deve vir acompanhada do devido preparo científico, e esse preparo não deve ser obstado.

Há quem acredite que um curso livre preenche os requisitos para o acesso ao ministério, mas os cursos reconhecidos preenchem e preparam com mais profundidade acadêmica, tendo em vista a obrigatoriedade de se ter no grupo de professores desses cursos pessoas com comprovada capacidade para a pesquisa e o ensino.

Pessoas que defendem a não participação de nossos jovens vocacionados em cursos reconhecidos, quando ficam doentes, desejam ser atendidas por médicos que se formaram em instituições formais e reconhecidas.

Ou quando têm uma dúvida ou demanda jurídica, querem ser atendidos por advogados e juízes que se formaram em instituições reconhecidas em Direito.

Porque não estender essa mesma linha de raciocínio a outras áreas de conhecimento, como a teologia?

Para ter um ministério, é preciso vocação mais do que ter um curso de teologia. Entretanto, os vocacionados devem se preparar melhor para o serviço ao Senhor.

Eunice e Lóide não tinham, ao que parece, um bacharelado em teologia, e o próprio Timóteo não o tinha, pois esse é um título de curso de uma era posterior, quando os estudos se tornaram mais formais e serviram para organizar melhor o preparo intelectual, técnico e científico.

Evidentemente nem todos aqueles que buscam um curso de teologia o fazem para que possam ser pastores, mas ao menos para que possam ser úteis na causa do mestre com um pouco mais de conhecimento.


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